Sobre o EMdiálogo

 

Quem Somos?

O EMdiálogo é um portal criado para estimular o diálogo, articular parcerias e socializar conhecimentos e experiências que contribuam para a melhoria do ensino médio público. Como o nome já diz, este espaço tem como objetivo potencializar o diálogo de forma horizontal e transparente entre estudantes, professores, pesquisadores, comunidade escolar e demais interessados em contribuir para a construção de um ensino médio inclusivo e de qualidade.

O portal é formado por comunidades temáticas, onde seus colaboradores publicam textos, fotos, vídeos ou áudios que contribuem para que possamos conhecer cada vez mais as experiências positivas e os desafios colocados para a constante melhoria desta etapa do ensino. Estas publicações são apenas o primeiro passo para o grande diálogo que continua com a participação dos usuários no espaço dos comentários e na repercussão das discussões nas redes sociais.

Na sessão Biblioteca você encontra uma coleção de textos publicados que são importantes referências para quem deseja continuar aprofundando o conhecimento sobre o Ensino Médio e temas relativos à juventude. Lá você pode buscar o que você procura a partir do índice de temas, do tipo de documento ou pelo próprio formulário de busca.

Se você preferir, pode ainda navegar por todos os vídeos e áudios publicados nas comunidades EMdiálogo, é só clicar nos títulos Vídeo ou Áudio do menu superior do portal.

 

Como Participar?

A participação dos usuários é a chave para que o EMdiálogo possa alcançar seu objetivo de ser um espaço de desenvolvimento colaborativo do conhecimento, onde pessoas de todo o Brasil possam contribuir com suas opiniões, suas experiências pessoais e relatos de propostas educativas inovadoras no ensino médio. Existem atualmente três formas de participar do EMdiálogo:

Visitante

Como visitante você pode ler o que é publicado nas Comunidades EMdiálogo e conhecer tudo o que tem sido debatido aqui no portal, além de poder postar o conteúdo do site na redes sociais, como Twitter, Facebook e Orkut, ajudando assim a ampliar o diálogo pela web.

Usuário cadastrado

Você pode também criar um perfil no portal e fazer parte da rede EMdiálogo, contribuindo através de comentários nas postagens. Além disso, todo usuário cadastrado no portal pode inscrever-se nas comunidade em que deseja contribuir com novas postagens, tornando-se assim, um colaborador daquela comunidade. 

Colaborador

O usuário inscrito pode se tornar um colaborador de uma comunidade, podendo assim postar novos textos, vídeos ou áudios na comunidade em que esteja inscrito. É possível também sugerir uma nova comunidade, caso queira contribuir com um tema que ache importante para o diálogo com o Ensino Médio e que ainda não esteja sendo debatido no EMdiálogo. Para saber como sugerir uma comunidade clique aqui.

 

Cadastre-se no portal e participe do diálogo para a melhoria da qualidade do ensino médio no Brasil!

 

Histórico do EMdiálogo

O Portal Ensino Médio EMdiálogo é umas das três ações do Projeto Diálogos com o Ensino Médio, uma parceria do Observatório da Juventude da UFMG e do Observatório Jovem da UFF com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação. O projeto Diálogos com o Ensino Médio constitui-se de três grandes ações que têm o objetivo de fomentar a interlocução entre os sujeitos diretamente envolvidos com o ensino médio (jovens alunos, professores, colaboradores etc), bem como a produção de conhecimento sobre este nível de ensino. Tais ações são:

1) Realização de um Curso de atualização “Juventude brasileira e Ensino Médio Inovador”, destinado aos profissionais das escolas públicas de ensino médio que desenvolvem atividades como articuladores de currículo do Programa Ensino Médio Inovador em diferentes estados e municípios brasileiros;

2)  Continuidade das atividades do Portal Ensino Médio EMdiálogo iniciadas no ano de 2009.

3) Elaboração e publicação de um livro temático por rede de pesquisadores sobre Juventude e Ensino Médio, que se destina aos/as professores/as das escolas de Ensino Médio no Brasil.

Em 2012, o Observatório Jovem da UFF e o Observatório da Juventude da UFMG ampliaram a rede de parceiros com mais quatro universidades públicas federais que manterão equipes de bolsistas (PROINFO) para a interlocução com escolas de suas respectivas regiões e animação das comunidades do portal. As novas universidades na rede EMdiálogo são: UFC, UFPA, UnB e UFSM.

No ano de 2013 a Rede de Universidades parceiras do Portal EMdiálogo se ampliou, tornando possível a extensão das ações do Projeto para diversas cidades brasileiras, onde atuam as Universidades envolvidas, através dos grupos de pesquisa e extensão responsáveis pelo Projeto em âmbito local. Fazem parte desta rede, hoje, as seguintes universidades: UFF, UFMG e UFSCar - Campus Sorocaba (região sudeste); UFC (região nordeste); UnB e UFG - Campus Catalão (região centro-oeste); UFAM e UFPA (região norte); UFPR e UFSM (região Sul).

A coordenação técnico-administrativa do Portal é feita em co-gestão entre os observatórios da UFF e da UFMG. A hospedagem é feita pela Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da UFF e a coordenação geral do Portal é feita pelo Observatório Jovem da UFF.

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imagem de ANGELICA BORELLI FRIDRICH

Reflexão e ação do caderno III

Um dos desafios mais pertinentes das comunidades escolares reside na efetiva participação dos sujeitos no processo de construção da escola e da gestão escolar. Também no que se refere ao currículo no sentido de experiências vividas e construídas pelos interessados no processo igualmente se apresenta enorme defasagem histórica e pedagógica.
Normalmente os projetos e programas educacionais são desenvolvidos para os alunos e raramente com eles. Mesmo em escolas onde acontecem diversos projetos de interação multidisciplinar estas ações podem se enquadrar na máxima romana do “pão e circo”. Em outra dimensão elas são apenas ações culturais destinadas a oferecer aos alunos oportunidades diferenciadas de estar na escola.
A rigor o problema da participação é o maior gargalo das propostas e matrizes curriculares e disciplinares nas unidades escolares. Antes mesmo que os alunos iniciem o processo de construção de arranjos curriculares nas dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia há que se construírem espaços de gestão democrática.
2)O respeito pela matriz curricular e a avaliação das atividades levando em conta o comprometimento do aluno na realização de cada uma delas de modo a contemplar um conjunto orgânico da vida do aluno para vida dele na sociedade.
Tanto os momentos presenciais quanto as produções dos alunos em sala de aula e extraclasse são diversificadas utilizando diferenciadas formas de linguagem com uso frequente das Tecnologias Digitais de Comunicação e Informação.
Como não poderia deixar de ser o desenvolvimento do pensamento crítico e do raciocínio lógico com perguntas que relacionam os saberes teóricos com os desafios da vida profissional em que estão inseridos os alunos.
3)Compreender a educação como um processo de produção e socialização da cultura e da vida é um dos desafios mais pertinentes no cotidiano das escolas. Compreender a escola não como uma “alfândega” repleta de regras, normas, de segmentos e uniformemente pensada que não permite adequação dos modos de aprendizagem é uma meta que mira a reinvenção ou ressignificação da escola.

Centrar a escola no diálogo, na colaboração, nas pessoas e na aprendizagem implica estabelecer novos referenciais que valorizem e reconheçam as diferenças tendo foco no Projeto Político Pedagógico (PPP) construído com ampla participação de todos os segmentos da comunidade escolar.
A superação da fragmentação curricular e a garantia da permanência, da aprendizagem vislumbrando a conclusão dos estudos ainda estão longe da unanimidade pensante no mundo da educação. Promover a reflexão crítica com apropriação de referências capazes de mirar a continuidade dos estudos e a preparação básica para o trabalho com exercício da cidadania.
A compreensão do que seja transversalidade entre eixos temáticos, disciplinas e áreas do conhecimento sem dilui ou excluir os componentes curriculares mas garantindo a construção de relações fortalecidas da ciência com a cultura e a realidade, continuam sendo desafios para aplicar a DCNEM.

4)DCNEM:

Art. 13. As unidades escolares devem ter presente na organização curricular:

I - as dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura como eixo integradorentre os conhecimentos de distintas naturezas, contextualizando-os em sua dimensão históricae em relação ao contexto social contemporâneo;

No cotidiano da escola a relação de conteúdos dados como informação aos alunos está completamente alheio à realidade do mundo do trabalho. Não obstante a matriz curricular do ensino médio inovador contemplar a disciplina de “Empreendedorismo”, nem alunos nem o corpo docente de clareza da sua finalidade e das implicações que esta temática tem para o cotidiano da escola e da comunidade escolar.

É quase impossível fazer uma relação entre empregabilidade e educação. Mesmo constatando diariamente a perca de alunos do ensino médio em tempo integral que trocam de escola ou turno para ingressar no mercado de trabalho, os professores continuam afirmando que um dos problemas do País é a falta de emprego. Não é raro, na escola que oferece ensino médio em tempo integral, encontrar nos corredores, nas salas de aula e nos murais avisos com estas palavras: “Contrata-se jovens maiores de 16 anos para trabalho temporário”.

Nem mesmo na disciplina de sociologia se faz qualquer trabalho sobre a relação emprego, trabalho, remuneração, direito trabalhista e garantias sociais. Nossos alunos e poucos professores sabem falar com desenvoltura sobre a carga tributária que incide sobre a folha de pagamento. Raramente um professor sabe falar sobre garantias sociais na relação trabalho e emprego.

Em relação à tecnologia, recente pesquisa, realizada na escola constatou que nem alunos, nem professores utilizam os recursos tecnológicos para a produção de conhecimento ou para o intercâmbio cultural. A maioria absoluta constatou que usa a internet para pesquisa genérica.

imagem de Rosani Maria Kochepka

Reflexão 3

CADERNO 3

Reflexão e Ação

As decisões sobre o currículo se instituem como seleção. Na medida em que se trata de uma seleção, e que esta não é neutra, faz-se necessário clareza sobre quais critérios orientam esse processo de escolha. Promova um debate entre os professores participantes deste curso tendo como tema a seguinte questão: “Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da cultura?” Registre esse debate e compartilhe as conclusões em suas redes de contato.

O currículo deve refletir a expressão da prática e da função social da escola. O campo do currículo, conforme estudamos, possui uma dimensão explicativa, que nos ajuda a compreender porque fazemos desse modo e não de outro e uma dimensão prescritiva,isto é, nos coloca diante da necessidade de definirmos antecipadamente alguns pontos de chegada e caminhos possíveis para realizar nossas intenções pedagógicas. O parecer CNE/CEB 05/2011 que estabelece as DCNEM, discute a importância de procurar formas de organizar o currículo, de maneira a dar significado aos saberes escolares.

Tendo o aluno como fio condutor dos conteúdos, necessitamos conciliar no ensino médio: o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura, estas, portanto não podem ser homogêneas nos currículos nacionais. Faz-se necessário garantir que uma unidade de conhecimentos historicamente acumulados seja oferecida no ensino médio. De tal maneira, concluímos que é um grande desafio e que o mesmo é paulatino, para que os alunos possuam uma formação básica dentro dos interesses necessários.

Busca-se, na prática diária, a intervenção e a associação dos conteúdos sistematizados e historicamente acumulados ao cotidiano cultural e social do aluno, fazemos um elo entre o que se ensina e o que se vive, intenciona-se reduzir o abismo entre conteúdo curricular e a prática do aluno, ainda que muitas vezes fique incompreendido o porquê da importância de alguns conteúdos curriculares serem abordados com os alunos.

Reflexão e ação

Reconhecemos a complexidade das propostas das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Por essa razão, propomos que se

reserve um tempo para a leitura e aprofundamento:

1) Ler e analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (Parecer CNE/ CEB 05/2011 e Resolução CNE/CEB nº 02/2012 disponíveis em: ;

2) Organizar uma roda de conversa com os professores da escola sobre as DCNEM.

3) Sistematização: quais as proposições que mais geraram debate? A que você atribui que tenham sido essas as questões mais polêmicas?

Após discussão realizada, destacam-se as seguintes opiniões: existem uma dificuldade de manter a disciplina/ordem em sala, despertar o interesse do aluno e motivá-lo a sair do senso comum e aprofundar seu conhecimento. Outro fator é que há muitos conteúdos a ministrar em relação às poucas aulas da matriz curricular. Estes são os principais assuntos que permearam o debate entre o grupo de professores.

Acreditamos que estas questões tenham se tornado as mais polêmicas pelo motivo de que os professores, muito preocupados em ensinar ao máximo seus alunos, buscam abarcar diversos conteúdos curriculares e não dão conta de ministrá-los na sua totalidade. Pensamos que há uma frustração do aluno ao “receber” alguns conteúdos que o professor considera como mais importantes pelo fato de esses conteúdos estarem, muitas vezes, dissociados do seu cotidiano, acarretando o desinteresse em compreendê-lo.

4) Faça o registro dessa atividade e socialize com os demais professores cursistas.

Após o registro dessas atividades, precedidas pela discussão coletiva, realizamos a socialização e a postagem das atividades.

Reflexão e ação

Leia atentamente o quadro abaixo:

FINALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA

– Propiciar o desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional do educando, tendo em vista a construção de sua autonomia intelectual e moral;

– Possibilitar o desenvolvimento das capacidades de comunicação, por meio das diferentes linguagens e das formas de expressão individual e grupal;

– Incentivar o gosto pela aprendizagem, pela investigação, pelo conhecimento, pelo novo;

– Exercitar o pensamento crítico, por meio do aprimoramento do raciocínio lógico, da criatividade, e da superação de desafios;

– Estimular o desenvolvimento psicomotor, as habilidades física, motora e as diferentes destrezas;

– Propiciar o domínio de conhecimentos científicos básicos, nas diferentes áreas, tais como: Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Biologia, Física, Química, Sociologia, Filosofia, Educação Artística e Educação Física;

– Favorecer a socialização, isto é, a produção da identidade e da diferenciação cultural, mediante a localização de si próprio como sujeito, da participação efetiva na sociedade e da localização espaço-temporal e sociocultural.

Que relações você estabelece entre essas “finalidades” e o que é praticado nas escolas, considerando sua experiência como aluno e como professor?

A relação que estabelecemos entre as finalidades da educação e a prática nas escolas é de uma grande busca para conectar de fato alguns destes itens que são difíceis de serem atingidos em sua totalidade. No entanto, as relações que existem atualmente entre a instituição de ensino e o aluno, são de fragilidade, pois na sua grande maioria, percebemos que a escola é vista como uma instituição que tudo aceita e nada pode fazer, isso é fala dos próprios alunos, que percebem a escola como “de mãos atadas” no tocante à disciplina.

Acreditamos que para ser capaz de englobar toda a formação humana que a sociedade espera da sociedade, a escola não pode se distanciar tanto no comportamento que o mundo possui, ou seja, há um pensamento do “tudo pode” na escola, quase não se reprova, praticamente não se pune, existem muitos direitos que o aluno possui, mesmo que ele mesmo não saiba ainda cumprir seus deveres. A política da impunidade domina e os alunos sentem-se “donos” da escola e senhores dos professores, que estes, ainda que motivados e comprometidos com a educação e com a boa formação, sentem-se sem apoio das autoridades competentes para resolver problemas básicos para que suas aulas possam buscar atingir a essas finalidades.

Há uma grande preocupação com o currículo, com as melhores escolhas dos conteúdos, com as melhores práticas e variações pedagógicas, mas não há uma preocupação em ver a real condição em que os professores exercem suas profissões, com muito dolo e corriqueiros exercícios de paciência.

Em nossa experiência como alunos da educação básica , o professor era autoridade, a equipe pedagógica e a direção, juntamente com os pais, eram capazes de resolver com grande eficiência e rigor (deixamos claro que sem punições físicas) as dificuldades que ocorriam em sala de aula, no entanto, na atualidade, a aceitação parece ser a força motriz da prática pedagógica, muitas vezes, prejudicando os alunos que não conseguem entender seu papel de estudante, prejudicam a própria e a alheia aprendizagem, o que implica diretamente no processo formativo ao longo de sua vida.

Refletir: essas finalidades não são “disciplinares”, mas emergem da contribuição que cada disciplina, cada área, cada experiência vivida dentro e fora da escola oferece no processo formativo ao longo da vida. Em vista dessa consideração, escreva um texto no qual você evidencie as contribuições do que você ensina para o desenvolvimento da autonomia intelectual e moral de seus alunos.

Para contribuir com o desenvolvimento da autonomia intelectual e moral dos alunos, muito tem se feito em cada ato pedagógico, pensado com muito estudo para a sala de aula. Ser autônomo moralmente significa poder analisar criticamente a obrigatoriedade das normas. Interagindo com crianças pequenas, o pensador Piaget acompanhava a psicogênese da noção de obrigatoriedade moral. Ao afirmar que a obrigatoriedade moral segue uma gênese na criança, Piaget se opõe, consequentemente, ao imperativo categórico de Kant, para quem a obrigatoriedade da lei se constitui em categoria da Razão prática.

E isso quer dizer que basta esperar o momento para que a criança compreenda o que deve fazer ou não deve fazer. Esse compreender pela criança ocorre até os onze, doze anos. Piaget defende que o juízo moral não é inato; portanto, estará determinado pelos quatro fatores do desenvolvimento mental: maturação, experiência, interação social e regulação. É aí que entra, no nosso entender, a participação da escola no processo da educação moral dos alunos, pois não basta esperar, passivamente, que o aluno atinja sozinho o nível da autonomia moral. O aluno entende que a obrigatoriedade decorre da autoridade, que geralmente, é representado numa figura do contexto familiar (pai, mãe, irmão mais velho) ou do contexto escolar (professor, colega mais velho).

Os alunos compreendem que as normas escolares se tornam obrigatórias quando estes participam da elaboração das normas. É por isso que muitas vezes se torna tão difícil aplicá-las quando eles não participam da sua confecção. Pensamos, pois, que se torna necessária uma revisão das práticas disciplinadoras na escola para não perdermos os valores éticos e morais indispensáveis para a vida em sociedade. As contribuições que nós professores realizamos são inserir em nossa aula as discussões, os debates, as interpretações e leituras sobre o que se considera de grande importância para a formação humana e integral do aluno, por meio de inúmeras práticas e metodologias que se façam compreender.

Reflexão e ação

1. Faça a leitura da proposta curricular da sua escola e do componente curricular em que você atua presente nessa proposta.

2. Organize uma roda de diálogo com os jovens alunos da escola e com seus colegas professores; – sobre o currículo da escola; sobre o currículo vivido por estes alunos; sobre o sentido do conhecimento escolar, das experiências vividas mediadas por esse conhecimento e sobre a necessidade de outros conhecimentos e abordagens; conduza de modo a fazer emergir propostas, sugestões de outros encaminhamentos para o currículo, para as disciplinas e para outros arranjos curriculares, considerando as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia.

3. Sistematize as conclusões e socialize seus registros em redes virtuais interativas.

Percebemos a importância do currículo na sua totalidade, no entanto, alguns conteúdos podem ser mais abordados enfatizando os cinco passos de Saviani, para a metodologia ficar mais didática para o aluno, de forma que ele perceba o processo evolutivo desde sua prática inicial até chegar a prática social final, notando a verdadeira mudança sobre seu pensamento, entendimento e correlação com o conteúdo.

Outros, todavia, podem ser vistos se maneira mais passageira, pois eram considerados essenciais e sofreram alterações de sentido devido à evolução e a mudança que os anos trazem com eles. Os alunos constroem sentido no que lhes é significativo, portanto cabe ao professor promover a relação entre a prática e a teoria, informando sempre para que aquele conteúdo é necessário, ao fazer isso, o próprio professor repensa seus ideais e realiza uma nova seleção dos conteúdos, na medida em que um conteúdo apenas é “parte” do livro didático, ele torna-se menos desejável, oferecendo espaço a discussões e estudos mais significativos.

Concluímos, portanto que esse processo de reconstrução do currículo torna-se essencial para repensar a prática, selecionar, descartar ou acrescentar conteúdos de acordo com as necessidades atuais do ensino.

imagem de Rosani Maria Kochepka

Reflexão 2

Questão 1 - Resposta: Desde o seu princípio a escola é um espaço para adquirir e transmitir o conhecimento e no tema em si, reflete preocupação em se saber administrar as diversas funções humanas neste ambiente escolar.
É nesse sentido que nos deparamos com o jovem que procura sua real identidade com o conhecimento que lhe é oferecido durante a escolaridade do ensino médio.
Acredita –se que a culpa pelos erros ou acertos independem da vontade, pois é um fator comum e nem sempre será daquele que gerencia o conhecimento, uma vez que os alunos precisam adaptar-se ao ambiente oferecido. O jovem é um ser em formação, e portanto, cabe-nos saber lidar e administra o conflito que se instala diante do convívio das gerações e da falta de interesse por parte de alguns estudantes.
O mundo evolui a cada dia e todos os envolvidos devem acompanhar e participar dessas mudanças culturais e a escola não deve ficar presa somente às normas institucionais, mas oferecer e compreender práticas diagnosticadas, por estes seres (jovens) que buscam crescer ou criar formas de aprendizagem mais simples e coerentes.
Para haver uma harmonia entre professor e aluno deve-se oportunizar várias atividades que integrem de maneira geral todos os educandos de forma concreta.
Nesse sentido propõem -se instigar os alunos sobre qual é a opinião dele referente ao que é necessário criar para haver um ambiente propício e produtivo para o ensino e a aprendizagem. Organizar oficinas que incentivem o protagonismo juvenil (teatro, coral, dança, música), oportunizar gincanas com grupos mistos de toda comunidade escolar para interagirem.
No entanto, sabemos que essa transformação perpassa por vários fatores, tais como a cultura instalada por muitos de que a escola é somente um espaço de passagem, ficando a importância da aquisição do conhecimento para segundo plano; todos os educandos deveriam frequentar a escola em Tempo Integral, o que de fato possibilitaria oportunizar as atividades acima citadas, o que não se torna possível na atual estrutura do currículo.

Questão 2 Resposta

Considera-se que conversas sobre esse assunto é um exercício de aproximação com os estudantes e que é uma proposta interessante dialogar sobre as conversas que os estudantes estabelecem desde que seja no sentido de instigá-los a refletir sobre quais os conteúdos abordados, qual a necessidade e importância dessa forma de comunicação para a sua vida. Questioná-los sobre se o conteúdo da conversa pela internet ou na forma presencial pode ser de igual importância, pois acredita-se que a interação e o olhar nos olhos sempre tem mais valor e promove uma maior aproximação entre eles.
Além dos conteúdos trabalhados em cada disciplina, algumas atividades são desenvolvidas para que os estudantes sintam-se atraídos pela escola entre elas a realização de Jogos, Festa Juninas, Shows Artísticos, Palestras, Feira do Conhecimento , apresentações . Também deve-se programar gincanas envolvendo alunos, profissionais da educação e famílias.

Questão 3 :RESPOSTA

Como professores podemos ser parceiro e construtores dos nossos jovens auxiliando-os a se conhecerem melhor, incentivá-los a experimentar suas potencialidades, descobrindo o mais gostam de fazer, aumentando sua capacidade de projetar e acreditar nos seus sonhos e desejos e também contribuir para que desenvolvam as capacidades para realizá-las.
Para incentivar os jovens estudantes a falar sobre si no presente e de seus projetos de vida futura, podem ser utilizadas diversas estratégias metodológicas entre eles o teste vocacional, que os leve a refletir sobre o que deseja ser, aproximar-se dele para ouvi-lo e valorizar o que exprime.
Considera-se bastante interessante a sugestão da troca de correspondência entre os estudantes com a mediação docente para abrir a possibilidade para o diálogo sobre as expectativas juvenis frente a vida, inclusive abordando a questão do trabalho que é um assunto da vivência cotidiana da maioria dos nossos estudantes, percebendo-se que a relação dos jovens com o mundo do trabalho não se estabelece de maneira igualitária e nem se resume a dimensão da necessidade. Para alguns a inserção no mercado de trabalho é considerado algo positivo, pois, observa-se que conseguem conciliar o mesmo com as atividades da escola começando a ser até mais responsável quanto a sua organização e aproveitamento enquanto outros priorizam o trabalho e não os estudos.

CONSIDERAÇÕES DOS ALUNOS SOBRE A PESQUISA:

Dos 129 alunos matriculados no estabelecimento no Ensino Médio, 125 responderam a pesquisa (97%)
Possuem faixa etária média entre
64 alunos/alunas (51%) possuem atualmente trabalho remunerado
42 alunos/alunas (66%) trabalham de 4-6 horas enquanto a minoria (22 alunos/alunas 34%) trabalham de 6-8 horas
A maioria dos jovens que ainda não possuem trabalho pensam trabalhar um dia ainda durante o tempo de escola
Devido a carga horária de trabalho mais da metade dos alunos/alunas recebem menos de um salário (37 (58%)), um salário mínimo (22 (34%)), enquanto 03 jovens recebem entre 2-3 salários mínimos (8%)
Mais da metade dos alunos (40 (62%)) não precisam auxiliar nas despesas familiares com seu rendimento, ficando 100% do rendimento recebido para si e suas despesas, enquanto 24 (38%) ajudam no sustento da família?
Sobre as condições de trabalho, relataram os jovens (58 – 91%) que trabalham em condições de segurança e proteção, enquanto (03 – 4,5%) as vezes trabalham em situação de risco (sem segurança e proteção) e outros 03-4,5% sentem-se em condições de exploração.
Todos entrevistados relataram conhecerem boa parte dos seus direitos de trabalhadores
Sobre os ofícios desempenhados e áreas de atuação, as 7 mais comuns para estes jovens foram:

Agricultura
Baba/Diarista
Serviços Gerais
Atendentes (lojas, restaurantes, cantinas, lanchonetes, sorveteria)
Secretária
Entregador (supermercado)
Assistentes (de marcenaria, metalúrgico, pedreiro, produção, piscicultura, pintor, escritório de contabilidade, poda de arvore, reforma de carroceria, irrigação, eletricista, salão de beleza, floricultura)

Questão 4: Resposta

Certamente a abertura ao diálogo sempre traz muitos benefícios e não somente entre professores e alunos, mas em todos os relacionamentos. Através desta abertura é possível resgatar a confiança da maioria dos nossos educandos, ouvindo seus anseios, dificuldades, objetivos. Precisamos demonstrar que somos parceiros e buscamos os mesmos objetivos.
Avalia-se como interessante a ideia da carta, endereçada aos alunos. Pois ao efetivar essa prática, pode-se conseguir resgatar a confiança, a parceria e a afetividade de grande parte dos adolescentes e jovens. A sugestão é usar o modelo publicado, adaptar a carta e elaborá-la pelo coletivo escolar. Ser lida nas salas de aula por um professor e após isso expô-la no quadro mural da escola

imagem de ANGELICA BORELLI FRIDRICH

Reflexão e ação do caderno II

O jogo de culpados na verdade se arrasta por muitos anos, motivado pela necessidade de mascarar as reais causas do fracasso educacional brasileiro, ocultando os interesses políticos de negligenciar a educação pública. Enquanto os alunos e de modo geral, a comunidade culpam os professores e os professores no desespero de dividir a responsabilidade culpam os alunos e a desestruturação familiar, o estado por sua vez, omite-se de suas obrigações de desenvolver políticas sociais e educacionais efetivas. Diante dessa cortina de fumaça o estado promove uma gama de medidas superficiais e paliativas como programas de capacitação do professor que não dão conta de sanar as necessidades da prática docente, mas que promovem uma aparente preocupação em qualificar os profissionais, reforçando ainda mais a que a falha encontra-se no professor.
Da mesma forma que professores e alunos tornam-se reféns de um sistema educacional obsoleto, tornam-se proporcionalmente responsáveis por reivindicar e lutar pelas mudanças necessárias. Falta sim, maior comprometimento de ambas as partes em todo processo.
Atualmente nos deparamos com um grande desafio em nossas escolas, relacionado aos jovens estudantes. Convivemos com uma diversidade enorme de problemas enfrentados diariamente no nosso cotidiano escolar. Todos nós, fazemos parte desse processo, portanto, não há um só culpado, mas sim, todos são levados a esse desafio.... “A busca da compreensão a respeito do que significa ser jovem estudante em nossos dias.”
A aproximação seria o primeiro passo para construir novos relacionamentos, através do conhecimento da problemática da juventude, ou seja, conhecer a realidade, os interesses, necessidades e anseios da realidade juvenil.
Outro grande desafio é dar um novo sentido para a escola, devemos refletir nos fazeres, nos saberes e nas práticas cotidianas, para que se efetive de fato a aprendizagem significativa. O professor, mediador e responsável pelo processo ensino aprendizagem deve adotar uma postura investigativa, não somente com seus conteúdos, mais sim com as condições e identidades juvenil dos estudantes.
Estamos criando uma geração de jovens que são adeptos às novas tecnologias, que já nascem com "um dispositivo eletrônico”, pois desde criança são apresentados meios tecnológicos como, por exemplo, o computador no acesso a internet que hoje fazem dos jovens reféns no uso acelerado da internet. Desse modo, essa faixa etária está vivendo cada vez mais distante das formas tradicionais, como por exemplo: são raras as famílias que nos dias de hoje sentam-se á mesa para fazer as refeições diárias. A grande consequência disso, muitos afirmam ser a falta de tempo e muito trabalho, assim os jovens geralmente chegam em casa pegam "qualquer coisa" da geladeira e de forma "viciada" já estão nas redes sociais, nos bate-papos no intuito de fazer amizades virtuais ou acessando programas inadequados para sua faixa etária.
É necessário que os responsáveis dialoguem mais, observem com quem os filhos se relacionam virtualmente, mostrando aos mesmos que a internet tem seu lado positivo se usado de maneira correta e negativo se usado de maneira imprópria, ressaltando a importância de uma conversa presencial onde se vê e se fala com a pessoa que está a sua frente.
Já, no espaço escolar percebe-se que os alunos vivem conectados a internet pelo celular, aonde muitos só chegam a cumprimentar o seu colega quando é obrigado a "desligar" o fone do seu aparelho eletrônico para entrar na sala de aula, acredito que os mesmos, ainda não se deram conta da importância de uma conversa presencial, pois percebem que virtualmente falando é mais divertido e pode-se falar com uma pessoa que desconhece sobre assuntos variados, onde os jovens pensam que não serão cobrados como pais e professores.
Podemos buscar um meio de maximizar nosso poder de relação interpessoal. Conquistando a simpatia para que o aluno veja na figura do professor não um inimigo, mas sim uma pessoa preocupada naquilo que para ele é importante.
Muitas vezes um gancho a partir de um tema abordado em sala, acaba por aproximar um pouco mais aquele aluno arredio, permitindo uma maior interação e uma abertura ao diálogo onde os assuntos que o afligem possam ser abordados de forma produtiva, sanando dúvidas, e quem sabe, ajudando o aluno a se compreender mais e nós mesmos passemos a compreende-lo e olha-lo com olhar de reconhecimento e sendo assim um elemento de transformação na vida daquele aluno e quem sabe, em alguns casos ,na nossa própria vida!
Não acredito em um momento específico durante as aulas para desenvolver o diálogo, acredito sim que todo o momento é oportuno e vale a pena se nos aproxima do aluno, seja ele qual for e qual história carrega consigo.
Saber ouvir e promover conversas informais aproximar-se dos alunos a fim de familiariza-se com essa nova juventude para entender suas linguagens saberes e gostos a fim de atraí-los ao mundo do conhecimento acadêmico. A conscientização dos alunos na participação e colaboração com o grêmio estudantil, promovendo discussões sobre interesses e projetos que gostariam de desenvolver na escola. Durante o trabalho dos conteúdos ressaltar questões do Exame Nacional do Ensino Médio ou outras instituições de ensino superior é uma forma de conhecer suas expectativas futuras suas escolhas e se esta está ligada a sua atividade profissional atual. Desenvolver projetos extraclasse, eventos culturais, informação e orientação profissional também pode ser uma forma de aproximação.
Promover situações de participação da comunidade escolar, procurando envolver os alunos na construção do conhecimento, assim, dando significado ao seu aprendizado.
A família é o alicerce, quando sentimos a participação efetiva dela, percebemos que o aluno tem uma visão diferente de escola. Para muitos, lógico que os que vêm à escola por obrigação, os professores que tentam passar seu conteúdo, tentam deixá-los cientes sobre as questões pedidas em qualquer teste, são considerados “chatos”. É exatamente isso que se ouve com relação aos profissionais que tentam fazer seu trabalho. Bom, é aquele que deixa fazer bagunça em sala, deixa mexer no celular, porque - afinal das contas - não está incomodando, manda fazer um trabalho e quando é entregue, é dado nota porque o sistema não quer reprovações. Está havendo acomodações? Com certeza, afinal de que adianta você se esforçar, ser taxado de crica, encrenqueiro etc etc etc, se no final há a necessidade da aprovação? O diálogo é importante? Sem a menor sombra de dúvida, mas o comprometimento deve superá-lo porque, afinal, cada um precisa pensar e fazer o seu futuro. Como já mencionei, há diferença entre as classes sociais. São poucos os alunos que sendo de classes menos privilegiadas, entendem o valor do estudo. Ao entrarmos em uma sala, o que ouvimos sempre é: vamos fazer uma aula diferente, ou, quando se começa a relatar um assunto, percebe-se que eles fazem perguntas e não fazem questão de esconder que é para passar o tempo e não ter conteúdo. Mas, quando vão fazer um teste, que é do seu interesse, há uma procura pelo conteúdo, há, pode-se dizer, uma cobrança sobre os itens que lhe são indicados.
O trabalho do dia a dia de sala de aula sempre funciona melhor quando se consegue estabelecer uma relação de parceria e de troca. Mas nem sempre é possível atingir um nível razoável de comunicabilidade entre as duas partes. Quando se trabalha com muitas turmas em faixas etárias que variam entre os 12 e 17 anos, é preciso dispor de um repertório de metodologias bastante amplo, dadas as características de cada idade. O modelo engessado da escola não permite muitas variações metodológicas. Este formato coletivo de sala de aula dificulta muito a percepção das individualidades.
Nossos jovens tem vários sonhos e desejos, buscam por respostas que nem sempre as encontra. Deveria ser na família a base para receber essa orientação necessária para a realização de seus projetos.
Mas como bem sabemos que, nem sempre, nos dias atuais, as famílias se encontram preparadas para dar o alicerce necessário para esse jovem. Então, cabe a escola, nesta perspectiva de formação integral dos jovens estudantes, estar proporcionando esse amparo, essencial para sua vida. Conhecer a realidade, fortalecer e estabelecer vínculos de aproximação, trabalhar com nossos alunos a auto estima, fazer com que ele acredite que ele é capaz sim de se realizar.
Acredito que estaremos formando não só cidadãos atuantes na sociedade, como também, pessoas realizadas.

imagem de ANGELICA BORELLI FRIDRICH

Reflexão e ação do caderno I

A falta de interesse e o alto índice de evasão dos estudantes do ensino médio estão entre os principais problemas da educação brasileira nesta etapa da escolarização. Um dos motivos é a questão socioeconômica dos estudantes, que fazem com que muito cedo tendem a trabalhar para ajudar no sustento da casa desestimulando-os e aumentando dessa forma o índice de reprovação e o abandono escolar. Podemos determinar algumas questões para o ensino médio como a qualidade dos professores, o que envolve a formação na universidade, a oferta de educação continuada, as condições de trabalho, a carreira, incluindo salários, equipamentos e infraestrutura.O grande desafio no ensino médio é garantir o direito igualitário de todos de forma pública, gratuita, laica e com qualidade. E as especificidades precisam ser consideradas no projeto pedagógico e na organização curricular, sem prejuízo da garantia da base comum, assentada na concepção de formação humana integral.
É possível identificar estudante filho de classe média alta, que se dedica aos estudos e almeja frequentar um bom curso superior; e o estudante filho de classe média baixa com acesso cultural limitado, que já trabalha em empregos braçais, até mesmo com um salário, falta de perspectiva e ambição quanto aos estudos, famílias desestruturadas emocionalmente e com dificuldades de impor limites aos seus filhos. Outro fator é a obrigação do comparecimento na escola para não serem incomodados do conselho tutelar. A maioria dos alunos de Classe Media Alta possuem o acesso à internet (celular, tablet, computador...), a maioria já trabalha enquanto outros são sustentados pelos pais. Embora, muitos não possuem interesse por atividades culturais (peças teatrais, cinema...). Alguns possuem a “Cultura Familiar”, precisam ajudar em casa, tornando-se um grupo conservador, do interior, que vem para a escola com a visão de que não há necessidade de frequentar. Considerando os alunos de classe média baixa vivem da agricultura; descendentes de alemãs, trabalho futuro é seguir os pais; outros ainda, pretende seguir a profissão de motorista, pedreiros, alguns vão ainda para grandes centros.
Em meio a essa disputa por projetos societários e educacionais, as novas DCNEM (BRASIL, 2012a) sinalizam para um caminho distinto do atual. Afirma-se que “o Ensino Médio é um direito social de cada pessoa, e dever do Estado na sua oferta pública e gratuita a todos” (Art. 3º) e que “[...] em todas as suas formas de oferta e organização, baseia-se [...] (Art. 5º)” na “Formação integral do estudante” (Art. 5º, Inciso I).
A função da escola/estado segundo a DCN é preparar o estudante para o mercado de trabalho, além de tudo para a vida. Deve-se respeitar as individualidades, a diversidade apoiadas pelas políticas publicas e educacionais.
Com relação aos dados da escola, podemos afirmar que estamos a caminho da universalização do ensino médio, pois a maioria dos estudantes que ingressam no ensino médio se forma. Através do incentivo familiar, do Estado em oferecer melhores perspectivas ao campo de trabalho.

imagem de Rosani Maria Kochepka

Reflexão 1

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1 ) A elite Brasileira sempre teve privilégios na Educação. Atualmente percebemos que ainda há privilégios na nossa sociedade. Os estudantes de baixa renda não veem motivação para cursar o ensino médio, que historicamente chamou-se de propedêutico, e depois passou a se chamar educação geral transformando-se em ensino médio ofertado hoje nas escolas, que não profissionaliza, pois a maioria dos alunos não almejam cursar um bom curso superior. Na atualidade os trabalhadores com grau de instruções correspondente ao ensino médio tem conseguido apenas trabalhos braçais em linhas de produção, e não era condição para isso ter ensino médio completo. Portanto o estado deveria dar maior suporte humano e recursos didáticos .

Pag 32

2)O perfil social dos nossos alunos são na sua maioria do campo classe média baixa, alguns alunos já são trabalhadores e poucos alunos almejam um curso superior. Culturalmente os alunos são de descendência Européia . E o acesso a cultura é diferenciada pois alguns alunos possui maior acesso do que outros no campo da tecnologia.

Pag 40

3) “ O ensino Médio é um direito social de cada pessoa, e dever do estado na sua oferta pública e gratuita a todos” ( Art. 3) e que todos as suas formas de ofertas e organização, baseia-se no Art 5 na formação integral do estudo” Portanto a função da escola, estado segundo a DCN é preparar o estudante para o mercado de trabalho, além de tudo para a vida. Deve-se respeitar as individualidades e as diversidades apoiados pelas politicas publicas educacionais.

Pag 45

4) Em relação a nossa escola podemos afirmar que estamos a caminho à universalização do ensino médio, pois a maioria dos estudantes que ingressam no ensino médio se formam.

Podemos chegar a essa universalização através do incentivo dos pais, e ao estado compete a oferecer melhores perspectivas ao campo profissional.

imagem de Nadja Regina Matte

O aluno como sujeito do processo educativo - por Inês A. Fávero

O ALUNO COMO SUJEITO DO PROCESSO EDUCATIVO
por INES ANGELINA FAVERO - sexta, 14 novembro 2014, 18:41

A coordenação pedagógica tem um papel importante atuando como articulador da prática pedagógica, principalmente na escola pública, buscando sempre a qualidade do ensino, pois ele é o profissional da educação que atua na organização de processos educativos, com a responsabilidade de despertar nos alunos a importância da apropriação e o domínio da cultura letrada, de modo que este domínio funcione como ferramenta de luta no seu trabalho e no meio social em que ele vive. Precisa ainda, articular junto aos professores, para que no processo pedagógico seja garantido o acesso aos conhecimentos científicos e assim participe da cultura, da ciência, e dos benefícios sócios, econômicos e tecnológicos, construidos socialmente. Sabemos que este objetivo só se concretiza se o professor pedagogo, assuma as responsabilidades pedagógicas, políticas e sociais no exercício de suas funções, como mediadores no processo de organização e também na coordenação para que as ações escolares sejam efetivadas. É preciso que o pedagogo compreenda que a função básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimentos, habilidades e valores necessários à socialização do indivíduo. Estas aprendizagens devem constituir-se em instrumentos para que o aluno compreenda melhor a realidade que o cerca, favorecendo sua participação nas relações sociais, cada vez mais amplas, possibilitando a leitura e interpretação de informações e fatos que acontecem ao seu redor. Mas também sabemos que a escola pública hoje é limitada, a forma de como está estruturada dificulta que o pedagogo desempenhe de fato sua função pedagógica e política, no entanto é necessário quebrar paradigmas buscando ações que democratize o interior das escolas, articulando a participação coletiva em todas as ações escolares.

imagem de CEEBJA de Santa Helena

Síntese das discussões Caderno 04 do Pacto do Ensino Médio

O CEEBJA – Centro de Educação para Jovens e Adultos, do município de Santa Helena do NRE de Toledo, Estado do Paraná.
Orientadora de estudos: Daniela Inês Oberger
Cursistas: Cristiane Sbabo Tosta; Fernando Luis Spies; Ivone Maria Varnier; Janete Martinelli Varnier; João Rosa Correia; Jhulie Facciochi; Márcia Ivone Franz Klein ; Nilse Lucia Girotto e Nilva Lenz Zimmermann.

Após assistir ao vídeo, participar da discussão do Fórum e realizar as leituras dos textos propostos, construa (coletivamente) dois textos sobre a possibilidade de articulação entre as disciplinas curriculares com vistas à superação da fragmentação do saber. Para um deles, deve-se tomar como pressuposto o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico; para o outro, a interdisciplinaridade relacionada ao conceito de contextualização sócio-histórica como princípio integrador do currículo.

Texto 01- “ O trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico.”
Iniciando esta análise, vamos nos ater em um dos problemas que diretamente influenciam a qualidade do ensino aprendizagem, bem como é fator de estimulo ou repulsa por parte do educando, trata-se da estrutura de nossas escolas, as quais em nossa região oeste do Paraná e o Brasil padecem de reformas e investimentos para contemplar a presença de laboratório das mais diferentes áreas, bem como materiais complementares para aprimorar as aulas.
Portanto, trabalhar como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico exigirá bastante conhecimento prévio do educador, tempo de análise para eleger e organizar os conteúdos enfatizando as relações interdisciplinares e contextuais, que devem ser utilizadas como ferramenta do aprendizado as relações do cotidiano relacionando com as vivencias da sociedade em que se insere o educando fazendo com que o mesmo perceba a importância do conhecimento escolar na sua vida.
Ter conhecimento da realidade de cada educando tornou-se um desafio muito grande para o professor, pois, além do pouco tempo que dispõe para planejar e pesquisar também enfrenta salas de aula numerosas impossibilitando uma maior aproximação entre ambos de modo que favoreça o conhecimento pelo menos o mais próximo possível do professor em relação ao aluno, logo, também dificulta a interação entre estes.
Assim sendo, o professor não deve limitar-se somente ao ensino do conteúdo específico da sua disciplina, mas também relacioná-lo com as outras áreas da ciência e informar ao educando o porquê do conhecimento daquele conteúdo na sua vida. Para tanto, o professor necessita, de uma preparação em competências mais amplas, além do conhecimento do conteúdo, conhecer os métodos científicos empregados na produção do conhecimento, saber adaptar-se ao grupo e a cada aluno, planejar, acompanhar e avaliar atividades significativas e diferentes para que as estratégias de ensino propiciem a construção significativa do saber.

Texto 02 - “Trabalhar a interdisciplinaridade relacionada ao conceito de contextualização sócio-histórica como princípio integrador do currículo.”
Estamos em um momento de profundo questionamento quanto à direção que deve ser tomada para minimizar os problemas que permeiam o Ensino Médio. Para tal, façamos uma análise da atual conjuntura que envolve essa modalidade de ensino, englobando a estrutura, corpo docente, material de apoio, estrutura social, agentes educacionais e alunos. Iniciando esta análise, vamos nos ater em um dos problemas que diretamente influenciam a qualidade do ensino aprendizagem, bem como é fator de estimulo ou repulsa por parte do educando, trata-se da estrutura de nossas escolas, as quais em nossa região oeste do Paraná e o Brasil padecem de reformas e investimentos para contemplar a presença de laboratório das mais diferentes áreas, bem como materiais complementares para aprimorar as aulas.
Trabalhar com o pressuposto da interdisciplinaridade relacionada ao conceito de contextualização sócio-historica como princípio integrador do currículo o trabalho como princípio educativo exigirá grandes debates foram referentes à interdisciplinaridade/contextualização e a interação entre professor e aluno.
Assim sendo, faz-se necessário organizar os conteúdos enfatizando as relações interdisciplinares e contextuais, utilizando como ferramenta do aprendizado as relações do cotidiano relacionando com as vivencias da sociedade em que se insere o educando fazendo com que o mesmo perceba a importância do conhecimento escolar na sua vida.
A prática docente precisa ser pensada levando em conta a necessidade da formação de seres humanos mais críticos e atuantes na sociedade o que torna o papel do professor em transmitir informações muito complexo. Entretanto, o educador necessita que lhes seja oferecido políticas educacionais consistentes de formação como, melhor qualificação, condições de trabalho mais dignas e remuneração.

imagem de CEEBJA de Santa Helena

Síntese das discussões Caderno 03 do Pacto do Ensino Médio

O CEEBJA – Centro de Educação para Jovens e Adultos, do município de Santa Helena do NRE de Toledo, Estado do Paraná.
Orientadora de estudos: Daniela Inês Oberger
Cursistas: Cristiane Sbabo Tosta; Fernando Luis Spies; Ivone Maria Varnier; Janete Martinelli Varnier; João Rosa Correia; Jhulie Facciochi; Márcia Ivone Franz Klein ; Nilse Lucia Girotto e Nilva Lenz Zimmermann.

Caderno 03 síntese -
Estamos em um momento de profundo questionamento quanto à direção que deve ser tomada para minimizar os problemas que permeiam o Ensino Médio. Para tal, façamos uma análise da atual conjuntura que envolve essa modalidade de ensino, englobando a estrutura, corpo docente, material de apoio, estrutura social, agentes educacionais e alunos. Iniciando esta analise, vamos nos ater em um dos problemas que diretamente influenciam a qualidade do ensino aprendizagem, bem como é fator de estimulo ou repulsa por parte do educando, trata-se da estrutura de nossas escolas, as quais em nossa região oeste do Paraná padecem de reformas e investimentos para contemplar a presença de laboratório das mais diferentes áreas, bem como materiais complementares para aprimorar as aulas.
O corpo docente é composto por um percentual alto de profissionais graduados e especializados em sua área, no entanto ainda padecemos com carência de professores formados em determinadas áreas, bem como o crescente abandono da profissão de professor por falta de estímulo, valorização ou sobrecarga profissional, pois houve um aumento da cobrança feita à instituição escolar para que a mesma contemple funções anteriormente delegadas a outras instituições ou órgãos, tais como a família, conselho tutelar, secretaria de saúde e segurança, entre outros.
Visualiza-se uma falta de profissionais de várias áreas, bem como a necessidade da ampliação de vagas para os agentes educacionais, fundamentais para efetivar um bom andamento da escola, sem os quais os trabalhos sequenciais na sala de aula acabam sendo comprometidos.
Neste contexto de caus instalado nos sistemas educacional brasileiro, fruto de uma sociedade que permeia valores diferentes dos propagamos nos bancos escolares, encontramos uma leva de alunos desmotivados, para os quais a educação e o ensino não satisfazem sua necessidade atual e momentânea, ou não vislumbram possibilidades futuras de uso dos saberes escolares, provocando um aumento da evasão e repetência escolar. Esses índices elevados são consequência dos fatores anteriormente expostos os quais influenciam a qualidade da educação em nosso país.

imagem de CEEBJA de Santa Helena

Síntese das discussões Caderno 02 do Pacto do Ensino Médio

O CEEBJA – Centro de Educação para Jovens e Adultos, do município de Santa Helena do NRE de Toledo, Estado do Paraná.
Orientadora de estudos: Daniela Inês Oberger
Cursistas: Cristiane Sbabo Tosta; Fernando Luis Spies; Ivone Maria Varnier; Janete Martinelli Varnier; João Rosa Correia; Jhulie Facciochi; Márcia Ivone Franz Klein ; Nilse Lucia Girotto e Nilva Lenz Zimmermann.

Caderno 02 síntese -
Um dos principais dilemas da educação contemporânea é aquele que gira em torno da permanência dos alunos do ciclo médio nos bancos escolares. Atraídos pelo excesso de estímulos da sociedade de consumo em que a juventude estão inseridos, isto deixa-os desestimulados a frequentar a educação escolar de forma comprometida. A escola lhes parece um ambiente cansado e enfadonho.
No entanto, muito do que lhes parece fora de propósito nessa fase da vida, como exemplo, não preocupar-se com o futuro, entre outros, certamente irá adquirir sentido com o decorrer dos anos. Quando se dão conta, não estudaram, não especializou em uma formação que talvez lhes pudessem permitir uma vida com mais conforto. Todo esse dilema da educação vivido pelos jovens estudantes tem gerado muitas reflexões mundo afora sobre os possíveis caminhos de fazer com que o ensino médio seja vivido e percebido como significativo.
Neste contexto atual repleto de informações, nossos jovens menosprezam a importância de associar a informação adquirida por eles ao conhecimento sistematizado do professor-educador, os diferentes saberes associados dos educandos e educadores engrandeceria a construção do saber.
Desta forma, o Ensino Médio deve humanizar seu currículo as experiências vividas de seus educandos, essa interação entre informações adquiridas através das tecnologias de informação e o conhecimento sistematizado organizado através do currículo e das práticas pedagógicas proporcionariam a sistematização do saber e o maior interesse dos jovens.

imagem de CEEBJA de Santa Helena

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imagem de Catia Renata Viana Moura

múltiplas dimensões das identidades dos sujeitos do Ensino Médio

Diante do texto lido, acredito que as Escolas como atendem alunos do século XXI, devem está abertas as mudanças da pós modernidade.

imagem de FRANCISCA MONICA DA SILVA ARAUJO

Carta aos jovens Estudantes do Ensino Médio da Escola Maria Ari

“Jovens o futuro do nosso País depende de você, aproveitar o leque de oportunidades é o caminho a ser trilhado. Tenha objetivos, acredite no seu potencial, você pode você é capaz”.
Mônica Araújo
Queridos jovens
O problema da juventude estudantil nos dias atuais perpassa por um longo processo histórico cultural. Existe um grande desafio dentro dos espaços escolares de entender a você jovem, no que diz respeito a tudo o que você pensa, seus relacionamentos, o que você vive, como vive, o que você ouve, seus gostos, amizades, enfim tudo inerente a você , a indisciplina, a falta de compromisso, a falta de perspectiva, a desmotivação que perpassa por todo ambiente escolar.
Cada dia a cobrança se torna mais evidente na vida de vocês. Mais não podemos omitir que as oportunidades estão ai batendo nas portas diariamente, numa intensidade nunca vista antes . Assim gostaria de poder contribuir na sua vida, para daqui a algum tempo, num futuro muito próximo ser lembrada como alguém que contribuiu para você ter se tornado um medico um engenheiro, um advogado, um dentista, um professor ou outra profissão que você se despontar para exercer e exercer bem. Para isso poder acontecer não lhe falta oportunidade, o te falta é objetivo, é vontade de querer, é pensar no seu amanhã, no amanhã com uma vida digna, onde você possa desfrutar do que antes era privilegio de poucos (os mais abastados), e que hoje você pode concorrer com a classe dominante de igual para igual, pode ter e ser melhor do que eles.
O que você não pode, é não ter meta, não ter objetivo definido, ser iludido com o supérfluo, viver uma vida de ficção, isso sim é proibido a você jovem estudante. A sua família muito embora hoje, não valorize, não incentive, não vá a escola que você estuda, não acredite na mesma, mais você precisa entender e acreditar que ela é seu porto seguro, a sua permanência e continuidade nos estudos depende o seu futuro. Sua vida futura dependerá de suas atitudes hoje, o desenvolvimento de suas habilidades e competências, seu compromisso com a sua formação integral, você precisa pensar e acreditar no seu crescimento pessoal.
Quero que você “ALUNO(a)” pare e reflita, o que você tem feito ate hoje na sua vida de estudante, pensando no seu futuro e no futuro da sua família? Surpreendentemente mudamos nossas vidas, com as descobertas da importância da educação nas nossas vidas, é como um milagre divino, que chega e não questiona de que classe social somos, religião ou cor, apenas abre os nossos olhos e nos diferencia. Os horizontes ampliam nossas possibilidades, competências e habilidades, tornando-nos capazes de grandes realizações manipulando conhecimento e realizando sonhos e alcançando objetivos até então só na ficção.
Desejo a você estudante da Escola Maria Arioene de Souza e estudantes do Ensino Médio da Região Trairi a descoberta de um tesouro muito valioso para o seu futuro, que é a importância da educação para sua vida enquanto cidadão que em um futuro bem próximo estará ocupando as melhores cadeiras tanto no mercado de trabalho como nas Universidades.
Francisca Mônica de Araújo.
Formadora do Pacto Pelo Fortalecimento do Ensino Médio na Região Trairi.

imagem de Adélia Fávaro Lourenço Francisco

Caderno IV - Áreas de Conhecimento e Integração Curricular

CEAD CEEBJA Poty Lazzarotto - Curitiba
Professora Orientadora de estudos e Professores Cursistas
O Caderno IV cita que: “Formação humana integral é um direito de todo brasileiro, uma conquista histórica e uma construção tardia na qual não devemos aceitar retrocessos” (pp. 06 e 07), e que a diversificação das disciplinas contribui para que o indivíduo se distancie da essência humana:
“Pouco a pouco, a análise científica da realidade destrói a unidade e se desintegra em saberes cada vez mais especializados, que explodem cada vez mais em disciplinas particulares. E quanto mais as disciplinas se diversificam, mais elas se distanciam da realidade humana”.(p.11).
Tais afirmações mostram contradições dentro da própria proposta de trabalho, que está pautada no trabalho como princípio educativo, pois não considera que a evolução das disciplinas é resultado do mesmo.
Diante do exposto teríamos que responder as questões: O que se entende por disciplina? Qual é o papel social da escola - e sua interlocução com as Diretrizes Curriculares Nacional para o Ensino Médio - DCNEM?
No documento do Departamento de Educação Básica - DEB da Secretaria de Estado da Educação – SEED - O currículo disciplinar na educação integral e em tempo Integral - material entregue em curso, encontramos a seguinte abordagem em relação à definição de disciplina:
Embora longe de haver unanimidade em relação à conceituação das disciplinas escolares da EB, já que a literatura especializada se concentra mais em análises referentes à história das disciplinas considerando, sobretudo, o âmbito acadêmico (SACRISTÁN e GÓMEZ), há elementos característicos que são comuns na grande maioria dos estudos históricos e pedagógicos disponíveis, quais sejam:
1. As disciplinas escolares possuem um corpo teórico e conceitual referendado por saberes com certa tradição histórica e/ou valor cultural identificável e são passíveis de explicitar seus objetos de estudo e objetivos ou de demonstrar seus pressupostos e finalidades.
O atendimento a esta peculiaridade implica em que todas as disciplinas propostas contem com materiais disponíveis acerca dos conteúdos que englobam, tais como: acervos bibliográficos, estudos técnicos e/ou científicos e publicações de diversas naturezas, inclusive de cunho didático-pedagógico. Implica, também, em as disciplinas possam ter sua presença no currículo devidamente justificada, o que só é possível se tiverem um rol de conteúdos próprios e socialmente defensáveis. (DEMO)
2. As disciplinas escolares têm seus conteúdos, conceitos e propostas de trabalho possíveis de serem ensinados e aprendidos.
Esta característica é fundamental no que respeita à relação intrínseca entre os conteúdos disciplinares, sua importância formadora e o tratamento metodológico adequado ao público a quem se destinam tais conteúdos. Ou seja, todas as disciplinas escolares que historicamente tornaram-se tradicionais ou são consideradas socialmente relevantes, permitem que os professores realizem a transposição didática dos conteúdos/saberes que as compõem, de modo a que os mesmos sejam expressos em propostas metodológicas coerentes com as expectativas de aprendizagem e com os critérios de avaliação definidos nas propostas curriculares das escolas.
3. As disciplinas escolares requerem profissionais capacitados para ministrá-las.
Não há como falar em disciplina curricular sem considerá-la como saber que apresenta determinado nível de especialidade, caso contrário, sua existência não se justificaria enquanto relevante para a educação escolar. Essa condição, por sua vez, resulta que a disciplina escolar requeira a disponibilidade e a atuação de professores que dominem seu campo epistemológico, assim como detenham e pratiquem o saber didático-pedagógico concernente a ela, ou seja, saibam ensiná-la. Espera-se, portanto, que os profissionais agreguem, tanto o conhecimento dos conteúdos/saberes da disciplina que ensinam, quanto detenham os conhecimentos requeridos pelo ato pedagógico da elaboração e do desenvolvimento dos encaminhamentos metodológicos necessários para que o processo de ensino-aprendizagem se efetive. (DEMO)
4. As disciplinas escolares devem, individualmente, constituir um sentido pedagógico para o currículo e seu conjunto deve expressar a concepção da proposta pedagógica das unidades escolares nas quais foram propostas.
Essa característica significa que cada uma das disciplinas têm um propósito, uma finalidade e uma importância social bem estabelecida e o seu conjunto, ou seja, a matriz curricular, deve estar em consonância com o diagnóstico e as particularidades da escola, incluindo-se aí, o perfil dos estudantes e dos professores, a região onde se localiza a escola, suas fragilidades e seus objetivos pedagógicos. Esse conceito de articulação entre os conhecimentos da totalidade das disciplinas e, ao mesmo tempo, de respeito às especificidades de cada uma delas é fundamental sobretudo para que se realize o diálogo disciplinar. Afinal, conforme as DCEs a interdisciplinaridade ocorre a partir do aprofundamento dos conhecimentos que constituem as disciplinas, quando:
conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à discussão e auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo qualquer de outra disciplina;
ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma abordagem mais abrangente desse objeto. (PARANÁ, SEED, 2009, p. 27)

Além destas características, Chervel (1994), em sua reflexão sobre a história das disciplinas afirma que a história dos conteúdos é componente central, o pivô, no qual cada disciplina se constitui, e que as disciplinas surgem pelo agrupamento de conteúdos específicos, porém seu papel é mais amplo:
Ela se impõe colocar esses ensinos em relação com as finalidades as quais eles estão designados e com os resultados concretos que eles produzem. Trata-se então para ela de fazer aparecer a estrutura interna da disciplina, a configuração original a qual as finalidades deram origem, cada disciplina dispondo, sobre esse plano, de uma autonomia completa, mesmo se analogias possam se manifestar de uma para a outra.
No entanto, no Caderno IV (pp. 12 e 13), passa compreensão de que:
Na cadeia da produção do conhecimento inseriu-se o ensino, pois para que as pessoas possam compreender o mundo e produzir novos conhecimentos, é preciso que elas se apropriem do conhecimento já produzido socialmente ao longo da história. Porém, as disciplinas escolares, quando consideradas apenas como acervos de conteúdos de ensino, isoladas e desprendidas da realidade concreta da qual esses conceitos se originaram, não permitem que o processo de ensino-aprendizagem redunde efetivamente na compreensão da realidade pelo educando.

Então, as disciplinas são historicamente constituídas, com características próprias, com conteúdos que podem ser escolhidos de acordo com o cidadão que se pretende formar. Ora, se não existe problema na constituição das disciplinas, e se, por um lado, o Caderno aponta que a falha pode estar na formação e escolha de conteúdos, não seria falta de formação continuada dos professores o motivo do insucesso do Ensino Médio? Quem garante que a unificação de saberes pelas disciplinas não irá desconfigurar suas existências, e isso seria sucesso ou retrocesso na educação? Além do que, desconsiderar o “trabalho” de vários estudiosos até então, vai contra a própria proposta, onde o trabalho é eixo.
Tais dúvidas fazem sentido diante do contido na p. 253 do livro “Juventude e Ensino Médio: Sujeitos e currículos em diálogo”, lançado com apoio do Ministério da Educação e distribuído durante a formação em discussão:
Nas novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, DCNEM, as artes perdem o caráter de áreas específicas e entram no Ensino Médio na área macro de Linguagem, de forma transversal, no Ensino de História, no estudo de História e da Cultura afro-brasileira e indígena. O que se espera, neste sentido, é que as artes e as culturas sejam desenvolvidas de FORMA ARTICULADA, em projetos interdisciplinares e multidisciplinares consistentes, considerando a diversidade das expressões culturais regionais (UFMG, 2014).
No Art. 26 da Lei de Diretrizes e Bases – LDB 2, Parágrafo 2º, a arte é componente obrigatório, conforme segue:
§ 2o  O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (Redação dada pela Lei nº 12.287, de 2010)
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17... (acesso em 20.10.2014)
Não só o papel da arte está confuso, neste material produzido para a formação dos professores, como também a organização curricular que, segundo a LDB:
Art. 26.  Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.   (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17... (acesso em 20.10.2014)
Já as DCNEM, em seu capítulo I,
Art. 7º A organização curricular do Ensino Médio tem uma base nacional comum e uma parte diversificada que não devem constituir blocos distintos, mas um todo integrado, de modo a garantir tanto conhecimentos e saberes comuns necessários a todos os estudantes, quanto uma formação que considere a diversidade e as características locais e especificidades regionais.
Art. 8º O currículo é organizado em áreas de conhecimento, a saber:
I - Linguagens;
II - Matemática;
III - Ciências da Natureza;
IV - Ciências Humanas.
§1º O currículo deve contemplar as quatro áreas do conhecimento, com tratamento metodológico que evidencie a contextualização e a interdisciplinaridade ou outras formas de interação e articulação entre diferentes campos de saberes específicos. (BRASIL, 2012)
Não há, no livro citado, aprofundamento sobre o que seriam campos de saberes específicos. No decorrer da Diretriz fala-se sobre interlocução dos saberes. No inciso XIII do Art. 14
a interdisciplinaridade e a contextualização devem assegurar a transversalidade do conhecimento de diferentes componentes curriculares, propiciando a interlocução entre os saberes e os diferentes campos do conhecimento. (BRASIL, 1996)
Estamos diante de questionamentos – o que seriam campos de saberes, saberes e campos de conhecimento. E no Art. 11 da LDB
Outros componentes curriculares, a critério dos sistemas de ensino e das unidades escolares e definidos em seus projetos político-pedagógicos, podem ser incluídos no currículo, sendo tratados ou como disciplina ou com outro formato, preferencialmente, de forma transversal e integradora. (BRASIL, 1996)
Antes de continuar a reflexão abordando o papel social da escola faremos aqui uma reflexão sobre o livro já citado no que se refere à área de expressões e cultura, p. 259. Nesta parte, em que cabe a discussão sobre expressões e culturas e a afirmação de que estas poderiam estar mais incorporadas no cotidiano escolar ao tratar sobre a pichação como forma radical de manifestação, entre os relatos durante as aulas de arte, os próprios jovens não veem as pichações como manifestações artísticas, a não ser em sua criação que é única, como assinatura. A partir daí torna-se um jogo de poder na tentativa de superação entre os pares, onde jovens colocam a própria vida em risco. Sobre essas impressões, seguem abaixo, sugestões de endereços eletrônicos que tratam do assunto:
G1 - Jovem que tentava pichar hotel em Porto Alegre morre ...
g1.globo.com/.../jovem-que-tentava-pixar-hotel-em-porto-alegre-morre-...
03/05/2014 - Jovem tentava pichar hotel no centro de Porto Alegre (Foto: ... foram conduzidos ao Departamento da Criança e do Adolescente (DECA) e à …
Adolescente morre baleado após ter pichado casa no DF - G1
g1.globo.com/.../0,,MUL582228-5598,00-ADOLESCENTE+MORRE+B...
28/05/2008 - SAIBA MAIS Um adolescente de 17 anos morreu na madrugada desta quarta-feira (28) após ter pichado uma casa em Sobradinho II, cidade …
Pichador morre em fosso de elevador - Gazeta do Povo
www.gazetadopovo.com.br/.../conteudo.phtml?id...Pichador-morre...
29/09/2014 - Pichador morre em fosso de elevador. Publicado em 29/09/ ... No caso de adolescente pichador, os pais devem arcar com o valor. Denúncias ...
http://www.google.com.br/search?q=adolescentes+morrem+ao+pichar&oq=adole... – Acesso em 20.10.2014
Outro fato que chama atenção neste livro é o tratamento dado ao jovem estudante da escola pública na formação do currículo, pensa-se nos jovens, sujeitos marginalizados de uma sociedade. E como ficam as escolas do interior, do bairro, da comunidade? Estamos falando de qual escola? A escola pública não é para todos? Ao mesmo tempo em que discute sobre segregação, segrega?
Continuando a reflexão, é também necessário entender o papel social da Escola:
1 A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão que irá formar.
http://www.moodle.ufba.br/mod/book/view.php?id=14893&chapterid=11157 (acesso em 14.10.2014)
2 Cabe à escola formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem preparados para participar da vida econômica, social e política do país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa. A função básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimentos, habilidades e valores necessários à socialização do indivíduo. Estas aprendizagens devem constituir-se em instrumentos para que o aluno compreenda melhor a realidade que o cerca, favorecendo sua participação em relações sociais cada vez mais amplas, possibilitando a leitura e interpretação das mensagens e informações que hoje são amplamente veiculadas, preparando-o para a inserção no mundo do trabalho e para a intervenção crítica e consciente na vida pública. É necessário que a escola propicie o domínio dos conteúdos culturais básicos, da leitura e da escrita, das ciências, das artes, das letras. Sem estas aprendizagens, dificilmente ele poderá exercer seus direitos de cidadania.
http://democracianaescola.blogspot.com.br/2011/10/cabe-escola-formar-cid... (acesso em 14.10.2014)

Para concluir, citamos os estudos de Leutz (2014), realizado no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE e ainda não publicado:
A concepção de conhecimento traz consigo a compreensão de como este pode ser organizado em uma proposta de ensino e aprendizagem, traduzida em um currículo que promova a sua apropriação pelos estudantes, de modo a cumprir-se a função da escola. Essa compreensão impõe, ainda, que se tomem como pressupostos as posturas dos professores, das equipes pedagógica e diretiva das escolas, no sentido de que, embora difiram em algumas questões, conjuguem seus esforços na elaboração de um projeto de escola, de sujeitos e de sociedade comum (LEUTZ, 2014)

Partindo destes conhecimentos e da ideia de que toda mudança na educação vem da participação conjunta dos homens, portanto resultado de “trabalho”, como podemos concordar que não existiu, nesta evolução, interferência social, se o papel principal da escola é garantir aprendizagem de conhecimento, habilidades e valores necessários à socialização do aluno de forma a fornecer instrumentos para que este compreenda melhor a realidade que o cerca, favorecendo sua participação em relações sociais cada vez mais amplas? Novamente nos nos deparamos com a falta de formação continuada dos profissionais da educação para que isto aconteça onde não estiver acontecendo. Por outro lado, sabemos que as mudanças na educação ocorrem lentamente, e esta lentidão é exemplificada por Chervel (1990), ao se referir sobre as mudanças na “lição”:

A prática da recitação de belos textos clássicos, ou de poesias mais modernas não se instala senão lentamente no ensino primário, e a própria palavra não tomará antes do começo do século XX o valor que tem hoje. (CHERVEL, p. 204)
Como vimos, as mudanças acontecem na educação a passos lentos, mas contínuos. Chervel ainda aponta sobre as mudanças no núcleo das disciplinas:
Conteúdos explícitos e baterias de exercícios constituem então o núcleo da disciplina. Dois outros elementos vêem se acrescentar aí, todos os dois essenciais ao bom funcionamento e, aliás, intimamente ligados aos procedentes. Nada se passaria em aula se o aluno não demonstrasse um gosto, uma tendência, disposição para conteúdos e os exercícios que se lhe propõe. As práticas da motivação e da motivação ao estudo são uma constante na história dos estudos. (CHERVEL, p. 205)
Portanto, as práticas da motivação e da incitação juntam-se aos conteúdos e exercícios para que o aluno tenha desejo de aprender. Após a compreensão entre disciplina e papel social da escola, outra vez temos a dúvida: é necessário mudança das disciplinas em área de conhecimento, quantidade de disciplinas; ou se seria necessário (re)pensar quais conteúdos deverão ser relacionados, como deverão ser abordados de forma a gerar interesse, suprir as necessidades sociais existentes e instrumentalizar o aluno como sujeito de direito com condições de mudar seu meio? Mais uma vez se constata a falta de formação continuada que propicie tal enfrentamento. Lembramos que a seleção de conteúdos e procedimentos formam o currículo, e a este respeito Leutz (2014), em seus estudos afirma que:
É importante ressaltar que a construção do currículo escolar que atenda às necessidades de humanização da comunidade à qual a escola pertence, selecionando os conteúdos escolares no rol de conhecimentos que estão disponibilizados historicamente, demanda um esforço de todos os envolvidos com a realização do trabalho educativo. Exige, ainda, o comprometimento com o ensino desse conhecimento, cuja apropriação é considerada imprescindível para a formação dos alunos, dosando-o nas etapas e níveis de ensino, definindo critérios de avaliação do ensino e da aprendizagem. Na construção do currículo, portanto, há também o estabelecimento de normas de convivência no interior da escola, regrando as relações entre os sujeitos, determinando os processos de ensino e de aprendizagem. Contudo, apesar da intencionalidade declarada de realização da melhor educação possível para a humanização dos educandos, considerando-se as condições históricas, não há:
[...] currículos ideais, perfeitamente adequados a esta ou àquela teoria, e de sua aplicação nos moldes pelos quais foram concebidos. [...] a própria elaboração se dá em meio a contradições e conflitos, que redundam em soluções negociadas.[...] na sua realização, entram em jogo novos conflitos entre as diferentes interpretações e os diversos graus de aceitação/rejeição das propostas, além do "choque" com as tradições cristalizadas, as concepções sub-repticiamente formadas, os inevitáveis e incontroláveis "acordos tácitos" - que caracterizam o "currículo oculto". O currículo - incluindo o conjunto das matérias de ensino, sua distribuição pelos níveis escolares, seu valor, relativo quanto à carga horária e recursos, e respectivos programas - é produto de uma seleção realizada no seio da cultura (SAVIANI, 1998, p.35 - grifos da autora.).
Dessa forma, não se pode perder de vista o fato de que toda ação educativa é intencional, resulta da vontade e da necessidade humana de se produzir como homens, de produzir a sua existência e, portanto, deve ser entendida como trabalho, ou seja: "a maneira pela qual os homens se relacionam e buscam preservar a espécie" (GADOTTI, 2006, p. 46). Ainda citando Gadotti, (2006), “é pelo trabalho que o homem se descobre como ser da práxis, ser individual e coletivo (unidade de contrários)”.
Nessa perspectiva, a escola, ao realizar a educação realiza um trabalho educativo que foi previamente discutido e organizado, logo, está efetivando o currículo. Isso significa dizer que o objeto de trabalho da escola - o conhecimento -foi planejado e posto em execução um conjunto de normas, metodologias e avaliações, com a distribuição dos conteúdos selecionados ao longo do tempo escolar. Esse movimento no sentido de efetivação do trabalho pedagógico é viabilizado por uma série de recursos e estratégias de ensino, resultando na aprendizagem, com a apropriação desses conhecimentos pelos alunos, tornando-os mais autônomos na produção da sua própria existência, compreendendo as condições concretas em que vive. Essa ação pedagógica intencional, planejada e levada à cabo por meio do trabalho pedagógico, é o currículo posto em movimento, considerando-se currículo "como o conjunto das atividades nucleares desenvolvidas pela escola" (SAVIANI, 1995, p. 20).
Abordados os temas em relação à elaboração curricular, resta-nos a pergunta: é este o trabalho que a escola vem desenvolvendo junto aos seus profissionais?
Outro esquecimento percebido no Caderno IV, é a falta de abordagem de resultados de experiências que deram certo com trabalho em área de conhecimento, dentro e fora do Brasil, para servir de parâmetro ao que se propõe. Tampouco se fala em estruturas educacionais a serem consideradas, tais como: profissionais, espaços, organização, tempo, recursos/materiais didáticos etc. No caso especial desta escola de Educação de Jovens e Adultos – EJA, que já pensa na formação integral do aluno considerando seu tempo, espaço, forma de instrumentalizar, formação humana, como seria o trabalho? Novamente nos vimos diante da necessidade de (re)pensar conteúdos e, consequentemente, a formação continuada, pois mudanças pedagógicas sem formação que privilegie o currículo seriam inúteis.
Ainda no Caderno IV, a interdisciplinaridade é colocada como possibilidade de se produzir conhecimento escolar (p. 25). No entanto, a forma apresentada é um retrocesso já visto, e não compreendido, por muitos trabalhadores da educação. Como exemplo pode-se citar a pedagogia de projetos ligados a temas transversais, os quais pertenciam a todas ou nenhuma disciplina. Mesmo quando a interdisciplinaridade é colocada de forma a adequar o currículo e o Projeto Político Pedagógico (PPP), há compreensão de que a escola nem sempre organiza seu tempo para discussão do mesmo, tornando o trabalho mero processo metodológico.
É compreendido que esta mudança e formação atingem um país que tem território continental e, portanto, uma diversidade muito grande a se considerar. Entretanto, deveriahaver, por parte de quem propõe política educacional, a compreensão de que outros estados, assim como o Paraná, realizam estudos que resultam em proposta de trabalho. É o caso das Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica - DCE - para a Rede Estadual de Ensino (PARANÁ, 2010), resultado de amplo debate entre seus profissionais, quais há o entendimento de que:
Embora se compreendam as disciplinas escolares como indispensáveis no processo de socialização e sistematização dos conhecimentos, não se pode conceber esses conhecimentos restritos aos limites disciplinares. A valorização e o aprofundamento dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas escolares são condição para se estabelecerem as relações interdisciplinares, entendidas como necessárias para a compreensão da totalidade. (p.20)
[...] as disciplinas são o pressuposto para a interdisciplinaridade. A partir das disciplinas, as relações interdisciplinares se estabelecem quando:
• conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à discussão e auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo qualquer
de outra disciplina;
• ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem uma abordagem mais abrangente desse objeto.
Desta perspectiva, estabelecer relações interdisciplinares não é uma tarefa que se reduz a uma readequação metodológica curricular, como foi entendido, no passado, pela pedagogia dos projetos. A interdisciplinaridade é uma questão epistemológica e está na abordagem teórica e conceitual dada ao conteúdo em estudo, concretizando-se na articulação das disciplinas cujos conceitos, teorias e práticas enriquecem a compreensão desse conteúdo. (p. 27)
Leutz (2014), ainda em seus estudos, afirma que:
Interdisciplinaridade é uma forma de tratamento do conhecimento em que há uma articulação entre os conteúdos. Contudo, essa articulação entre os conteúdos não é oriunda da vontade do professor, nem de um projeto que se esteja desenvolvendo e, tampouco, de uma temática definida pela escola como desencadeadora da ação pedagógica e docente em um determinado período. Ela é determinada pelo próprio conteúdo que, como recorte do conhecimento humano, produzido pela coletividade dos homens na história, “chama”, aproxima os conhecimentos de outras disciplinas. Isto implica em não secundarizar ou tratar de forma aligeirada o conteúdo de nenhuma das disciplinas, em não adequá-las para atender aos objetivos pontuais do projeto e ao tempo de início e término dos trabalhos com aquela temática.
A interdisciplinaridade, desse modo, é entendida como premissa para um trabalho pedagógico que contemple o conhecimento para além da sua sistematização didática, que o considere como um todo, resultado da ação dos homens na produção da existência. Também, é necessário o entendimento de que é função da escola possibilitar aos educandos a sua apropriação, promovendo, assim, a emancipação a que todos têm direito.
A publicação das DCE foi realizada em 2010, muito recente em se tratando de educação, e pois como já foi dito no inicio, toda mudança na educação é morosa. Novamente recaímos sobre a falta de formação continuada dos profissionais da educação para que efetivassem as mudanças almejadas em seu interior.
Encerrando esta reflexão, colocamos aqui uma citação de Chervel (1990), sobre mudanças na educação:
De um lado os novos objetivos impostos pela conjuntura política ou pela renovação do sistema educacional tornando-se objeto de declarações claras e circunstanciadas. De outro lado, cada docente é forçado a se lançar por sua própria conta em caminhos ainda não trilhados, ou a experimentar as soluções que lhe são aconselhadas (CHERVEL, p.192).
Principalmente daquelas mudanças às quais não se teve oportunidade de participação, ou que são apontadas como se o profissional da educação nada houvesse feito para que o ensino realmente acontecesse com sucesso. Voltamos aqui a salientar que este estudo não privilegia a EJA, no entanto são jovens a partir de 15 anos de idade, que cursam o ensino médio, jovens trabalhadores, excluídos ou expulsos de meios escolares e que precisam ser enxergados na sociedade.

REFERÊNCIAS
DAYRELL, Juares; MAIA, Linhares Maia – org. Juventude e Ensino Médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.
BRASÍLIA. Resolução CNE/CEB nº 2, de 30 de janeiro de 2012 - Define Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17...
BRASÍLIA. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
PARANÁ. Departamento de Educação Básica - DEB da Secretaria de Estado da Educação – SEED - O currículo disciplinar na educação integral e em tempo Integral - material entregue em curso,
CHERVEL, A. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, Porto Alegre, 1990.
LEUTZ, Marilda Alberton - Interdisciplinaridade – Material em desenvolvimento no PDE 2014 – Prelo
http://www.google.com.br/search?q=adolescentes+morrem+ao+pichar&oq=adole... – Acesso em 20.10.2014

imagem de Gilmar de Siqueira

Reflexão e Ação Sobre Caderno V.

CADERNO V

Grupo dos Professores do Ensino Médio do Colégio Estadual Jardim Maracanã- do Município de Toledo, estado do Paraná.

Reflexão e ação 1.
Com um grupo de colegas, faça um levantamento das situações em que vocês se sentiram excluídos (as) de decisões que afetam a vida da escola e o seu trabalho. Qual a origem dessa exclusão (de quem ou de onde partiu)? Quais os possíveis motivos para tal exclusão? Faça o mesmo para situações em que se sentiram incluídos (as) na tomada de decisões dessa mesma natureza. Quais os possíveis motivos dessa inclusão? Discuta com os colegas a que conclusões podem chegar a partir desse levantamento, tendo em vista a participação na gestão democrática da escola. Que posturas vocês estariam dispostos a assumir frente ao que concluíram?
De forma geral no que tange a sentir-se excluído – exclusão - venho citar alguns itens.

1- falta de autonomia da escola.

2- O fator tempo dificulta e contribui para a exclusão do professor, pois, muitas vezes tem outras atividades além da escola.

3- Muita atividade vem de cima para baixo, com muito pouca margem para podermos questioná-las, ou seja, fere o essencial da gestão democrática não com seguimos modificá-las mesmo acontecendo às discussões.

4- Percebemos também que professores não querem participar das mudanças, pois, ele funcionário público deverá estudar, consequentemente terá mais trabalho, para que.

5- Entendemos que as gestões democráticas da educação e da escola, deve haver muito dialogo entre o grande grupo dos professores, pois muitos se sentem excluídos por vários motivos, quando está chegando para atuar em uma escola desconhecida logo que assumiu o concurso público, o professor PSS que nunca consegue participar das atividades iniciais do ano letivo, outros apresentam pânico para falar em público quando o grupo são seus colegas de trabalho todos professores, outros acreditam que aquele pensamento, opinião, sugestão ou dúvida não é o que o grupo está discutindo, também o professor está com algum problema como crise de identidade, depressivo, estressado, algum momento de nossas carreira, nos sentimos excluídos com certeza.
6- Muitas vezes os problemas de sala de aula são apenas discutidos com a equipe pedagógica, sem a presença do professor para que o mesmo consiga relatar os problemas e discutir com os pais para poder resolver de vez os problemas, ou que o pai ajude para que os problemas sejam solucionados dentro da sala de aula.

A origem da exclusão pode estar na parte do compromisso individual e pessoal, na interação do profissional que se omite ou se acomoda para não causar problemas com os gestores e consequentemente das decisões.
Quando nos sentimos incluídos.

1- Quando nossas opiniões, sugestões, angústias ou diferenças são levadas em consideração, ou seja, são ouvidas pela coletividade do grande grupo escolar, consequentemente vem afirmar a gestão democrática, que quando as decisões tiverem consequências diretas ou indiretas para a vida profissional de uma coletividade, estas terão o direito das discussões em grupos, pois, poderá ser modificada em benefício da coletividade.

2- Também encontramos um grupo de profissionais da educação que está a pouco tempo de se aposentar, consequentemente esta se excluindo pelo fato de achar que já fez a sua parte, outros porque desde o início da carreira se posicionou como aquele funcionário público descompromissado com qualquer atividade existente dentro do ambiente escolar, cumprir com o seu horário é o suficiente

Reflexão e ação 2.

Junte-se a outros colegas e procure fazer um levantamento de situações vividas na escola pelos participantes do grupo que poderiam ser objeto de discussões sistemáticas e de decisões tomadas coletivamente em benefício da escola e/ ou dos envolvidos.
Se esse processo de discussão e decisão coletiva não aconteceu, examine com membros do grupo as razões pelas quais isso não ocorreu.
Se, ao contrário, o processo ocorreu, quais os resultados para a escola e para os envolvidos? E quais as reações dos colegas? Que sugestões esse grupo poderia oferecer para que, em novas situações ocorridas na escola, o processo de discussão e de deliberação possa acontecer?

1-.Foi discutido no grande grupo e definimos as diversas situações que afetam o bom funcionamento da escola e também do processo de ensino-aprendizagem por parte dos alunos.

2- Mesmo a Gestão sendo democrática, porque as discussões ocorreram no ambiente escolar, não é possível atender uma grande reivindicação da maioria, pois, não é possível limitar a grande quantidade de alunos em sala de aula, pois os alunos têm direitos e a legislação é jogada fora quando o promotor determina que a vaga seja concedida, pois, a grande quantidade de alunos prejudica na qualidade do nosso trabalho.

3-Também discutimos sobre o uso do celular em sala de aula sem fins pedagógicos, esta atitude atrapalha muito o bom andamento das aulas, os pais assinaram uma ata com o compromisso de esclarecer os seus filhos sobre o uso indiscriminado do celular. Hoje com a lei sobre a utilização do celular nos ambientes escolares e com possibilidade de os alunos ter problemas se seus forem aprendidos, eles diminuíram um pouco o uso.

4- A assiduidade e a pontualidade, também prejudica o bom andamento da vida escolar de alguns alunos, quando isto acontece os pais são chamados para serem informados dos atuais problemas de seus filhos.

5. Podemos afirmar que as discussões sistemáticas acontecem e as decisões são tomadas coletivamente em benefício da escola e/ou dos envolvidos.

Reflexão e ação 3.

Caso sua escola não tenha constituído o Conselho Escolar, tente conseguir uma cópia das normas produzidas pela Secretaria da Educação ou pelo Conselho de Educação do Estado onde está instalada sua escola para a instalação e funcionamento dos Conselhos Escolares.
Proponha a um grupo de colegas a leitura dessas normas e, particularmente, as que se referem aos objetivos do Conselho e aos direitos e deveres dos conselheiros. Em função disso, deliberem sobre a realização de reuniões com os demais professores e com a direção, tendo em vista a instalação do Conselho em sua escola.
Caso a escola já tenha um Conselho instalado, combine com seu grupo a conversa com membros dele, tendo em vista:

1-Estamos trabalhando nesta escola há vários anos, e o Conselho Escolar sempre foi atuante. Sabemos que toda a vez que foi convocada pelo seu presidente sempre estava presentes para as tomadas de decisões que competem aos membros deste conselho.

2-Nesta escola tem uma Gestão Democrática, as pessoas que fazem parte do conselho escolar são escolhidas por cada segmento que ela representa através de uma votação aberta. Também podemos afirmar que suas decisões são respeitadas e cumpridas.

3-Deliberação quanto ao uso obrigatório do uniforme, onde todos os pais concordaram e assinaram uma ata.

4-Delibera sobre que o aluno que portar o seu celular dentro do ambiente escolar, caso haja furto, o pai não deve se encaminhar para possível solução, a escola não se envolverá com os furtos.

5-Deliberação sobre os alunos que são do período matutino e vier a reprovar não terá sua vaga assegurada para o turno matutino.

Reflexão e ação 4.

Se existe um Grêmio Estudantil funcionando em sua escola, procure verificar como está atuando, quais os temas sobre os quais discute,
Que visão os integrantes têm da sua própria atuação, assim como da escola e do seu funcionamento.
Converse com os integrantes do grêmio sobre como é a sua participação nos processos de discussão e decisão acerca da vida da escola, como são tomadas as decisões internamente, assim como sobre o reconhecimento que têm pela direção, pelos professores e por funcionários.
Com base nesses levantamentos, a que conclusões você chega sobre a participação democrática no interior do Grêmio e sobre a participação dos jovens que o compõem nas decisões tomadas pela escola?
Para ter uma ideia melhor do significado do conceito de resiliência, procure identificar, com um grupo de colegas, entre atividades propostas.
Aos jovens pela Secretaria de Educação, quais se guiam por esse conceito. O mesmo pode ser feito com relação a problemas de moradia, de transporte, de saneamento, relatados por alunos que vivem na localidade onde se situa a escola.

1-O grêmio escolar normalmente somente consegue se constituir se houver alguma intervenção por parte da direção ou professores, pois não é habito a constituição do grêmio estudantil em nossas escolas.

2-Sabemos da importância do grêmio ( e do Inter ) para alcançarmos e fortalecermos cada vez mais uma Gestão Democrática forte, porem os seus representantes muitas vezes estão perdidos quanto as suas funções dentro do ambiente escolar, que se confunde em sair da sala de aula para fazer pequenas reuniões muitas sem necessidade alguma.

3-Como sabemos que nossos alunos não praticam a participação do grêmio estudantil por vários anos, também sabemos que eles não conseguem enxergar o real significado que o grêmio estudantil possui, e consequentemente, não estão preparados para participar da construção do Projeto Político Pedagógico da escola que seria sua maior atribuição.

4-Assim percebo que constituir o Grêmio Estudantil deve ser constituído com alunos que frequentaram a escola por vários anos e que consigam exercitar o ato de estar participando do grêmio estudantil, por vários anos participando acredito que conseguirão entender o real significado e a importante contribuição que eles podem dar a escola, na construção do nosso projeto político pedagógico.

Reflexão e ação 5.

Tente realizar com um grupo de colegas a identificação de ações de caráter patrimonialista presentes no interior da escola ou na relação desta com os pais.
Faça o mesmo com exemplos concretos de “autonomia concedida” e autonomia efetiva nas escolas onde atuam.
Junto com um grupo de colegas, troquem e registrem suas experiências relativas à forma como os pais com que têm contato se manifestam a respeito dos três aspectos que, segundo Paro, condicionam a participação deles na vida escolar.
Com base no que discutiram, proponham formas pelas quais possam ser rompidas e superadas as práticas patrimonialistas existentes na escola, assim como formas de articulação com os familiares dos alunos que ajudem a superar os condicionantes que dificultam sua participação.

1-Um tipo de patrimonialismo muito presente na escola é a gestão dos recursos oriundos dos programas do governo federal, bem como de outras fontes de recursos da escola, onde o planejamento dos gastos é discutido de forma unilateral. “Como autonomia concedida, apenas os repasses financeiros federais que dão essa autonomia efetiva às escolas e a escolha do livro didático”.
2- gestão democrática no momento em que trata com autoritarismo dos que têm o poder nas mãos, que agem de maneira errônea e desumana. Alguns exemplos do caráter patrimonialista: assédio moral, perseguições aos docentes professores, alunos e funcionários dentro do âmbito escolar. Quanto à autonomia busca-se na gestão Democrática que cada Instituição seja independente e compartilhe suas decisões com os membros ali inseridos. Por outro lado não está sendo dado aos professores a decisão as questões de avaliações (notas) e muitas vezes as ações são impostas pela Secretaria de Educação.

Reflexão e ação 6.

Você conhece o PPP de sua escola? Você sabe quando e como ele foi construído? Procure saber sobre este processo de sua escola. Procure também conhecer o seu conteúdo e, principalmente, quais são suas principais finalidades. Converse com os seus colegas sobre o PPP de sua escola e verifique se há necessidade de uma revisão ou reconstrução do dele.
Como está o ambiente em sua sala de aula? Prevalece a hierarquia ou o diálogo? Os alunos têm a possibilidade de aprender e se desenvolver como cidadãos? Pense sobre isso e reflita sobre a sua postura e suas estratégias de ensino, se elas favorecem mais ao desenvolvimento de seres adestrados ou de seres reflexivos.

O projeto político Pedagógico é a organização do trabalho pedagógico como um todo, em suas especificidades, níveis e modalidades. Também apresenta uma proposta de trabalho capaz de construir uma escola comprometida com as práticas pedagógicas democráticas, com a qualidade de ensino e a valorização do magistério. Portanto em com o objetivo alicerçar o trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção contínua: nunca é pronto e acabado, está em permanente processo de construção coletiva.

Os objetivos da instituição: Baseados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 - Caracterização do corpo discente. Pressupostos da sociedade moderna: Modelo de sociedade: - Focado na produção do trabalho onde as relações sociais ocorrem de uma maneira a impor ritmos acelerados de sobrevivência. Nessa perspectiva, a escola deve contribuir para formação e amadurecimento do indivíduo, partindo da realidade do aluno para o conhecimento científico, a fim de colaborar com a formação crítica de um cidadão capaz de entender seu conhecimento.

Pressupostos Teóricos - Filosóficos: a consciência pedagógica, na história da educação, é uma consciência tranquila que nunca passou por uma crise radical. (...) Toda vez que se critica um momento anterior é em nome da proposta de um novo modelo positivo que substituirá, com vantagem, o modelo anterior.

A filosofia do Colégio Estadual Jardim Maracanã visa:

Construir uma educação voltada para um indivíduo que é histórico, e, portanto responsável pela sua vida subjetiva e objetiva. - Construir uma educação capaz de fazer com que o educando se entenda como portador de sua própria história, que vise entender o aluno como fruto das relações históricas e que possibilite este entendimento, onde o aluno seja percebido como sujeito ativo, participativo e de suma importância no processo ensino - aprendizagem.
Para isso é necessário:

Deixar de impor valores ideológicos e passar a incentivar a formação de indivíduos livres, que valorizem sua existência.

Princípios norteadores da educação

I - igualdade de condições para acesso e permanência na escola.
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura o pensamento, a arte e o saber.
III - pluralismo de ideias e concepções pedagógicas.
IV - respeito à liberdade e apreço a tolerância.
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
VII - valorização do profissional da educação escolar
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta lei e da legislação do sistema de ensino.
IX - garantia do padrão de qualidade
X - valorização da experiência extracurricular.
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Concepção de avaliação:

A avaliação é vista como um processo de reflexão crítica sobre a realidade, este processo deve buscar desvelar necessidade e problemas relativos ao trabalho pedagógico. Sendo assim, a avaliação não se limita ao aspecto do rendimento escolar, nesse contexto o educador aparece como mediador da pratica educativa e pedagógica na formação do educando.

imagem de Tais Vengue Goy

ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR - CADERNO IV

COLÉGIO ESTADUAL NOSSA SENHORA APARECIDA.

Boa tarde!!!

Foi realizado um trabalho de reflexão sobre o racismo com os alunos do Ensino Médio na matéria de História com as professoras: Tais Vengue Goy e Veridiana Calado da Silva. Primeiramente foi passado o vídeo “Vista Minha Pele” com duração de 30 minutos, o qual retrata o cotidiano de uma adolescente de pele branca que convive com a grande maioria de pessoas de pele negra, invertendo os papéis, onde os brancos são discriminados, tendo como objetivo principal, fazer com que as pessoas reflitam sobre como se sentiriam passando por situações de preconceito e racismo. Após o vídeo foram repassadas seis questões, para que, através das respostas cada aluno se conscientize da importância de lutar contra o preconceito. Esta atividade tem por objetivo a reflexão dos alunos, para que os mesmos coloquem em prática no seu cotidiano escolar e fora dele, os ensinamentos sobre a convivência sem discriminação. Ao responder cada questão sobre o que entenderam do vídeo farão uma análise dos fatos que assistiram e refletirão sobre o tema abordado.
Questões:
1) Referente ao filme assistido, qual foi o objetivo principal deste tema?
2) Por que apareciam poucas pessoas com pele branca?
3) Quais os principais momentos em que a adolescente de pele branca se sentia mais discriminada?
4) Como era o comportamento dos colegas em relação a minoria de brancos no colégio?
5) Faça uma reflexão de como as pessoas se sentem em ambiente de discriminação e racismo e explique como se sentiria estando nessa situação.
6) Finalize seu trabalho fazendo uma gravura com uma mensagem reflexiva contra o racismo.

imagem de Jurema Virgilio

Caderno IV - Áreas de Conhecimento e Integração

O USO DO CELULAR COMO FERRAMENTA NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM

O aparelho celular, no mundo contemporâneo é o equipamento que está presente na sala de aula, de posse dos alunos, com ou sem consentimento do professor.

O celular agrega várias formas de comunicação

( verbal ,escrita, sonora e visual).

Agregar o uso desse equipamento na educação, é uma forma de aliar a tecnologia na educação.

PLANO DE AULA: ARTE URBANA (GRAFITE)

Arte Urbana - Grafite

Plano de Aula: Arte Urbana

Disciplina: Artes

Introdução

O Grafite é “um meio de expressão social e de comunicação específica, geralmente realizada por jovens, num determinado suporte. É realizado com várias cores e com traços que o identificam, diferenciando-o de outras expressões visuais.” Durante muito tempo visto como um tema irrelevante ou simples contravenção, atualmente o grafite já adquiriu outro estatuto. É visto como uma forma de expressão inserida no campo das artes visuais, em particular, da street art ou arte urbana. Todavia ainda há quem não concorde e confunda o grafite com pichação.

O grafite, como antecessor e percursor da street art então é também ele uma forma primitiva de Arte Pública. "O facto de trabalhar com pseudónimos dá-nos uma liberdade sem limites", salienta Biz. Estas formas de comunicação têm a serem lidas, processadas e apreciadas rapidamente pois a qualquer instante podem ser limpas da parede. Estamos perante um movimento em constante mutação e energia criativa imparável num fluxo global de conexão e comunicação.

Se Arte Pública é considerada aquela que é praticada no exterior, em oposição à que se desenvolve em gabinetes e ateliers e para contemplada em museus e galerias. Então, o grafite e a street art são Arte Pública porque são manifestações de atividades artísticas que utilizam o público como a génese e o assunto para analisar. "Nós procuramos comunicar com o público na cidade, retramos os seus anseios e as suas preocupações", diz Doc. A street art analisa temas atuais, polémicos, sociais, culturais e políticos; outras vezes assume somente um carácter lúdico.

A Arte Urbana faz parte da cultura visual contemporânea, tendo evoluído e alastrado por todo o mundo, muito graças às novas tecnologias de informação. "Mas nós writers preferimos as paredes, pois as mensagens chegam a mais pessoas", diz Rame. Artistas como Fairey e Banksy têm contribuído para elevar a Arte Urbana, tentando mudar a percepção do público sobre esta forma de arte, de vandalismo para um movimento artístico que vale a pena preservar.

Objetivos

Conhecer obras que contextualizam a estética urbana;
Trabalhar a apreciação/leitura/recepção de imagens de obras;
Contextualizar o uso do celular na sala de aula.

Objetivo Geral

Ampliar as possibilidades expressivas e reflexivas no processo de construção da imagem contemporânea.

Metodologia

Desenho, pintura, pesquisa no celular, comunicação visual e poética pessoal.

Material necessário

Celular , tesouras, cola branca, canetas diversas, papel, papeis coloridos diversos, revistas diversas.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Exercícios de leitura/recepção/apreciação de obras e imagens de obras;

Desenvolvimento

1ª etapa:

Na primeira aula, apresentar à classe o documentário: A Arte Urbana, longa-metragem documentário sobre o grafite e sua relação direta com a arte, destacando como através dele diversos grupos e artistas hoje presentes na cena surgiram e foram reconhecidos pela mídia, indústria e diversos meios de comunicação em massa.

Após exibição do vídeo, apresentar imagens de afrescos, murais mexicanos, e grafites de épocas e locais variados. Apresente aos alunos todas as imagens e, em seguida, inicie uma discussão com as seguintes perguntas:

- Qual a diferença entre as imagens?

- O que cada uma quer comunicar?

- Como foi feita cada uma delas?

- Por quem foram feitas?

- Para que serve uma imagem

Depois apresentar a fonte de cada imagem e abra a discussão, levantando relações entre como percebemos e interpretamos os estímulos visuais a nossa volta.

Pesquisa no celular de imagens de grafite. Desde o início, os alunos devem se sentir pesquisadores de um universo visual que irá envolver tanto aspectos da linguagem plástica como questões ligadas ao comportamento humano.

Organizar a turma em grupos de quatro alunos e solicite que leiam o texto “Grafite e Cia.” Durante as aulas mostrarem as diversas formas de intervenções urbanas, além da história do grafite e a apresentação dos diferentes estilos e técnicas. Os alunos devem expor suas opiniões livremente. Ao contextualizar a arte urbana mostrar imagens dos principais nomes nos pais, e fora dele, trazendo acima de tudo a poética pessoal e a temática de cada artista. Direcionar o olhar dos estudantes para questões formais ligadas à composição e às técnicas utilizadas. Pergunte como cada um interpreta os diversos elementos presentes nas imagens e como dialogam uns com os outros.

2ª etapa:

Fotografia

Em grupos os alunos deveram fotografar com o celular muros do bairro em que moram ou da própria escola em que eles colaborariam com uma intervenção artística através da técnica do grafite.

3ª etapa: Produção

Em grupo os estudantes escolhem um tema como elemento auxiliar na criação de um mural usando uma ou várias técnicas, utilizar papel branco e caneta hidrográfica.

4ª etapa: Confecção de cartazes

Nesta fase, os alunos irão confeccionar cartazes com a técnica do grafite, inspirados em uma obra escolhida.

Avaliação

É muito importante que o professor acompanhe e avalie individualmente cada aluno ao longo do processo, observando, registrando e intervindo com ações que ofereçam à classe recursos para a conscientização dos processos criativos. Formar uma grande roda, onde cada um deve, por breve tempo, expor os seus trabalhos e apresentar para a turma suas expectativas e uma auto avaliação de seu desenvolvimento na proposta.

As questões abaixo são algumas sugestões para a avaliação:

1) Sua ideia inicial foi alcançada?

2) Como cada ferramenta contribuiu para a concretização de suas ideias?

3) Como uma intervenção artística pode colaborar para melhoria do espaço urbano?

4) Como você vê a forma em que as imagens são utilizadas nos dias de hoje?

5) Caso fosse possível você participaria de um projeto de intervenção urbana através da arte?

Referencia Bibliográfica:

Acesso < http://www.projetoquixote.org.br/agencia-quixote-spray-arte/galerias/ >

Acesso < http://www.aarteurbana.com.br

imagem de veridiana calado da silva

ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR - CADERNO IV

COLÉGIO ESTADUAL NOSSA SENHORA APARECIDA.

Boa tarde!!!

Foi realizado um trabalho de reflexão sobre o racismo com os alunos do Ensino Médio na matéria de História com as professoras: Tais Vengue Goy e Veridiana Calado da Silva. Primeiramente foi passado o vídeo “Vista Minha Pele” com duração de 30 minutos, o qual retrata o cotidiano de uma adolescente de pele branca que convive com a grande maioria de pessoas de pele negra, invertendo os papéis, onde os brancos são discriminados, tendo como objetivo principal, fazer com que as pessoas reflitam sobre como se sentiriam passando por situações de preconceito e racismo. Após o vídeo foram repassadas seis questões, para que, através das respostas cada aluno se conscientize da importância de lutar contra o preconceito. Esta atividade tem por objetivo a reflexão dos alunos, para que os mesmos coloquem em prática no seu cotidiano escolar e fora dele, os ensinamentos sobre a convivência sem discriminação. Ao responder cada questão sobre o que entenderam do vídeo farão uma análise dos fatos que assistiram e refletirão sobre o tema abordado.
Questões:
1) Referente ao filme assistido, qual foi o objetivo principal deste tema?
2) Por que apareciam poucas pessoas com pele branca?
3) Quais os principais momentos em que a adolescente de pele branca se sentia mais discriminada?
4) Como era o comportamento dos colegas em relação a minoria de brancos no colégio?
5) Faça uma reflexão de como as pessoas se sentem em ambiente de discriminação e racismo e explique como se sentiria estando nessa situação.
6) Finalize seu trabalho fazendo uma gravura com uma mensagem reflexiva contra o racismo.

imagem de Volmir Perin

Caderno VI: Avaliação do Ensino Médio

A avaliação é um conjunto de referências que faz com que ela seja um procedimento necessário para definir prioridades e garantir a qualidade de ensino. A Escola vem, ao longo do tempo, tentando adequar a avaliação de acordo com suas necessidades e a dos educandos. E este desafio não é somente em desenvolver metodologias de avaliação, mas como fazê-la mais coerente, objetivas e metodológicas. E isso está intimamente ligado ao rendimento do educando nos rumos das políticas educacionais.

Na perspectiva de adequação da avaliação pela Escola passou por várias etapas ao longo do tempo, como aquela avaliação tradicional, onde só se preocupava com a nota, com o repassar conteúdos, fazendo com que os educandos fossem meros reprodutores de conhecimentos; hoje em dia o MEC diz que a avaliação não deve ser de classificação, mas de apropriamento de conhecimentos, onde a avaliação deve ser diagnóstica, diária, levando em conta o conhecimento prévio do educando, fazendo a recuperação dos conteúdos trabalhados em sala de aula e não de recuperação de notas. Para isso tem de ser paralela ao dia a dia escolar.

Para que a avaliação seja tudo o que ela deve ser, os seus instrumentos têm que ser flexíveis e não somente um tipo, fazendo uso dos vários tipos e métodos dos instrumentos de avaliação. Muitos professores, ainda hoje, estão preocupados em somente repassar conteúdos, e não repassar conhecimentos, e continuam com o estilo tradicionalista. Mas e nós, estamos interessados no que? Será que não estamos também ainda no estilo tradicionalista? Essas questões fazem com que nos questionemos sobre os nossos conceitos, nossos métodos de ensino/aprendizagem. Cada um reveja seus conceitos e atitudes no dia a dia escolar e pense e repense no seu estilo de ensino/aprendizagem.

imagem de JOãO BôSCO ALMEIDA

PACTO PELO ENSINO MÉDIO - CADERNO IV

ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR

Após estudo e analise dos textos, chegamos a conclusão de que no passado o homem tinha a possibilidade de criar a partir do material que possuía. Hoje, com a tecnologia, o ser humano recebe perdeu a criatividade e se aprisionou na cultura estipulada e pragmática. No início o homem entendia o mundo com um conceito universal, com o advento da Ciência e da Matemática houve a desarticulação da Epistemologia e as ciências foram divididas em áreas do conhecimento prejudicando de certa forma a visão holística do ser humano e do universo e o fundamento das coisas.
A ciência tratou de segmentar os conhecimentos mesmo que eles tenham correlação entre si. Foi feito uma transposição das ciências para as disciplinas escolares, com isto fragmentou-se muito as áreas do conhecimento. Para que o individuo possa produzir novos conhecimentos, ele deve se apropriar do conhecimento total das ciênciase de tudo o que foi feito até agora.
Assim, o trabalho passou a ser entendido pelo modo com que o ser humano produz para si o mundo, os objetos de que precisam para existir. Formando assim a idéia de cultura é o conjunto de resultados desta ação sobre o mundo. Essa cultura desfragmenta-se de duas formas: positiva e negativa. Assim, a Ciência e o trabalho fazem parte da Cultura e a Ciência é o meio que o homem tem de se apropriar das condições existentes no meio ambiente. Daí percebemos a necessidade da pesquisa como princípio pedagógico, e esta, está intimamente relacionado ao trabalho como princípio educativo para a construção da autonomia intelectual.
Só será possível elaborar um projeto curricular se os vários aspectos estiverem relacionados e demonstrarem a identidade da escola. E para que isso aconteça é preciso mais que urgente de uma comunicação consciente e integrada. Como também a adesão voluntária e consciente da comunidade.
Contudo, este projeto pedagógico deve gerar confiabilidade e mostrar competência e acima de tudo, exige um acompanhamento com alterações pontuais durante a sua execução. Por isso a Escola deve assumir como parte de um todo social, estabelecendo possibilidades para a construção de um projeto Educativo Conjunto.

imagem de Israel Kujawa

OBSERVAÇÕES PARA O MOMENTO

Penso que nossa felicidade deva ser engrandecida com a reafirmação do projeto político nacional, que tem proporcionado transformações positivas para a educação do nosso país. O Pacto do Ensino Médio, do qual estamos sendo beneficiados e que vocês coordenam é um exemplo, a ser destacado. A caminhada iniciada na atual gestão estadual que finda em dezembro de 2014, foi potencializada com a política nacional de educação voltada para ensino médio. Esta política precisa ser estudada, compreendida, aperfeiçoada e executada. Sabemos que muitos são os desafios, mas uma análise comparativa da evolução de 2013 para 2014 evidencia muitos avanços. Os fatores que indicam estes avanços estão vinculados a uma maior disponibilidade de recursos humanos na escola, mais espaços para estudos e planejamento protagonizado pelos professores e com o envolvimento do conjunto da escola.
Em atividade da escola, com a participação de pais, que ajudei realizar, se evidenciou a importância da realização de reuniões (assembleias) por turmas ou séries, com pais e estudantes para que este planejamento (calendário) seja construído de forma participativa. Ratifico esta proposta como sugestão para executarmos, preferencialmente como forma de avalizar a caminhada e projetar os próximos passos.
Saudações!
Saúde, Paz, Realizações e Felicidades!

imagem de Pálite Terezinha Buratto Remes

Reflexão Ação do caderno IV

GOVERNO DE ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED
COLÉGIO EST. SANTOS DUMONT – E. FUNDAMENTAL, MÉDIO E INTEGRADO

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio
Coordenação: Rosemary Valente De Oliveira
Coautores: professores do Colégio Est. Santos Dumont- Curitiba – Anelize Seniski Silva , Arlei roberto de Souza, Dione Wojcik , Edson Bispo, Maria do Rocio Neves, Marta Protscki , Norina Duarte Tosi, Pálite Terezinha Buratto Remes, Rafaela Skora da Silva, Selma Zannorensi, Regina Corcini de Melo, Tânia Regina Bendlin
Postado “Em diálogo”, em 11/11/2014. Disponível em: http://www.emdialogo.uff.br/content/caderno-5-organizacao-e-gestao-democ...

CADERNO IV – A EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Introdução
A alimentação é uma necessidade básica do ser humano e o ato de alimentar-se, embora possa parecer comum, envolve uma multiplicidade de aspectos que influenciam a qualidade de vida do indivíduo. Mais do que em qualquer época da história da humanidade, existe recentemente uma gama enorme de informações sobre a alimentação adequada para o crescimento e desenvolvimento da criança e para a garantia de uma boa saúde futura (McBEAN; MILLER,1999) no entanto, a obesidade constitui-se hoje num sério problema de saúde pública. O hábito alimentar de um indivíduo é de natureza bastante complexa e o seu estabelecimento implica numerosos fatores; porém, de um modo geral, o tipo de alimentação baseia-se na disponibilidade de alimentos, nos recursos econômicos e na capacidade de escolha das pessoas (ARANCETA, 1995). É principalmente na infância que os hábitos alimentares são formados. Esses hábitos, que tendem a se manter ao longo da vida, são determinados principalmente por fatores fisiológicos, sócios-culturais e psicológicos (PESSA, 2008).

Objetivo Geral
Identificar alguns reflexos da implantação de um programa de educação alimentar e nutricional nas condutas alimentares dos alunos do ensino médio do Colégio Estadual Santos Dumont, localizado em Curitiba, Pr., e analisar a escola neste contexto.
Objetivos Específicos
- Sensibilizar os alunos em relação a uma alimentação saudável.
- Mobilizá-los para a criação de hábitos alimentares saudáveis.
- Relacionar a importância dos nutrientes que compõem os alimentos com suas ações no organismo.
-Reconhecer a importância dos alimentos na pirâmide alimentar.
- Relacionar a posição dos alimentos na pirâmide com a necessidade de consumo de cada alimento, encontrando o equilíbrio alimentar adequado ao perfil de cada pessoa.
- Relacionar os diferentes distúrbios alimentares com as opções e os hábitos adquiridos ao longo da vida.
- Conscientizar os alunos sobre as consequências de uma má alimentação.

Desenvolvimento
Considerando a nutrição como um dos principais determinantes da saúde e do bem estar dos seres humanos e considerando que a formação dos hábitos alimentares se inicia na infância e se define na adolescência, e que estes hábitos e costumes serão carregados durante toda a vida, constata-se que a escola é um local privilegiado para se ensinar sobre a alimentação saudável e também para a prática da alimentação correta.
Há vários outros fatores que influenciam o comportamento alimentar, entre eles, fatores externos como a unidade familiar e suas características; as atitudes de pais e amigos; os valores culturais e sociais e a influência da mídia. Há também os fatores internos tais como as necessidades e características psicológicas; a imagem corporal; os valores e experiências pessoais e as preferências alimentares (MELLO, et al., 2004).
Outra importante influência sobre os hábitos alimentares é exercida pela mídia que, de maneira geral, também procura determinar comportamentos e escolhas alimentares de crianças e jovens. Assim, algumas propagandas veiculadas utilizam vários recursos para conseguirem ditar uma verdadeira “cultura alimentar” (SILVA; PIPITONE, 1994).
Em relação à televisão, por exemplo, pode-se observar que ela exerce impacto decisivo nos hábitos de consumo. Porém, não só a obesidade infantil e juvenil é motivo de preocupação. Atualmente tem ocorrido um grande aumento de outros casos de transtornos alimentares tais como a anorexia nervosa e a bulimia nervosa, que são definidos como doenças psiquiátricas caracterizadas por graves alterações do comportamento alimentar e que afetam, em sua
maioria, adolescentes e adultos jovens do sexo feminino e podendo originar prejuízos biológicos, psicológicos, morbidade e mortalidade (BORGES, et al. 2006).
A educação alimentar e nutricional assume especial relevância principalmente na adolescência, período no qual os fatores externos e internos interagem fortemente e o indivíduo começa a exercer com mais autonomia as suas escolhas alimentares.
A escolha do espaço escolar se justifica por ser a escola um local com finalidades educativas e formadoras. Por ela passam todas as crianças e jovens do país e lá permanecem um período de seu dia e grande parte de sua vida. Nas escolas, os estudantes, na sua maioria, consomem alimentos, refletindo e compartilhando hábitos, preferências, modismos e comportamentos alimentares.
A alimentação não é um ato solitário, mas sim uma atividade social, envolvendo várias pessoas desde a produção de alimentos, passando pelo seu preparo e culminando no próprio ato de comer, ocasião para criar e manter formas ricas de sociabilidade. A dimensão afetiva da alimentação engloba a relação com o outro e está presente, por exemplo, nas refeições familiares, nos momentos de encontro, de troca de informações, de convívio. O aspecto estético da alimentação é outro fator importante observado na exposição da comida à mesa, na riqueza de formas, cores e odores (ROMANELLI, 2006). O filme A festa de Babete reflete bem essa característica, quando a câmera realiza um vai e vem entre a cozinha, local onde se preparam os pratos, e a sala de jantar, onde os rostos severos dos personagens vão mudando à medida em que o vinho e os alimentos se apoderam de seus sentidos.
No que se referem aos hábitos alimentares de adolescentes, estudos mostram que eles preferem uma alimentação rápida e monótona (“fast food”), constituída de alimentos bem difundidos no grupo e que são da “moda” (KAZAPI et al., 2001).
Outro problema, segundo Fisberg et al. (2000) é que alguns adolescentes costumam omitir refeições, especialmente o café da manhã, o que pode influenciar no seu rendimento escolar. De acordo com os autores, há estudos demonstrando que no Brasil o almoço e o jantar são substituídos por lanches, principalmente quando esse é o hábito alimentar de muitas famílias. O adolescente, normalmente “preguiçoso”, não gosta de muitos esforços e isso o levaria a buscar uma alimentação facilitada, com excesso de comidas prontas, sanduíches, salgadinhos e bolacha. A esses maus hábitos alimentares pode-se acrescentar ainda o agravante de que muitos adolescentes não praticam nenhum tipo de atividade física, restringindo o seu lazer à televisão, ao videogame ou ao computador.
Estudo feito por Alaimo et al. (2001) em crianças e adolescentes até os 16 anos de idade aponta problemas relacionando alimentação e desempenho na escola, sendo que os alunos com deficiências alimentares em sua maioria eram também aqueles que tinham pior desempenho escolar e dificuldades no relacionamento com colegas da mesma idade. Para os autores, as carências alimentares na infância podem causar deficiências de aprendizagem e problemas psicossociais nessa faixa etária. Tanto o consumo excessivo quanto a ingestão insuficiente de alimentos podem causar danos para a saúde e podem levar os adolescentes a desenvolverem uma série de doenças na idade adulta. A preocupação com uma boa alimentação na adolescência é fundamental para garantir uma boa saúde da população.
Poucos são os estudos sobre transtornos alimentares em crianças e adolescentes, principalmente em populações de países em desenvolvimento. Estudos dessa natureza são necessários porque os resultados obtidos até agora evidenciam que existe uma alta prevalência de possíveis transtornos, situação semelhante à encontrada em países considerados desenvolvidos. Tal situação precisa ser melhor investigada na busca de soluções que minimizem os efeitos causados por esses transtornos.
Os transtornos alimentares são enfermidades muito complexas, sendo que o aumento dos casos de anorexia nervosa e bulimia nervosa nos últimos anos são atribuídos basicamente a fenômenos sociais e culturais relacionados com valores estéticos de extrema magreza, difundidos pela indústria da moda e pela mídia. As mulheres, principalmente as adolescentes, se sentem pressionadas a castigar o próprio corpo para obterem uma imagem delgada que se associe ao triunfo profissional e social, bem como ao sucesso entre os homens (CASTELL, 2004).
A educação alimentar e nutricional envolve modificação e melhoria do hábito alimentar a médio e longo prazos e está relacionada a representações sobre o alimento conhecimentos, atitudes e valores. A educação alimentar e nutricional tem um papel importante em relação à promoção de hábitos alimentares saudáveis desde a infância. E novamente na escola as ações de orientação de promoção da saúde constituem importantes meios de informação e formação de hábitos, pois é um espaço no qual programas de educação e saúde podem ter grande repercussão, atingindo os estudantes nas etapas influenciáveis de sua vida, quais sejam, a infância e adolescência (BRASIL, 2002).

Outro transtorno que vem crescendo no mundo é a obesidade. Segundo Coutinho (1998), a obesidade é hoje uma doença epidêmica de âmbito mundial. A tendência do crescimento do número de obesos tem sido atribuída a diversos fatores causais resultantes de interação entre fatores genéticos e ambientais. De acordo com a definição clássica, obesidade é o acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo (COUTINHO, 1998). Nas últimas décadas, estudos realizados no Brasil e em várias partes do mundo têm sido conduzidos com o objetivo de avaliar o estado nutricional de adolescentes e todos, invariavelmente, apontam uma grande porcentagem de jovens, de ambos os sexos, com sobrepeso e obesidade.

IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
O projeto de educação alimentar começou a ser implementado durante o segundo semestre de 2014 e terá a duração de um semestre. Participaram do trabalho 200 alunos de ambos os sexos e com idades variadas. Eles foram avaliados através de questionários em três momentos distintos: M0 antes da intervenção; M1 logo após a intervenção e M2 4 meses depois de M0.
Pelas respostas foi possível identificar aspectos relacionados ao consumo, à percepção e ao conhecimento alimentar dos alunos. As análises comparativas do questionário nos três momentos distintos indicaram alguns reflexos positivos após a implantação do projeto de educação alimentar e nutricional. Em relação às mudanças de comportamento alimentar, após a intervenção, foram observadas algumas alterações positivas como, por exemplo, o aumento do número de alunos que passou a fazer a refeição matinal, aumento do consumo de frutas na hora da merenda e o aumento do consumo de verduras cruas no almoço e no jantar.
É importante ressaltar que o fenômeno educativo é fruto de uma construção contínua e, desse modo, acredita-se que a prática constante de hábitos alimentares saudáveis pode ser estabelecida a partir de um processo de educação alimentar e nutricional permanente dentro da escola. Tanto pela forma como ocorreram as interações nas aulas, como pelo interesse demonstrado pelos alunos e pelos resultados encontrados, é possível afirmar, que este tipo de intervenção é viável e bem aceito pelos estudantes. As atividades realizadas possibilitaram verificar que existem alternativas para trabalhar estes temas na escola, mesmo com lacunas no espaço físico, como um local apropriado onde o aprendizado de hábitos saudáveis em alimentação possa ser realizado.
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imagem de Pálite Terezinha Buratto Remes

Reflexão Ação do caderno III

Pergunta instigante e reflexiva.
A realidade do colegiado no qual estou inserida no Colégio Santos Dumont é bastante complexa como todo espaço que agrupa um número bastante elevado de jovens e várias juventudes.
A cultura da escola,busca socializar com a diversidade cultural dos alunos.
A um contexto altamente positivo onde alunos excluídos de outras regiões acabam por buscar a escola. Sempre são bem acolhidos e na maioria das vezes acabam permanecendo até o término do Ensino Médio.
Muito é feito em prol da concepção de mundo do jovem estudante, aproveitando os conhecimentos prévios que eles trazem para nortear os procedimentos desenvolvidos no decorrer das aulas. Mas diante da realidade vivenciada pela maioria dos alunos ainda está longe a possibilidade de atingir o ideal de uma escola eficiente com eficácia e efetividade.
Na área de história tentativas de mudanças, inovações foram efetuadas, houve e ainda há muita resistência dos alunos para novas mudanças. Há uma preferência por permanecer no círculo vicioso de reproduzir o que já foi pensado, dessa forma bloqueando o raciocínio, dificultando aberturas para novas experiências.
Se faz necessário vencer este mau que assola nossa juventude de esperar pronto o que deveria ser pensado, analisado, criado, construído com base nos elementos que estão postos no seu cotidiano, assim dando sentido ao conhecimento construído, proporcionando uma leitura de mundo.
Busca-se trabalhar com variedades de documentos de diversas fontes, trabalhando no presente o passado, buscando dar sentido a esse passado, correlacionando com o cotidiano a importância e influência desse passado no dia-a-dia desse aluno.
Visando as mudanças e permanências, as novas descobertas , invenções, criações,construções, etc..

As finalidades e os objetivos da educação básica, contemplados nos PCNs e no PPP da escola, não são desenvolvidos em sua totalidade. As escolas públicas, em sua maioria, são pouco atraentes, não estimulam a imaginação criadora e oferecem pouco espaço para novas experiências, sociabilidades, solidariedades, debates públicos, atividades culturais e informativas ou passeios que ampliem os territórios de conhecimento.
O formato da escola atual é centrado na reprodução técnica e cumulativa de conhecimentos. Sendo assim, a atuação da maioria dos professores se limita a reproduzir conhecimentos e a vencer apostilas ou livros didáticos. No entanto, muitos poderiam se perguntar: a escola, então, consegue atingir pelo menos o objetivo de Propiciar o domínio de conhecimentos científicos básicos, nas diferentes áreas? Tal pergunta poderia ser respondida com outra: Este tipo de ensino consegue encantar, atrair, motivar e estimular os alunos do século XXI? A resposta parece óbvia e vai de encontro às problemáticas que levantamos quando analisamos as características do jovem contemporâneo, marcado pelo dinamismo e inovação tecnológica, ao passo que a estrutura da escola ainda é precária diante de tantas tecnologias inovadoras. O professor é quem faz a seleção dos conteúdos que irá trabalhar em sala de aula. O critério utilizado é normalmente de acordo com as necessidades e dificuldades de cada turma, porém noto que os conteúdos nem sempre são os mesmos trabalhados de escola para escola. Se houver a necessidade do aluno mudar de escola no meio do ano letivo ele encontrará dificuldades em relação aos conteúdos.

Sobre o currículo, podemos ainda afirmar que ele é produto de uma seleção eminentemente política, estando limitado a ações de governos. Ao término de uma gestão, novas propostas aparecem e a antiga é totalmente abandonada. Falta tempo para sua implantação e consolidação no espaço de um governo, acarretando descontinuidade administrativa e pedagógica. O mais grave é que tais políticas levam ao descrédito no âmbito escolar, uma vez que os professores não acreditam nelas, e, portanto, não se engajam efetivamente.
Apesar da importância que os governos dão ao planejamento curricular, a história tem demonstrado que, sucessivamente, as reformas "fracassam".
Na elaboração de uma proposta curricular, professores que são os principais agentes não são ouvidos. Por isso, há um descompromisso social com a mudança.
A ideia do Ensino Médio como parte da educação básica objetiva consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos na educação fundamental, desenvolver a compreensão e o domínio dos fundamentos científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna, e não apenas preparar para o vestibular.
No entanto, embora não exista em função do mercado de trabalho, o Ensino Médio não pode se dissociar das exigências da sociedade tecnológica e do novo ambiente produtivo. Sendo assim, é exigida uma formação que inclui flexibilidade, criatividade, autonomia de decisões, capacidade de trabalhar em equipe, autonomia intelectual, pensamento crítico, capacidade de solucionar problemas etc. Se pretende formar para a cidadania, a educação média deveria atualizar histórica, social e tecnologicamente os jovens cidadãos. Isso implica a preparação para a cidadania, senso crítico, dotando o aluno de um saber crítico capaz de refletir principalmente sobre o mundo do trabalho.
Entre os motivos do insucesso do currículo estão a ausência de uma formulação participativa e de uma adequada preparação docente. Portanto, de modo geral, esse modelo de currículo conteudista tem se mostrado inadequado.

Desda década de 90 não há grandes mudanças no ensino e a mudança de 2012 não teve grandes revoluções, e o que me parece é que quem faz essas leis e resoluções não entendem muito de educação. Na resolução diz que os estudantes devem ter uma formação integral o que não acontece na realidade. Podemos também colocar que realmente não há estrutura hoje em dia para querer mudar e fazer uma revolução no ensino médio, visto que os alunos que saem do ensino fundamental estão saindo sem base chegando assim no ensino médio com uma deficiência muito grande em várias áreas do conhecimento, isso acaba desestimulando cada vez mais para que eles permaneçam na escola.

A melhoria da educação passa, necessariamente, pela renovação curricular, formação de professores e gestão da educação.
Sobre o currículo, o maior problema é vencer a cultura de transmissão dos conhecimentos, derivada da escola tradicional, em detrimento de uma formação que desenvolva a formação de atitudes, Os valores e competências mais amplas vai desde a oferta da educação integral, até a oferta de um número maior disciplinas, para que o aluno faça a opção pelas matérias e monte sua grade de estudo, de acordo com seus interesses. Porém, esta nova formulação curricular certamente exigirá uma adequação das instituições formativas, um maior contingente de profissionais docentes, especialmente considerando a existência de uma parte diversificada e maiores investimentos públicos tanto na formação de professores quanto na estrutura física das escolas.
Sobre a formação, o problema esbarra-se na ausência de uma política efetiva de formação de professores, que os capacite adequadamente para enfrentar os novos desafios.
Por fim, falta gestão da educação. Para melhorar a qualidade, governos deveriam investir, e garantir que o investimento chegue as escolas, qualificar profissionais, gerenciar o processo pedagógico e buscar meios de avaliar o aprendizado. O atual modelo de gestão escolar, marcado pelo autoritarismo e pela pouca flexibilidade, falta de cultura de avaliação e de experiência de trabalho em equipe, apresenta-se como obstáculos a qualquer tipo de reforma curricular.

imagem de Pálite Terezinha Buratto Remes

Reflexão Ação Caderno II

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio
REFLEXÃO E AÇÃO – CADERNO 2
O jovem como sujeito no Ensino Médio
A juventude é, ao mesmo tempo, uma condição social e um tipo de representação. De um lado, há um caráter universal, dado pelas transformações do indivíduo numa determinada faixa etária. De outro, há diferentes construções históricas e sociais relacionadas a esse tempo/ciclo da vida. A entrada na juventude se faz pela fase da adolescência e é marcada por transformações biológicas, psicológicas e de inserção social.
A juventude constitui um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem. Ela assume uma importância em si mesma como um momento de exercício de inserção social. É justamente nesta fase da vida que o jovem está frequentando o Ensino Médio e buscando sua formação para garantir o seu espaço no mercado de trabalho.
Vivemos em uma sociedade tecnológica; e as tecnologias reduziram os postos de trabalho mecânicos e aumentaram a exigência mínima intelectual para os empregos. A chance de um jovem sem Ensino Médio ser excluído na sociedade atual é muito maior do que há uma década.
O problema do Ensino Médio é mais grave do que o do Fundamental porque até há pouco tempo – e para muitos até agora – a etapa não era vista como essencial. A média de escolaridade dos adultos no Brasil ainda é de 7,8 anos e só em 2009 a Constituição foi alterada para tornar obrigatórios 14 anos de estudo, somando aos nove do Ensino Fundamental, dois do Infantil e três do Médio. O prazo para a universalização dessa obrigatoriedade é 2016.
Podem-se ressaltar os problemas apontados nos testes nacionais e a má colocação do País nos principais rankings internacionais ou olhar pelo lado positivo, de que o acesso à escola está perto da universalização e a comparação de índices de qualidade dos últimos anos aponta uma trajetória de melhora. Já sobre o Ensino Médio, não há opção: os dados de abandono são alarmantes e não há avanço na qualidade na última década; isso para entender por que a maioria dos jovens brasileiros entra nesta etapa escolar, mas apenas metade permanece até o fim e uma pequena minoria realmente aprende o que deveria. É o que se nomeia “funil do Ensino Médio”, dados confirmados por pesquisas.
No Colégio Estadual Santos Dumont, localizado no Bairro Guaíra, na cidade de Curitiba, Paraná, essa realidade não é muito diferente. Com o porte de 290 alunos matriculados no Ensino Médio – matutino e noturno- , com a variação de idade de 14 a 20 anos, os conflitos acontecem em múltiplos segmentos e contextos, confirmando a necessidade de um enfrentamento psicossocial que considere os problemas escolares dos jovens alunos, relativizando-os nos papéis desempenhados por todos os envolvidos na comunidade escolar: família, educadores, administradores, alunos e funcionários.
Nesse contexto e considerando o estudo correspondente às reflexões do caderno 2 do curso, entre os dias 13 a 15 de agosto, nosso grupo aplicou aos alunos do Ensino Médio (turnos matutino e noturno), um questionário contendo questões, sob a perspectiva da abordagem psicossocial, de suma importância para o diagnóstico da nossa realidade (ver anexo). Tais resultados foram tabulados e servirão de estudo para possíveis ações de enfrentamento aos problemas juvenis.
Buscamos com isso, entender a realidade de nossos alunos com suas respectivas relações nas três dimensões: família, comunidade e rede social e nas experiências construídas individual e coletivamente.
A pesquisa oferece, assim, os seguintes dados dominantes:
I. Família: é constituída por famílias monoparental, recasada e de pais separados. Os alunos moram com os pais e têm casa própria.
II. Comunidade: são moradores do bairro Guaíra, formado por fronteiras típicas da capital paranaense, que revela o paradoxo da desigualdade social entre belos shoppings, casas e apartamentos, de um lado, com aglomerados de casebres e barracos, do outro, pertencentes à comunidade do Parolin.
III. Rede social: A comunidade escolar é cercada por associações comunitárias, igrejas e órgãos públicos de acesso a cursos, educação e saúde. Os possíveis relacionamentos sociais dos alunos estão conectados aos passeios aos shoppings Palladium e Total, bailes e cultos/missas da redondeza. Poucos frequentam ou frequentaram o teatro, além daqueles apresentados dentro do espaço do colégio, assim como a frequência ao cinema é a de 1 vez ao mês.
Além disso, é evidente o sucesso de preferência dos alunos pelas redes de relacionamento. Mais de 80% dos alunos têm acesso a computadores em casa, dedicando mais de 4 horas por dia de navegação em redes sociais, contrastando com até 2 horas por dia de estudo em casa.
Em relação ao contexto escolar, nossos alunos consideram o colégio importante para o relacionamento de amizade, apreciando ainda os intervalos para o lanche.
São assíduos no turno matutino, entretanto faltosos no noturno. Dizem prestar atenção nas aulas, mas não apresentam uma rotina de estudos em casa com, no mínimo, 2 horas diárias, embora considerem a aprendizagem muito importante. As aulas são consideradas boas e a disciplina de Matemática é a mais apreciada.
Segundo a pesquisa, é preciso mudanças na estrutura do colégio, com laboratórios ativos, boa conexão de internet para aulas mais dinâmicas e produtivas, além de professores mais dedicados em aulas interativas e alunos mais envolvidos nas atividades.
Consideram-se discriminados e percebem que não são levados a sério, porém contrariam o paradigma de que alunos oriundos da Escola Pública não teriam perspectivas de avanços na educação, pois nossos alunos almejam a graduação, como também querem atuar na área empresarial.
Considerações finais
É inegável a constatação de que a Educação Pública voltada ao Ensino Médio precisa de reformas urgentes relacionadas a todos os seus eixos. Não se trata no momento de se buscarem culpados, mas, ao contrário disso, é a responsabilidade de se perceber a vítima: nossa sociedade, que sofre as terríveis consequências pelo descaso que a Educação vem sofrendo ao longo dos séculos pelas políticas públicas.
Com os resultados obtidos dessa conversa, pudemos delinear o território de nossa atuação, confirmando os grandes desafios que precisam ser combatidos com a responsabilidade de todos.
O que temos em nosso colégio é uma juventude desprovida de identidade, perdida nos emaranhados de desmandos do poder público e deixada à mercê do destino pela própria família. Cursar o Ensino Médio é para ela mais um rito de passagem, uma obrigação coletiva, a qual, infelizmente, não se vincula exatamente à qualidade da aprendizagem. É uma juventude repleta de paradoxos, uma vez que suas atitudes se contradizem com suas ambições ao que se diz respeito à valorização do estudo e redes respectivas.
Temos um grupo de docentes e de funcionários que também não se sentem levados a sério, doentes e desesperançosos em relação ao respeito e valorização pela dedicação à educação pública.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa I - caderno II : O jovem como sujeito do ensino médio / Ministério da Educação,Secretaria de Educação Básica; [organizadores : Paulo Carrano, Juarez Dayrell]. – Curitiba : UFPR/Setor de Educação, 2013.69p.
Fonte:
O jovem como sujeito no Ensino Médio - CE SANTOS DUMONT

imagem de Pálite Terezinha Buratto Remes

Reflexão Ação Caderno I

Atividade desenvolvida pelo grupo
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio
REFLEXÃO E AÇÃO – CADERNO I
Desafios Encontrados no Ensino Médio
O Ensino Médio no Brasil sofreu inúmeras transformações ao longo da história. Deixou de ser elitista e excludente e transformou-se em uma etapa educacional democrática, quando o ensino passou a exigir a obrigatoriedade desta modalidade. No entanto, essa etapa educacional continua sendo o “nó” da educação brasileira.
Se, no período militar, essa etapa do ensino adquiriu uma visão estritamente profissional, formando alunos para o futuro mercado de trabalho e uma grade curricular extremamente tecnicista, hoje o Ensino Médio deve formar os alunos para que exerçam efetivamente o seu papel de cidadãos plenos, de quem a sociedade tanto precisa.
No entanto, o nó atribuído ao Ensino Médio está no fato de que este não deu conta de preparar o jovem para o mercado de trabalho, devido ao empobrecimento dos currículos escolares com o esvaziamento e a retirada dos conteúdos gerais, anulando neles a capacidade crítica de compreender a realidade social.
Hoje, o Ensino Médio vai além desta educação tecnicista e restrita ao âmbito profissional, pois propõe uma educação integrada, capaz de propiciar aos alunos, entre outros objetivos, a compreensão da vida social e a evolução técnico-científica e trabalhista que o mundo vem sofrendo.
No entanto, esta formação integrada e humanística também não conseguiu, ainda, contemplar os alunos em sua plenitude, já que taisdesafios são identificados em todas as esferas que dizem respeito à Educação, ou seja, temos uma legislação ainda aquém, que contribui para a segregação dos alunos da classe popular, embora grandes avanços têm-se percebido após a gestão do Presidente Lula.
O acesso à Escola e à Universidade está vinculado às questões sociais e econômicas, mesmo com a abertura de bolsas mantidas pelo governo à classe menos privilegiada. A grande maioria do grupo daqueles que frequentam a Escola Pública não recebe apoio e incentivo da própria família e da sociedade e, assim, apresentam grande dificuldade de aprendizagem e lacunas de conhecimento e de cultura universal. A explicação possível para os desafios ainda enfrentados pela Escola Pública pode recair na reflexão de que ainda é desigualdade social no país é gritante. A Educação de qualidade está vinculada à camada privilegiada, que paga o acesso à manutenção do "status quo" para os seus filhos e descendentes, mantendo assim o domínio da melhor qualificação profissional e educacional, enquanto a classe trabalhadora ainda precisa equilibrar o trabalho diário entre o acesso à Educação.
Os adolescentes de renda menor não acreditam muito em seu potencial e acreditam menos ainda em uma possibilidade de ingressão ao Ensino Médio, enquanto os que têm uma situação mais vantajosa já olham de forma motivadora e diferenciada, ou seja, há perspectivas de avanço (especialização, mestrado, doutorado e pós PH). Essa discrepância social é hereditária, pois quando os pais não conseguem a formação adequada, em geral, os filhos não se sentem motivados para a reversão do estado.
Por isso deve ser investido muito na educação, tendo primeiramente locais adequados ao que se propõe, materiais disponibilizados para o trabalho de qualidade e valorização profissional, tanto com 50% de hora-atividade para que o professor possa ter um trabalho mais rico de informações e principalmente para poder dedicar-se a trabalhos de pesquisa junto aos alunos, assim tornando a prática de ensino menos estressante na quantidade de materiais para elaborar e corrigir,, quanto na parte de remuneração básica; e não longe, serem cobrados resultados. Com esse tipo de investimento, o trabalho terá uma melhora significativa, o aluno terá mais prazer em ir para a escola, seus pais, vendo o resultado obtido pelo entusiasmo de seus filhos, irão acreditar em seu futuro, lutando para que ele permaneça e, não só conclua o Ensino Médio, mas chegue ao ensino superior.
Não se pode esquecer de que um profissional reconhecido tem seu trabalho realizado com muito mais prazer, obtendo resultados além do esperado.
Ainda há muito a avançar. A matrícula não pode ser encarada como mera estatística. É preciso melhorar a qualidade de ensino, pois essa é a única ferramenta de incentivo à manutenção dos alunos no Ensino Médio. Há de se considerar também que o ensino profissionalizante regular ou subsequente é uma ótima ferramenta para o nosso país, por onde há a formação de pessoas mais qualificadas para o mercado de trabalho.
Em relação aos principais problemas do Ensino Médio no Colégio Santos Dumont pode-se afirmar que são preocupantes e, com certeza, não fogem a regra das demais escolas do país.
Os dados de evasão são alarmantes: da maioria dos jovens que entra nesta etapa escolar, menos da metade permanece até o final. As listas de chamada são razoáveis e poderiam até indicar sala cheia, mas, na realidade, as salas estão esvaziadas. E isso pode ser compreendido por dois perfis de aluno: aquele que desistiu completamente dos estudos e aquele que aparece de vez em quando, o chamado aluno “turista”.
Outro problema diz respeito à qualidade do ensino, não há avanço na qualidade dos alunos que concluem o Ensino Médio. Uma pequena minoria realmente aprende o que deveria. Os alunos se formam com conhecimentos irrisórios, nem todos trazem o mínimo básico do conteúdo dos anos iniciais necessário, boa parte chegam aos anos finais sem se quer serem “alfabetizados”. Diante de tal fato os professores ensinam o mínimo do mínimo, a maioria dos alunos sai do Ensino Médio como “analfabetos funcionais” (não fazem cálculos básicos e não conseguem entender textos longos).
De acordo com as discussões do grupo de estudo e com o PPP, os alunos do Ensino Médio e Profissionalizante tem cerca de 15 a 21 anos aproximadamente.
No que trata do aspecto sócio- econômico dos pais e dos alunos matriculados no Ensino Médio e que encontram-¬se trabalhando, boa parte está na informalidade e mantêm suas famílias com uma renda mensal que vai de um a três salários mínimos. Os alunos são oriundos de classes sociais menos privilegiadas, que estão vulneráveis ao uso de drogas, violência. Esses alunos, em sua grande maioria, moram em submoradias e precisam trabalhar para ajudar no sustento da família. Seus pais não concluíram os estudos, não percebem a importância do estudo e também não demonstram interesse pela vida escolar de seus filhos. Muitos não almejam uma prespectiva de um futuro profissional legalizado, pelo fato de participaram do tráfico ou estarem realizando situações ilícitas.
Diante desse contexto, o Colégio Estadual Santos Dumont vem buscando aproximações junto a parceiros potenciais, atuantes na região, a fim de melhorar as condições para o aprendizado, estando alguns alunos vinculados a programas que fornecem bolsas de auxílio familiar e que monitoram o rendimento e frequência dos alunos às aulas.
A partir de levantamentos realizados e de conversas informais, pode-se afirmar que os alunos do período noturno, em sua grande maioria, são trabalhadores com uma trajetória de exclusão escolar ligada principalmente a uma precoce inserção no mundo do trabalho, obviamente por questões de sobrevivência.
A maioria desses alunos afirma ter voltado a estudar buscando melhores condições de trabalho e de vida, visto o alto índice de desemprego e a necessidade de qualificação profissional. Afirmam também que é pela via da educação escolar que terão uma vida melhor. Eles buscam sucesso profissional e realização pessoal, embora manifestem muita insegurança e incerteza frente ao futuro, em decorrência de alto índice de desemprego nesta sociedade competitiva e excludente.
Ao analisarmos os dados do SAEP, Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Paraná, que traz os índices de rendimento escolar, evasão, abandono, repetência, com base nos dados do Censo Escolar, em relação ao nosso colégio, houve uma queda significativa da procura dos alunos para o Ensino Médio e Profissionalizante. Mediante essa constatação, a equipe gestora está fazendo um levantamento da necessidade e procura de cursos junto a comunidade onde a escola está inserida para que, dentro das possibilidades o colégio junto à SEED, possa ofertar cursos profissionalizantes que atendam a demanda.
Sob a concepção de que uma formação humana integral começa na luta pela igualdade, há de se considerar que todas as modalidades que são contempladas pelo Ensino Médio (diurno ou noturno, escola rural ou escola urbana, jovens ou adultos) tenham acesso à mesma qualidade de ensino.
Uma formação humana integradora significa que todos os aspectos estejam contemplados: tecnológicos, científicos, humanísticos e culturais. Essa formação deve ir além da preparação para o mercado de trabalho ou o acesso ao vestibular. Deve ser uma formação que desenvolva senso crítico, autonomia e emancipação do indivíduo.
Por isso, esta formação humana integradora precisa desenvolver no aluno uma compreensão abrangente do significado econômico, social, histórico, político e cultural das ciências, letras e artes. O currículo das diversas disciplinas, equiparadas em grau de importância, devem unir teoria e prática.
No entanto, o currículo é um dos maiores problemas do Ensino Médio. Reformado nos últimos anos, mas ainda inchado por 12 ou 13 disciplinas obrigatórias, ele tem sido considerado excessivamente extenso para os três anos de Ensino Médio. Reunir as disciplinas em áreas do conhecimento, como sugere o ENEM, é uma das propostas para desinchar o conteúdo dessas disciplinas. Porém, essa proposta esbarra-se na dificuldade da interdisciplinaridade.
Outra dificuldade está na distância entre o conteúdo das disciplinas apresentado aos jovens e a realidade da vida que eles levam. A escola continua muito tradicional, engessada diante da vida dinâmica do adolescente contemporâneo. Pode-se certamente afirmar que a “escola é desestimulante e chata”.
Enquanto os jovens estão integrados às novas tecnologias, como internet e tablets, a maioria das escolas não faz integração de conteúdo e tecnologia.
Por outro lado, os professores sentem-se desestimulados porque, embora os problemas estejam na escola, eles não podem ser resolvidos pela escola. Para ensinar, seria esperado que os professores estivessem entre os profissionais mais bem preparados da sociedade. No entanto, décadas de salários baixos e péssimas condições de trabalho desestimulam os atuais professores e afastam da carreira a maioria das pessoas com os melhores desempenhos enquanto estudantes, fato real é observar quantos professores estão fazendo, participando dessa proposta e quantos já desistiram, desestimulados com a profissão.
Para uma nova escola e universalização do ensino é necessário investimento e formação de professores. O professor deve ter estímulo para estudar e encontrar estratégias para trabalhar com o jovem. A maioria dos professores desembarca na sala de aula sem nenhuma estratégia para despertar o interesse de jovens inseridos em um mundo no qual o conhecimento escolar deixou de fazer sentido diante da internet.
Na verdade, as deficiências de nossos mestres começam no nível mais básico. Os acadêmicos das licenciaturas sabem pouco de didática, já que aprenderam teorias vazias e recheadas de ideologias superficiais.
Para que se avance na direção de materializar a concepção de formação humana integral, é fundamental compreender que a histórica dualidade estrutural na esfera educacional não é fruto da escola, mas da sociedade dividida em que se vive, por imposição do modo de produção capitalista. Isso exige que a escola se estruture de forma dual no sentido de fortalecer o modo de produção do capital que se baseia na valorização diferenciada do trabalho intelectual e do trabalho manual. Portanto, romper essa dualidade estrutural da educação escolar completamente não depende apenas do sistema educacional, mas, antes, da transformação do modo de produção vigente.
Contudo, isso não significa que desde a educação deva-se esperar que ocorra primeiramente a superação do atual modo de produção para, somente depois, construir-se uma escola compatível com o novo o modo de produção. É preciso atuar em meio às contradições do modelo hegemônico vigente no sentido de produzir movimentos que contribuam para o rompimento da dualidade educacional, o que também contribuirá para a superação do sistema capital.
Enquanto houver adolescentes que precisam deixar a escola em prol de manterem a entrada do alimento e da sobrevivência em seus lares, o quadro de abandono, evasão e pouco domínio dos conhecimentos básicos da educação integral vai sempre apresentar desfalques e injustiças.
A chegada à universalização do Ensino Médio exige alterações profundas e simultâneas em todas as esferas da educação brasileira: não é válida a mudança nas Universidades, se a educação básica estiver aquém das expectativas e vice-versa.
Universalizar o Ensino Médio, isto é, assegurar que toda a população de 15 a 17 anos frequente as séries adequadas a cada idade, vai exigir, em primeiro lugar, que os alunos com 15 anos ou mais que estão no ensino fundamental cheguem e sejam incorporados ao Ensino Médio. Além disso, são necessários levantamentos confiáveis sobre os jovens que estão fora da escola – seja por cursarem a Educação de Jovens e Adultos, por terem abandonado a escola ou por não terem acesso ao Ensino Médio em seus municípios – e colocar em prática estratégias para que concluam sua escolaridade.
Mas os desafios não se esgotam aí. Não basta aos jovens frequentar a escola, mas especialmente construir aprendizagens relevantes e significativas ao longo de sua escolaridade. E isso se faz numa escola genuinamente para jovens, resolvendo de vez a crise de identidade do Ensino Médio. Educar para a vida, não para “passar no vestibular”. E educar para a vida é ensinar o que faz sentido, não apenas o que é pragmático.
Para grande parcela dos jovens, a escola tem sido um espaço de desalento e desesperança. Mudar, nesse contexto, significa abandonar alguns paradigmas sobre o que é ensinar e aprender, voltar os olhos para a educação básica e a formação de professores, rever e revitalizar os compromissos com a escola e o aluno.
E isso precisa ser feito com o direcionamento dos recursos financeiros para o Ensino Médio, que sempre viveu com as sobras do Ensino Fundamental; com políticas focadas na educação básica; e com professores bem formados e melhor remunerados.
Mais que com palavras, menos ainda as demagógicas, mas com o compromisso de construir coletivamente a escola que faça diferença na vida dos jovens e na vida do País.

imagem de Maciel Feitoza Santana

Escola Professora Clarice Godoy

Bom, o Ensino Médio é uma etapa obrigatória para que se possa ingressar no ensino superior e ao mesmo tempo, é uma etapa complementar ao ensino fundamental. Ele acompanha os jovens durante uma fase de transição e de inquietação emocional e hormonal. A princípio, ele gera um certo incômodo devido as mudanças na grade curricular que, muito possivelmente, vem junto como mudanças de colegas, de escola e de professores.
Mas com o tempo as interações possibilitam o surgimento de novas amizades, novos grupos, nova visão de importância da própria escola e dos conteúdos. É a partir daí que o Ensino Médio passa a exercer sua função primordial que é a de contribuir na formação de cidadãos conscientes e aptos a ingressar no mercado de trabalho e no ensino superior.

imagem de janiria oliveira porto

Livro III- Reflexão e Ação

Constatamos sim, que o currículo realmente tem que ser mais "instigante";os temas polêmicos, a transversalidade devem estar presentes, como também,a problematização, a pesquisa.O ensino da Filosofia deveria estar presente desde o 6º ano , com o intuito de levar o aluno a valorizar o questionamento, a formação de ideias, o gosto pela argumentação; o que auxiliaria e muito, nos estudos de Língua Portuguesa(interpretação, leitura crítica).
A melhoria da rede física, a valorização do profissional, o trabalho com material concreto, possibilitando ao aluno vivenciar na prática o que lhe é apresentado de forma teórica possibilitaria a apropriação do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades e competências de uma forma mais efetiva.O desafio da formação humana integral está aí.Como fazê-la de forma efetiva?Cabe a nós, professores, comunidade escolar em geral, lutarmos pela construção de um PPP coletivo, que valorize os saberes, o meio, que entenda o aluno como ser pensante e não como mero receptor de informações.

imagem de Nadja Regina Matte

Contextualização

Se trabalharmos os conteúdos disciplinares de modo contextualizado, estabelecendo-se, entre eles e relações interdisciplinares estaremos dando sentido aos conteúdos científicos mesmo que estes sejam estruturados de forma disciplinar. Porém sabemos que da forma como está estruturado o sistema educacional não é possível, pois os professores tem dificuldade de assumir o trabalho pedagógico, em sala de aula, como desejaria, uma vez que a maioria deles precisam cumprir sua jornada de trabalho em diversas escolas. Não temos professores com dedicação exclusiva numa única escola, tendo dificuldade até de conhecer a realidade das mesmas e muitas vezes nem se quer conhecem o PP da escola onde trabalha. Precisamos nos mobilizar para a mudança estrutural para que a escola e seus educadores desempenhem de fato seu papel, no processo de ensino e de aprendizagem.
Inês Angelina Favero

imagem de Nadja Regina Matte

Pacto Ensino Médio -

Aproximação e distinção das Diretrizes Nacionais e Estaduais para o Ensino Médio

De acordo com a documentação que trazem as diretrizes curriculares nacionais, entendemos que existem diferenças, desde a concepção de currículo. Conforme as leituras compreendemos que nas Diretrizes Nacionais a concepção de currículo é vista como as experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio às relações sociais que se travam nos espaços institucionais, e que afetam a construção das identidades dos estudantes. Currículo, nesse enfoque, corresponde ao conjunto de esforços pedagógicos promovidos na escola com o propósito de organizar os conhecimentos científicos e tornar efetivo o processo educativo. Expressa o projeto político-pedagógico da instituição em que se desenvolve, englobando também as experiências vivenciadas pelo estudante em seu tempo de formação acadêmica, dentro de um processo de construção e, portanto, um instrumento político, cultural e científico formulado com base em uma construção coletiva.
No conjunto das Diretrizes para o ensino médio de formação humana e profissional o currículo e as ações pedagógicas que dão sustentação para o desenvolvimento do ensino, trazem avanços na proposta, onde a formação integral traz mais claro a importância do conhecimento científico englobando a ciência, o trabalho, a tecnologia e a cultura como componentes essenciais da formação. Verifica-se ainda que há um conteúdo que mobiliza a necessidade do estudante de construir seu caminho e também da superação da dualidade entre ensino para a formação geral e o ensino para a formação profissional, não estando ainda bem clara, mas abrindo caminhos para repensar e reconstruirmos uma proposta que dê conta de um ensino médio de formação integral.
Em relação às diretrizes estaduais, esse caminho também precisa ser feito, visto que hoje avançamos menos nas discussões, pois temos um ensino puramente disciplinar e que as várias tentativas, como Ensino Médio Inovador e outras tentativas como o ensino por blocos, não tiveram o efeito esperado. Precisamos superar tanto a organização disciplinar como a hora aula deslocada do contexto, superar a organização estrutural do sistema educacional.
Propomos: Definir que ensino médio queremos construir; que os professores trabalhem em uma única escola, ou máximo duas; que o currículo seja amplamente discutido entre os professores, alunos, comunidades e instituições da sociedade civil; que as universidades assumam juntos essa discussão; que o currículo contemple uma formação humana e profissional integral de acordo com a ciência, a tecnologia, a cultura, numa visão social, política e tecnológica que priorize a inserção dos jovens como sujeitos no processo de construção histórica, científica, cultural e social.

imagem de Nadja Regina Matte

Pacto Ensino Médio -

Veja esta mensagem Fóruns » Fórum - Áreas do conhecimento » Fico com a simplicidade
Imagem de ANILTON NUNES DOS REIS
Fico com a simplicidade
por ANILTON NUNES DOS REIS - quinta, 30 outubro 2014, 14:17

Sempre que posso tento trazer para este fórum um pouco da experiência, do vivido dentro da sala de aula como forma de ilustrar o ambiente que trabalhamos e como encaminhamentos de determinadas questões que surgem ao longo de nossas atividades. O propósito é o de socializar experiências, acertos, erros e interrogações que presenciamos nos desafios diários que enfrentamentos.
Dia desses conversava com os alunos do 6º ano (eu sei, o foco é o Ensino Médio, mas eles farão parte dele, em breve) sobre a tal da interdisciplinaridade, perguntava como eles enxergavam as aulas, qual a opinião sobre os professores e o que achavam que a escola deveria mudar. Como diz aqui no Sudoeste do Paraná: - Meeeeeeeeeeeeeeeeu Deus! Foi um alvoroço, difícil até de controlar a turma, tal a vontade de falar. Todos ao mesmo tempo, claro.
Questões como:
- Não entendo de onde o professor tira aquilo que ele fala.
- Tem um monte de coisa que nem sei pra que serve.
- Não gosto da matéria (tal) e nem sei se vou precisar disso.
- A escola é feia, poderia ser mais bonita [...], o lanche poderia ser melhor, [...] o pão de queijo poderia fazer parte da merenda [...] os professores poderia ser mais legais [...]
E sobra para eles também quando fazem uma autoavaliação:
- Os alunos também poderiam colaborar mais, conversando menos, fazendo tarefas.
Enfim, duas horas aulas só de papo, verbalização e oralidade. Quantas ideias dali surgiram. Quando voltei para a (tal) interdisciplinaridade, uma aluna propôs um trabalho para a Mostra Interdisciplinar. Uma pesquisa dos falares locais de cada estado. Cada aluno ficaria por conta de um estado e traria o que pesquisou (expliquei a eles como funciona uma pesquisa) e fariam um mapa destacando em cada estado seus falares e gírias. Envolveriam os professores de Geografia e Artes, pelo menos.
Pronto.
Apesar de não entrar no campo científico, a interdisciplinaridade para eles foi bem mais simples e fácil de resolver. Ai estão explícitos o ouvir o aluno, os aspectos culturais locais e regionais, o conhecimento da cultura do outro, a metodologia aplicada à realidade dos alunos, a integração e contextualização do currículo, tudo resumido a um ?simples? projeto.
É nessa linha que nós, educadores, temos que agir: sem pré-conceitos, com simplicidade e com alegria.

imagem de MÁRCIA REGINA PEREIRA DA SILVA

Refleção e ação

Quando relacionamos o sujeito a sua realidade, não podemos deixar de pensar que o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura, estão sempre interligados, formando o meio do sujeito totalmente contextualizado, ensinamos para despertarmos nos cidadãos, sua compreensão de mundo, suas perspectivas de vida, instigando-os a desenvolver culturalmente os saberes éticos, a expressão da crítica e os valores importantes a uma sociedade.

imagem de cassimiro matyak

• CADERNO IV – Reflexão e Ação 1 (pg 16

EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL: um projeto integrador.
Numa perspectiva integradora, as áreas do conhecimento trabalharão o tema da alimentação e nutrição. Incialmente, a disciplina de Biologia trabalhará os grupos alimentares, construindo coletivamente a pirâmide de alimentos. Na próxima etapa, será abordado os temas relacionados a alimentação inadequada, tais como: distúrbios alimentares( anorexia, bulimia, obesidade). Pegando “gancho” com a Biologia, a Filosofia trabalhará o tema de estética, analisando a cultura dos corpos ao longo do tempo. Nessa direção, a disciplina de Sociologia abordará as relações entre a mídia e a alimentação, a partir de vídeos, novelas, revistas, analisando as contradições entre a alimentação e a busca do corpo perfeito. Articulando, Biologia, Filosofia e Sociologia, os alunos deverão em Artes produzir uma paródia sobre alimentação e cultura corporal na atualidade. A música deverá ser gravada junto de um clipe e exibida da Feira de Alimentos Regional, que fechará o projeto. A disciplina de Educação Física realizará avaliação do IMC( Índice de Massa Corporal), objetivando o auto conhecimento do educando em relação ao seu corpo. Em seguida, serão orientados sobre os gastos energéticos, queimas calóricas, demostrando as várias possibilidades de atividades e exercícios físicos, que são fundamentais para uma vida saudável. Complementando a Educação Física, em Matemática os alunos calcularão o IMC, construindo posteriormente tabelas e gráficos do IMC da escola. Em outro momento, se solicitará que os alunos tragam rótulos de alimentos do dia-dia, com o intuito de comparar os valores calóricos, enfatizando que nem sempre a igualdade do valor calórico corresponde à qualidade alimentar. A disciplina de Física irá trabalhar a quantidade trocas de calor, dentro disso, estudaremos calor sensível e latente. Para visualizar na pratica, será feito um experimento no laboratório, demonstrando a variação de temperatura sem que aconteça a mudança de estado físico. Em outra etapa, vamos explicar a mudança de estado físico sem que haja variação de temperatura. História e Língua Portuguesa trabalharão o filme “A festa de Babette” Gabriel Axel (1987). Após assistirmos o filme, a disciplina de História abordará as relações da religião e da alimentação. Será solicitado que os alunos pesquisem quais as comidas “proibidas” de cada religião, elaborando cartazes sobre a temática. Em Língua Portuguesa, será realizado um momento poético, com a sala decorada com alimentos para ler e discutir o texto “A festa de Babette” de Rubens Alves. Este texto provoca a sensibilização em relação ao ato de comer. Para fechar o projeto, a disciplina de Geografia elaborará uma Feira de Alimentos Regionais, na qual os alunos pesquisarão os alimentos típicos de cada região do Brasil, e criarão pratos cuja base seja destes alimentos. Nesse momento, Artes apresentará sua atividade. Este evento será aberto à comunidade.

CADERNO IV - REFLEXÃO E AÇÃO 2 (pg 26)

01) DIMENSÕES:

CULTURA:
O aspecto formal da escrita,

TRABALHO:
a comparação dos equipamentos e técnicas utilizados por outros pintores, e até mesmos equipamentos utilizados por outras profissões

CIÊNCIA :
As reações que ocorrem em materiais utilizados para a pintura, produzindo diferentes efeitos. Como molhar o carvão, trabalhar com mais ou menos pressão.

TECNOLOGIA:
A evolução dos materiais, partindo do carvão bruto, até pensarmos na caneta tinteiro.

Utilizando este material dentro de nossas aulas, observamos uma aplicabilidade dentro das disciplinas de:
História, contextualizando o pintor e sua história, também os outros artistas por ele citado.
Arte, a comparação dos estilos entre os artistas citados no texto e suas diferentes técnicas.
Física, a transformação da matéria, ex; madeira em carvão e o carvão misturado ao óleo.
Língua Portuguesa, o estilo da escrita e sua formalidade e o gênero carta.
Educação física; como o corpo era relatado e desenhado por estes artistas em suas épocas.
Biologia; das matérias-primas utilizadas para as suas pinturas.

• Caderno IV - REFLEXÃO E AÇÃO 3 (p. 37)
Elaboração coletiva da proposta integrada
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1.
-Tecnológico: produção massiva de tecnologia, criação de profissões especializadas.
- Econômico: O consumismo move a economia/ lucros/ mercado de trabalho
- Histórica: 1º e 2º Revolução Industrial/ Ascensão do Capitalismo e sua relação com o capitalismo.
- Ambiental: Lixo gerado pelo consumismo; enchentes; lixo reciclável.
- Social: Exploradores X explorados/ exclusão social
- Cultural: Marcas/ mundo da moda/ “estrangeirismo”.
2.
- Eletricidade/ magnetismo
- Globalização, neoliberalismo e desigualdades sociais.
- Porcentagem
- Revolução INDUSTRIAL
- Ascensão do Capitalismo
- Pop Art
- Sociedade de Consumo
-Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições
- Desenvolvimento Sustentável
- Capitalismo e a construção do Espaço Geográfico.
- Análise de linguagem verbal e não verbal (porpagandas/ anuncios)
- Poluição: do ar, da agua, destruição dos solos.

- TEORIAS E CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA O OBJETO (CONSUMISMO- GERAL)

- TEORIAS E CONCEITOS PARA ESTUDAR O CONSUMISMO EM CADA AREA DE CONHECIMENTO.
-INTERDISCIPLINARIDADE ( COMO AS AREAS PODEM UTILIZAR OS MESMOS CONCEITOS)

CADERNO IV- REFLEXÃO E AÇÃO (p. 46)
1)Monteiro Lobato: uma escola em transformação
Objetivos:
- Identificar o passado da escola, comparando com o presente.
- Incentivar uma identificação/ valorização dos alunos com a escola e com o bairro
- Valorizar a escola e os estudos.

Língua Portuguesa: 1) Pesquisar quem foi Monteiro Lobato e sua importância para a literatura brasileira.
Matemática: Elaborar gráficos e tabelas que evidenciam as relações entre as mudanças positivas da escola com o número de evasão escolar, ao passo que a escola se qualifica diminuiu significativamente a desistência.
Educação Física: Analisar como o Programa Mai Educação, que promove treinamento esportivo, diminui a violência, o contato com as drogas, conscientização sobre o corpo, aprofundamento do esporte, socialização, disciplina.
Filosofia: Discutir teoricamente os seguintes conceitos: Normas, Violência, disciplina, usando a prática escolar como exemplo: à medida que a escola sancionou regras, colocou limites, os alunos apreenderam a ter disciplina e responsabilidade, diminuindo a violência na escola.
Arte: Exibição do vídeo produzido pelo diretor da escola que mostra como era a escola e como está hoje. A partir disso, os alunos devem elaborar um vídeo de depoimentos sobre a escola.
História: 1)Realizar uma entrevista com ex-alunos, ex- professores e ex-funcionários sobre o passado da escola. 2) Dividir a turma em três grupos, elaborando cartazes sobre como a escola era e como é e como eles querem que seja no futuro.
Sociologia: Compreender os processos que possibilitaram a transformação positiva da escola: equipe diretiva comprometida, investimento de políticas públicas estaduais e federais, parcerias com instituições; elaboração/inscrição de projetos; professores concursados; profissionais qualificados e que todos estes fatores somados resultaram em uma cultura escolar positiva.
2) JORNAL
Física: 1) Indagar o que é um “gato”. 2)Os Perigos da eletricidade. 3) Elaborar cartazes informativos sobre os perigos da alta tensão.
Língua Portuguesa: 1) Ler as tirinhas da Mafalda, identificando o gênero de tiras de humor. 2) Compreender as especificidades desta produção textual. 3) Criar tiras humorísticas sobre os “gatos”. Em Artes os alunos produzirão a parte estética das tiras.
Geografia: Discutir o urbanismo e as migrações presentes na sociedade brasileira a partir da década de 1950 que geraram a super população nas periferias das grandes cidades.
Química: Combustão, prevenção.
Biologia: Doenças que podem ser causadas, biossegurança.

imagem de Márcia Mendes da Fonseca

TEMÁTICA IV - Colégio Estadual Jardim Consolata-

Em se tratando do trecho da obra de Van Gogh, percebe-se que para cada época se aplica uma determinada técnica, conforme o material que há disposto e a necessidade. A partir dos quatro eixos; cultura, trabalho, ciência e tecnologia é percebido que foram usados todos, pois Van Gogh utilizou o conhecimento de Michelângelo e Durer ao mencionar o lápis que era parecido ao do carpinteiro.

Na questão tecnológica, percebe-se que houve o uso de técnicas de cores, traços, na aplicação das cores, entre outros. E em relação à ciência usou da própria opinião e experiências, a exemplo disso temos; o carvão mergulhado em água que se pode fazer várias coisas, assim sendo, estará trabalhando um método.

A respeito da discussão em sala de aula, percebe-se que por vezes temos muitas questões que o aluno traz consigo, mas não deve ficar somente no senso comum, pois ao ler um livro, aprender novas técnicas nas artes, um cálculo na matemática, enfim tudo isso o leva a ampliar seu conhecimento científico e a ligar um tema a outro, cada um na sua área, porém interligados.

E abordados de maneira crítica e ao produzir o trabalho e as maneiras como o realizará estará fazendo tecnologia, ao pesquisar estará realizando ciência, assim sendo, experiência.

imagem de Volmir Perin

Caderno V

A EDUCAÇÃO engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Nesse sentido a Gestão Democrática (que é uma forma de gerir uma instituição escolar de maneira que possibilite a participação, transparência e democracia) vem de encontro com uma escola de qualidade.

Partindo desse pressuposto, a Gestão Democrática na Escola é a participação de todos na escola. Tanto a APMF, grêmio estudantil, conselho escolar, diretores, equipe pedagógica, professores, funcionários e comunidade escolar, fazem parte da escola e são a base dessa gestão democrática. Para que realmente haja uma gestão democrática na escola deve-se haver uma participação de todos no processo ensino/aprendizagem coletivamente. Com isso busca-se uma educação de qualidade para os educandos. A Constituição Federal e a LDB, falam em “ensino público” e não em “escolas públicas”. Portanto, se entendemos que o ensino público é sinônimo de escola pública, então a gestão democrática está mesmo restrita à escola pública. A gestão democrática se estende desde os sistemas de ensino até as escolas.

imagem de Genivaldo Pinheiro da Silva

Pacto

Fortalecer o ensino médio é o caminho, mas precisamos ter profissionais mais capacitados a lidar com essa juventude que faz toda diferença no ambiente escolar lembrando que não só o corpo docente mais como toda as pessoas que estão envolvida nesse ambiente, comunidade, professores, alunos, direção, coordenadores, zeladores em fim todos, só assim teremos uma escola mais humana integradora e eficaz.

imagem de LIANE LUISA ALGERI FREDO

Ação e Reflexão planejada pela cursista LENIR CORSO

REFLEXÃO E AÇÃO:

Adquirir conhecimento não significa apenas acumular informações a respeito de determinado assunto. Significa, antes de tudo, organizar as informações disponíveis para compreender a realidade e partir em busca de novas conquistas. Segundo o historiador Eric Hobsbawm, todas as mudanças verificadas ao longo de milhares de anos foram resultado da persistente e crescente capacidade da espécie humana de controlar as forças da natureza. Esse domínio ocorreu e ainda ocorre por meio do trabalho manual e intelectual, da tecnologia e da organização da produção. Isso nos permite concluir que a base do desenvolvimento humano repousa no conhecimento, no uso da criatividade e principalmente da socialização do conhecimento.

Nos primórdios da humanidade, diversas formas de conhecimento contribuíram para a sobrevivência e o desenvolvimento dos hominídeos: a construção e o manuseio de instrumentos feitos de madeira, osso e pedra, a organização coletiva da caça, a invenção da roda e da agricultura, o domínio do fogo, etc., são alguns exemplos de como a humanidade utilizou seus conhecimentos para adequar a realidade em que vivia às suas necessidades.

Tarefa:

Após assistir o filme: A Guerra do Fogo, os alunos (as), reunidos em grupos, deverão:

1- Escrever um texto sobre o papel da socialização do conhecimento para a sobrevivência da espécie humana;

2- Refletir e responder: Que situações concretas da prática social no comunitarismo primitivo abordadas pelo filme tem relação o trabalho e a educação. O que permanece e o que se modifica na passagem para os modos de produção seguintes?

3- Ao final da atividade os alunos deverão apresentar para a classe o resultado de seu trabalho para as devidas reflexões e avaliações.

Público alvo: Alunos do 1º ano do Ensino Médio - Matutino - Col. Estadual Júlio Giongo.Ens. Fund. Médio e Normal.

imagem de LIANE LUISA ALGERI FREDO

Ação e Reflexão realizada pela cursista MARIVONE MARI!!

O projeto curricular e a relação entre os sujeitos e desses com suas práticas

A possibilidade de se dinamizar o processo de ensinoaprendizagem numa perspectiva dialética, em que o conhecimento é compreendido e apreendido como construções histórico-sociais e sua apreensão reconhecida pelos estudantes como necessária para a compreensão e eventual superação dos problemas identificados e reconhecidos como relevantes pela comunidade escolar.

Com esse intuito trabalhei com meus alunos um Júri simulado com o tema: O Brasil deve adotar a Pena de Morte?

Primeiramente foram sorteados os alunos da classe: favor, contra, jurados e o juiz. Logo após fomos fazer pesquisa no laboratório de informática sobre o tema; os jurados e o juiz tiveram mais trabalho de pesquisa, pois deviam ter um conhecimento maior para poderem melhor avaliar e julgar durante o júri.

Durante o debate foi dado à oportunidade de argumento, contra-argumento e replica para os dois lados. Aprenderam ouvir, a tomar a palavra, a permitir a fala do outro, a sustentar sua posição, a convencer e até a mudar de opinião, se for o caso.

Dessa forma os alunos puderam debater e ver os dois lados da questão; entender melhor a própria posição diante de uma questão polêmica, além de esperar o momento de sua argumentação, não interrompendo a exposição do outro, falando com clareza e em voz alta.

A avaliação dos alunos bem como a minha foi satisfatória, pois todos puderam se expressar de forma oral e os jurados de forma escrita, justificando o seu voto.

imagem de LIANE LUISA ALGERI FREDO

WIKI - A INTERDISCIPLINARIDADE

WIKI I - A INTERDISCIPLINARIDADE...

O Brasil é reconhecido internacionalmente por seu contexto natural, cultural e por sua relevância histórica. No entanto, o país também se caracteriza por enormes deficiências e desigualdades, que se manifestam e persistem em termos educacionais, socioeconômicos e culturais. É preciso, então, procurar caminhos para superar tais desafios.
“À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permite navegar através dele,(...)aliás, para ele.(...)”(Jaques Delors (2012).
O MEC, por meio das DCNEM, enfatiza a perspectiva da interdisciplinaridade e a contextualização para o tratamento dos conhecimentos a serem trabalhados. Torna-se imprescindível reconhecer o momento atual como uma oportunidade única para abrir novas fronteiras. Como então proceder? Como implementar essas novas propostas e que modelos podem ser adaptados ao contexto atual?
Em se tratando de implementação de novas propostas e modelos educacionais em nosso contexto atual, primeiramente devemos conhecer o contexto social no qual nosso estudante está inserido. Os conteúdos de ensino não podem compor o currículo como teorias, conceitos e procedimentos abstratos, sem historicidades e sem sentido socialmente construído. Os conhecimentos elaborados historicamente constituem uma condição necessária para compreensão de uma nova perspectiva de sociedade em que vivemos nos dias de hoje. Não é a organização do currículo que vai determinar a atividade do professor em sala de aula, mas sim a própria formação continuada e de nada adianta um projeto interdisciplinar se não for fundamentado criticamente.
É necessário que o ensino seja integrado de forma contextualizada e interdisciplinar relacionado com o cotidiano dos alunos, onde estes, sejam colocados como motivadores do processo educativo, buscando, instigando, pesquisando sempre em busca do conhecimento integrando trabalho, ciência, tecnologia e cultura. O enfrentamento perante à fragmentação do conhecimento envolve um processo de reflexão, um repensar o ensino e a aprendizagem. Sabe-se que é complexo, mas é imprescindível a mudança em rever o que se ensina, por que se ensina e quais os mecanismos de uma real aprendizagem de nossos alunos, formando assim cidadâos críticos e conscientes para a sociedade.
Sabemos que uma educação de qualidade não depende somente da organização curricular, mas antes de tudo da formação do professor para que possa fundamentar criticamente e atender os anseios dos alunos, ofertando um saber contextualizado, a partir de um trabalho integrador, articulando os saberes da sua disciplina/área, com as demais. Assim, além de socializar os conhecimentos produzidos pela humanidade, estimula a partir de estudos, pesquisas e experimentos a produção de novos conhecimentos.
É preciso que o nosso jovem tenha formação acadêmica, porém, em contrapartida, prepará-lo para o mundo do trabalho e orientá-lo para que possa caminhar para o que pretende ser no futuro, é imprescindível na atualidade. Nesse sentido, as novas diretrizes (DCNEM) ''propõem alternativas de flexibilização, mediante oferta de diferentes formas de organização curricular no âmbito da escola". Precisamos, como educadores abandonar paradigmas sobre ensinar e aprender, trabalhar de modo interdisciplinar e contextualizado. Para isso, as disciplinas e os professores precisam "dialogar" mais.
Realizar uma educação escolar voltada para a cidadania e para o conhecimento requer um aluno sujeito e não mero objeto do conhecimento. Para isso, o aluno precisa estar atualizado. A informação precisa ser aprendida e com prazer. Para que isso realmente aconteça, necessitamos urgente de repensar o Currículo do Ensino Médio. O Currículo escolar além de envolver a dimensão ensino-aprendizagem, deve proporcionar ao aluno inquietar-se diante dos conteúdos, e a ter curiosidade investigativa, e que o processo de ensino e aprendizagem redunde efetivamente na compreensão da realidade do educando. Sendo assim, a interdisciplinaridade torna-se mais do que um método, e sim uma necessidade.

Ao mesmo tempo, espera-se que o aluno relacione a aprendizagem escolar à sua experiência e vida, como telespectador, internauta, consumidor, constituinte de uma família e de uma sociedade – sujeito histórico, enfim.
Diante disso, torna-se premente apreender uma visão totalitária do aluno, permitindo assim, uma ampla visão das diversas disciplinas acerca das singularidades do indivíduo social, sendo este, construtor de sua própria história, permeado pelas inúmeras potencialidades que necessitam de estimulação, para poderem ser postas em prática no cotidiano de cada aluno. A sociedade à qual estamos inseridos na contemporaneidade exige isso, que o aluno consiga trazer para dentro de sua realidade a perspectiva interdisciplinar, como princípio de integração de saberes em busca de um único objetivo comum.
Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade não tem a pretenção de criar novas disciplinas ou saberes, mas de utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um problema concreto ou compreender um determinado fenômeno sob diferentes ponto de vista, ou seja, a interdisciplinaridade recorre a um saber, diretamente útil e utilizável, para responder às questães e aos problemas sociais contemporâneos.
Enfim, com a interdisciplinaridade, pode-se evitar a fragmentação do conhecimento e ligando conhecimentos de várias disciplinas o educando contextualiza saberes e consequentemente produz novos conhecimentos.
Dessa forma, a interdisciplinaridade é uma proposta que visa superar o tratamento do conhecimento escolar. Por essa perspectiva, os múltiplos conhecimentos se interligam e se relacionam com realidade na comunidade na qual o aluno esta inserido.Desta forma, quanto maior o diálogo melhor será o entendimento escolar, ressaltando e valorizando as aprimorações da aprendizagem, tornando o processo de ensino significativo.

imagem de Margarida Maria de Freitas Fernandes

Reflexões a partir do Caderno IV - atividades 3 e 4

Colégio Estadual Prof.º Flávio Warken
Caderno IV
Ação e Reflexão (pág. 37) Proposta Curricular I

Tema: Hidrelétrica de Itaipu

1) Com o surgimento na década de 70, trouxe grandes transformações para Foz do Iguaçu e região em seus aspectos tecnológicos, econômicos, históricos, ambientais, sociais e culturais. Baseando-se neste fato, surge a necessidade de investigação dos impactos causados pela construção da hidrelétrica de Itaipu na comunidade de Foz do Iguaçu.
2) Englobar o tema de forma interdisciplinar, onde cada área de conhecimento venha a embasar os aspectos de acordo com sua natureza específica, de forma a socializar o resultado em seminários, palestras, feiras pedagógicas, manifestações e apresentações artísticas, onde cada área expõe sua produção e resultados obtidos.
3) Proporcionar aos alunos uma ampla área de conhecimento, disponibilizando textos, vídeos, documentários, visitas, entrevistas com órgãos e pessoas especializadas no tema em questão.
4) Criar uma relação do conhecimento onde o aluno consiga inter-relacionar os conhecimentos obtidos nas várias disciplinas, formatando uma ideia geral que venham a contribuir para a conscientização do mesmo em relação aos impactos, benefício, possibilidades e perspectivas para vida social e pessoal desse indivíduo.
5) Levar o aluno, a partir do pressuposto histórico, situar e inter-relacionar os fatos, acontecimentos e realidades da época, a fim de que perceba que os mesmos deram origem à realidade atual desta comunidade. Para isso, se faz necessário mediar o conhecimento de maneira na qual todos os conteúdos estejam interligados.

Ação e Reflexão (pág. 45)
Proposta Curricular II

Durante as suas aulas, o professor pode trabalhar com seus alunos as questões que envolvem os riscos existentes nas instalações elétricas irregulares (os “gatos”). Questões como a falta de preparo técnico das pessoas que as fazem faz com que as mesmas sejam extremamente perigosas para a totalidade dos moradores das comunicadas em questão. Riscos que vão desde as descargas elétricas que podem atingir as pessoas que fazem as ligações ( que podem levar até a morte), até grandes incêndios, advindos da sobrecarga de energia.
Outro ponto que pode ser abordado é a questão ética dos chamados “gatos”. Pode ser considerado um roubo como qualquer outro? E quem irá pagar a conta da energia que está sendo utilizada “de graça”? O governo, a empresa geradora da energia ou os usuários que estão regulares?
Através dessa discussão, procurar levar os alunos a colocarem-se no lugar do outro. E também fazer com que percebam que os moradores dessas comunidades têm o direito de ter acesso a serviços básico de forma legal. Fazer com que os alunos percebam-se como cidadãos com direitos e deveres.
O trabalho pode ser desenvolvido em praticamente todas as disciplinas que compõem a grade curricular do EM através de palestras, visitas técnicas, seminários, etc.

imagem de cassimiro matyak

PACTO III

Ação e reflexão, p. 17 Caderno III

O currículo escolar vem sendo transformado assim como a sociedade vem mudando. Os interesses e atores sociais hoje são completamente diferente das décadas de 50 ou de 80.
A sociedade das diferenças e da inclusão que se configura na nossa atualidade, exige uma escola que abarque esses valores. Gênero, etnicidade e cidadania, já são conceitos contemplados em um currículo que força uma hegemonização da diferença.
A escola ainda, em sua grande maioria, utiliza-se de quadro negro e giz do século XIX, com o mestre a frente da classe, despejando sobre os alunos seu grande conhecimento. Se a maioria dos currículos discute teóricos complexos e conteúdos com pouca aplicação no cotidiano, os professores e alunos (ao menos uma parte considerável deles) tem se adaptado a essa questão.
A aprendizagem de equações matemáticas torna-se, perceptível quando os alunos são apresentados sua prática no cotidiano. Discutir sal, base e álcool e lembrar das cadeias carbônicas e anéis benzênicos deixa de ser algo memorativa, de certa forma perdendo sua função, quando a reação química passa a ser neutralizar a ação de queimaduras de ácidos no corpo humano. Quando são apresentados à prática, não de experiência de laboratórios, mas para que isso possa acontecer no seu dia -dia a motivação para o estudo é completamente outro.
Quanto as relações do corpo com o mundo, destacamos um grande desafio para todas as disciplinas, destaque maior para a biologia e educação fisica , que possibilitam um conhecimento deste corpo dentro de contexto de estrutura, como partes e seu funcionamento. Mas também entre as outras disciplinas, possibilitando as interações deste corpo com o mundo, como pensar este corpo no mundo e todas as suas interações.

Caderno III, Reflexão e ação (Página 27).

Reconhecemos a complexidade das propostas das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Por essa razão, propomos que se reserve um tempo para a leitura e aprofundamento:
-Temas Polêmicos
-Desafios

PNE – Meta 3: “III oferecer educação em tempo integral em 50 % das escolas públicas de educação básica” . - Escola espaço físico para que o aluno tenha esse acesso a tempo o integral a escola. Sabemos que possuímos em nossa escola uma estrutura privilegiada, mas mesmo assim não seria possível atender a demanda local. Imagine então boa parte das escolas do nosso país onde temos conhecimento de que a realidade e assustadora , muitas não possuem estrutura física adequada, mobiliário escolar e nem matérias pedagógicos. Na nossa escola o funcionamento se faz em 4 turnos e mesmo assim a lista de espera é gigante . Deveríamos ter mais salas e também mais espaços para desenvolver atividades diversas, tais como: aulas de musica , outros idiomas , horta , esportes variados, teatro .
Meta IX “formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação”. Meta X “valorizar o magistério público de educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente”. Qual seria o conceito adequado de qualidade do ensino de formação de professores? , professor “pesquisador”, professor “mediador”, professor “ transmissor “. Reconhecimento financeiro para o profissional da educação. É ESSENCIAL , bem como hora atividade de 50% e parcerias com universidades para oferecer um ensino qualificado a estes profissionais que necessitam ampliar sua condição educacional/profissional.
*Nas DCNEM se sugerem que para uma escola de qualidade é necessário uma revisão das referências conceituais quanto aos diferente espaços e tempos educativos (pg.9). Rever e possibilitar a mudança da mentalidade dos profissionais da educação , principalmente do professor , tanto daqueles que estão inseridos no processo quanto aqueles que estão chegando.
Há uma necessidade visível e urgente de reformulação do ensino nas licenciaturas para que o professor ao iniciar sua carreira como docente tenha tal estrutura para realizar de forma eficiente um ensino de qualidade.
*A LDB no parágrafo 2º artigo 23 prevê que o calendário deve adequar-se as peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, sem com isso reduzir o número de horas letivas. Quantidade não significa qualidade, pois não faz muito tempo a escola tinha um número bem menor de horas /ano e o aluno tinha que estudar muito e saia com uma bagagem cultural considerável, mesmo não tendo habilidade tão grande para discorrer sobre ela em prática. Hoje nos observamos um aluno que deveria ter um conhecimento mínimo, mas na maioria das vezes não possui, porem está muito mais habilitado para a vida e seus enfrentamentos.

REFLEXÃO E AÇÃO Caderno III - pg 4
“...que conteúdos ensinar, a favor de que ensina- los,a favor de quem, contra quem,contra que,contra quem. Quem escolhe os conteúdos e como são ensinados.Que é ensinar? Que é aprender?como se dão as relações entre ensinar e aprender?que é o saber das experiências feito? Podemos destaca ló como impreciso,desarticulador?Como superá lós ? Que é professor ? qual é o seu papel?e o aluno,que é. E o seu papel?...”(Paulo Freire, PP.135-136)
O currículo poderia ser organizado de maneira mais interessante para os estudantes, trazendo assuntos polêmicos sugeridos pelos próprios alunos, o professor deve levantar hipóteses para resolução de problemas e levar a turma à necessidade de raciocínio. Este currículo precisa contemplar as necessidades das realidades do aluno não esquecendo de contemplar os conteúdos específicos que serão cobrados pela sociedade, este por sua vez em níveis cada vez mais exigentes ( vestibulares, concursos...). O incentivo à pesquisa irá levar este estudante a um nível mais alto de compreensão dos conteúdos e facilitar o seu desenvolvimento teórico e prático direcionando-o ao mercado de trabalho
No caso da Filosofia, deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante, bem como as ciências, arte, história, cultura a fim de problematizar e investigar os conteúdos, como mito e filosofia e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores. A filosofia, também dá-se em quatro momentos, como por exemplo. A mobilização para o conhecimento, a problematização, a investigação, a criação de conceitos. Sendo assim, a nossa PPP, foi criada em acordo com a realidade da comunidade, ate então este indivíduo não era considerado um sujeito pensante, critico, ou seja não era um agente transformador. Hoje com o acesso a tecnologia, este por sua vez, conseguiu evoluir em determinadas áreas, obter conhecimentos diversos e variados, como uma explosão desordenada. Cabe ao professor além de ter este conhecimento tecnológico, direcionar o aluno, dentro de suas disciplinas, como forma correta de aproveitamentos tecnológicos nos sentidos de ampliação de conhecimentos. Hoje nosso aluno deixou de ser o receptor de informações e o professor o mero transmissor destes conhecimentos, haja vista que atualmente mudam suas formas, passando o professor a direcionar a acrescer conhecimentos e o aluno questionar, participar, criar, juntamente com este professor conhecimentos que possam ajudar este aluno a abter compreensão e aplicabilidade no seu dia a dia e que este possa fazer uso no seu e obter sucesso..

imagem de ELAINE APARECIDA MARCON

Reflexão Caderno IV

Integração Curricular

A formulação de situações de aprendizagem em torno de processos de produção gera, necessariamente, o confronto entre o conhecimento científico e os problemas enfrentados pela sociedade. Nesta perspectiva, portanto, é impossível pensar-se exclusivamente no trabalho isolado com os diferentes componentes curriculares. Portanto, ao se estabelecer um pacto sobre as situações de aprendizagem que serão trabalhadas num determinado período de formação, os tempos e espaços curriculares devem ser planejados em conjunto entre os professores, tendo em vista o desenvolvimento de um método de ensino coerente com o princípio da contínua vinculação entre educação e sociedade, entre produção e ensino. Ou seja, a escola deve se assumir como parte de um todo social, estabelecendo possibilidades para a construção de um projeto educativo conjunto.

imagem de rosangela ivete volpato cedran

atividades caderno III Pacto pelo fortalecimento do ensino médio

Colégio Estadual Desembargador Guilherme de A. Maranhão - Ensino Fundamental e Médio.

Qual é a proposta dessas diretrizes para a organização do currículo?

Ela prevê o currículo disciplinar, dividido entre as disciplinas, então têm-se as disciplinas da base nacional comum, que são obrigatória, têm-se uma parte diversificada que fica a cargo da própria escola fazer a relação. Diferente um pouco da concepção adotada nas DCEs que traz uma discussão muito forte com relação às áreas do conhecimento. As DCEs vêm afirmar a importância de se ter essa interdisciplinaridade, as DCNs prevê a integração curricular, as DCEs trabalham com princípio de interdisciplinaridade, divergem um pouco, mas têm o mesmo objetivo.Com relação a própria estrutura do conteúdo, as DCEs têm uma divisão de conteúdos por conta da própria organização, primeiro têm-se os Conteúdos Estruturantes, que são os saberes maiores, que é justamente a relação entre a prática escolar com aquela formação mias universitária, com conhecimento mais acadêmico, a partir daí, forma-se os Conteúdos Básicos, daí um desdobramento para o Conteúdo Específico.
Até os Conteúdos Básicos, as Diretrizes trazem uma lista de conteúdos que é importante ser trabalhado, mas é justamente na reflexão, no esforço do desdobramento entre o Conteúdo Básico e o Específico é que a escola pode trazer o contexto e discutir essas questões aos desafios educacionais contemporâneos, as questões de juventude, de cultura, violência, drogadição que são importantes serem abordadas sempre a partir do conteúdo.

imagem de ELAINE APARECIDA MARCON

Reflexão Caderno IV

Integração Curricular

A formulação de situações de aprendizagem em torno de processos de produção gera, necessariamente, o confronto entre o conhecimento científico e os problemas enfrentados pela sociedade. Nesta perspectiva, portanto, é impossível pensar-se exclusivamente no trabalho isolado com os diferentes componentes curriculares. Portanto, ao se estabelecer um pacto sobre as situações de aprendizagem que serão trabalhadas num determinado período de formação, os tempos e espaços curriculares devem ser planejados em conjunto entre os professores, tendo em vista o desenvolvimento de um método de ensino coerente com o princípio da contínua vinculação entre educação e sociedade, entre produção e ensino. Ou seja, a escola deve se assumir como parte de um todo social, estabelecendo possibilidades para a construção de um projeto educativo conjunto.

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Reflexão Caderno IV

Integração Curricular

A formulação de situações de aprendizagem em torno de processos de produção gera, necessariamente, o confronto entre o conhecimento científico e os problemas enfrentados pela sociedade. Nesta perspectiva, portanto, é impossível pensar-se exclusivamente no trabalho isolado com os diferentes componentes curriculares. Portanto, ao se estabelecer um pacto sobre as situações de aprendizagem que serão trabalhadas num determinado período de formação, os tempos e espaços curriculares devem ser planejados em conjunto entre os professores, tendo em vista o desenvolvimento de um método de ensino coerente com o princípio da contínua vinculação entre educação e sociedade, entre produção e ensino. Ou seja, a escola deve se assumir como parte de um todo social, estabelecendo possibilidades para a construção de um projeto educativo conjunto.

imagem de ELAINE APARECIDA MARCON

Reflexão Caderno IV

Integração Curricular

A formulação de situações de aprendizagem em torno de processos de produção gera, necessariamente, o confronto entre o conhecimento científico e os problemas enfrentados pela sociedade. Nesta perspectiva, portanto, é impossível pensar-se exclusivamente no trabalho isolado com os diferentes componentes curriculares. Portanto, ao se estabelecer um pacto sobre as situações de aprendizagem que serão trabalhadas num determinado período de formação, os tempos e espaços curriculares devem ser planejados em conjunto entre os professores, tendo em vista o desenvolvimento de um método de ensino coerente com o princípio da contínua vinculação entre educação e sociedade, entre produção e ensino. Ou seja, a escola deve se assumir como parte de um todo social, estabelecendo possibilidades para a construção de um projeto educativo conjunto.

imagem de jose pedro cedran

atividades caderno III Pacto pelo fortalecimento do ensino médio

O Conselho Nacional da Educação é constituído por 24 pessoas, 12 da Câmara de Educação Superior, 12 da Câmara de Educação Básica, e o processo de escolha dessas pessoas, com as limitações e possibilidades vigentes no nível de organização do País, passa pela consulta a entidades nacionais dos mais diferentes níveis. Desse processo participam entidades ligadas à educação e a ela externas, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), um organismo do setor educacional e outras. Portanto, ao instituir uma certa colaboração entre o Executivo e o Conselho, a lei reconhece que as diretrizes devem ser mais perenes que um governo.
Mas admite, também, que implicam certo consenso entre o Conselho, que é um organismo mais do Estado, e o Executivo federal, um organismo mais de governo. A lei determina que as diretrizes sejam fixadas a partir de proposta feita pelo Ministério. Em princípio, cabe ao Ministério tomar a iniciativa de enviar ao Conselho essa proposta de diretrizes. Recebendo a proposta do Ministério, o Conselho a amplia, muda, modifica, aprofunda, detalha, elabora e delibera a respeito do assunto, devolvendo ao Executivo. Caso este concorde com o produto do Conselho, que nasceu da provocação do Executivo, a sugestão do Conselho será homologada pelo ministro. Foi o que aconteceu com as diretrizes, mas nem sempre é o que acontece com outros temas.
Há temas propostos pelo Ministério e sobre os quais o Conselho delibera; na volta à análise do ministro, não há concordância e a proposta é devolvida, começando, então, um processo de negociação natural e importante, no sentido de fazer com que os dois mecanismos tenham um mínimo de sintonia em relação às grandes questões educacionais.

imagem de Gilmar de Siqueira

REFLEXÕES DO CADERNO III

CADERNO III

Nós professores do Colégio Estadual Jardim Maracanã que fazemos parte de um grupo do Pacto Nacional pelo Ensino Médio do Estado do Paraná, após leitura e discussão coletiva escrevemos as nossa reflexões.
Reflexão 1
As decisões sobre o currículo se instituem como seleção. Na medida em que se trata de uma seleção, e que esta não é neutra, faz-se necessário clareza sobre quais critérios orientam esse processo de escolha.
Promova um debate entre os professores participantes deste curso tendo como tema a seguinte questão: “Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da cultura?”
Registre esse debate e compartilhe as conclusões em suas redes de contato.

Nesta primeira reflexão e ação temos que objetivar, qual o sentido do conhecimento e de como podemos pensar a relação entre conhecimento escolar e os sujeitos do ensino médio com o conhecimento que se articula com as dimensões da Formação humana a ciência, a cultura, o trabalho e a tecnologia.
Pressupostos e fundamentos para o ensino médio de qualidade Social.
A trajetória histórica sinaliza a necessidade de superar o caráter enciclopédico, dualista, fragmentado e hierarquizante do currículo do Ensino Médio, pois sabemos que o Ensino Médio Brasileiro, sempre teve sua finalidade destinada a preparar para o ingresso no ensino superior, ora voltado para uma formação de caráter técnico para que o aluno ingresse no mundo do trabalho.
Também foi possível verificar que a organização curricular do ensino médio que se instituiu ao longo do tempo se caracterizou pela fragmentação do conhecimento em disciplinas estanques e hierarquizadas, de modo a valorizar algumas áreas do conhecimento em detrimento de outras. Essa organização curricular demonstrou limitações onde os conjuntos de saberes os quais nada ou pouco explicam, por serem dissociados da realidade vivida experimentada.
Uma perspectiva curricular menos fragmentada e mais integrada.
A perspectiva diz respeito à formação integral do ser humano, desenvolvido em todas as suas potencialidades, por meio de um processo educacional que considere a formação científica, tecnológica e humanística, a política e a estética, com vistas à emancipação das pessoas.
Compreendidos dessa forma, trabalho, ciência, cultura e tecnologia se instituem como um eixo a partir do qual se pode atribuir sentido a cada componente curricular e a partir do qual se pode conferir significado a cada conceito, a cada teoria, a cada ideia, pois é o desafio de pensar a formação humana em sua plenitude. Também podendo oferecer novos sentidos à escola, de dinamizar as experiências oferecidas aos jovens alunos e de ressignificar os saberes e experiências com os quais interagimos nos ambientes escolares.
Construção curricular coletiva
Devemos partir da contextualização, a partir dos fenômenos sociais ou experiências dos sujeitos que frequentam o ensino médio, bem como superar a divisão que existe entre humanismo e tecnologia. Também devemos organizar o currículo pressupondo a ausência de hierarquias entre as saberes, áreas e disciplinas.
Manter um diálogo permanente com os sujeitos do ensino médio, para termos informações de suas reais necessidades em termos de formação, independentemente da sociedade e dos indivíduos, o planejamento escolar deve partir da realidade concreta e estar voltado para atingir as finalidades da educação básica definidas no projeto coletivo da escola.
Portanto cabe a escola através da construção do currículo, possibilitar a tomada de consciência a respeito das relações de poder e de controle nas instituições, com a finalidade de uma condição fundamental para a realização de um projeto pedagógico que tem como objetivo principal a emancipação humana.
Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da cultura.
Uma das grandes metas do nosso trabalho é dotar os alunos (as pessoas) de habilidades e competências, tornando-as capazes de debater e discutir questões científicas e tecnológicas que permeiam a sociedade. Também compreender a dimensão social da ciência e da tecnologia, tanto do ponto de vista dos seus antecedentes sociais como de suas consequências sociais e ambientais, ou seja, tanto no que diz respeito aos fatores de natureza social, política ou econômica que modulam a mudança científico-tecnológica, que respeite às repercussões éticas, ambientais ou culturais dessa mudança.
Nessa perspectiva, devemos trabalhar com a ideia de formação integrada para superar o ser humano dividido historicamente pela divisão técnica do trabalho entre a ação de executar e a ação de pensar, dirigir ou planejar. Como formação humana, devemos garantir ao adolescente, ao jovem e ao adulto trabalhador o direito a uma formação completa para a leitura do mundo e para a atuação como cidadão integrado dignamente à sua Sociedade política.

Mas também não devemos deixar de relatar de que também sabemos que quando se trata de debater o currículo escolar do Ensino Médio as indagações são variáveis. Em primeiro lugar se destaca a questão do que seja realmente o currículo, quais são os saberes relevantes a que os estudantes do Ensino Médio têm direito? Como se organiza um currículo escolar? Quem ou o que é determinante na seleção dos conteúdos? Qual é a relação que se estabelece entre conhecimento e os jovens estudantes? Como se articulam as atividades centrais de sua vida em sociedade, ou seja, qual é o espaço de relação estabelecida entre o ensino e aprendizagem e a ciência, a cultura, o trabalho, e a tecnologia. Esta relação entre ciência, cultura, trabalho, tecnologia e conhecimento trabalhado efetivamente em sala de aula está no mínimo problemática a medida que se tem dificuldade de identificar claramente como se dá estabelece esta relação. Talvez podemos afirmar que esta falta de clareza dessa relação entre o campo do currículo, do conhecimento escolar e da ciência, cultura, trabalho, e trabalho seja fruto de ações historicamente construídas no próprio universo do Ensino Médio. Nos parece que não se trata de buscar fora do universo escolar um universo próprio da cultura, da ciência, da tecnologia e do trabalho para ser praticamente aceito pelo conteúdo próprio do currículo escolar, ou sim? Qual é o dilema então desta questão?
Assumimos um posicionamento relativamente cético quanto a capacidade de resposta satisfatória para esta questão, destacando três pontos como centrais que projetam nossa postura:
Em primeiro lugar destacamos que historicamente as diretrizes curriculares são definidas fora do ambiente das relações escolares por estudiosos que faz tempo se afastaram do ambiente da sala de aula da Educação Básica. Neste sentido gostaria de mencionar sujeitos e processos. Avaliações indicam que os parâmetros curriculares nacionais projetados na segunda metade da década de 1990 não alcançaram o chão da sala de aula, pois a forma que fora encaminhada a discussão não rendeu êxito e sequer o conjunto dos profissionais da educação atuantes em sala de aula absorveu com propriedade a definição e a diferenciação entre competência e habilidade. E, em se tratando de sujeitos organizadores daquele processo, alguns nomes se repetem no atual pacto pelo ensino médio, conforme textos e vídeos. E como destacamos a elaboração das Diretrizes Curriculares do Paraná que também não alcançaram o devido êxito no chão da sala de aula. No processo de elaboração, construção desse documento ocorreu um envolvimento de profissionais da educação que atuam em sala de aula. No entanto a sua formatação final contou com a ação via gabinete e decisão técnica, retomando a pratica de baixar linha que o histórico de elaboração havia temporariamente abandonado.
O segundo motivo desse meu renitente ceticismo sinaliza para as práticas predominantes na construção de uma diretriz curricular que estão marcadas pelo processo de definição de cima para baixo. Apesar da clareza que dessa forma não rende resultados positivos a nova/velha DCNEM/2011 novamente se define de cima para baixo caracterizada pela velha pratica ditatorial, sem o devido envolvimento de quem atua em sala de aula.
O terceiro motivo da minha perplexidade em relação ao comprometimento dos resultados atribuo a incapacidade de organizar, envolver e agilizar o debate no chão da escola. Nos últimos anos não vem ocorrendo absolutamente nenhum debate. As secretarias educacionais como dirigentes e organizadores desse processo tem omitido o debate, a formação continuada. Os poucos debates que ocorrem não encontram espaços nas cargas horarias dos profissionais da educação e estão programados para as horas de foco.
Reflexão 2
Dimensões da formação humana: trabalho, ciência, tecnologia e cultura e os sujeitos do ensino médio.
Reflexão a partir do fazer pedagógico e do ser professor
Partimos da compreensão de que o educador pode atribuir significado para sua prática pedagógica, através da sua reflexão e reconstrução da concepção da educação e da formação humana. Reconhecer, os sujeitos do ensino médio dando fundamental importância aos conhecimentos e saberes representa um propósito político e uma concepção inovadora.
Essa perspectiva desloca o ensino médio de uma visão abstrata e lógica para uma compreensão histórica e social do processo educativo e da construção dos conhecimentos nesta etapa formativa, dos sujeitos do ensino médio com suas histórias e realidade diversas do ambiente social que estão inseridos.
Sujeitos do ensino médio e dimensões do trabalho, ciências, cultura e da tecnologia.
A formação humana integral se organiza na perspectiva da integração entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura. Conceito de trabalho uma perspectiva ampla de conhecimentos acerca do mundo do trabalho e do desenvolvimento de capacidades humanas gerais para transformação da realidade material. Também não podemos padronizar os parâmetros curriculares, pois, é preciso assegurar que o conjuntos de conhecimento e saberes científicos éticos e estéticos seja garantido no ensino médio a partir da diversidade dos sujeitos. Portanto, isso significa que seja garantido a todos ter o direito a educação básica com um grau de universalidade histórico construído nessa diversidade.
Mas devemos ponderar que na prática não se reconhece a complexidade das DCNEM, pois se assim fosse não caberia somente uma leitura apressada no final de semana. Talvez este documento seria objeto de um intenso debate instalado nas unidades educacionais. Na Secretaria de Estado da Educação estas DCNEM não estão reconhecidas e sequer foram apresentadas aos profissionais que atuam em sala de aula. Esta ausência de debate sobre estas DCNEM é claramente uma questão de opção dos sujeitos que encaminham, orientam e agilizam as ações da SEED/PR. E parafraseando um historiador da Grécia antiga, Tucídides, estou narrando os fatos dos quais estou participando como professor da disciplina de história do ensino médio, efetivo de sala de aula.
No entanto, o texto do caderno III contribui significativamente na reflexão central da DCNEM/2011 no tocante as dimensões da formação humana: trabalho, ciência, tecnologia e culturas e os sujeitos do ensino médio. De fato nem sempre é notável uma clareza teórica e prática no que se refere ao estabelecer um diálogo como professor de sala de aula com a própria prática. Este campo de ação é complexo e muito para além de uma única prática que predominaria que se busca referendar em certas análises tipicamente simplistas.
Uma primeira complexificação se estabelece na formação de professoras e professores, caracterizada como muito diversificada. E, isso faz com que se efetivem práticas pedagógicas de diferentes orientações marcadas pela ausência do debate pedagógico. A nível se secretaria educacional não se instalou um processo de formação, articulação para que estejam presentes as questões teleológicas ou do valor educativo do processo de ensino aprendizagem. Ou seja, parece estar muito ausente as respostas as questões, tais como: para onde quero ir? Que tipo de sociedade pretendo construir? Que sujeito pretendo formar?
Esta ausência de reflexão propositiva parece reforçar a afirmativa de Lucius Sêneca: “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir”. No entanto, talvez se atribua um novo sentido a esta milenar afirmativa pois, se não sabemos onde ir, parece que nossos guias sabem onde nos levar. Assim está sociedade tem a educação escolar que necessita e que favorece a classe dominante, ou a ordem vigente. Como parênteses se pode lançar a questão: como um(a) professor(a) desenvolve a dimensão do trabalho se está adoecendo por conta de seu trabalho? São os fatos que não podem ser negados, que a moda de Tucídides, são vivenciados por aqueles que atuam em sala de aula nas unidades educacionais. Então fica claro que não temos grandes perspectivas? Sim, não temos grandes perspectivas nesta forma de organização do trabalho escolar marcado caracteristicamente como atividade penosa dos profissionais elucidadas pelo adoecimento expressivo, marcado pela ausência de um debate propositivo no qual as ações são indicadas de cima para baixo. Talvez a saída indicada seria a reflexão e a reelaboração da concepção de educação escolar afastada das atuais concepções e práticas que tanto destroem ou deixam marcas negativas tanto nos discentes quanto nos docentes. Não se trata de aguardar grandes mudanças estruturais revolucionárias para agir. O objetivo é propor uma nova aposta que dê centralidade ao sujeito e não aos resultados e metas modeladas pelo sistema produtivo. Parece que os grupos dirigentes não tem perspectiva de encaminhar uma proposta que articula o debate nas unidades educacionais. Penso que estão cientes dessa necessidade, porém, o colocam em segundo plano, lateral e a ser feito fora do tempo escolar especificamente nos finais de semana.
O sujeito da educação é o sujeito concreto majoritariamente jovens oriundos das classes populares. Estes sujeitos tem um espaço tem um espaço de ação, uma margem de escolha para trilhar caminhos diferentes, conforme presenciamos e, aceitamos como relevante. A dúvida é se realmente é possível uma formação humana integral para esta juventude que Nosela (2009) caracteriza pela busca de maior autonomia e independência em relação aos adultos.
A proposta do caderno sinaliza para um currículo de formação humana integral que se organize a partir da integração entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura. Há uma questão emblemática silenciada no texto do caderno no tocante as lutas de classes em nosso modelo de organização socioeconômico. Talvez o texto indica que todos os segmentos sociais e todas as classes sociais convergem na busca de uma educação qualificada. Parece que está “harmonia” e este propósito único não encontra espaço na sociedade marcada pela cisão de classes e que coloca o lucro em primeiro lugar.
Quanto ao Parecer CNE/CEB 05/2011 e a Resolução CNE/CEB 02/2012 ainda não fazem parte da organização escolar no Paraná. Esta ausência nos parece ser fruto de escolhas que não estão centralizadas em propósitos de mudanças e articulação do debate escolar. Tudo indica que predomina uma incapacidade de agilizar, promover e organizar este debate, pois a nível de secretaria da educação do Estado do Paraná não percebemos nenhuma ação disparada, articulada para que os profissionais tomem ciência daqueles propósitos delineados no Parecer e na Resolução em foco.
Reflexão 3
Conforme os avanços na educação sabemos que o currículo tem que levar em consideração o conhecimento local e cotidiano que os alunos trazem para a escola, mas de forma alguma esse conhecimento poderá ser uma base para o currículo.
Como princípio pedagógico é necessário potencializar o fortalecimento da relação entre o ensino e a pesquisa, na perspectiva de contribuir com a edificação da autonomia intelectual dos sujeitos frente a construção do conhecimento e de outras práticas sociais. Isto significa contribuir, entre outros aspectos, para o desenvolvimento das capacidades de, ao longo da vida, interpretar, analisar, criticar, refletir, rejeitar ideias, portanto, aprender, buscar soluções e propor alternativas.
Também devemos levar em consideração a pesquisa como princípio pedagógico que é capaz de levar o estudante em direção a uma atitude de curiosidade e de crítica, por meio da qual ele é instigado na busca de respostas não se contentando com pacotes prontos.
Em relação a formação humana integral também sabemos que trabalhar rumo a uma formação voltada para a produção da autonomia dos indivíduos, a educação escolar deve possui sempre um caráter de emancipação ou seja de autonomia intelectual e moral para instituir como grande finalidade do projeto educativo voltando-se para a formação integral.
Mas como não concordamos com a forma de como é conduzida a educação no estado do Paraná e no Brasil uma questão parece central: a organização do trabalho pedagógico na unidade educacional apresenta uma série de problemas para atender seus propósitos iluministas da educação de qualidade para todos. Destaco aqui que faço parte dessa organização complexa e problemática que não encontra espaço para refletir e pensar sua organização.
O embate teórico do foco no conhecimento com aquele que silenciava sobre o conhecimento e anunciava a questão das competências e habilidades ou o “aprender a aprender” não é suficiente embora necessário. Aceito que uma educação escolar desvinculada do conhecimento científico e centrada no conhecimento cotidiano, nas competências e habilidades de longe parece ser a melhor escolha e que poderia contribuir de maneira positiva com a pretensa reorganização do trabalho escolar. No entanto, o aceite de uma projeção teórica não garante modificação e melhorias, pois, a atual organização do trabalho escolar, da qual faço parte a moda de Tucídides, apresenta problemas para além do debate ou enfrentamento teórico. Refiro ao número de alunos, ao adoecimento expressivo de profissionais que atuam em sala de aula, a falta de recursos materiais e teóricos, pois, não existe um debate instalado nas unidades educacionais e, mobilizado, agilizado a partir da própria institucionalidade.
Existem questões urgentes sim que os profissionais de sala de aula devem retomar mas, também existem questões estruturais que exigem mudanças urgentes e por que não anteriores. Não existe a possibilidade articular a pesquisa como princípio pedagógico em salas de aulas super-lotadas. Algumas experiências nas quais se busca articular a pesquisa como princípio pedagógico em projetos, as atividades tem se desenvolvido com algo em torno de dez alunos. Sim dez alunos e, se você pensou que eram poucos é por que você não acredita que mudanças sejam possíveis. Penso que para o conteúdo científico ser prioridade na sala de aula deveríamos trabalhar em salas menores com um máximo de 15 estudantes. Não é uma única e salvadora saída, mas é bem provável que a qualidade e o rendimento serão muito melhor. Claro, tudo indica que de fato não se busca mudança nenhuma, que não se quer qualificar o processo ensino aprendizagem, por isso essa mudança parece absurda. Absurda por que aumentaria muito os gastos para a educação. Absurda por que não se quer e não se tem condições de oferecer uma educação de qualidade para todos os integrantes das classes populares. Absurda por que pode sugerir a interpretação de que todo rendimento escolar abaixo do desejado é consequência da organização do trabalho na unidade escolar.
Em sintonia com esta negação da atual organização do trabalho escolar estão as inúmeras avaliações que indicam para a ausência de resultados positivos e satisfatórios. Por que não fazer mudanças reais. Alguém pode parafrasear um teórico do século XIX e sugerir que a classe burguesa não tem interesse e nem tem condições de oferecer uma educação de qualidade para as camadas populares.
Reflexão 4
Os currículos devem serem orientados pela dinâmica da sociedade e, sempre, por uma seleção de conhecimentos a partir da finalidade e dos objetivos educacionais desejados
Portanto devemos entender que é necessário que o estudante consiga relacionar os conceitos específicos com o contexto de produção original deste conhecimento, isto é, das teorias do campo científico. Sem isso, provavelmente o sujeito em formação só saberá executar corretamente procedimentos nos contextos/situações em que os saberes foram utilizados por seus professores. Ou, ainda, permanecer nos limites da repetição mecânica e formalizada.
É necessário avançar para um currículo inclusivo, que apresente uma perspectiva intercultural que abra espaço para que diferentes etnias, gêneros, faixas etárias e necessidades de aprendizagem além de outras categorias da diversidade sejam efetivamente contempladas. Proporcionando um caminho formativo motivador, tanto pela integração entre trabalho, cultura, ciência e tecnologia como pela esperança de um futuro melhor.
Mas também sabemos e devemos relatar ou denunciar que temos um vazio a ser preenchido. Não é pratica recorrente a discussão do currículo nas unidades educacionais, no estado do Paraná. Somos professores de sala de aula, efetivo, e, nos últimos anos não tivemos a oportunidade de participar de nenhuma capacitação, debate organizado pela secretaria de Estado da Educação que anunciasse um desejo eminente de fazer este debate sobre o currículo ou os currículos. Trata-se de situar o que vem ocorrendo para elucidar a resposta sobre esta questão.

Em relação ao currículo pensamos que devemos ter um intenso debate para retomar o processo de construção de currículo escolar na unidade educacional. Se é como diz o texto que temos obrigação de participar crítica e criativamente na elaboração de currículos mais atraentes pretendemos saber como isto poderia ser articulado. Quais são as condições estabelecidas para fazer este debate? Não se trata de uma roda de conversa. Não nos encantamos com esta possibilidade. Não a aceitamos como suficiente. Trata-se de rediscutir a organização do trabalho escolar. Por conta da ausência do debate neste intento propomos que se vincule este debate urgente a demanda dos profissionais da educação. Faz-se necessário que em cada unidade educacional se escolha alguém que possa fazer articular esse debate. E profissionais qualificados existem no sistema e, em todas as unidades educacionais, basta designa-los para desempenhar e articular esta função.
É necessário recuperar a condição de ser professor e professora. Nas atuais condições de trabalho dos docentes do ensino médio marcadas por altos índices de adoecimento, absenteísmo, atomismo não creio que seja possível um ambiente favorável para uma reconstrução curricular na busca de um currículo mais atraente articulado a partir do trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia.
O resultado dessa remodelação curricular depende das ações que serão disparadas para que isso ocorra. Este parece ser o ponto de partida indicado pelo próprio caderno sinalizando para a construção coletiva do currículo.

imagem de SIMONE GRACHIKI

CADERNO II

COLÉGIO ESTADUAL SENADOR MANOEL ALENCAR GUIMARÃES
ORIENTADORA:SIMONE GRACHIKI
EQUIPE - LINDSEY
RODOLFO
VALÉRIA

O JOVEM DO ENSINO MÉDIO

O jovem como sujeito desempenha um papel de fundamental importância na sociedade. Hoje o mercado de trabalho exige pessoas competentes, dedicadas e com atitude, porém a maioria de nossa juventude está perdida e não sabe o que quer para o futuro. No nosso ponto de vista a causa desse problema se encontra na falta de uma estrutura familiar ativa. Não existe um só culpado, todos dividimos essa responsabilidade: orientadores, professore, etc. Deveríamos deixar de pensar em nossos alunos apenas como indivíduos que necessitam de conteúdo mas também como seres humanos, em alguns casos advindo de famílias onde os pais não tem instrução e não conseguem lidar com os filhos. As políticas públicas que deveriam ajudar, por outro lado, acabam atrapalhando. Pois estas apenas tapam o sol com a peneira, dando a falsa impressão de que se preocupam com a formação do jovem mas na verdade estão apenas interessados em criar indivíduos facilmente manipuláveis e que acreditem e aceitem que a situação em que se encontram é estacionária e que nada podem fazer para mudá-la. A situação é tão grave que pode até ser comparada à mentalidade medieval européia, onde a instituição mais poderosa da época, que no caso era a Igreja ditava regras e os cidadãos eram obrigados a aceitar a realidade servil na qual se encontravam como vontade de Deus: “Uns rezam, uns trabalham, outros servem...” O que mudou? Daquele período para o atual pode se notar pouca discrepância pois a riqueza continua concentrada nas mãos de poucos e a grande massa trabalhadora vive em condições indignas de pobreza extrema, o que leva a revolta criando assaltantes, usuários de drogas, etc. O problema é muito mais complexo do que imaginamos, e a partir do momento em que cada parcela da sociedade ( políticos, professores, pais) aceitar sua parcela de culpa podemos reverter essa situação. Dando assim um passo para recuperar nossos jovens e conseqüentemente o futuro da nação.

O professor precisa de informação e conhecimento para transformar e conduzir o aluno da melhor forma possível, cada área deve ser analisada, estudada, para que possa formular e reformular a pratica diária, aluno aprende e o professor aprende, por exemplo sobre o mundo do trabalho, o que esperam os jovens a respeito da relação mundo e trabalho é muito importante para que o docente use de ferramenta para estruturar um projeto de apoio.
É necessário que o professor observe, saiba que sua estratégia deve estar baseada em um modelo flexível, já que não é de maneira igualitária que se estabelece essa relação, o espaço geográfico, e territorial que a escola se insere já são exemplos de o quanto essa estratégia modifica de escola para escola.
A escola é também local de convivência, e os alunos esperam por compartilhar experiências, é nesse ponto que o professor pode se aproximar do aluno e contar com a sua participação, se adaptar a sua maneira própria de agir e pensar. A tecnologia utilizada pelo professor também de grande importância para auxiliar nesse grande desafio que é alavancar o aluno para vitória, achar meios de atender as expectativas e atrair a atenção do aluno é fundamental.
A permanência do aluno na escola, a indisciplina por ser compreendida e essa realidade até modificada pelo professor, desde que ele consiga entrar no mundo do aluno e entender o que ocorre.
Com essas atividades de observação, planejamento e ação, so tem a crescer os professores e os alunos, tendo em vista que o aluno aprende e o professor a aprende todos os dias a ser professor.
Aprender a aprender, está para todos nós.

imagem de cassimiro matyak

A CARTA

CEM Monteiro Lobato*
Curitiba, 30 de julho de 2014.

Querido/a aluno/a,
Queremos neste momento ter uma conversa franca e aberta com você. Sabemos que a correria do cotidiano impede muitas vezes de nos conhecermos.
As expectativas do futuro pertencem a todos. Na intenção de apoiá-lo nesta jornada achamos importante esta troca de experiências positivas e negativas em nossas vidas.
Muitas vezes, na função de professor, esquecemos de que cada um de vocês têm seus problemas e alegrias, mas é importante lembrar que nós, professores, já passamos por estas situações. Por isso, esta carta tem o desejo de facilitar nosso diálogo e melhorar a nossa convivência, por meio da cumplicidade, do respeito e do companheirismo.
Compartilhe conosco seu passado, presente e futuro. Como foi sua infância? Como era a escola onde estudava? Recorda-se de algum professor em especial? E a sua família, como é? O que você mais gosta nos seus amigos? O que você deseja para o seu futuro? Deseja trabalhar e em qual função/área? Deseja ter filhos, casar-se? Construir uma família? Pretende estudar ainda mais?
Nós também já fomos jovens e nem sempre tomamos as decisões corretas. Algumas acertamos, outras erramos. Contudo, é importante ter em mente que o apoio daqueles que estão a nossa volta pode ajudar bastante.
Acredito que trabalhando juntos podemos construir esta jornada de forma harmoniosa.
Porém, é necessário que nos permita conhece-lo, assim aguardamos ansiosamente sua resposta.
Um forte abraço,
Seus professores.

*Carta escrita coletivamente pelos professores participantes do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio: Cassimiro Matyak, Celso Agusto Siveira, Dayane Rúbila Lobo Hessmann, Josiane Ferreira Mendes, Márcia Regina Ankemaier de Campos, Maristela Ankemaier de Campos, Maristela Duenhas, Natally Nobre Guimarães, Reginaldo Souza Silva, Rosimar Campese.

imagem de maria gertrudes damaceno

Como virar o jogo de culpados na escola.

Iniciamos nosso diálogo falando do “jogo de culpados” na escola. Como “virar este jogo” e construir novos relacionamentos entre professores e seus jovens estudantes?
Conversando com os jovens de nossa escola, observamos que muitos deles, considera a escola, como a única forma de ter um trabalho melhor e outros pretendem cursar a Universidade. Outros ainda não sabem para que serve a escola, outros frequenta, porque são obrigados.
Nós professores das ciências afins: Geografia, Filosofia e Sociologia, elaboramos alguns estratégias para para o reconhecimento mutuo entre professor e aluno. Por exemplo: Aplicação de questionário sobre o uso do celular, Redação de carta, para saber quais suas angústias,sofrimentos, estudos e trabalho. Pesquisa sobre a formação de Territórios, confecção de cartazes nos quais expressam os conceitos sobre territórios, documento sobre o que é território sobre o ponto e vista e conceito das disciplinas citadas.Promovemos uma excursão como viagem cultural e lazer em Foz do Iguaçu,na usina de Itaipu, Cataratas, Museu e Parque das Aves.
Como resultado percebemos que quando propõem algo diferente aos jovens, eles participam e desenvolvem as atividades.Em conversa ficamos sabemos dos talentos de nossos jovens. Exemplo. Cantores, guitarristas, músicos, desenhistas, dançarinos.Em relação as estrategistas acima citados, foi realizado uma exposição dos trabalhos executados em sala de aula, no pátio da escola.