Ensino sobre história africana ainda é escasso nas escolas brasileiras

Dez anos após ser sancionada, a Lei 10.639 - que torna obrigatório o ensino da história africana e afro-brasileira - ainda é aplicada de maneira tímida na maioria das escolas brasileiras. A implementação de conteúdos de forma transversal - em todas as disciplinas - ocorre de forma lenta em todas as redes escolares, mas as municipais (com 46% das escolas) e as estaduais (com 39%) estão na frente das particulares (6%). Os dados fazem parte da pesquisa do Ceert ( Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades), em parceria com o Ministério da Educação e a UNESCO.

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imagem de Rafael Pereira Santos

A presença da cultura negra...

Nem sempre as leis rompem com o preconceito. Na realidade, as leis, decretos, portarias, promulgações e similares surgem quando uma situação emerge como um problema social. Por exemplo, a abolição de 1888 era o máximo permitido para um negro, mesmo que isso fosse feito por pressões internacionais.A classe média brasileira sempre foi reacionária e conservadora. A presença do negro sempre incomodou esses grupos que predominantemente ocupava os espaços que hoje têm sido usados pelos famosos rolês.O desconhecimento das leis oferece condições para que as irracionalidades, preconceitos tenham continuidade e por consequência permaneçam “naturalizados”. Não que o campo seja um espaço onde as leis não chegam, mas há realidades em que o costume faz com que as novidades não sejam acolhidas da forma como deveria ser.  É perceptível que os espaços onde a presença negra é mais evidente há contraditoriamente o silenciamento ou até mesmo morosidade ou indiferença intencional no cumprimento da lei que prevê o ensino da causa negra no nosso país.Certamente, não é conveniente ou sensato tal temática ser trabalhada pelo simples interesse ou capricho de um professor isolado. È necessário colocar em questionamento os heróis criados pela historicidade que muitas vezes ovacionamos, sem que seja dado o real crédito pela cultura que representa a maioria.Naturalmente que a reflexão do negro deve visitar os lares. Afinal, 'ninguém nasce odiando o outro por sua cor”É neste sentido que emergem algumas perguntas? Que trato pedagógico e social as escolas tem dado aos estudos africanos? Como a temática é trabalhada onde os estudantes são predominantemente autodeclarados negros?

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