Manifestantes exigem o fim do genocídio da juventude negra nas periferias

O ato contra o genocídio da juventude negra contou com a presença de entidades do movimento social, na Praça da Sé, no dia 22/11/12, e exigiu o fim das mortes na periferia. Na manifestação, um caixão com a bandeira do governo do estado manchada do sangue da juventude negra, simbolizava a responsabilidade do estado pela morte desses jovens,  faixas e cartazes pintadas à mão pediam o fim do massacre do povo preto e pobre e o fim da violência nas periferias. 

O ato organizado pelo “Comitê contra o genocídio da população pobre, negra e periférica”, denunciou o papel da polícia que está para defender os interesses da burguesia e da propriedade privada.  O objetivo da manifestação foi de mostrar para as autoridades que o povo de São Paulo está reagindo e quer que todos os assassinatos cometidos contra esses jovens sejam apurados.

Ao longo dos últimos 30 dias já são mais de 250 pessoas assassinadas, oficialmente, no estado de São Paulo. A enorme maioria dessas pessoas – mais de 230 delas – é formada por jovens pobres, negros e moradores das periferias, sendo que grande parte foi assassinada em execuções sumárias e chacinas realizadas a esmo pelos bairros periféricos da Grande São Paulo, Baixada Santista, Litoral Paulista e algumas cidades do Interior. São dezenas e dezenas de bairros que seguem cotidianamente enfrentando o terror dos toques de recolher, deixando centenas de milhares de pessoas sob pânico permanente.

Os manifestantes pediram que, ao invés da militarização da periferia, que se invista em públicas mais efetivas, como educação, cultura e esporte.

 

No ato ficou claro que os manifestantes não são contra os policiais, que, em alguns casos, também são vítimas dessa onda de violência, e sim da “instituição policia” que atua para criminalizar os movimentos sociais.

Uma audiência pública será convocada para o dia 27, na qual serão convidados o governador Geraldo Alckmin e o ministro da Justiça para prestar esclarecimentos à sociedade sobre a escalada da violência.

Um documento contendo uma denúncia do genocídio que ocorre nas periferias, inclusive as mortes praticadas pela PM e por grupos de policiais mascarados também foi apresentado no ato. No documento contém uma pauta de reivindicações dos movimentos periféricos e de direitos humanos, bem como o pedido de investigação e responsabilização do governador, secretário de segurança e comando da PM. 

 

Pare e reflita! Nos últimos 30 dias, em São Paulo, aproximadamente 250 pessoas foram assassinadas, destas, mais de 230 são negras, pobres, moradoras das periferias.

E aí, o que você pensa sobre isso!? O preconceito, racismo tem alguma relação com esses dados!?

Que saber mais? Veja esses vídeos também:

http://www.emdialogo.uff.br/node/3642

http://www.emdialogo.uff.br/node/4342

 

 

 

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