Unifesp realiza pesquisa que investiga hábitos sexuais de jovens brasileiros.

Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Ginecologia da Unifesp, com 3 mil pessoas acima de 16 anos em quatro capitais brasileiras (São Paulo, Curitiba, Recife, Belo Horizonte), revela que 73% dos entrevistados não usaram métodos contraceptivos na primeira relação sexual e 82% iniciaram a vida sexual até os 17 anos. Na pesquisa, foi constatado também que 54% dos entrevistados já tiveram relações no primeiro encontro e 84% têm filhos.

O levantamento faz parte de uma série de ações realizadas anualmente para conscientizar sobre gravidez na adolescência (confira alguns resultados regionais no quadro ao final do texto). Mais de 70 países da Europa, Ásia e América Latina participam do Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência 2012 (26 de setembro), cujo tema deste ano é “Seu futuro. Sua escolha. Sua Contracepção”.

Em 2012, a campanha visa incentivar os jovens a pensar e incluir a contracepção em seus planos, a fim de evitar uma gravidez não planejada ou doenças sexualmente transmissíveis (DST). Para marcar a data, no dia 26 de setembro, quarta-feira, será realizada uma ação em São Paulo para distribuição de material informativo nas estações do metrô (Sé, Paraíso, Barra Funda e Santana), das 8h às 15h. No mesmo dia, às 14h, jovens se mobilizarão para fazer uma revoada de bexigas na Avenida Paulista.  O Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência é uma iniciativa de organizações não-governamentais e sociedades internacionais, com apoio mundial da Bayer HealthCare Pharmaceuticals.

Assunto ainda é tabu – Gravidez na adolescência é um tema polêmico que sempre gera uma série de discussões e dúvidas, tanto nos adolescentes quanto nos pais destes jovens. De acordo com dados divulgados este ano pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 16 milhões de adolescentes entre 15 e 19 anos dão a luz anualmente em todo o mundo. No total, dos 208 milhões de gravidezes que ocorrem a cada ano mais de 41% não são planejadas.

Diversos fatores contribuem para a gravidez indesejada na adolescência como a pressão para casar e ter filhos cedo – costume em alguns países pobres, onde as meninas casam antes dos 18; falta de informação e dificuldade de acesso aos métodos contraceptivos. Ainda de acordo com a OMS, as taxas de gestação entre mulheres com menos estudo é maior em comparação à das mulheres com mais anos de educação.  Outro alerta da OMS está relacionado aos riscos oferecidos à saúde da adolescente e do bebê. As chances de mortes perinatais são 50% maiores em bebês de mães com menos de 20 anos, do que aqueles que nascem de mães entre 20 e 29 anos. Estas crianças também estão mais sujeitas a terem baixo peso ao nascer.

No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2003 e 2010 a quantidade de mulheres, entre 10 e 19 anos, que deram à luz diminuiu 20%. O dado mais recente inclui os partos que aconteceram em 2010, cerca de 479 mil.

Mais sobre a pesquisa:

Foram entrevistadas 3.000 pessoas, divididas em 4 cidades:
São Paulo – 750
Recife – 750
Belo Horizonte- 750
Curitiba – 750

Quando perguntadas se utilizaram algum método anticoncepcional durante a primeira relação sexual, responderam que não:
Curitiba: 53%
MG: 74%
São Paulo: 77%
Recife: 84%

Quando perguntadas sobre a prática de sexo casual ou sexo no primeiro encontro, responderam sim:
Minas Gerais: 28%
Curitiba: 41%
Recife: 46%
São Paulo: 63%

Iniciaram atividade sexual até os 17 anos:
São Paulo: 14%
Recife: 17%
Curitiba: 28%
Minas Gerais: 48%

Para saber mais sobre a campanha, acesse:  www.vivasuavida.com.br

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nossa peça

 Aqui,na escola Dragão do Mar em Fortaleza,com o professor Altemar, estamos fazendo oficinas de teatro e entre alguns assuntos que debatemos o tema o qual escolhemos para realizar a nossa peça foi sexualidade para garotas.Cada um paltando suas ideias e opiniões a respeito deste tópico.

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