Marchando pelo bem comum

Entre os dias 15 e 22 de junho, período oficial de acontecimento da Rio+20, o Rio de Janeiro foi tomado por manifestações políticas. Aproveitando que durante a semana a cidade se tornou o centro das decisões políticas no mundo, pessoas de todo o Brasil se uniram na Cúpula dos Povos e marcharam pelas ruas cariocas.

Apesar de as atenções estarem voltadas para as causas ambientais, as bandeiras levantadas na Cúpula e nas manifestações foram as mais diversas: o fim de mercantilização do corpo feminino, a reforma agrária e a valorização da agricultura familiar, o fim das remoções de moradias populares para a especulação imobiliária, a valorização da educação e da saúde pública, dentre muitas outras.

 

 

 

No dia 20, todas os manifestantes se uniram em um grande ato, chamado Marcha em Defesa dos Bens Comuns e Contra a Mercantilização da Vida e demonstraram que a variedade de temas não significa que não haja um ponto em comum. Enquanto na reunião oficial da Rio+20, que contou com a presença de chefes de estado de todo o mundo, falar da necessidade de reverter o quadro do crescimento do consumo seria muito incômodo; nas marchas ligadas à Cúpula dos Povos  a luta pelo fim da ideologia consumista deu a tônica aos discursos dos manifestantes.

  1. A pergunta que ficou no ar é: será que é possível haver um mundo sustentável sem que haja mudanças drásticas nos hábitos de consumo?

 

 

Comunidades: