Seminário no Rio reúne jovens para discutir direito à cidade

Olá, pessoal

Venho trazer aqui uma notícia do publicada do site Ação Educativa sobre um seminário que ocorreu em maio que reuniu jovens para discutir sobre o Direito à Cidade.

Este meu comentário vem mais pra continuar pergutando do que trazer alguma definição.Tenho percebido que este assunto , esta expressão "direito à cidade" tem sido muito falada (com certeza é uma discussão antiga, mas to chegando nela agora rs). Dessa forma, eu queria eu mesmo entender melhor essa ideia.

Enquanto isso várias coisas povoam minha cabeça ao falar desse assunto: o mapeamento do Complexo do Alemão feito por jovens moradores da comunidade num projeto do Wikimapia; um acontecimento distante, o Apartheid na África do Sul, em que negros e brancos viviam de maneiras completamente diferentes no país (o que definitivamente, creio ser um exemplo do acesso proibido à cidade por uma questão social/racial); no Rio de Janeiro, as UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) que é a forma de re(ocupação) das instituições do poder público das comunidades antes dominadas pelo tráfico de drogas;

Enfim, não vou mais cansar vocês. Leiam a matéria que traz mais informações sobre o assunto e mostra o quanto o jovem já é importante politicamente na construção do país.Vamos seguir dialogando! Abs, Marina!

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Direito à cidade pra quem? Este questionamento foi tema de discussão para cerca de 100 jovens que se reuniram no último dia 12, no seminário Juventude e Inclusão: direito à cidade pra quem?, realizado pelo Instituto de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro.Além de jovens de vários bairros e favelas do Rio de Janeiro, o evento contou com a participação de membros de organizações de defesa dos Direitos Humanos e jovens de outras partes do país, entre eles Maria Dayane, monitora do programa Jovens Agentes pelo Direito à Educação (JADE), e Luiz Barata, assessora das áreas de Cultura e de Juventude da Ação Educativa.O seminário teve início com uma apresentação teatral do grupo Os Inclusos e os Sisos – Teatro de Mobilização pela Diversidade. O grupo, formado por jovens atores, tem como objetivo mobilizar públicos distintos para a reflexão, o entendimento e a prática de uma sociedade inclusiva.Depois foi realizada uma roda de conversa sobre o tema Juventude e Inclusão com Ana Paulo Campos, do Instituto de Formação Humana e Educação Popular (IFHEP), David Souza, do Centro de Apoio a Mães de Portadores de Eficiência (Campe) de Fortaleza (CE), Aurea Carolina, do Fórum das Juventudes de Belo Horizonte, Carla Romão, do Núcleo de Mulheres Jovens da Camtra, Gilmar Santos, do Grupo Conexão G de cidadania LGBT, e Rafael Calazans, da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk).Os convidados e participantes da roda discutiram formas de exclusão presentes no cotidiano dos jovens de diferentes bairro e regiões do país. Por meio da sistematização das experiências compartilhadas, o grupo elencou a baixa qualidade da educação, a falta de estruturas para deficientes nas cidades, a opressão machista, a desvalorização da mulher na sociedade, o preconceito e o racismo como os problemas mais recorrentes.David Souza, jovem de 23 anos com paralisia infantil, era um dos participantes do evento. Ao lado de sua mãe, ele diz lutar por seus direitos e enfrentar os problemas que a sociedade lhe impõe. “Não há necessidades especiais, pois todos têm necessidades. Um jovem com deficiência é igual a qualquer um. Recebi não de escolas, comecei a estudar com 17 anos e hoje estou no 3º ano do ensino médio, estou vivendo e querendo viver minha juventude,” diz.Ele afirma, porém, que por pouco não foi excluído de exercer seu direito à educação em função de sua deficiência. “A professora chegou a dizer que sentia pena, porque eu iria ficar o ano todo e não ia aprender nada. Tenho ajuda dos alunos na escola, pois a escola não tem estrutura para pessoas com deficiência”, afirmou.Para Maria Dayane, o jovem de periferia é quem mais sofre com a exclusão nas cidades brasileiras. “São esmagado pela miséria, escravizado pelas drogas, assim são submetidos os jovens das periferias, sem oportunidades”, diz. Para ela, este quadro é, muitas vezes, agravado por outras formas de opressão. “Vivemos em uma sociedade masculinizada, modelo padrão do trabalhador. E isso também gera exclusão para as mulheres”, completa.

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