AO TÉRMINO DESSA PRIMEIRA ETAPA DE ESTUDO PODEMOS CONSTATAR QUE DIVERSOS FATORES SÃO IMPORTANTES PARA O APRIMORAMENTO DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM NO ENSINO MÉDIO.
PRIMEIRO É PRECISO COMPREENDER O SUJEITO QUE FREQUENTA O ENSINO MÉDIO (SUAS AMBIÇÕES E PARTICULARIDADES), A PARTIR DAÍ, É PRECISO PENSAR EM UM CURRÍCULO QUE VÁ AO ENCONTRO DE SUAS NECESSIDADES. PARA TANTO, É PRECISO ELABORAR UM CURRÍCULO QUE ENVOLVA O CONHECIMENTO HISTÓRICO ADQUIRIDO PELA HUMANIDADE E QUE VÁ ALÉM DAS DISCIPLINAS, OU SEJA, O CURRÍCULO PRECISA SER INTERDISCIPLINAR. TUDO ISSO DEVE ACONTECER POR MEIO DE UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA E DE UMA AVALIAÇÃO NÃO EXCLUDENTE.
ENFIM, CREIO QUE ESTAMOS DIANTE UM GRANDE DESAFIO, PARA NÃO DIZER UTÓPICO, POIS A NOSSA REALIDADE ESCOLAR E O SISTEMA AO QUAL ESTAMOS INSERIDOS FAZ COM QUE NOS DISTANCIEMOS CADA VEZ MAIS DISSO.
Comments
Práticas desenvolvidas e seus desafios
A primeira prática proposta ao grupo foi no momento do estudo do caderno 2. Como forma de interação com relação ao fechamento das discussões do caderno, foram debatidas novamente as questões principais da temática 2 - O jovem como sujeito do Ensino Médio - a qual pude constatar a leitura prévia dos cursistas na escola e pelas participações no fórum. Tenho certeza absoluta que as discussões serão muito significativas por parte do grupo, especialmente em se tratando de caracterizar o "nosso jovem", ou seja, de nossa realidade escolar mais próxima. Foi proposto aos cursistas a produção de vídeos curtos protagonizados pelos jovens ou pelas "juventudes" da escola, onde os mesmos falem sobre sua vida, seus anseios, seus planos para o futuro, entre outras questões que cada cursista considere relevante. Assistimos ao filme "Pro dia nascer feliz", um documentário muito significativo no sentido de traçar um perfil das diferentes juventudes que compõe o quadro do Ensino Médio no Brasil. A experiência foi interessante, porém alguns cursistas solicitaram o vídeo aos alunos sem a devida problematização. Então estão sendo refeitos alguns vídeos. Ainda quando se discutia se haveria consulta à comunidade sobre eleição para diretores, os cursistas realizaram, em forma de mesa de debates, “tira dúvidas” a respeito do processo. Na ocasião, muitos debateram itens do regimento interno e também esclareceram questões sobre as instâncias colegiadas. No processo de renovação do grêmio estudantil também foi promovido um debate muito significativo a respeito da representatividade dos alunos junto ao coletivo escolar, assim como na participação das discussões e tomada de decisões no âmbito escolar. Nos simulados para o ENEM, os terceiros e segundos anos participaram de palestra com a equipe pedagógica da escola esclarecendo a forma como esta avaliação externa influencia na vida acadêmica do estudante bem como nos índices e resultados da instituição escolar. Também foi oportunizado palestra e debate de profissionais das instituições de ensino superior com a equipe pedagógica e com os alunos. Os desafios estão relativamente centrados na não valorização por parte de docentes e alunos dos espaços de discussões e circulação de ideias. Este ano, sob minha avaliação, foi marcado por um segundo semestre “carregado”. Os sujeitos da escola, de um modo geral, aparentaram um descontentamento com as discussões, certa apatia pelos momentos de interação da coletividade. A equipe pedagógica e diretiva sofreu com o pouco tempo dedicado aos debates e ampliação de ideias, tendo em vista que a mediação de conflitos ocupou grande parte do tempo. Foi desafiador! Mas a intencionalidade de uma práxis pedagógica emancipadora esteve sempre presente em nossas ações.