Reflexões sobre o conteúdo abordado no Caderno I – Formação de Professores do Ensino Médio.

ESCOLA ESTADUAL ERNANI VIDAL – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
CURITIBA - PR

Reflexões sobre o conteúdo abordado no Caderno I – Formação de Professores do Ensino Médio.

Orientadora de Estudos: Deise Pereira Santos Carvalho

GRUPO: Meire Donata Balzer; Iran Frank da Silva; Denise Pereira Carvalho Santos;Ana Lucia Mathias Fernandes Coelho; Patrícia Cristina Lemos Gomes; Viviane dos Santos Bezerra; Reny Aparecida Gonçalves; Simone de Fátima Leal.

      No nosso parecer os desafios que permanecem para o Ensino Médio no Brasil, estão ligados a fatores históricos, mas também socioeconômicos. Destacamos dentre estes, a questão estrutural do ensino brasileiro que delegou às províncias a organização do ensino, desta forma o país nunca conseguiu organizar um sistema de ensino, que tivesse características homogêneas em todo o território, lembrando que o Brasil possui uma diversidade cultural e uma extensão territorial enorme. Ainda nos fatores históricos há a existência de uma rede de ensino dual, que destina ricos e pobres para uma escolarização diferenciada, essa distorção ainda permanece no Brasil.
      Em relação a escola diferenciada para as classes sociais a distorção se aprofunda no quesito currículo, pois a escola das camadas populares foi alijada do conhecimento científico porque à ela foi destinada uma escola com um currículo pobre, esvaziado de formação humana geral. A diferenciação não está apenas no currículo, mas também é expressa nos investimentos na educação, nas condições de formação dos docentes, com formações aligeiradas em instituições precárias de ensino.
      Compreendemos que este problemade dualidade está relacionado à estrutura dual da nossa sociedade, ao modelo capitalista, que separa as pessoas em dois grupos distintos, o primeiro é formado pelos donos dos meios de produção e o segundo pelos donos da força de trabalho. Para o primeiro grupo está destinado tudo o que d melhor o dinheiro pode comprar, mas para o segundo não é necessário tanta coisa, apenas manter e reproduzir a força de trabalho.
     A formação do professor e sua criticidade quanto ao papel da escola e da sociedade de classes, muito contribui para que a escola deixe de ser um lugar que perpetua as condições desiguais desse modelo econômico. Então, reflexões como essa, que mostram a historicidade das condições do ensino brasileiro são bem vindas na escola da classe trabalhadora.