Reflexões acerca do conteúdo do Caderno I - Formação de Professores do Ensino Médio

ESCOLA ESTADUAL ERNANI VIDAL – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Cidade: CURITIBA - PR

Reflexão individual - Caderno I – Formação de Professores do Ensino Médio.
Professora Participante: Márcia Cristina Marquezini Pinheiro de Freitas

      Após a realização da leitura do texto do Caderno I – Formação de Professores do Ensino Médio e pensando nos desafios que permanecem para esse na realidade brasileira, percebo que um deles é a divisão, que ainda existe, da escola para ricos e para pobres. O que se nota hoje em dia é que, a maioria dos jovens que tem objetivos definidos quanto aos planos de seu futuro, seus objetivos de vida e tem melhores condições financeiras, procura uma escola particular por acreditar que ali terá um ensino de qualidade, o que possibilitará a continuação de seus estudos e o seu ingresso no nível superior. Permanecem na escola pública, em sua grande maioria, aqueles que não têm condições financeiras, e que também não têm definidos seus objetivos de vida e continuação acadêmica. Para esses, os conteúdos escolares não lhes são importantes, ou não lhes fazem sentido aprendê-los.
      Nesse contexto de condição financeira menos favorecida, destaca-se outro fator relevante, que afeta diretamente os alunos do ensino médio. Por já estarem em idade permitida para atuarem no mercado de trabalho, muitos se evadem da escola para buscar uma renda mensal própria ou contribuir com a da sua família. E dessa forma, trocam os estudos por trabalho, dando a esse toda prioridade do seu tempo diário, em detrimento daquele.
      Não bastasse os próprios estudantes estarem desacreditados quanto à sua formação acadêmica e suas perspectivas de futuro, deparamo-nos com a própria sociedade, que de uma maneira geral, não dá à educação o seu merecido valor. Não parece que a sociedade, de forma ampla, importa-se realmente com o conhecimento e desenvolvimento intelectual de seus jovens. As escolas são vistas, por muitos, como ponto de encontro para fazer e rever os amigos, local para frequentar todos os dias, para ter aonde ir, além de que para algumas famílias é um lugar para mandarem seus filhos irem e permanecerem por algumas horas com alguém cuidando deles. Muitos alunos acham os conteúdos trabalhados nas disciplinas desnecessários para suas vidas e não lhes dão a devida atenção para aprendê-los, não conseguindo atribuir-lhes significados práticos.
      Nesse primeiro momento de reflexão, uma ideia que permeia como uma das possíveis tentativas para melhorar esse quadro problemático seria uma melhor articulação entre a teoria e a prática das disciplinas. Mostrar aos estudantes o significado mais próximo de suas realidades daqueles conteúdos que lhes são ensinados. Reavaliar as prioridades, porém sem deixar de ensinar o que realmente é importante. Pensar na escola pública como um espaço que ofereça conhecimentos e condições a todos de se incluir e participar tanto no mercado de trabalho, quanto na sua formação acadêmica e pessoal.
      Poder refletir sobre esses e outros fatores que afetam diretamente a qualidade da educação, em especial do ensino médio, e consequentemente traçar parâmetros possíveis para o encaminhamento das atividades escolares, visando melhorar ou, quem sabe, sanar essas questões ao longo dos anos, parece ser um árduo caminho a ser seguido, dada a complexidade que envolve o tema, pois não depende só de uma parte ou de outra, mas sim de todos os segmentos da sociedade, porém de extrema necessidade para que possamos alcançar nossos objetivos.

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imagem de evelyn oliveira dos santos

Desafios enfrentados pelo Ensino Médio

Após a leitura da postagem feita pela professora Márcia Cristina Marquezini,realmente os problemas enfrentados pelos alunos do Ensino Médio se confrontam com a falta  de objetivos que muitos não apresentam com a realização dos seus estudos.Infelizmente os  melhores lugares no mercado de trabalho se destinam aos que tiveram uma educação privilegiada,ou seja, os que podem manter uma escola particular,pois os que se dedicam ao Ensino Público não sabem o valor de cada conteúdo trabalhado e muito menos sabem empregá-lo a sua realidade.

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