Questão 4

Todo o processo histórico da escola, no Brasil, esteve copiando modelos de outros países, cuja realidade está bem distante da nossa; atendendo a exigências dos bancos internacionais com o intuito de garantir empréstimos ou financiamentos; visando atender às necessidades de mão de obra; voltado para a sustentação do capitalismo; enfim, tinha seus objetivos projetados para fora. 
Nunca admiti a comparação do Brasil com outros países, sempre argumentei que a comparação só tem valor quando levamos em conta alguns aspectos como: área territorial, índice populacional, história, colonização, quem foram os colonizadores, escravidão, abolição da escravatura, miscigenação, lutas, sistemas de governo, opção econômica, personalidade de um povo, aspectos emocionais e psicológicos da nação, cultura, educação, etc., tudo o que nos torna únicos sem termos comparativos.
Agora, vejo que estamos procurando um caminho próprio, um caminho por onde brasileiros possam caminhar com suas próprias pernas, aprendendo com seus erros e acertos e não porque em algum lugar do mundo a experiência deu certo, pois nem mesmo dentro de nossa casa as experiências de um filho servem para outro, todos recebem as mesmas orientações, educação, possibilidades de avançar e se projetar na vida, no entanto, a personalidade, o nível de ser e de saber de cada um varia e suas escolhas estão longe de ser iguais. Quanto mais em famílias diferentes, de 40 a 45 representantes delas dentro de uma sala de aula, onde é impossível dar uma única aula e se atingir a todos, onde os objetivos devem estar ajustados a cada estudante, considerando as diferenças individuais e respeitando o direito de igualdade. Cada unidade da federação, com suas peculiaridades, culturas, processos migratórios, soma de diferenças, entre outros.
Ampliar os objetivos do ensino médio para que o mesmo cumpra o papel de formador do(a) cidadão(ã), ofertando ensino em tempo integral, atividades esportivas que atendam às necessidades e anseios dos jovens, ofertando-lhes uma ajuda financeira que auxilie nas despesas pessoais, próprias da idade, impedindo-os(as) de obrigarem-se a prestar serviços lícitos ou não, e facilitar a sua permanência na escola.
Reduzir o número de alunos por turma, para facilitar o atendimento das necessidades e diferenças  individuais.
Valorizar o profissional da educação para que o mesmo não necessite de outras atividades extraordinárias a fim de complementar a renda familiar.
Usar o dinheiro público para garantir os direitos dos(as) cidadãos(ãs).
Envolver toda a sociedade no processo, principalmente, os grandes clubes de futebol, que hoje possuem arenas bem construídas e equipadas para incrementar as atividades esportivas.
Enfim, saber e ter consciência que “o certo é certo e que o errado é errado, mesmo que ninguém esteja olhando”.

Comments

imagem de ELIETE CRISTINA DE SOUZA BOTTINI

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É verdade professora, pois desde o século passado esse assunto é um problema. Parece que com essa discussão e projeto estamos caminhando para uma identidade "nossa" em relação a educação, conteúdos e estrutura do ensino médio.

Um abraço, Eliete

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imagem de Elaine Bueno martins Veiga

Alunos do Ensino médio

É verdade professora, pensamos que estamos agora com este problema, mais na verdade já se arrasta a muitos anos, até séculos, o que vejo é que hoje mesmo com as dificuldades que enfrentamos, ainda está melhor, antigamente a classe que ia para uma escola era a minoria, hoje a maior parte destes jovens tem acesso a esta Escola. Precisamos todos falar a mesma linguagem, ai sim teremos o que queremos, alunos realmente comprometidos com a escola e com suas vidas.

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