Policial usa spray de pimenta em briga de alunos

Policial usa spray de pimenta em briga de alunos
Publicado em: 27/02/2013

Texto: Rodrigo Rebechi

Um policial do programa Proeis (Programa Estadual de Integração na Segurança) teria disparado um spray de pimenta contra um estudante do Instituto Estadual Professor Ismael Coutinho (Iepic) na manhã de ontem. A ação, segundo testemunhas, ocorreu durante uma briga entre estudantes no intervalo de aulas. No momento em que uma pedagoga iria intervir para separar a briga, o policial, que atua na segurança da escola, teria disparado o spray. De acordo com uma professora, que pediu para não ser identificada, a ação causou revolta entre os adolescentes. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-Niterói), através de seu coordenador-geral Diogo de Oliveira, irá averiguar na manhã de hoje as informações recebidas através de denúncia anônima dessa professora.
“Recebemos uma denúncia de uma professora da escola que ligou para o sindicato. Ela relatou que houve um problema com um aluno e esses seguranças teriam agredido os alunos com spray de pimenta. Aqui em Niterói foi a primeira vez que recebemos esse tipo de denúncia, mas já recebemos relatos de outras escolas de atuação de forma ostensiva demais desses policiais. Não é qualquer policial que pode trabalhar em escola, pois lidam com crianças, normalmente oriundas de comunidades e diversos problemas pessoais e psicológicos”, afirmou.

A denúncia anônima informou ainda que, após o incidente, demais pedagogas conseguiram acalmar os ânimos e que a diretora repreendeu o policial. Não há informações de registro de ocorrência na delegacia do Centro.

O coordenador não descarta intervenção do sindicato em solicitar ao Governo do Estado a troca de policiamento nas escolas.
“Vamos buscar informações sobre esse ocorrido. Defendemos que não se use policiais nas escolas. Defendemos que o governo contrate guardas escolares, concursados e não armados, com treinamento especifico e com psicologia. E se for da vontade da escola, poderemos pedir até a exclusão desse policial da segurança do Iepic’, concluiu Diogo.

A Secretaria Estadual de Educação alegou que não houve qualquer tipo de agressão por parte do policial e nem o uso de artefatos para conter a briga dos alunos.

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imagem de Felipe Gonçalves Figueira

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compartilho a reportagem por ter me feito refletir sobre o lugar (ou não) da PM nas escolas.

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