OPS, VAMOS TECLAR?

 

Atividade relativa ao Caderno II página 29

As discussões  sobre o conflito de gerações são um tema muito querido por psicólogos, psicoterapeutas, educadores familiares, religiosos e uma infinidade de outros profissionais que lidam com relações familiares.

O pano de fundo desta que é uma situação delicada para a vivência cordial e responsável no interior das famílias ganhou um inimigo muito poderoso com o advento das redes sociais.

Dá para contar nos dedos a família que não tenha pelo menos 2 aparelhos celulares em casa. O acesso às redes sociais é também uma realidade em pelo menos 85% das residências brasileiras.
Não precisa ser muito instigador para dar-se conta que qualquer aglomerado de jovens está permeado pela troca de informações digitais. Esta fantástica forma de comunicação revela personalidades e esconde interesses que são maquiados pelos bordões característicos dos grupos.
Raramente uma pessoa que não faz parte do grupo consegue entrar na roda de conversas e muito menos entender as gírias utilizadas por eles. Com muita insistência pode ser que um adulto consiga trocar qualquer informação que seja restrita aos grupos.
Com boa dose de habilidade será possível estabelecer alguma relação e eventualmente falar sobre temas relativos ao cotidiano da escola e do dia a dia dos estudantes bem como sua relação com a comunidade escolar.
O uso das redes sociais pelos professores para contato com alunos quase sempre é entendida como uma invasão na  sua privacidade. É muito comum as turmas organizarem grupos entre si, mas não aceitar neles a presença dos professores e dos pais.
Sem querer os pais acabam facilitando a falta de diálogo entre os pares. Recentemente ouvi  uma mãe empolgada dizendo que havia finalmente entrado na cultura digital e que agora se sentia muito bem pois, pela manhã e no horário das refeições enviava um whatsapp para os filhos que estavam em distintos ambientes da casa,  informando e convidando-os para o evento em referência.
De algum modo, a sociedade que se diz madura e responsável pelos jovens também perdeu a importância do diálogo presencial e facilitou a comunicação que “aproxima o que está longe e isola quem está perto”.
A Experiência com a dança do passinho foi uma maneira encontrada para fazer convergir as diferentes linguagens na escola repleta de muitos saberes. Sintonizar os interesses dos vários membros da comunidade escolar continua sendo um dos grandes desafios para a escola e para os educadores.
Muito mais difícil ainda é descobrir o ponto de partida, ou seja, aquilo que os alunos já sabem, e muitas vezes, mais que os professores, para proporcionar uma socialização de outros saberes que façam convergir os diversos interesses.