O jovem como sujeito do ensino médio

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR LYSIMACO FERREIRA DA COSTA
O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO

É comum a ideia de responsabilizar o professor ou os alunos pelas angústias em nosso cotidiano escolar.
Seria interessante dialogar com os alunos a respeito das relações estabelecidas nas redes sociais, visto que esta os aproxima bem mais do que as relações desenvolvidas no dia a dia, em espaços de convivência por eles freqüentados, como por exemplo, a escola.
Criando um vinculo afetivo entre professor e aluno facilitando a transmissão de conhecimentos que aproximem a realidade do educando quebrando o paradigma de sala de aula.
Utilizando aulas de campo e projetos que envolvam toda a comunidade escolar (vide anexo I). Além disso, criar debates com temas variados para que nossos educandos  sejam ouvidos e aprendam a respeitar o outro.
A internet deve ser uma aliada positiva na troca de informações entre os sujeitos, mas em hipótese alguma deve substituir o contato interpessoal e “real” entre os indivíduos. As redes sociais, seja ela qual for, retiram o estigma da falta de poder de decisão do adolescente e faz o enquadramento social do jovem.
Não é preciso muito esforço para perceber o motivo da evasão escolar: um local onde o panótico e as micro físicas de poder foucautianas se fundem com novas metodologias de ensino buscando a aproximação professor aluno, mas ainda deixando o aluno como um ser que deve ser formatado antes de receber um conhecimento pré-estabelecido, um aluno que deve esquecer o que sabe, tudo que a mídia e a tecnologia injetam diária e diretamente em suas mentes e aceitar o professor como mestre, um aluno que tem que se conformar com o fato de não ter voz e aceitar o professor como detentor de conhecimentos importantíssimos para passar a ter voz sem enxergar uma razão real para tais. Assim nossos jovens são convidados a sair de seus “mundinhos virtuais” e estabelecerem relações de respeito, diálogo assumindo sua responsabilidade como ser social.
Existe outro fator de importância na tríade jovem escola professor: a família. As famílias da atualidade em sua esmagadora maioria trazem pais e mães que trabalham para sustentar seus filhos, esquecendo assim da atenção que um filho na escola exige. Já a direção da escola cabe o papel da integração instituição, família e comunidade criando eventos e iniciativas que não sejam somente para reclamações pertinentes a notas dos filhos de pais alheios e ausentes e sim trazer a comunidade e família para o âmbito escolar para que a participação na formação do jovem tenha todos os aspectos necessários e para que o jovem passe a ter voz não só em casa, e para que os pais passem a ter voz na escola.
ANEXO I: Projeto Consciência negra
O projeto consciência negra envolveu educandos e professores do Ensino Médio. Houve um trabalho teórico desenvolvido em sala de aula com o objetivo de embasar as atividades práticas que seriam realizadas posteriormente (Produção de textos, elaboração de cartazes e apresentações). No pátio foi colocado um telão com a projeção dos trabalhos elaborados pelos alunos em conjunto com os professores sendo que, após essa apresentação eles tiveram uma aula da historia da capoeira e posteriormente, uma apresentação prática (roda) realizada pelo grupo Senzala, onde os alunos também tiveram a oportunidade de participar. Para finalizar o trabalho todos puderam saborear uma feijoada promovida pelos alunos conjuntamente com os professores e colaboradores da escola.
O trabalho coletivo é muito gratificante, temos certeza que nossos alunos hoje estão mais ricos de cultura. Orgulhamo-nos do trabalho realizado, onde tivemos a oportunidade de visualizar a escola como uma unidade em prol do mesmo objetivo, o conhecimento e o aluno que é o nosso protagonista.