'As melhores escolas são as mais desiguais'

Uma pesquisa da Fundação Victor Civita (FVC) publicada neste mês analisou as notas de Matemática da Prova Brasil (avaliação que mede o aprendizado dos alunos da Educação Básica) nas escolas públicas urbanas e aplicou um questionário em 252 instituições, sendo 108 no município de São Paulo, 53 na cidade do Rio de Janeiro e 91 em outros municípios.

O resultado mostrou que as instituições localizadas na periferia apresentam resultados mais baixos, porém mais homogêneos. Por outro lado, as melhores escolas, as localizadas nas regiões centrais, são as que mais têm desigualdade de aprendizagem.

O que acontece é que as boas médias estimulam as escolas a se focarem ainda mais nos bons alunos, uma forma de manter e melhorar ainda mais a performance do colégio. Com isso, aquele percentual de alunos com rendimento aquém do mínimo tende a ser ainda mais esquecido. E, como a nota média da escola é alta, essa desigualdade não é percebida.

E quem são aqueles que, mesmo matriculados nas regiões de nível socioeconômico mais elevado, frequentam as aulas de recuperação? São os alunos do sexo masculino, negros e pobres. Uma mostra de que a escola só reflete a exclusão que predomina na sociedade.

 

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