Fotógrafo brasileiro registra cenas do continente africano

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Filho de militar, Guilherme Amorim nasceu em Santos (SP), em 1987. Com apenas dois anos de idade, Guilherme se mudou com os pais para São José dos Campos, também no estado de São Paulo. Lá, ficaram por quatro anos, mas, por motivos profissionais, mais uma mudança de endereço se fez necessária na vida de seus pais.

O destino desta vez foi a capital do Brasil, Distrito Federal. A primeira passagem por Brasília o fez criar raízes no cerrado e estabelecer laços de amizade com pessoas de vários cantos do país. Sete anos depois, Guilherme, já adolescente, embarcou para mais um destino: Florianópolis. Foi no município que desenvolveu sua paixão por esportes, natureza e fotografia. Melhor ainda se pudesse juntar os três. Foram quatro anos em Floripa até cravar seu retorno a Brasília.

De volta ao chão de terra vermelha batida da capital, se formou em Publicidade e Propaganda pelo Instituto de Educação Superior de Brasília, em 2008. Neste tempo trabalhou em diversas agências de publicidade onde desenvolveu suas habilidades em produção e edição fotográfica, além de criação publicitária e design.

Porém, em 2009, mais uma mudança de endereço afetaria sua vida, mas esta seria de longe e mais impactante. O destino era o continente africano.

Mais uma vez por motivos profissionais do pai, Guilherme seguiu, sem pensar duas vezes, para Pretória, na África do Sul. Deixou para trás emprego, família, amigos e a vida agitada que levava em Brasília. Em troca, vivenciou momentos surreais na savana africana.

Aproveitou o período de quase dois anos para investir no aprimoramento de suas técnicas como fotógrafo. Além disso, o contato com novas culturas lhe trouxe diretamente a novas línguas e dialetos locais. O ritmo “desacelerado” da África mudou o modo de pensar do jovem de 21 anos, que passou a ver um mundo muito mais encantador quando apresentado através de uma lente.

“Alguns nativos da parte central da África que conheci enquanto estudava inglês em Pretória diziam que quando você passa muito tempo em solo africano, você adquire pele de elefante. A pele de elefante é muito grossa, o que o torna muito resistente contra machucados. Depois de 2 anos viajando por vários países do continente, aprendi que um ambiente quando muito hostil, deixa suas marcas. É isso que te faz ganhar a tão falada ‘pele de elefante’”, diz.

Em suas andanças, passou também por Moçambique, Zâmbia, Zimbabwe e Lesotho. Mergulhou com tubarões brancos, entrou com tudo em safaris e até saltou do maior bungee-jump do mundo, que fica na ponte Bloukraus, em Western Cape.