A ética do lixo no lixo e projeto PNEM

CENTRO DE ENSINO MÉDIO 02 DO GAMA
CURSO: PNEM
ALUNOS: Olita Alves, Adriano, Arnaldo, David, Cirênio, Michel, Carla, Júnior, Carlos William, João José (J.J), Nilson, Raimundo.

O homem não foi educado nem orientado a preservar a natureza e o espaço em que vive ao longo de sua história, ao contrário, aprendeu a tirar o maior proveito da natureza e, com isso, achou-se dono dela, usufruindo e estabelecendo direito de vida ou morte sobre a mesma, esquecendo que é parte integrante e importante dela para que a coexistência seja construtiva.

A ÉTICA LIXO NO LIXO E A CONSCIÊNCIA AMBIENTAL

I - OBJETO DE ESTUDO: a dificuldade e o trato dos indivíduos em descartar o lixo consumido num local apropriado
       A forma como os jovens cidadãos (nossos educandos) e a comunidade escolar se comportam com relação ao lixo produzido no ambiente escolar e fora dele e como a ética interfere nas ações ou a ausência dela. A ética exploratória é o que mais se evidencia no contexto atual, por isso a busca por respostas em função da insignificância da vida, frente à valorização excessiva do poder, da propriedade e do dinheiro.

II - SITUAÇÃO PROBLEMA:
1 – Existe uma dificuldade visível na prática do descarte do lixo no local certo, percebe-se que os educandos não conseguem ou não querem identificar a quem cabe a responsabilidade pela disseminação dessa consciência ambiental coletiva que também é educacional.
2 – Identifica-se que o nível de formação educacional dos docentes e da família deve ter alguma relação com a construção da consciência ambiental.
3 – O problema da convivência e respeito do espaço escolar e ambiental pode ser um retrato do modelo educacional ou gestão do Estado.

III – GERAL:
- Analisar os fatores que interferem na reprodução coletiva de um meio social e ambiental ético e responsável, coletando dados da visão da comunidade escolar.
- Propor práticas de ações coletivas que possam ser executadas pela comunidade escolar tendo a ética como norteadora de todas as ações (projeto Revitalizar – Eu no meio).

IV – Caberá a matemática o levantamento estatístico do resultado da pesquisa de campo e a identificação do quantitativo de lixo acumulado no espaço escolar; química e biologia irá mostrar tempo de exposição e circulação dos indivíduos em áreas com lixo em local inadequado e o resultado dessa exposição para o corpo humano bem como a produção de gases e poluentes encontrados nos produtos descartados inadequadamente, e o contato com fungos e bactérias para os seres humanos. Geografia e história além do contexto da ocupação espacial, delimitação de áreas de descarte de lixo e apresentação do modelo de desenvolvimento que o homem defende atualmente e o quanto a consciência cidadã pode auxiliar no desenvolvimento social e ambiental de uma sociedade.
Público alvo: 2º anos e 3º anos e parte da comunidade escolar.

V – Aplicação da pesquisa no espaço escolar, buscando identificar a visão da coletividade quanto ao descarte do lixo, o uso da propaganda como incentivo, a formação da educacional dos envolvidos nesse processo e mapeamento das áreas críticas da comunidade escolar.
Procedimentos: incentivo e respeito ao espaço de coleta adequada do lixo estabelecido pelos alunos, mural de antes e depois das ações de conscientização, identificação de áreas que necessitam ser transformadas.

VI – Apresentação do resultado da pesquisa e resultado das ações desenvolvidas na comunidade escolar, comparando o crescimento ou estabilização do comportamento dos indivíduos quanto o lidar com o lixo produzido no espaço que ocupam e se isso se reflete em sua prática na sociedade como um todo.

VII – CONCLUSÃO DO TRABALHO:
O resultado prático das ações do projeto “Revitalizar – eu no meio” gerou na comunidade escolar, principalmente entre os alunos uma grande motivação como também uma expectativa quanto à mobilização, que no final de dois meses (agosto a setembro) foi grande e levou-os a uma maior conscientização e a perceber uma abrangência maior do seu papel enquanto cidadão. Quanto ao grupo de docentes a surpresa ficou com relação à participação de alunos tanto na pesquisa quanto na criação e envolvimento de atividades para revitalizar o meio ambiente da comunidade escolar.
Para os alunos ficou a imagem de que pra fazer um espaço social e ambiental melhor é cada um mostrar fazendo a sua cota de contribuição para que o meio social e ambiental se constitua e reproduza mais ético e responsável.
Na visão de uma aluna do 2º ano “Na verdade eu me sinto incomodada, desvalorizada, pois as pessoas não valorizam o meio ambiente, e nós fazemos parte desse meio, a minha função é fazer a minha parte e incentivar que as outras pessoas façam a sua também, mas não é fácil” (Ingride, 15 anos).
Percebemos que ações simples como criarem lixeiras com materiais reciclados não é suficiente se não houver uma atitude mais responsável dos usuários do espaço público, mas foi importante estimular sua criação; tão ou mais importante foi a criação de campanhas com uma linguagem voltada para cada público específico, como também a contabilização da quantidade de lixo recolhido em uma semana na escola e a identificação e destinação deste na cidade feito pelos próprios alunos, nesse instante foi percebido por eles que a participação de cada um nos pequenos detalhes para a construção de uma ambiente melhor e mais respeitoso quanto a prática de nossas ações para um meio ambiente saudável tornou-se concretizada e o sentimento de ser mais um fiscal de sua prática e dos demais foi muito incentivada.
O resultado da pesquisa feita entre os dois públicos alvos (alunos e professores) identificou que muita coisa ainda precisa ser feita, e que as ações desenvolvidas na escola ainda são insuficientes, visualizou-se que algo precisa ser feito e que a mudança do contexto atual de inércia tem que ser estimulada com ações que gerem uma alteração visível de comportamento e não somente de idéias.
Na visão geral dos dois grupos pesquisados, existe uma crítica muito grande quanto às campanhas educativas feitas pelo Estado, de acordo com eles, elas ainda não são suficientes e nem alcançam o público esperado, pois tratar a questão do lixo embelezando nossas atitudes de cidadão, reforçando o estereótipo de cidades urbanizadas nas imagens, não resulta em práticas concretas nem alcançam o público de grotões, becos ou favelas deste país, marginalizados em função de uma questão econômica e social; público este que não consegue associar a linguagem verbal ou estética tão apurada que é usada pelo Estado. 

VIII – ANEXOS:
• PESQUISA

- Período ( agosto e setembro de 2014)
- Questionário feito aos alunos (2º e 3º anos do ensino médio) e professores.

I - Na escola existem lugares apropriados para jogar o lixo?
II - É necessário criar leis mais severas para punir quem joga lixo em qualquer lugar?
III – O lixo prejudica o meio ambiente?
IV – Existem campanhas educativas suficientes a respeito do tema?
V – A coleta de lixo é importante?
VI – A escola tem papel importante na conscientização ambiental?

 

 

• GRÁFICOS DE RESULTADOS