CURRÍCULO ENSINADO E CURRÍCULO VIVENCIADO

Caderno III – página 44

“Organize uma roda de diálogo com os jovens alunos da escola e com seus colegas professores; – sobre o currículo da escola; sobre o currículo vivido por estes alunos; sobre o sentido do conhecimento escolar, das experiências vividas mediadas por esse conhecimento e sobre a necessidade de outros conhecimentos e abordagens; conduza de modo a fazer emergir propostas, sugestões de outros encaminhamentos para o currículo, para as disciplinas e para outros arranjos curriculares, considerando as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia”.

Um dos desafios mais pertinentes das comunidades escolares reside na efetiva participação dos sujeitos no processo de construção da escola e da gestão escolar. Também no que se refere ao currículo no sentido  de experiências vividas e construídas pelos interessados no processo igualmente se apresenta enorme  defasagem histórica e pedagógica.

Normalmente os projetos e programas educacionais são desenvolvidos para os alunos e raramente com eles. Mesmo em escolas onde acontecem diversos projetos de interação multidisciplinar estas ações podem se enquadrar na máxima romana do “pão e circo”. Em outra dimensão elas são apenas ações culturais destinadas a oferecer aos alunos oportunidades diferenciadas de estar na escola.
A rigor o problema da participação é o maior gargalo das propostas e matrizes curriculares e disciplinares nas unidades escolares. Antes mesmo que os alunos iniciem o processo de construção de arranjos curriculares nas dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia há que se construírem espaços de gestão democrática.
A despeito do foco oferecido pelo texto dos cadernos de formação do SISMEDIO, nenhuma das atividades sugeridas pelos cadernos foi desenvolvida pelo grupo de cursistas, nem mesmo em caráter precário.