A ciência e a forma como a mesma se materializa nos currículos e cotidiano das escolas.

Etapa II - Caderno II: Ciências Humanas
Prof. Wagner Araujo Ribeiro

Nos dias atuais onde, infelizmente, o conhecimento é procurado principalmente nos meios de comunicação e por sua vez, propagado em formato de entreterimento barato, a ciência compreendida como esforço para descobrir e aumentar o conhecimento humano e de como a natureza funciona, torna-se quase que um combate tentar convencer o aluno de que certos fenômenos que nos cercam são mais importantes do que o futebol, a novela ou o funk, etc.
Desenvolver nos estudantes a perspectiva cientifica e empírica da vida humana e da natureza é quase anacrônico. A estrutura das escolas não nos permite desenvolver o currículo de forma experimental e empírica. É importante que esta disciplina seja contextualizada com os temas cotidianos caso contrário é interpretada como altamente teórica tornando o ensino enfadonho, cansativo e pouco interessante. Já que os meios de comunicação e as altas tecnologias se mostram, mas eficazes ao desenvolvimento cognitivo, emocional e profissional.
A grande problemática dos educadores se mostra em conseguir levar os estudantes a compreender que os conhecimentos que já adquirem se associados aos transmitidos pelas as escolas podem leva-los a uma maior e mais completa compreensão do mundo em constante desenvolvimento e sua posição como sujeito ativo.
Um dos maiores desafios se encontra nas ciências humanas, estas precisam na sua gama de conteúdos trabalhados promover a investigação para gerar a possibilidade de desnaturalização e assim permitir aos educandos a sensibilização diante destes conteúdos. 
Um exemplo disso pode ser dado quando se desnaturaliza a desigualdade social, contextualizando-a no processo de formação da sociedade brasileira, comparando-a com a realidade de países com baixas desigualdades e causando, dessa forma, o estranhamento. O debate sobre as formas de reverter a desigualdade pode levar à sensibilização para a atuação cidadã.

Dessa forma a seleção dos eixos nos currículos para todos os componentes curriculares e a visão de que este currículo não é algo inquestionável é que pode vir a ser o mecanismo que aproximará ensino e ciência na salas de aula. Demonstrando que ciência e vida social é significante para a construção do saber humano.