Celular: Quem mais resiste?

Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio - II Etapa - Caderno 3 - Reflexão e Ação p. 41

Superintendência Regional de Leopoldina - MG

EE Prof. LUiz Antônio Pires de Souza

Argirita

ORIENTADORA DE ESTUDOS: Rita de Cassia Zampier

CUR SISTAS:Célia dos Passos Mendonça Xavier, Cibele Oliveira Ferreira, Helson Silva Carmo, Márcio Antônio Coelho Furtado Júnior, Vanderlene Aparecida Vasconcelos Carmo

CELULAR: Quem mais resiste?

Com o propósito de analisar a posição da comunidade escolar quanto ao uso do celular em sala de aula como ferramenta pedagógica os cursistas do PACTO realizaram  pesquisas junto aos familiares, gestores, professores e alunos.
Parte dos objetivos foi orientar os alunos quanto ao bom uso do telefone celular em atividades escolares cotidianas para que, por extensão, também o façam fora do limite da escola (no seu trabalho, na sua casa e em diferentes meios de convívio).
Primeiro, foram trabalhadas as enquetes  com os alunos, professores, gestores e familiares.
Observamos pelos resultados sistematizados através de gráficos que os gestores e pais são os que mais resistem ao uso do celular em sala de aula.
Os professores também adotam uma postura parecida visto a dificuldade de controle do telefone celular para fins indevidos.
50% dos alunos também acham que o celular pode atrapalhar, pois sabem ser difícil garantir o seu uso pedagógico correto. Eles estão cientes da ordem de importância das funções do celular como instrumento de ensino aprendizagem, tanto as turmas do diurno quanto  as do noturno .
Os alunos que sabem separar a hora de estudar da hora de navegar receberam da maioria nota 10 . Todos, no entanto, falaram que são poucos os alunos que sabem fazer isso, outros deram nota baixa alegando que o aluno nota 10 é aquele que não separa o celular do estudo, mas sabe usá-lo como instrumento para aprender.
Os alunos do 3º ano fizeram uma pesquisa sobre os materiais que são usados na fabricação de celulares. Da Química orgânica usa-se o plástico e da Química inorgânica os metais. Relataram também sobre os cuidados conscientes no descarte dos celulares , o perigo que o mesmo representa como fonte de radiação e as doze dicas para evitar os efeitos da mesma .
A turma do 2º ano estudou o vocabulário da língua inglesa mais usado no celular com o auxílio do dicionário impresso e da internet, fazendo a tradução e dando real significado aos termos .
A Biologia usou o editor de texto e a calculadora para ensinar genética e solucionar os problemas de cálculos envolvidos no estudo.
Na Educação Física  é usado o celular como ferramenta de consulta a partir da internet para pesquisar sobre atividade física, exercícios, saúde, qualidade de vida, aplicativos que surgiram pra ajudar essas práticas entre outros.
A palestra internacional de Alexandre Ventura (Portugal)  falou sobre “O sujeito contemporâneo e as redes de aprendizagem: partilha de conhecimento e os novos hábitos sociais” e Gabriel Perissé (RS)  falou sobre “ O educador e os desafios da idade mídia”’ entre outros .Ambos foram categóricos em afirmar que a melhor postura é se chegar a um meio termo,tanto o excesso quanto a falta não são aconselháveis.
Concluindo chegamos a um impasse: pais resistem, pois ainda vêem a moderna tecnologia usada somente como entretenimento pelos filhos; professores resistem pois acreditam que isso representará mais trabalho no controle da ação ensinar-aprender; os gestores resistem porque o mau uso do celular impera; os alunos não se sentem seguros pois o celular abre um leque de atividades diversas que tirarão  a sua atenção do foco estudar.
Os professores, no entanto, não podem fugir a essa realidade: as TICs estão aí. Deixamos então aqui uma pergunta bastante razoável: não seria mais funcional de nossa parte educar ao invés de proibir?
De maneira tímida estamos vendo que  é possível, viável e até recomendável que o celular seja usado cada vez mais em nossas aulas, mas somente  no Ensino Médio, o aluno do Ensino Fundamental não tem maturidade o bastante para administrar o seu uso em sala de aula.
A diretora, juntamente com os professores  da Escola Municipal “Dr. Custódio Junqueira”, escola de Ensino Fundamental I e II, de acordo com o resultado das pesquisas decidiu recolher os celulares dos alunos de 6º ao 9º ano durante as aulas. Eles não estão administrando corretamente o uso do celular em sala de aula, estes serão colocados numa caixa sob os cuidados do professor e serão devolvidos durante o intervalo e no final do dia letivo.
É uma atitude contraditória e em desacordo com a moderna pedagogia do uso do celular mas será necessária enquanto os alunos não souberem separar a hora de estudar da hora de navegar no celular.

Comunidades:

Comments

imagem de Rita de Cassia Zampier

PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO

Com a intenção de tornar nossos jovens mais críticos e mais conscientes, utilizamos a atividade do Pacto para fazê-los refletir sobare o uso das tecnologias -  e também sobre o abuso. Foi uma atividade enriquecedora que envolveu toda a comunidade escolar.

Vote neste Comentário