A caixa de lápis de cor - produção coletiva

Imagens, leitura, improviso, diversão e UMA HISTÓRIA DE TODOS

Diz o slogan de um comercial: “LEIA PARA UMA CRIANÇA, ISSO MUDA O MUNDO”. O grande Monteiro Lobato deixou sua marca em uma de tantas máximas que disse, e esta, para mim, é uma das mais valiosas: “UM PAÍS SE FAZ COM HOMENS E LIVROS”.Nós, professores cursistas do PNEM, na aula do dia 17 de novembro, mudamos um pouco nossa rotina. Foi assim, numa sala escura, com apenas a projeção de imagens, que escrevemos, ou melhor, FALAMOS uma história, que tinha como protagonista uma CAIXA DE LÁPIS DE COR (Veja o vídeo!). Em tempo: acho até que meu conterrâneo querido, Patativa do Assaré, ficou orgulhoso do que fizemos, já que sua arte com a palavra era marcada pelas características da oralidade, pois os poemas que ele registrava na memória assim que os criava falando, no improviso, só depois passavam para o registro da escrita.Fizemos algo assim, simples, verbalizado oralmente, tudo provocado pelo MOTE das IMAGENS projetadas. Se o imortal Paulo Freire declarou que “a leitura de mundo precede a leitura da escrita”, ouso parafraseá-lo: nesta aula, nossa leitura improvisada das imagens, ora mais tímida, ora até contundente, ora engraçada, ora embaraçada, não importa como cada um proferiu sua narrativa, o fato é que a leitura falada materializou a “trajetória daquelas imagens”. TUDO CULPA DA CRIATIVIDADE que cada pessoa, cada professor que ali estava, provou que traz esse ingrediente em seu “DNA de PROFESSOR”.Linguagens e Códigos (e suas tecnologias também – como disse essa aula foi filmada, por isso não deixe de ver o vídeo) representam isto: UM PROVOCAR CONTÍNUO para que nossa habilidade de comunicação se aprimore, independente da área em que atuamos.E para não perder a prática de citar, deleitando-me com “máximas” desses gigantes, finalizo com John Donne, poeta inglês do século XVI que, em seu famoso texto “Meditações XVII”, escreveu um belíssimo trecho, mais tarde usado pelo escritor norte-americano Ernest Hemingway em seu romance “Por quem os sinos dobram”.A citação está transcrita aqui em inglês para que os colegas que trabalham com este código, possam “beber da fonte”;  mas também, transcrevi-a, traduzida a seguir:

“No man is an island, entire of itself; every man is a piece of the continent, a part of the main. If a clod be washed away by the sea, Europe is the less, as well as if promontory were, as well as if a manor of thy friend’s or of thine own were. Any man’s death diminishes me, because I am involved in mankind; and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee”.

“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.

Que possamos, colegas, a partir de gestos simples, como foi este momento da aula, possibilitar a nós mesmos e aos nossos alunos, uma COMUNICAÇÃO mais SIGNIFICATIVA em nossa prática profissional, afinal, a aprendizagem só se consolida, quando o que fazemos e como fazemos, de alguma maneira, FAZ SENTIDO para nós professores, mas principalmente, FAZ SENTIDO PARA NOSSOS ALUNOS.E como o Rauzito não poderia ficar de fora, lá vai uma dele:

“Nunca se vence uma guerra lutando sozinho // Cê sabe que a gente precisa entrar em contato // Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz // Coragem, coragem, eu sei que você pode mais...”

Profa. Leoneide Rodrigues

Pnem Noturno