Bibliocicleta – a bicicleta que leva livros para comunidades carentes

Augusto Leal juntou bicicleta e livros para criar a Bibliocicleta, uma bike adaptada com suporte de carga, que leva a leitura, gratuitamente, a comunidades com baixo acesso a livros e cultura. Crianças e adolescentes de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, ganharam um novo apoio, que pode ser replicado  em outros lugares.

“Até agora eu não vi comprovação nenhuma dessa história de que brasileiro não gosta de ler. Eu acho que falta o livre acesso ao livro. O cara ganhar um salário mínimo para manter uma família e ainda comprar um livro de 40, 50 reais, é muito caro”. Quem o diz é Augusto Leal, estudante de Design da UFBA na altura em que decidiu criar a Bibliocicleta.

Depois de montar uma biblioteca comunitária com um grupo de amigos, Augusto teve que devolver ao dono o imóvel que ocupavam. O que fazer aos livros arrecadados era a pergunta. Depois de pesquisar bibliotecas itinerantes com ônibus, caminhões ou até animais (na Venezuela tem uma Bibliomula), Augusto quis algo de baixo custo e replicável em lugares desfavorecidos. Surgiu a Bibliocicleta, que vive das doações de livros, que são oferecidos aos jovens leitores, e que já arrecadou prémios.

A cada escola, praça, parque ou outro local público com adolescentes por onde passa a biblioteca itinerante, uma nova experiência. Diz Augusto: “é possível construir o mundo que a gente quer”.

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imagem de SINARA FERREIRA PORTO

Leitura

Eu adorei a idéia do Augusto, se em cada cidade tivesse uma pessoa que fizesse a mesma coisa, nossas crianças, nossos jovens e até os adultos pegavam o gosto pela leitura, assim, não teriam tanta dificuldade com a escrita, e seriam mais participativos em suas comunidades com outras iniciativas beneficentes.

Sou de uma família humilde, meu pai não teve oportunidade de estudar e minha mãe estudou até a 4ª série (da época). Durante os meus estudos o único livro que eu lia era o da escola que recebíamos para fazer as atividades das disciplinas, ninguém nunca me incentivou a ler outros livros. Quando adolescente meu acesso a leitura era as revistinhas que falam sobre horóscopo e artistas famosos, hoje, terminando minha graduação de licenciatura, reconheço a importância da leitura em nossa vida, tanto para o conhecimento quanto para o nosso desenvolvimento pessoal. Se enquanto estudante do ensino fundamental e médio eu tivesse me dedicado a leitura, talvez a minha dificuldade com interpretação e produção de texto seria menor, por isso, sempre que tenho oportunidade incentivo as pessoas a ler, inclusive o meu filho de três anos contando lhe histórias infantis. Se os pais tivessem essa preocupação, os filhos os agradeceriam mais tarde.

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