MEC quer usar lacre eletrônico para evitar fraudes no Enem

Para aumentar a segurança na aplicação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), o Ministério da Educação pretende usar eletrônicos nos 45 mil malotes contendo a prova que vai ser realizada neste ano.
O novo mecanismo permitirá ao Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), saber o momento exato em que cada um dos pacotes foi lacrado, ainda na gráfica, e posteriormente aberto, no local de aplicação do exame.
Caberá aos servidores do Inep colocar o lacre no pacotes de prova.
O edital de licitação prevê a compra de 100 mil lacres, ao custo de R$ 19,93 milhões aos cofres públicos.
A intenção do lacre é garantir um "incremento da segurança" e rigor no horário de aplicação da prova. O lacre vai facilitar a identificação de quem cometer eventuais fraudes.

"A existência de instrumento ativo de registro do momento de abertura da embalagem introduzirá à logística do exame maior respeito ao horário definido para tal atividade, mitigando possíveis ações indisciplinadas ou mal intencionadas", afirma o texto do edital.

O documento afirma que os lacres poderão ser usados em todas as provas realizadas pelo Inep -como o Enade, o Revalida e a Prova Brasil. O foco, entretanto, é o Enem, que já enfrentou falhas de segurança.

No ano passado, alunos do Colégio Christus, no Ceará, receberam, antes do Enem, material com questões que caíram na prova.
As questões estavam em um pré-teste do MEC aplicado na escola em 2010 para verificar o nível de dificuldade da prova e, de acordo com a Polícia Federal, elas foram copiadas.

Em 2009, a prova foi furtada da gráfica que a imprimia por um funcionário do consórcio Connasel, contratado para aplicar o Enem.

Em nenhum dos casos o lacre teria evitado o problema. 

 

A questão é: Os lacres resolverão o problema? Ajudarão na segurança da prova?

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