Governo oferece 75 mil bolsas de estudos no exterior, diz Dilma

 

Jovens vão estudar nos EUA, Alemanha, Itália, Reino Unido e França. Governo investirá R$ 3,2 bi no programa Ciência sem Fronteiras 
Do G1, em São Paulo A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta segunda-feira (19), durante seu programa de rádio “Café com a presidenta” que o governo federal está investindo R$ 3,2 bilhões no programa Ciência sem Fronteiras, para oferecer 75 mil bolsas de estudos até 2014 para que jovens talentos possam estudar nas melhores universidades do mundo. “Abrimos, em dezembro, inscrições para selecionar 12.500 jovens brasileiros dos cursos de graduação, que vão estudar durante um ano e meio em universidades dos Estados Unidos, Alemanha, Itália, Reino Unido ou França. Para os Estados Unidos, serão 4.500. Para a Alemanha, 2.500. Para a França, 1.500. E para o Reino Unido, 2.500. Já para a Itália, serão 1.500 bolsas”. 

Segundo a presidente, o programa de seleção segue no início de 2012. “No dia 2 de janeiro vamos abrir mais 500 vagas para o Canadá. Em fevereiro, faremos outra chamada, desta vez para universidades na Holanda, Bélgica, Espanha, Portugal, Coreia e Suécia”. De acordo com Dilma, o programa focará algumas áreas específicas. “A necessidade mais urgente do nosso mercado de trabalho é ampliar a formação na área de engenharias, ciências exatas, ciências médicas e tecnologia de informação. Tenho a certeza de que depois desses 101 mil estudantes ou mais, que vamos selecionar até 2014, virão mais outros milhares. Eles vão estudar lá fora e, depois, com os conhecimentos científicos, serão cada vez mais capazes de ajudar o Brasil a ganhar mais produtividade e competitividade”. 

Bolsas - O Ciência sem Fronteiras terá bolsas também para pós-graduação. “Para o doutorado e pós-doutorado, as inscrições de estudantes brasileiros ficam abertas permanentemente. Vamos ter também bolsas para atrair doutores estrangeiros para vir trabalhar em centros de pesquisa ou empresas aqui no Brasil”. A participação do governo federal será um investimento forte no programa. “O governo federal esta investindo R$ 3,2 bilhões para oferecer essas 75 mil bolsas”. 

Dilma disse que empresas também vão bancar as bolsas de estudo no exterior. “A adesão das empresas está sendo um sucesso. Quando nós lançamos o programa, no final de julho propusemos às empresas o desafio de cobrir os custos de 25 mil bolsas. Em menos de cinco meses nós já superamos essa meta. As empresas garantiram 26 mil bolsas, que serão pagas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Febraban, (Federação Brasileira de Bancos), Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base, Vale, Petrobras e Eletrobras”. Enem - O critério para ingressar no programa, segundo Dilma, será o Enem. “O principal critério é o mérito do estudante, que será medido pela pontuação no Enem. Queremos oferecer oportunidades para os melhores estudantes de todo o Brasil estudarem fora do país, independentemente da renda da família”.