Para Diego, aluno do noturno, “a escola era um garoto forte que emagreceu do nada”

“É como se fosse um garoto que começou a se envolver com drogas e ficou assim, raquítico”, essa é a definição de Diego Maradona de Araújo, 22 anos, aluno do Clélia Nanci sobre o que aconteceu com o noturno do colégio. Ele está no 3º ano e se mostra muito decepcionado com a decadência da escola no turno no qual estuda. Diego tinha abandonado os estudos, mas conta que um dia encontrou com a diretora Fátima na rua e ela o convenceu a voltar.

“Dos professores e da administração da escola não podemos reclamar. Temos que reclamar que a escola foi esquecida pelo município, pelo estado e pelo MEC. É um patrimônio de São Gonçalo, que foi esquecido”, analisa Diego.

Para ele a escola precisa de verbas e de “incentivo cultural”. O aluno acredita que assim, os estudantes se sentiriam mais motivados a estudar, não só para se formarem, mas também para terem um emprego digno no futuro. Diego vai tentar um concurso público para bombeiro e também tem vontade de cursar matemática.

 

O estudante é saudoso do tempo que a escola era cheia. “Sabe quantos alunos tinham aqui, 1.400! A diretora só não tinha apito porque não é juiz de futebol”, brinca.

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