Visão Educacional e Ensino de Linguagens

Faz-se mister o investimento individual do professor em conhecer e refletir sobre elas, com o intuito de alicerçar uma construção colaborativa entre professor e aluno, assim como o crescimento individual na coletividade.
Anthony define abordagem como sendo um conjunto de pressuposições relacionadas à natureza da linguagem, da aprendizagem e do ensino; e método como sendo um plano geral para apresentação sistemática do estudo baseada em uma abordagem e dos termos: metodologia é definido como o estudo das práticas pedagógicas em geral, incluindo questões teóricas e pesquisas relacionadas a essa prática. Abordagem é o conjunto de posições e crenças teóricas sobre a natureza da linguagem e da aprendizagem de línguas, e da aplicabilidade de ambas a contextos pedagógicos. Método é um conjunto generalizado de especificações de sala de aula para atingir objetivos linguísticos determinados, englobando, principalmente, os papéis e o comportamento do professor e do aluno.
As técnicas dependem do professor, da sua perícia individual e da composição da turma. Problemas específicos podem ser atacados com o mesmo sucesso mediante o uso de técnicas distintas. Uma máquina de ensino/aprendizagem, por mais complexa que seja, é uma técnica. Os princípios de incremento gradual de fatores de aprendizagem estão na esfera da abordagem e o programa em si desenvolvido num curso descreve o método.
Os métodos de ensino devem ser considerados um referencial a ser adaptado por parte do professor de acordo com a situação particular ou contexto em que está inserido. Dessa maneira, o professor estará utilizando abordagens e métodos que refletem seus princípios de forma mais acurada, o que diminuiria o abismo entre a teoria elaborada por estudiosos vivenciada pelo professor em seu dia-a-dia.
A seleção dos encaminhamentos metodológicos mais adequados para o contexto em que o professor está inserido não pode acontecer de forma eclética e aleatória, sem reflexão. Para Kumaravadivelu (1994:30), “o ecletismo em sala de aula, invariavelmente, se transforma numa pedagogia assistemática, acrítica e sem princípios”. Justamente por isso, a escola pode ser um lugar onde o professor encontra espaço para refletir sobre teorias e concepções diversas, fazendo uso crítico e consciente do que julgar adequado em quaisquer instâncias, linguísticas, pedagógicas ou didáticas. Uma mudança de postura do professor deve trazer consigo uma combinação de conhecimento de área, consciência sobre sua prática pedagógica e tomada de ação para fazer a diferença em sala de aula. Essa combinação de fatores leva ao que Perrenoud (2002) chamou de competência profissional do professor. E, se concebermos o aperfeiçoamento como desenvolvimento contínuo, o espaço de trabalho possibilita essa construção colaborativa entre professor e aluno e, consequentemente, o crescimento individual na coletividade.

REFERÊNCIAS
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. RJ, Paz e Terra, 1987.
JALIL, Samira Abdel - metodologia de ensino de línguas estrangeiras: perspectivas e reflexões sobre os métodos, abordagens e o pós-método
KUMARAVADIVELU, B. Critical language Pedagogy, a postmethod perspective on English Language teaching. World Englishes, Vol. 22, n. 4, pp. 539-550, 2003.
PERRENOUD, P. A prática reflexiva no ofício do professor: profissionalização e razão pedagógicas. Porto Alegre: Artmed, 2002.

 

COLÉGIO ESTADUAL PINHEIRO DO PARANÁ - CURITIBA- PR
ORIENTADORA DE ESTUDOS : RENATA JARDIM
GRUPO: ANA LUIZA SAMPAIO LOURENÇO;CIRINEU BOBKO;DANIELLE MANSANI FERREIRA;HALLEN A. F. SANTOS:LOURDES CIVIDINI CASSAROTTI;LUCIANE BATISTA;LUCIANE SZTOLTZ;MARCIA ELIZA ZANIN;MARIA HELENA LAURINDO;MONICA KARINA HANSELE;PAULO SERGIO DE FARIA;ROMULO BARBOZA ALVES;ROSELI BUDEL;ROSEMARY GOMES WELLNER;ROSICLEIA SEVERO;RUBENS RONDON KASSAR;SANDRO BENATO;SIDNÉIA GUIMARÃES CAMPOS;SILVIA REGINA LEBRE;VAGNA APARECIDA DA SILVA MUNHAO;