Edileia de Aquino Ramalho Eliana Gomes Santana Eliane de Souza Elismery Ferreira Macarios Elizabeth Vidolin Alpendre Fernanda Caldas Fuchs Noely Maria Lesnau Simone Vosne Portela A valorização do contexto escolar deve ser uma premissa, primeiro porque é histórica, isto é, está condicionada historicamente uma vez que a escola é a ligação dinâmica de variáveis sociais que se estendem no desenvolvimento de suas atividades. Segundo, porque é no contexto escolar que se deve instrumentalizar o ser para sua autonomia, consequentemente, gerando a emancipação humana. Refletir acerca do Ensino Médio por meio de formação continuada, reforça o quanto é importante os profissionais da educação dedicarem-se a pesquisas e trabalhos em grupo, principalmente quando o assunto relaciona-se ao crescimento pessoal e social. Importa, pois, iniciar por identificar na instituição de ensino quais pontos são considerados positivos e quais são os aspectos negativos desta prática pedagógica que necessitam reflexão e ação. Um dos espectos abordados nesta formação continuada foi o olhar sobre os sujeitos do Ensino Médio. Essa busca pela construção das identidades desses sujeitos resultou no fortalecimento dos laços entre discente e docente. Entendeu-se que os jovens têm pertencimentos sociais diferentes e que constróem identidades individuais como protagonistas em tempos e espaços diferentes. Portanto apresenta-se a juventude como categoria socialmente produzida, onde cada época dá o seu contorno. Nesse prisma, é correto afirmar que não existe uma juventude, mas “juventudes”, pois sujeitos que são, experimentam e sentem contextos sócios-culturais determinados. Na sequência, a formação continuada para o fortalecimento do Ensino Médio proporcionou o estudo acerca da gestão, planejamento, organização coletiva, contribuindo para que o contexto escolar considere a diversidade humana, econômica, social e cultural dos grupos cuja efetiva participação dos segmentos da comunidade escolar (estudantes, professores, funcionários, pais e/ou responsáveis), possam contribuir para a qualidade social desta instituição de ensino que respeita os indivíduos, sua historicidade, anseios e decepções, e prima pela formação humana integral. Na mesma proporção, espera-se uma organização do trabalho pedagógico comprometido com as demandas da sociedade civil organizada. Diante dessas concepções construídas coletivamente, insere-se no contexto da formação humana integral a importância da unicidade entre as dimensões científico-tecnológico-cultural, cuja base está na capacidade humana de produzir sua existência. Pela mediação entre pensamento e ação entende-se que a produção das mais diversas práticas que compõem a produção de nossa vida material e imaterial: o trabalho, a ciência, a tecnologia e a cultura, são categorias instituídas como base da proposta e do desenvolvimento curricular no Ensino Médio. Desse modo inserir no contexto escolar o diálogo permanente, reforça a necessidade de se compreender que estes campos todos não se produzem independentemente da sociedade, e, ainda, que possuem a marca da sua condição histórico-cultural, o que contempla a formação humana integral tão almejada. Nesse sentido, o ensino compreendido como produção e apropriação de conhecimentos traz para a realidade escolar a interdisciplinaridade como articulação dos conhecimentos de cada disciplina em sua dimensão epistemológica e metodológica com vistas à construção coletiva do saber, dinamizando, dessa forma, o processo de ensino-aprendizagem na apreensão relativa/total da realidade. Quando os estudantes apresentam seus conhecimentos a partir do senso comum, como expressão ingênua e fragmentada da realidade, o papel da escola deverá ser o de favorecer o conhecimento elaborado e sistematizado, através da instrumentalização, reflexão, pesquisa e ação, articulando-os aos contextos local e global. Considera-se, finalmente, que os profissionais da educação e os estudantes são sujeitos históricos e de direitos cujas participações ativas e protagonistas nas atividades educacionais são fundamentais para o andamento democrático da gestão escolar. Nesse contexto estão inseridas avaliações constantes que servem de instrumento, possibilitando a criação de novas estratégias de trabalho e a retomada de aspectos que necessitam ser revistos ou ajustados para a efetivação do processo de aprendizagem individual ou de grupo. A formação continuada realizada revelou, pois, ser instrumento relevante e imprescindível ao fortalecimento dos profissionais da educação comprometidos com a carreira que escolheram e, também, com as juventudes do Ensino Médio, cujos laços estreitaram-se.