Reflexão e Ação I - Colégio Estadual Cruzeiro do sul - Curitiba

Saudações,

Sou a profª Ms. Lígia Maria Bueno Pereira Bacarin, docente do Colégio Estadual Cruzeiro do Sul, em Curitiba. Posto as inferências do nosso grupo acerca desta primeira atividade de "Reflexão e Ação".

A partir da atividade proposta, que em síntese é refletir sobre os desafios que permanecem para o Ensino Médio na realidade brasileira e estabelecer algumas possibilidades de explicação para eles. Observamos que conforme SAVIANI (1985), temos que partir do pressuposto no qual a escola apresenta alguns paradoxos, sendo que os mais significativos, na perspectiva marxista, para a realidade da educação escolar formal, na primeira década do século XXI, são os que estão diretamente relacionados à formação e a manutenção da força de trabalho intrinsicamente precarizada, no contexto de mais uma crise cíclica do modo de produção capitalista. O que não diferencia das décadas anteriores e nem dos projetos políticos desenvolvidos ao longo da história da sociedade brasileira, sendo eles, colonizador, republicano, ditatorial ou deocrático. Uma vez que todos estavam comprometidos com a formação e manutenção de uma ordem societária elitista, onde diametralmente houve e há uma oposição entre a educação da classe dominada e da classe dominante. À vista disso, o Ensino Médio público brasileiro está no âmbito da superestrutura socioeconômica controlada diretamente com políticas públicas governamentais, mantenedoras da hegemonia burguesa, ou seja, é um aparelho ideológico a serviço do Estado capitalista, no conceito gramsciano do termo; como também integra a estrutura da produção, reprodução e circulação de mercadorias (no caso da educação escolar, a mercadoria é a instrução da força de trabalho). Nesse sentido, os desafios pertinentes à essa conjuntura seriam conforme as discussões desenvolvidas no grupo de nossa escola: Como poderemos conceber e construir uma escola pública voltada aos interessses da classe trabalhadora explorada e de sua prole e ao mesmo tempo, desconstruir a ideologia superestrutural que edifica a educação escolar pública como um instrumento a serviço da dominação? E qual a medida da responsabilidade dos educadores frente aos educandos que inevitavelmente serão força de trabalho explorada e precarizada, contudo, necessitados de uma consciência crítica que os façam agentes de transformação social? E na nossa concepçâo, para discutirmos os desafios para o Ensino Médio, temos que a priori, conceber que sociedade queremos construir ou manter?

REFERÊNCIA

SAVIANI, D. Educação: do senso-comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez Editora. Autores Associados, 1985. 

  

 

 

 

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