REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO IV - ÁREAS DO CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR - COLÉGIO ESTADUAL ARCÂNGELO NANDI

PARTICIPANTES:
Adelino Zanone
Anna Beatriz Pontes Silveira
Dianne Venson
Juliano  de Souza Ferraz
Mabelly Venson
Maria Angélica Morini
Maria Luzia Soares da Silva Buzanello
Sérgio Luiz Albuquerque
Valmiro da Silva
Verônica Aparecida de Oliveira Albuquerque
ORIENTADOR DE ESTUDO: Anna Beatriz Pontes silveira
COLÉGIO: Colégio Estadual Arcângelo Nandi
NRE: Foz do Iguaçu

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA ESCOLA
1. 1.    Introdução e Justificativa
A alimentação é uma necessidade básica do ser humano e o ato de alimentar-se, embora possa parecer comum, envolve uma multiplicidade de aspectos que influenciam a qualidade de vida do indivíduo.
Mais do que em qualquer época da história da humanidade, existe recentemente uma gama enorme de informações sobre a alimentação adequada para o crescimento e desenvolvimento da criança e para a garantia de uma boa saúde futura e, no entanto, a obesidade constitui-se hoje num sério problema de saúde pública.
O hábito alimentar de um indivíduo é de natureza bastante complexa e o seu estabelecimento implica numerosos fatores; porém, de um modo geral, o tipo de alimentação baseia-se na disponibilidade de alimentos, nos recursos econômicos e na capacidade de escolha das pessoas.
É principalmente na infância que os hábitos alimentares são formados. Esses hábitos, que tendem a se manter ao longo da vida, são determinados principalmente por fatores fisiológicos, socioculturais e psicológicos.
A família, primeira referência da criança, é a responsável pela transmissão da cultura alimentar.  Em seu processo de socialização, a criança aprende sobre a sensação de fome e saciedade, desenvolve a percepção para os sabores e estabelece as suas preferências, iniciando a formação de seu comportamento alimentar.
O papel da família é fundamental, mas, as mudanças que vêm ocorrendo na dinâmica familiar e aquelas causadas pelo ritmo de vida moderno têm afetado a formação dos hábitos alimentares dos filhos.  O costume, até há pouco tempo, da família reunida diariamente ao redor da mesa para o almoço ou jantar, parece ser cada vez mais raro.
O fim das refeições em família leva à erosão do próprio conceito de refeição numa sociedade em que nas casas vigora o domínio das micro-ondas e no trabalho, na rua ou na diversão expandem-se as práticas de “fast food”, de beliscar petiscos e de lanches em lanchonetes, tais fenômenos simbolizam esta nova relação com os horários e os rituais da comida.
A consideração de tais aspectos é bastante relevante uma vez que a aquisição dos hábitos ocorre à medida que a criança cresce e vai até o momento em que ela própria escolhe os alimentos que farão parte da sua alimentação. Quando pequena, seu universo geralmente se restringe aos pais e a eles cabe determinar que alimentos serão ofertados à criança. À medida que passa a frequentar a escola e a conviver com outras crianças, a criança conhecerá outros alimentos, outras preparações e outros hábitos. Os adultos são modelos, delineando as preferências alimentares das crianças. Os vínculos afetivos poderão influenciar positiva ou negativamente na fixação dos padrões de consumo alimentar.  Os fatores externos interagem com as necessidades e características psicológicas, com a imagem corporal, com os valores e experiências pessoais e com as preferências alimentares.
Outra importante influência sobre os hábitos alimentares é exercida pela mídia que, de maneira geral, também procura determinar comportamentos e escolhas alimentares de crianças e jovens. Assim algumas propagandas veiculadas utilizam vários recursos para conseguir ditar uma verdadeira “cultura alimentar”.
A educação alimentar é especialmente relevante quando se considera uma questão de extrema importância, muito discutida nos últimos anos; a realidade do aumento da obesidade infantil e juvenil, que determina muitas complicações de saúde tanto na infância quanto na idade adulta.
Porém, não só a obesidade infantil e juvenil é motivo de preocupação. Atualmente tem ocorrido um grande aumento de outros casos de transtornos alimentares tais como a anorexia nervosa e a bulimia nervosa que são definidos como doenças psiquiátricas caracterizadas por graves alterações do comportamento alimentar e que afetam, em sua maioria, adolescentes e adultos jovens do sexo feminino e podendo originar prejuízos biológicos, psicológicos, morbidade e mortalidade.
Por todas estas questões, a relação entre alimentação e saúde assume especial relevância principalmente na adolescência, período, no qual, os fatores externos e internos interagem fortemente e o indivíduo começa a exercer com mais autonomia as suas escolhas alimentares.
Buscando tecnologias para a solução das questões suscitadas, este estudo buscará discutir aspectos relacionados à educação alimentar e nutricional, analisando como essa educação pode ser realizada dentro da escola, por meio da implementação de um Projeto de Educação Alimentar e Nutricional.
A escolha do espaço escolar se justifica por ser a escola um local com finalidades educativas e formadoras, pelo qual, passam todas as crianças e jovens do país e no qual permanecem um período de seu dia e grande parte de sua vida e onde, na sua maioria, consomem alimentos, refletindo e compartilhando hábitos, preferências, modismos e comportamentos alimentares.

1. 2.    Objetivo Geral
Esta pesquisa terá como objetivo implementar um programa de educação alimentar e nutricional e analisar os reflexos deste programa nas condutas alimentares de alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Arcângelo Nandi de Santa Terezinha de Itaipu (PR), discutindo o papel da escola neste contexto.
1. 3.    Objetivos Específicos
Serão objetivos específicos do estudo:
o Identificar o conhecimento e o comportamento alimentar dos alunos do 2º ano do EM;
o Implementar um programa de educação alimentar e nutricional;
o Analisar os resultados de um programa de educação alimentar e nutricional;
o Avaliar os resultados encontrados em dois momentos distintos: um logo após a intervenção e outro depois de um período de oito meses;
o Verificar se a intervenção foi capaz de provocar mudanças comportamentais nos hábitos alimentares e no estilo de vida de adolescentes;
o Discutir o papel da escola como espaço de práticas de educação alimentar e nutricional.
1. 4.    Materiais e Métodos
As atividades que serão realizadas nesta pesquisa deverão incluir: revisão bibliográfica, coleta de dados com aplicação de questionários e ação educativa na escola.
A revisão bibliográfica buscará informações a respeito de temas relacionados à alimentação no contexto social e na adolescência, aos transtornos alimentares e à educação alimentar e nutricional, com o objetivo de obter um referencial teórico para o trabalho e subsídios para as análises das informações coletadas.
A coleta de dados trará luz sobre os hábitos alimentares, relações de família e alimentação e visões alimentares dos alunos que estarão envolvidos no projeto. O questionário preliminar deverá identificar o conhecimento e o comportamento alimentar dos alunos envolvidos, contendo perguntas referentes à alimentação dentro e fora da escola e referindo-se também ao conhecimento e aprendizagem sobre alimentação e nutrição. Além dessas informações, a coleta de dados fará a aferição de peso e IMC (índice de massa corpórea) dos alunos do projeto para comparação ao final do trabalho.
Quanto à ação educativa na escola, o projeto terá duração de um semestre (2º semestre de 2015).
As ações de Educação Alimentar e Nutricional em sala de aula deverão introduzir o assunto com temas como:
o O papel da Educação Nutricional
o Por que comemos?
o Higiene dos alimentos
o Alimentação saudável
o Sabor dos alimentos
o Mídia e alimentação
o Anorexia nervosa, bulimia nervosa, dietas da moda e obesidade
o Alimentação e atividade física
o Desperdício de alimentos
Estes temas irão gerar possibilidades para ampliar a discussão da educação alimentar e nutricional de modo a permitir a manifestação de interesse pelo projeto.

1. 5.    Organograma do Projeto

1. 6.    Referência
ZANCUL, Mariana de Senzi. Orientação Nutricional e Alimentar Dentro da Escola: Formação de conceitos e mudanças de comportamento. 2008. SP.

QUESTÃO 2 - CADERNO IV
1. Destaque as dimensões da cultura, do trabalho, da ciência e da tecnologia presentes nesse trecho da obra.
            Após leitura do texto do caderno IV e da carta sugerida na atividade, realizou-se discussão no grupo e conclui-se que Van Gogh demonstra um grande conhecimento sobre outros artistas, tanto contemporâneos a ele quanto do passado, como é o caso de Michelangelo, isso se refere à cultura. Quando comenta sobre os diferentes tipos de materiais e instrumentos em uso (carvão, lápis de carpinteiro, Faber) e os que poderiam ser criados como a pena com tinteiro para o ar livre, refere-se à tecnologia. Já quando cita o carvão mergulhado em água ou com óleo, percebe-se a ciência, porém o artista relata que não se sente pronto para usá-las, ou seja, ele conhece a tecnologia, mas não aplica a técnica.
2. De que forma ele poderia ser incorporado como material para discussão em sala de aula? Em que contexto e com qual objetivo?
            Esta obra apresenta várias possibilidades de ser incorporada em sala de aula: uma delas seria na disciplina de Língua Portuguesa para trabalhar o gênero carta pessoal. Outra seria uma reflexão em Filosofia, já que Van Gogh deixa transparecer sua forma de ver o mundo, a natureza, sua prática artística e a si mesmo. Em Arte poderia ser trabalhado o próprio artista e sua obra e aplicar as técnicas do carvão e grafite. A disciplina de Química poderia analisar, através de experiências científicas, como se produz o carvão na natureza e as diferenças ao usá-lo seco ou molhado com água e com óleo. Assim, seriam reunidos os conhecimentos prévios dos alunos com os adquiridos em sala, fazendo-os refletirem sobre a importância da obra estudada para seu conhecimento linguístico, artístico, filosófico e científico, relacionando-os às suas vivências práticas.

QUESTÃO 3 – CADERNO IV

Problematização: CLONAGEM
Atividade Interdisciplinar
Áreas: Biologia, Física, Matemática, Língua Portuguesa, Língua Inglesa, História e Sociologia.
A partir de um texto levado pelo professor de biologia, os alunos produziram vários questionamentos para um debate. O debate foi bastante produtivo e dele resultaram questões que necessitaram de outras áreas para serem respondidas, como por exemplo, as questões econômicas e de progressão de clones a partir de uma suposta produção em série (matemática), as necessidades da compreensão da linguagem e a associação do tema com as obras de ficção de grandes autores, incluindo obras antigas que já relatavam a clonagem como tecnologia futura (língua portuguesa), as condições necessárias para a instrumentalização de laboratórios para a geração de clones fora de seres vivos (física), as palavras em inglês que aparecem em toda e qualquer discussão sobre o assunto clonagem e áreas da genética aplicada (língua inglesa), as questões sociais que envolvem a manipulação de características e a clonagem de seres humanos completos, por exemplo, (sociologia), os fatos históricos relacionados às condições de segregação de pessoas devido a suas características, como o holocausto, os experimentos de Josef Mengele, o apartheid, além da própria abordagem histórica da clonagem (história) bem como as questões biológicas inerentes ao tema.
O cientificamente possível é eticamente viável? “O Admirável Mundo Novo”, escrito por Aldous Huxley, em 1931, é uma “fábula” futurista relatando uma sociedade completamente organizada, sob um sistema científico de castas. Não haveria vontade livre, abolida pelo condicionamento; a servidão seria aceitável devido a doses regulares de felicidade química e ortodoxias e ideologias seriam ministradas em cursos durante o sono. Olhando o presente, podemos imaginar um futuro semelhante em termos de avanços tecnológicos. Será ele de excessiva falta de ordem, da ordem em excesso preconizada por Huxley ou já vivenciamos o pesadelo virtual de Matrix, a fábula cinematográfica atual?
Alguns países sancionaram leis proibindo a clonagem de seres humanos. Porém para os cientistas quaisquer leis não são um impeditivo. Portanto há pouca chance de se impedir legalmente a clonagem de seres humanos.
Os custos de uma clonagem são bastante elevados, porém recursos financeiros não faltam para o desenvolvimento desta tecnologia para obter fama e uma possível fortuna, ou por razões emocionais: o desejo de duplicar uma pessoa querida que esteja doente ou que já faleceu.
Aqueles que se opõem à clonagem de seres humanos afirmam que a “raça” humana está tomando um caminho bastante perigoso e possivelmente irreversível que pode trazer graves consequências ao mundo. Eles lembram que a tecnologia de clonagem é ainda bastante pobre. A média de sucesso em experiências de clonagem é de apenas 3%. Muitos clones nascem defeituosos e morrem pouco após seu nascimento. Além disso, a duplicação de seres humanos implica em questões éticas e morais.
Produzir um clone animal na teoria é relativamente simples: basta que um óvulo não fertilizado de uma fêmea seja obtido e enucleado (remoção do núcleo que contém a informação genética); a seguir, o núcleo de uma célula do organismo o qual se quer clonar (doador do núcleo) é introduzido no óvulo sem núcleo. A partir daí, processos químicos ou elétricos são usados para estimular a fusão das partes (citoplasma e núcleo) e formar uma nova célula que dividida sob condições artificiais formará um embrião, o qual será finalmente transplantado para um útero a fim de se desenvolver e formar uma cópia do doador, com a ressalva de alguma herança citoplasmática. Entretanto, para se obter um clone adulto de um mamífero, temos que esperar alguns anos, como qualquer outro animal ou criança, pois um clone é um embrião como qualquer outro, com a única diferença de ter o mesmo genoma de outro indivíduo.
Esse simples fato parece, contudo, passar despercebido da maioria dos roteiristas de Ficção Científica, como em Alien 4, onde vemos um clone de Ripley surgir instantaneamente adulto (sem falar na “fusão” do DNA de Ripley e do Alien) e no episódio “Up the Long Ladder” de Star Trek - The Next Generation, onde vemos um planeta habitado por clones de seis únicos indivíduos. O roteiro explica o motivo: Havia um projeto de colonização, mas a nave sofreu um acidente e quase todos os colonos morreram. A solução para aumentar rapidamente a população foi clonar as duas mulheres e os quatro homens. Clones seriam mais difíceis de produzir e trariam um empobrecimento genético à comunidade.
Biologicamente falando, a clonagem é um mecanismo comum de reprodução de espécies de plantas ou bactérias. Um clone pode ser definido como uma população de moléculas, células ou organismos que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula original. Em humanos, os clones naturais são os gêmeos idênticos que se originam da divisão de um óvulo fertilizado.
A grande revolução da Dolly, que abriu caminho para possibilidade de clonagem humana, foi à demonstração, pela primeira vez, de que era possível clonar um mamífero, isto é, produzir uma cópia geneticamente idêntica, a partir de uma célula somática diferenciada. Para entendermos porque esta experiência foi surpreendente, precisamos recordar um pouco de embriologia.
Todos nós, já fomos uma célula única, resultante da fusão de um óvulo e um espermatozoide. Esta primeira célula já tem no seu núcleo o DNA com toda a informação genética para gerar um novo ser. O DNA nas células, fica extremamente condensado e organizado em cromossomos. Com exceção das nossas células sexuais, o óvulo e o espermatozoide que têm 23 cromossomos, todas as outras células do nosso corpo têm 46 cromossomos. Em cada célula, temos 22 pares que são iguais nos dois sexos, chamados autossomos e um par de cromossomos sexuais: XX no sexo feminino e XY no sexo masculino. Estas células, com 46 cromossomos, são chamadas células somáticas.
Voltemos agora à nossa primeira célula resultante da fusão do óvulo e do espermatozoide. Logo após a fecundação, ela começa a se dividir: uma célula em duas, duas em quatro, quatro em oito e assim por diante. Pelo menos até a fase de oito células, cada uma delas é capaz de se desenvolver em um ser humano completo. São chamadas de totipotentes. Na fase de oito a dezesseis células, as células do embrião se diferenciam em dois grupos: um grupo de células externas que vão originar a placenta e os anexos embrionários, e uma massa de células internas que vai originar o embrião propriamente dito. Após 72 horas, este embrião, agora com cerca de cem células, é chamado de blastocisto. É nesta fase que ocorre a implantação do embrião na cavidade uterina. As células internas do blastocisto vão originar as centenas de tecidos que compõem o corpo humano. São chamadas de células tronco embrionárias pluripotentes. A partir de um determinado momento, estas células somáticas - que ainda são todas iguais - começam a diferenciar-se nos vários tecidos que vão compor o organismo: sangue, fígado, músculos, cérebro, ossos etc. Os genes que controlam esta diferenciação e o processo pelo qual isto ocorre ainda são um mistério.
O que sabemos é que uma vez diferenciadas, as células somáticas perdem a capacidade de originar qualquer tecido. As células descendentes de uma célula diferenciada vão manter as mesmas características daquela que as originou, isto é, células de fígado vão originar células de fígado, células musculares vão originar células musculares e assim por diante. Apesar de o número de genes e de o DNA ser igual em todas as células do nosso corpo, os genes nas células somáticas diferenciadas se expressam de maneiras diferentes em cada tecido, isto é, a expressão gênica é específica para cada tecido. Com exceção dos genes responsáveis pela manutenção do metabolismo celular (housekeeping genes) que se mantêm ativos em todas as células do organismo, só irão funcionar em cada tecido ou órgão os genes importantes para a manutenção deste. Os outros se mantêm "silenciados" ou inativos.
Conhecer a significação de termos como “clone”, DNA, RNA, GMO, TG, crossing-over, pool genic, cloning, entre outras derivações da língua inglesa relativas ao tema genética e clonagem, permite a apropriação de conceitos associados à engenharia genética e modificação genética como o processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo normal reprodutivo deste. Envolvem frequentemente o isolamento, a manipulação e a introdução do DNA e RNA num chamado "corpo de prova", geralmente para exprimir um gene. Exemplos são a produção de insulina humana através do uso modificado de bactérias e da produção de novos tipos de ratos como o OncoMouse para pesquisa, através de re-estruturamento genético.
A relação da clonagem com a ética e com a sociedade evidencia os motivos que levariam a clonagem, que seriam a ideia da imortalidade da alma; reservas de órgãos para transplante; reprodução de cônjuge falecido ou outros familiares; tratamento de um irmão doente, e também impossibilidade de procriação natural. A clonagem é revestida de um aspecto mágico, pseudo-científico, fantasmagórico que parece radicar nos mitos antigos da reencarnação e da imortalidade, reinterpretados em termos pseudo-biológicos (ressuscitar entre os mortos por exemplo).
A obstinação procriadora seria também motivadora da clonagem, ou seja, esterilidade masculina ou feminina, com a ausência total de produção de gametas, sendo a utilização do citoplasma do óvulo do parceiro, dar-lhes-ia um gêmeo que ocuparia o lugar de um filho.
Clones seriam geneticamente idênticos a irmãos ou irmãs gêmeos daqueles a partir dos quais fossem clonados, separados no tempo, suprimindo as relações de filiação, pondo em questão a identidade civil.
Além disso, outro fator social seria o risco de uma nova escravidão. A fabricação de um clone significaria negar a autonomia possível da pessoa e não tendo em consideração o seu desenvolvimento futuro, autônomo e imprevisível. A clonagem também abre a possibilidade do surgimento de uma nova “raça” – regressão social e moral, permitindo o surgimento de uma nova escravidão.
Historicamente, sobre a clonagem, poderiam ser citadas as seguintes datas: 1952 – Primeira experiência de clonagem conseguida em animais vertebrados – sapos; 1962 – J.B.Gurdon (Reino Unido) usou raios ultravioleta para destruir o núcleo de um óvulo de um tipo de sapo originário da África do Sul no qual inseriu o núcleo de uma célula do intestino de girinos e obteve girinos aparentemente normais, embora não tenham chegado à fase adulta; 1974 – Clonagem de embriões de ovelhas; 1980 – Peter Hoope (biólogo norte-americano) e Karl Lllmensee (micro cirurgião suíço) relataram êxito total na produção do primeiro clone de mamíferos (clonagem de embriões de gado); 1990 – A ovelha Tracy – transgênica de humanos – o primeiro grande sucesso do Roslin Institute, Edimburgo, Escócia, que é uma bio fábrica de proteína terapêutica. Tracy produz grande quantidade de ATT (alfa-I-antitripsina), substância usada para o tratamento de enfisema e fibrose cística, porque recebeu um gene humano que produz ATT; 1993 – Jerry Hall e Robert Stilman (pesquisadores norte-americanos da Universidade Católica de George Washington) anunciaram a Clonagem de embriões humanos; 1996 – Nascimento das Ovelhas Megan e Morag, raça Welsh Moutain, por clonagem tradicional, pela equipa do cientista Ian Wilmut, do Roslin Institute, Edimburgo, Escócia; 1997 – Nascimento Ovelha Dolly, clone da raça Finn-Dorset, obtida por clonagem de última geração, pela equipa do cientista Ian Wilmut, do Roslin Institute, Edimburgo, Escócia; 1997 – “Ovelhas Humanas”: clonadas e geneticamente modificadas. Nascimento ovelha Polly, uma ovelha transgênica de humano, uma possível biofábrica de proteína alfa-i-antitrispina, substância usada para tratamento da fibrose cística. Polly possui irmãs, que também foram programadas para fabricar fibrinogênio e proteína C ativada; 1998 – Cientistas sul-coreanos anunciaram a clonagem de um embrião humano a partir de células adultas de uma mulher. O embrião foi destruído; 1998 – James Thomson e John Gearhart isolaram as primeiras células-tronco de um embrião humano em estágio inicial de desenvolvimento – clonagem terapêutica; 1999 – Cientistas norte-americanos anunciaram que obtiveram um embrião humano via clonagem tipo Dolly; 1999 – França – Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica de França – clonaram uma vaca obtida via Dolly, nasceu aparentemente normal e morreu de anemia com apenas 7 semanas de vida; 2000 – Pesquisadores do Centro de Primatas de Bearverton, EUA, divulgaram o nascimento do primeiro clone de um macaco Rhesus, a Tetra; 2001 – Anúncios de clonagens de macacos, vacas, ovelhas, cabras, porcos, coelhos, ratos, etc.; 2001 – Anunciado em jornais de todo mundo que clones levam uma vida normal.A revista Science publicou dados de uma pesquisa, anunciada como a mais completa já realizada sobre saúde e comportamento dos clones, que informa que 80% deles levam uma vida saudável e se reproduzem normalmente; 2002 – Animais clonados morrem mais cedo,afirma estudo. Depois que os responsáveis pela clonagem da ovelha Dolly anunciaram que ela sofria de artrite. 2003 – A Clonaid anuncia o nascimento de um bebê clonado.
Após o exposto, os professores das outras áreas mencionadas, na necessidade do debate, poderão exercitar diversas formas de análise do assunto pelos alunos, como a produção de textos, roteiros, filmagens, documentários, produções científicas para mostras de ciências e muitas outras mais.
QUESTÃO 4 – CADERNO IV
1. Sabe-se que é necessário colocar em prática no ensino médio o fortalecimento de um “ensino que integre ciência e cultura, humanismo e tecnologia visando o desenvolvimento de todas as potencialidades” (Frigotto, Ciavatta e Ramos, 2005, p.36) em vista disso, analisou-se criticamente o vídeo em questão, chegando à seguinte questão: como efetivar a formação dos alunos como um processo, trabalho e a ciência como eixos, a cultura e a política como dimensões desse processo? Através do fortalecimento dos processos formativos da escola, dando destaque ao trabalho e a pesquisa como princípios educativos e o compromisso com a formação social e cultural do aluno. Pensando em realizar atividade semelhante em nossa escola, chegou-se à conclusão que é possível fazer uma pesquisa sobre o Sr. Arcângelo Nandi, o qual deu nome ao estabelecimento, suas origens, profissão, família e sonhos, pois ainda há muitos descendentes dele que forneceriam muitas informações.
2. Em Língua Portuguesa pode-se trabalhar o gênero notícia e suas características, já no título, o professor pode trabalhar a interpretação com perguntas como: Sobre o que vocês acham que é este texto? O que é uma ligação clandestina? Você já fez ou conhece alguém que já fez uma ligação clandestina?
Os professores de Física e Geografia podem colaborar no sentido de substituir uma compreensão ingênua da situação por outra mais dialética, numa perspectiva menos local e mais global do problema:
Em Geografia podem ser trabalhados os dados sobre as ligações clandestinas ao redor do mundo e suas consequências, através de gráficos com auxílio de Matemática.
Em Física, pode-se trabalhar com experiências e demonstrações de ligações clandestinas ou não, a fim de que o aluno presencie, e perceba que estas são mais perigosas do que imaginam.
Outras considerações
O filme Ponto de mutação faz  repensar  a fragmentação do conhecimento no cotidiano escolar.
             Para trabalhar o tema “Educação Alimentar e Nutricional” de forma articulada entre os componentes curriculares, é preciso em primeiro lugar diálogo e planejamento entre os envolvidos no processo educacional. O diálogo, porque a comunicação é um dos pilares de qualquer sociedade, e de acordo com as Diretrizes Curriculares de Educação Básica do Estado do Paraná, p. 21, 2008: “... entende-se a escola como espaço do confronto e diálogo entre os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular.” No que se refere ao  planejamento, porque este é essencial para o bom êxito de qualquer atividade. E como o assunto em questão é “Educação Alimentar e Nutricional”, pode ser citado o exemplo da dona de casa em planejamento e economia doméstica, pois ela faz isso constantemente e ninguém a supera nesse quesito.            
            É relevante observar que no Brasil, a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional foi regulamentada em agosto de 2010, por meio do Decreto no 7.272, instituindo diretrizes e objetivos, visando promover o acesso universal à alimentação adequada; estruturar sistemas justos, de base agroecológica e sustentáveis de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos; instituir processos permanentes de educação e capacitação em segurança alimentar e direito humano à alimentação adequada; ampliar e coordenar as ações de segurança alimentar e nutricional voltadas para povos indígenas e comunidades tradicionais; fortalecer as ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à saúde, de modo articulado às demais políticas de segurança alimentar e nutricional;  promover a soberania e segurança alimentar e       nutricional em âmbito internacional;  promover o acesso à    água para consumo humano e para a produção de alimentos.
            Diante disso, vale ressaltar que quando algo se torna lei, é porque alguém deixou de cumprir o que é essencial; e, a alimentação saudável, uma vez negligenciada, resultou em lei os princípios citados.  Estes princípios contemplam assuntos que estão presentes no Projeto Curricular. No entanto,  para ser desenvolvidos   e obter a totalidade, é preciso  uma ação integrada entre as áreas do conhecimento. Pode ser citado, Como exemplo,  a metodologia do Agrinho, criada há mais de dez anos, e  que vem sendo desenvolvida no Colégio Estadual Arcângelo Nandi.  Todos os alunos do Ensino Fundamental recebem anualmente um exemplar da Revista Agrinho, que aborda assuntos variados do cotidiano, dentre eles a alimentação saudável, solo, produção e conservação dos alimentos, etc. Assuntos estes que envolvem todas as áreas do conhecimento.  (O programa é destinado aos alunos do Ensino Fundamental, mas  sua metodologia pode ser  estendida também aos alunos do Ensino Médio)  Em 2014, por exemplo, nos mês de maio, os alunos receberam a revista e foram motivados a lerem. Depois, os alunos do 9º Ano,   em sala foram organizados em grupos, onde cada grupo destacou pontos relevantes sobre determinado assunto.  Um deles era “Do solo depende o nosso sustento”.  Posteriormente, cada grupo apresentou suas considerações para a turma, em forma de seminário, depois produziram crônicas que foram lidas por uma equipe de  professores que  selecionaram uma para representar o Colégio no Concurso Agrinho . Nesta temática envolveu todas as áreas do conhecimento, por exemplo, uma aluna chamou atenção para o fato de que  muitas  áreas rurais estão sendo transformadas em áreas urbanas e assim, diminui o espaço de produção agrícola. Foi abordado também na temática desse grupo o problema do uso desordenado de agrotóxicos, a necessidade de usar protetor solar, cidadania,  etc.
Como se pode perceber, houve articulação entre os componentes curriculares, interação entre os pares, pesquisa, troca de experiências  e produção de novos conhecimentos. Ezequiel Theodoro da Silva sinaliza para a importância de um projeto coletivo entre os docentes e  não acredita que isoladamente os professores consigam superar os problemas enfrentados no magistério, e afirma: “...acredito ser possível acelerar o movimento em direção à mudança, se e quando os professores assumirem um compromisso concreto com a interdisciplinaridade.”  (SILVA, 1991, p. 27).
Reflexão e ação 2
A integração de conhecimentos no currículo depende de uma postura nossa, cada qual de seu lugar; o professor de Química, de Matemática, de História, de Língua Portuguesa, etc.  podem tentar pensar   em sua atuação como professores da formação  geral, mas sujeitos que se dispõem  a compreender e a agir no mundo, fazendo-o a  partir da contribuição de seus conhecimentos específicos,  mas sempre em diálogo com  o outro.
             1. As dimensões da cultura, do trabalho, da ciência e da tecnologia presentes no trecho retirado do livro  Cartas a Théo, de Vincent Van Gogh, são que o pintor realiza um trabalho, ação transformadora e consciente, exclusiva do ser humano.  Seus instrumentos de trabalho  são a pena e o tinteiro, ao ar livre;  Age de forma intencional, de acordo com sua cultura. Cientificamente, age de acordo com  sua realidade e com atecnologia  que tem a sua disposição, que são a pena e o tinteiro. Ele imagina como seria essa mesma ação  no passado e como poderia agir no futuro. No entanto, está consciente  de que o que importa é o que tem à disposição no momento, embora considerando que a realidade pode ser transformada e melhorada: “não quero que a beleza se deva a meu material, e sim a mim mesmo”.
2. Considerando que todo instrumento é resultado de necessidades sociais, o trecho da obra pode servir como ponto de partida para reflexão sobre os conteúdos a serem trabalhados. Por exemplo, o quê, por que, quando,como, com quem, para quem.
Diante disso, os professores  de Língua Portuguesa e Artes  podem planejar uma ação conjunta,  elaborando um texto publicitário (propaganda de um livro de literatura, dentre outros temas sugeridos) produzindo  o texto visual nas aulas de Artes e o texto verbal nas aulas de Língua Portuguesa
A interdisciplinaridade é vista como a incursão de um sujeito por outros campos do conhecimento, sendo que a prática  terá melhor desempenho através de um trabalho conjunto com as diferentes áreas do conhecimento, pois
[...] vejo a interdisciplinaridade como a união solidária dos responsáveis pelas diferentes disciplinas do currículo escolar no sentido de integrar objetivos, conteúdos e metodologias, possibilitando aos aprendizes um conhecimento mais unitário (global) e menos disperso ou fragmentado da realidade. (SILVA, 1999, p. 28).
Como já citado, requer planejamento, uma vez que a prática interdisciplinar não é um professor planejar e outros executarem, nem determinado professor assumir mais alguma coisa, mas sim:
Pensar o encontro e o confronto de conhecimentos é reconhecer a aula como um espaço de construção conjunta entre alunos e professores; esta, por sua vez, pode ser entendida também como a tensão necessária, que desestabiliza o conhecimento do senso comum e possibilita a construção de “algo novo” produzido a partir da inter-relação entre os sujeitos. (RODRIGUES JÚNIOR & SILVA, 2008, p.171).      
PARANÁ, Secretaria de estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa. Curitiba: SEED/DEB, 2008.
RODRIGUES JÚNIOR, J. C. &  SILVA, Cinthia Lopes da – A significação nas aulas de Educação Física: encontro e confronto dos diferentes “subúrbios” de conhecimento. PRO-POSIÇÕES. Campinas: Faculdade de Educação, v. 19, n. I (55), p. 159- 172, jan./abr.2008.
SILVA, Ezequiel Theodoro - DE OLHOS ABERTOS  Reflexões Sobre o Desenvolvimento da Leitura no Brasil. São Paulo, Ática, 1991.
SILVA, Ezequiel Theodoro da – e ZILBERMANN, Regina (Orgs.) Leitura, Perspectivas interdisciplinares . São Paulo, Ática, 1999.