Prof.ª SARA MACIEL DE SOUZA - Colégio Estadual Lindoeste - 05/10/2015

Prof.ª SARA MACIEL DE SOUZA  - Colégio Estadual Lindoeste  -  05/10/2015

TEMATICA II

CADERNO IV

1-REFLEXÃO E AÇÃO

O filme apresenta Kasper Hauser em diversos momentos de sua vida e como se dá o desenvolvimento mental após o cativeiro. Kaspar Hauser, em tradução literal, significa "cada um por si e Deus contra todos". É um filme denso, que nos mostra uma visão sobre a humanidade e faz uma reflexão sobre a unicidade do ser humano, da história de vida e experiências de cada um, e sobre o quanto linguagem e cultura representam para o desenvolvimento psicológico do indivíduo.
Kaspar Hauser, um personagem real e enigmático que, quando encontrado em Nuremberg, em 1928, com supostamente 15 anos, quase não sabia falar, nem andar e não se comportava como humano, pois desde a mais tenra idade, foi privado do convívio social. Sua trajetória de vida é o triste resultado de sua carência de cultura e do não desenvolvimento da linguagem. O total isolamento na caverna por tanto tempo, impactou fortemente sua formação como indivíduo.
Muito tempo após sua reintegração na sociedade, já com a linguagem mais desenvolvida, percebe-se ainda a dificuldade de Kaspar Hauser em entender às pessoas e suas reações. Enquanto privado do convívio social, o silêncio era sua única companhia. Não somente a ausência de vozes externas, mas o silêncio interno, da mente vazia. Kaspar Hauser não poderia conhecer a si mesmo sem ter alguma relação interpessoal, sem referências. Não havia a linguagem para que ele pudesse definir as coisas que via e experimentava no cativeiro.

No cativeiro, KasparHauser aparece acorrentado, vítima de um homem com capuz, cujo rosto não pode ser visto, que lhe alimenta com pão e água e lhe ensina algumas palavras. KasparHauser viveu nessa situação até o dia que esse homem, única figura humana com quem tinha contato, decide tirá-lo do cativeiro e ele então começa a aprender a andar. Esse mesmo homem o abandona em uma praça de Nuremberg, Alemanha. KasparHauser fica atônito até ser encontrado por outro homem que lhe faz uma série de perguntas que ele não consegue compreender.
Logo a notícia da presença estranha daquele rapaz se espalha e KasparHauser se torna alvo da curiosidade dos habitantes da cidade. Como as autoridades não conseguiram decifrar o enigma, KasparHauser passa a viver em um estábulo sob a contínua observação das autoridades que só tinham as informações que o rapaz portava ao ser encontrado: um rosário, umas orações católicas manuscritas e uma carta que mencionava seu nome, a data de seu nascimento e a indicação de que ele deveria se tornar um cavaleiro tal como seu pai, cuja identidade não é revelada.
Em outro momento do filme, inicia o contato de KasparHauser com a sociedade. As autoridades perceberam que ele só se alimentava de pão e água e que seus pés estavam feridos. Descobriram também que ele era capaz de reproduzir seu nome (um rudimento de escrita). Diagnosticaram seu caso como uma mente confusa que não poderia ser submetida a um inquérito policial e decidiram mandá-lo para a prisão junto com outros vagabundos.
Seu primeiro contato em um ambiente social é com a família do guarda do presídio e se dá através do filho do guarda, que o ensina a pronunciar as palavras com auxílio de um espelho. É com essa família que KasparHauser toma seu primeiro banho e aprende a usar os talheres. A filha do casal tenta ensinar música para KasparHauser e, apesar da dificuldade com a letra da melodia, ele se identifica com os sons. KasparHauser tinha mais afinidades com animais e crianças.
As autoridades continuaram a investigação para saber mais sobre KasparHauser, mas os gastos para mantê-lo longe da sociedade estavam altos e, então, decidiram enviá-lo para um circo.
Nesse novo momento, o filme apresenta as agruras e humilhações pelas quais passou KasparHauser durante o tempo que esteve no circo. Ele é apresentado em espetáculos como uma aberração junto com outros indivíduos que também são especiais, cada um de uma forma diferente. Todos conseguem fugir do circo, correndo das pessoas que querem caçá-los. KasperHauser se esconde em uma cabana e é encontrado por um professor.
Após esse primeiro encontro com o professor Daumer, passam-se dois anos e KasparHauser aparece como filho adotivo do professor. A cena mostra o professor e KasparHauser assistindo a um jovem cego, Florian, tocar piano. Kaspar chora de emoção, pois a música o sensibiliza. KasparHauser se sente envelhecido e cansado de tentar aprender coisas que para ele são difíceis e muitas vezes, sem sentido. O professor o consola e tenta reanimá-lo dando como exemplo o jovem Florian, que apesar de cego e de ter perdido toda a família em um acidente, não desanimou e toca piano o dia todo.
Após esse episódio, o filme passa a outro momento e KasparHauser aparece tomando chá com os padres. Os religiosos estão interessados em saber o quanto o rapaz conhece de Deus. KasparHauser os surpreende dizendo que não consegue imaginar que Deus tivesse criado tudo o que existe no mundo a partir do nada. Os padres tentam convencê-lo a crer através da fé e mais uma vez KarparHauser, em sua simplicidade e inocência, esclarece com muito bom senso, que precisará melhorar sua leitura e sua escrita para, posteriormente, compreender o restante.
Em todos os momentos do filme em que KasparHauser é confrontado por alguém, ele se mostra muito mais sensato e lógico do que os homens educados.
Quando KasparHauser é convidado para sua primeira festa, mais uma vez se torna uma atração para os convidados. Kaspar é informado que o lorde que o convidou tem a intenção de adotá-lo e levá-lo para a Inglaterra. Porém, KasparHauser não consegue causar uma boa impressão ao lorde e não se sente bem no ambiente festivo.
Em outro momento importante da trama, KasparHauser sofre um atentado. Sua fama começa a incomodar algumas pessoas. Durante o atentado, Kaspar não se defende e nem pede ajuda. Machucado, procura um local escuro para se esconder, como se quisesse retornar ao seu tempo de cativeiro, quando não era atormentado pelos homens. Mais uma vez, KasparHauser é auxiliado pelo professor Daumer, que o leva para casa e cuida para que ele se recupere. KasparHauser tem delírios onde se encontra com a morte.
Pouco tempo depois, KasperHauser sofre um segundo atentado. Mesmo machucado, procura pelo professor Daumer e conta o que se passou. No local do episódio, o professor encontra um saco com um bilhete que sugeria o motivo pelo qual KasparHauser havia sido atacado e fica subentendido que o atacante poderia ser seu pai. A verdade sobre a origem de KasparHauser fica para sempre em segredo.
KasparHauser morre rodeado por aqueles que lhe foram mais próximos durante sua curta trajetória de vida em sociedade. Após sua morte, ele é levado para autópsia, cujo relatório aponta uma anormalidade no cerebelo que afetou seu desenvolvimento intelectual, acreditando as autoridades que haviam encontrado as respostas a todas as questões pendentes em torno desse homem diferente, KasparHauser.
Essa obra do diretor Herzog é repleta de simbolismos. Podemos estudar as experiências vividas por KasparHauser pela ótica tanto das ciências médicas como das sociais. A importância do aprendizado da linguagem para o bom relacionamento interpessoal é o fator que mais chama a atenção. KasparHauser menciona em uma de suas falas:
- Tenho que aprender a ler e a escrever para depois poder compreender.
Conhecer o mundo pela linguagem, por signos linguísticos, parece não ser suficiente para KasparHauser. Vygotsky insiste que o pensamento e a linguagem se originam independentemente, fundindo-se mais tarde no tipo de linguagem interna que constitui a maior parte do pensamento maduro.

KasparHauser não passou por um processo de socialização, onde exercitaria a compreensão através da prática social, não consegue atribuir significado às coisas, mesmo tendo adquirido a linguagem. Assim, analisando o caso de KasparHauser, somos levados a pensar que não apenas o sistema perceptual, mas as estruturas mentais e a própria linguagem são resultantes da prática social, ou seja, as práticas culturais "modelam" a percepção da realidade e o conhecimento por parte do sujeito.
2-REFLEXÃO E AÇÃO
AS CINCO PRÁTICAS DE LINGUAGUEM INTERAÇÃO/EXPRESSÃO

1º Linguagem folclórica:
A linguagem folclórica oferece um amplo campo de pesquisa, para conhecermos outras variedades culturais, compreende uma série de forma que merecem estudos aprofundados, entre essas aparecem gestos, frases, frases feitas, provérbios, etc.
Também pode ser destacada através das festas juninas, onde a comunidade se caracteriza através de como se vestir os tipos de comidas típicas comemorando os santos no mês de junho.

2º Linguagem de expressão corporal:
É uma forma de comunicação não-verbal, onde o corpo "fala" através de gestos, expressões faciais e posturas utilizadas com mais freqüência em atividades de educação física.

Exemplos
 Teatro
 Dança
  Jogos teatrais

3º Linguagem virtual:
   Usada nas redes sociais, visando facilitar o entendimento e rapidez das conversas, Atualmente, as trocas de informação, as conversas que a vida corrida do dia a dia não permite e as facilidades de uma linguagem despojada, simples e objetiva, facilitam que as redes sociais façam parte do cotidiano de muitas pessoas.

4º Linguagem religiosa:
Na contemporaneidade, a linguagem religiosa  é uma alternativa de explicação da nossa relação com a realidade enquanto relação de significação. Os significados e de nossos processos de simbolização constitui-se em uma nova via na busca do fundamento, de se encontrar um elemento mais básico. É significativo, portanto, que a questão sobre a natureza da linguagem, sobre como a linguagem fala do real, sobre o sentido dos signos e proposições linguísticas, emerge como um problema central na filosofia, na teologia e em outras áreas do saber. Verificando entre os alunos, nas diferentes maneiras de orações, de acordo com suas denominação religiosa.

5º Linguagem entre as disciplinas de estudos:
A linguagem nas deferentes disciplinas é expressa de acordo com as características de cada professor e cada conteúdos. Os diferentes conteúdos passados ao longo do possuem linguagem e sentidos diferentes porém todos a mesma finalidade de adquirir conhecimento cientifico.

Mobilização das linguagens no ensino aprendizagem:
As danças, jogos, músicas entre outras línguas podem ser trabalhadas nas disciplinas de artes e educação física, abordando seus vários aspectos disciplinares.
As linguagens religiosas podem ser abordadas em ensino religioso, filosofia, sociologia e historia, refletindo aspectos de atualidades e também histórica.
Já as medias tecnológicas pode ser trabalhada em todos as disciplinas do ensino médio, envolvendo como estudos as redes sócias a internet, linguagens populares abordando assuntos do dia-dia de acordo com cada disciplina.
3-REFLEXÃO E AÇÃO
Analisando o trabalho com uso de revistas pudemos observar que os alunos se interessam e demonstram curiosidade, pois os mesmos não têm acesso a revistas ou assinaturas, só têm  contato com este tipo de material na escola. Assim acreditamos que quando despertamos a curiosidade no aluno, já é meio caminho andado, atividades como esta possibilitam a maior compreensão dos conteúdos. Ao observarmos uma “revista” temos inúmeras possibilidades de trabalhar as várias disciplinas (português, matemática, história, geografia, ciências, arte, educação física, inglês). A revista ou outro recurso midiático, neste caso mídia impressa: “revista”, permite a compreensão que como meio de comunicação de massa e de informação contribui para aprofundar o conhecimento sobre a função social do gênero, levando-o a produzir textos de gêneros diversos, analisando vários tipos de revistas através de uma leitura critica, diferenciando as propostas de cada uma delas. Assim entendemos que acontece a interdisciplinaridade, pois uma única revista apresenta conteúdos das diversas disciplinas, por exemplo: economia, esporte, estética, política, moda, dentre outras.
4-REFLEXÃO E AÇÃO
Segundo o caderno MEC “fazer pedagógico é sempre marcado pela necessidade de assumirmos posicionamentos frente aos objetivos e às maneiras pelas quais o desenvolvimento e a aprendizagem dos estudantes podem se promovidos”, e segundo Libâneo “uma atividade prática de humanização das pessoas” (2010, p. 20).  Fez nos Refletir sobre o passo que damos frente a nossos conteúdos abordado em sala de aula, e perante nosso alunos na qual, vem cada dia mais com uma diversidade ainda maior, o que nos faz sempre ter que rever o que deve, como e quando ser abordado determinados conteúdos. Já que se tem muitas mudanças, entendemos que atuar no contexto escolar é responsabilidade e ética são termos cruciais considerando tais pontos.
Dessa forma entende se que o currículo serve como um guia ao professor, para trabalhar os conteúdos pretendido, qual tem por objetivo o pleno desenvolvimento do educando, cabendo ao professor preparar sua aula buscando desenvolver valores, atitudes e habilidades para a formação educacional desse aluno, pois o currículo traz formas de se trabalhar sequencias, mas a maneira em que o professor ira desenvolver sua aula vai depender da sua didática em buscar meios mais dinâmicos e aperfeiçoados para estar explicando determinado conteúdo e assim despertando o interesse do aluno.
Falar sobre a prática docente em sala de aula refere-se ao saber fazer, pois o professor é agente do conhecimento e cabe a ele saber despertar o interesse do aluno. O professor alem de ter o conhecimento necessário, também necessita ter sensibilidade, experiência para cativar seu aluno de maneira prazerosa, onde o saber acontece na troca da experiência vivida e não como algo imposto.
Portanto percebe-se que os professores ocupam uma posição principal em relação às propostas curriculares.  Eles são os principais atores desse processo, sujeitos sociais que exercem a função de mediação da cultura e dos saberes escolares. Mas as reformas curriculares insistem em desvalorizar o papel do professor, mesmo reconhecendo ser ele um sujeito fundamental para o processo de sua implementação, dessa maneira percebemos que as políticas educacionais tentam, mas não conseguem efetivamente, favorecer os que atuam na escola.
Nessa perspectiva, é importante refletirmos sobre os mecanismos ou canais por meio dos quais as políticas são disseminadas e incorporadas na sociedade e também na escola, tais como as regras e regulamentações e as ações e decisões educacionais, entre outras. Essa reflexão é importante para podermos pensar com maior propriedade na maneira pela qual certos valores e ideias estão sendo colocados em funcionamento de modo explicito ou implícito a partir de fazerem pedagógicos e, certamente, de práticas curriculares. O que ocorre em um momento em sala de aula está sempre relacionado a ações anteriores e influenciará ações futuras
Libâneo (2010). Esse autor nos mostra que as principais marcas das atividades educativas de nossa época podem ser articuladas a partir dos seguintes pontos:
• Relativização do conhecimento sistematizado, especialmente do poder da ciência, destacando o caráter instável de todo conhecimento, acentuando-se, por outro lado, a ideia dos sujeitos como produtores de conhecimento dentro de sua cultura, capazes de desejo e imaginação, de assumir seu papel de protagonistas na construção da sociedade e do conhecimento.
• Mais do que aprender e aplicar o conhecimento objetivo, os indivíduos e a sociedade progridem à medida que se empenham em alcançar seus próprios objetivos.
• Não há cultura dominante, todas as culturas têm valor igual, os sujeitos devem resistir às formas de homogeneização e dominação cultural.
• É preciso buscar critérios de restabelecimento da unidade do conhecimento e das práticas sociais que a modernidade fragmentou, por meio do princípio da integração, onde os saberem eliminem suas fronteiras e comuniquem-se entre si.
• Não há uma natureza humana universal, os sujeitos são construídos socialmente e vão formando sua identidade, de modo a recuperar sua condição de construtores de sua vida pessoal e seu papel transformador, isto é, sujeito pessoal e sujeito da sociedade.
• Os educadores devem ajudar os estudantes a construírem seus próprios quadros valorativos a partir do contexto de suas próprias culturas, não havendo valores com sentido universal. Os valores a serem cultivados dentro de grupos particulares são a diversidade, a tolerância, a liberdade, a criatividade, as emoções, a intuição. (LIBÂNEO, 2010, p. 27-28)

O grupo ao observar a arvore constatou que os professores devem buscar o saber, pois os mesmos precisam estar sempre atualizados, e os mesmos necessitam se conscientizar de que o fazer pedagógico só tem eficiência quando mudamos nossa prática educativa. Buscando assim atender as necessidades reais e urgentes dos nossos alunos. E que a raiz nesse processo é a base de tudo, o método a ser utilizado é o que sustenta o saber fazer é o professor buscando o seu aperfeiçoamento profissional e a sua prática será o rendimento de todo o seu esforço e dedicação, pois o conhecimento necessita da raiz, tronco e das folhas para que tenhamos sucesso e poder estar colhendo bons frutos.
A formação humana integral além de uma estratégia fundamental para ampliar o interesse do estudante em permanecer na escolar por vontade própria, e como resultado disso, alterar a realidade vigente de evasão.