P.N.F.E.M - ETAPA 1 CADERNO 1 – 19/07/2014 ATIVIDADE – 1 REFLEXÃO E AÇÃO - Tamaraná/Paraná

Nós, professores do grupo de estudo no Pacto Nacional Pleo Fortalecimento do Ensino Médio, do C.E. Profª Maria Cintra de Alcântara Ensino Fundamental e Médio na cidade de Tamarná/Paraná, chegamos as seguintes conclusões a respito dos desafios que permanecem para o ensino médio na realidade brasileira - Etapa I Caderno I:

A partir da reconstrução histórica aqui apresentada, identifique – individualmente e em grupo – os desafios que permanecem para o ensino médio na realidade brasileira e levantem possibilidades de explicação para eles.

Identificamos individual e coletivamente os seguintes desafios a serem superados:

1. Observa-se que não interesse dos jovens pelo ensino médio;
2. Alto índice de evasão dos alunos, principalmente no período noturno;
3. As famílias parece ter perdido o interesse pelo ensino e aprendizagens de seu filhos.
Os jovens cada vez mais buscam a independência financeira, nesse sentido, pulam essa etapa da escolarização e se lançam a buscar direto o mercado de trabalho, resolvendo a questão da escolaridade mais tarde com cursos supletivos. Motivo com certeza o socioeconômico. Quanto às famílias é possível perceber que transferem para os filhos uma grande acomodação quanto ao nível de vida; sem objetivos otimistas, não valoriza a escola como meio de preparo para a vida, trabalho e cidadania. A necessidade de buscar o sustento familiar leva inevitavelmente um maior interesse tão somente ao trabalho.

4. Qualidade dos professores: que envolve a formação na universidade, a oferta da educação continuada, as condições de trabalho, a carreira, o salário e dedicação exclusiva.

Quanto a formação inicial e continua, temos a plena certeza de que deve ser um esforço da política pública para esse fim. Agora, quando as condições de trabalho, apontamos: a) o nº de alunos por sala, fator responsável pelo rendimento escolar. Com uma quantidade de 35 à 45 alunos realmente fica difícil atingir, tal objetivo; b) temos um ensino fragmentado e uma organização curricular enciclopédica, com 13 componentes curriculares obrigatório e mais 7 temas transversais, sem nenhuma flexibilidade e divorciada do mundo do trabalho, isto é, preparamos nossos alunos para o vestibular, na intenção de ingressarem uma universidade, na qual a maioria não passara; c) dedicação exclusiva é entendida, com 40 horas aulas, sendo 20 horas dedicada ao ensino e 20 horas dedicada ao estudo, pesquisa, planejamento, atendimento aos pais e produção escrita, que deve ser formalizada a cada final de ano, em forma de artigo, conforme critério emanado da mantenedora de cada estado.

5) inadequação da escola;
Temos uma estrutura arquitetônica arcaica que não condiz com a realidade, visão e necessidades de nossos alunos. Cadeiras dispostas ainda, conforme o início do século XIX.
e) inadequação aos interesses dos alunos.
As necessidades e os valores, mudaram. Contudo, temos um sistema de ensino, também arcaico, que insiste em nos forçar a ter comportamentos e atitudes do século XIX. Estamos no século XXI, mas com atitudes e comportamentos no interior da escola, no tempo espaço escolar, na cultura escolar do século XIX.
Estes são os desafios que identificamos.