PACTO DO FORTALECIMENTO DO EMSINO MÉDIO – Segunda fase CADENO III – AGOSTO/2015

Colégio Estadual. Angelo Antonio Benedet – Santa Terezinha de Itaipu/Pr

Núcleo Regional de Foz do Iguaçu/Pr.

É importante ter claro que a estrutura do conhecimento científico não é a estrutura da área de ensino de Ciências. As teorias científicas são conjuntos de proposições e metodologias altamente estruturados e formalizados, distantes do aluno em formação. É necessário construir uma estrutura geral para esta área de ensino que favoreça a relação entre o aluno, o professor e o saber científico, na perspectiva da aprendizagem significativa do conhecimento historicamente acumulado e da formação de uma concepção de ciência que considere sua relação com a tecnologia e com a sociedade. Se é nossa intenção que os alunos se apropriem do conhecimento científico e desenvolvam autonomia no pensar e no agir, é importante conceber a relação de ensino e aprendizagem como uma relação entre sujeitos, em que cada um, a seu modo, com determinado papel, esteja envolvido na construção de uma compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações, na formação de atitudes e valores humanos.Objetivos gerais a serem alcançados pelos estudantes são a compreensão da Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade essencialmente humana pela natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive. Saber identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica; compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo benefícios e riscos à vida e ao ambiente; compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido pela ação coletiva; reconhecer e utilizar diferentes linguagens - verbal, escrita, corporal, artística - para descrever, representar, expressar e interpretar fenômenos e processos naturais ou tecnológicos; combinar leituras, observações, experimentações, registros, etc.
Para a coleta, a organização, a comunicação e a discussão de fatos e informações; saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, à matéria, à transformação, ao espaço, ao tempo, ao sistema, ao equilíbrio e à vida; formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais, a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes de sentido cultural e social, desenvolvidos no aprendizado escolar; valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento.
Ao pensar no planejamento de uma atividade ou sequência de atividades de ensino para serem desenvolvidas pelos nossos alunos em sala de aula, a partir dos temas sugeridos, sendo todos de extrema importância, resolvemos dar ênfase nos alimentos transgênicos, aos quais diariamente são consumidos pelos brasileiros. Pensar para que servem as escolas, e simplesmente calar-se, ou consentir em nada fazer, é como não planejar diariamente uma aula com qualidade, deixando de incluir temas atuais em nosso dia a dia. É fundamental trazer ideias novas, abordando um conhecimento poderoso e prazeroso para que possamos planejar como verdade uma visão de Ciência da Natureza, pois a concepção de currículo não está dissociada da forma como se materializa no cotidiano de nossas salas de aula. A sequência de instruções sugerida pela seta na figura 2 começa no domínio da sociedade, passa pelo domínio da tecnologia e da ciência tradicional e então volta para a tecnologia. Há grande vantagem em revisitar a tecnologia que os alunos já estudaram anteriormente, pois poderão atribuir maior sentido à mesma a partir da ciência que acabaram de aprender. Além disso, os estudantes irão alcançar níveis de compreensão mais profundos da ciência e da tecnologia. Tecnologias mais complexas podem então ser introduzidas. (AIKENHEAD, 1994). Duas décadas mais tarde este movimento passou a ser chamado de movimento CTS (Ciência, Tecnologia e Sociedade), e acabou influenciando pesquisadores na área da Educação em Ciências a repensarem o currículo dos componentes curriculares da área de Ciências da Natureza. Conforme mencionado acima, o tema apresentado pelos alunos em sala de aula e abordado entre os colegas do grupo de estudo do caderno III, atividade III, foi sobre alimentos transgênicos.
Conceito: são alimentos modificados geneticamente com a alteração do código genético, isto é, é inserido no organismos genes proveniente de outro. Esse procedimento pode ser feito até mesmo entre organismos de espécies diferentes (inserção de um gene de um vírus em uma planta, por exemplo) . O procedimento pode ser realizado com plantas, animais e micro-organismos.
Engenharia Genética é a ciência responsável pela manipulação das informações contidas no código genético, que comanda todas as funções da célula. Esse código é retirado da célula viva e manipulado fora dela, modificando a sua estrutura (modificações genéticas). Com o aprimoramento e desenvolvimento das técnicas de obtenção de organismos geneticamente modificados e o aumento da sua utilização, surgiram então, dois novos termos para o nosso vocabulário: biotecnologia e biossegurança. Biotecnologia é o processo tecnológico que permite a utilização de material biológico para fins industriais. A biossegurança é a ciência responsável por controlar e minimizar os riscos da utilização de diferentes tecnologias em laboratórios ou quando aplicadas ao meio ambiente.
Aspectos positivos dos alimentos transgênicos: Aumento da produção de alimentos; Melhoria do conteúdo nutricional, desenvolvimento de nutricênicos (alimentos que teriam fins terapêuticos); Maior resistência e durabilidade na estocagem e armazenamento.
Aspectos negativos dos alimentos transgênicos: Aumento das reações alérgicas; As plantas que não sofreram modificação genética podem ser eliminadas pelo processo de seleção natural, pois, as transgênicas possuem maior resistência às pragas e pesticidas; Aumento da resistência aos pesticidas e gerando maior consumo deste tipo de produto; Apesar de eliminar pragas prejudiciais à plantação, o cultivo de plantas transgênicas pode, também, matar populações benéficas como abelhas, minhocas e outros animais e espécies de plantas.
RISCOS PARA A AGRICULTURA: as espécies transgênicas são protegidas por patentes, o que significa que o agricultor que decidir utilizá-las (se autorizadas no Brasil), terá de pagar royalties para a empresa detentora da tecnologia. A consequência mais imediata será o aumento da dependência do agricultor das empresas transnacionais do setor. Isto por que, por regra contratual, o agricultor não pode utilizar as sementes do plantio anterior, assim terá que comprar as sementes transgênicas a cada safra. Além disso, é muito difícil o agricultor “se livrar” totalmente das plantas transgênicas, o que pode ocorrer com qualquer plantação, já que, caso ele não queira mais plantá-las, a chance de ainda nascer uma planta transgênica na plantação convencional existe. Caso isso ocorra, ele poderá ser compelido a pagar uma multa e mais royalties. Além disso, existe o risco da contaminação. A contaminação pode ocorrer por meio de insetos ou até mesmo por meio do vento. É o caso do milho. Assim, se não existir um espaçamento adequado entre as lavouras transgênicas e convencionais, a contaminação pode ocorrer, pegando de surpresa o agricultor no momento da venda. Ocorre com freqüência a perda de contrato desses agricultores, já que o comprador estava interessado em um produto não transgênico.

RISCOS PARA A SAÚDE: são vários e graves os riscos potenciais, tendo os cientistas apontado como os principais deles:

1. Aumento das alergias:
Quando se insere um gene de um ser em outro, novos compostos podem ser formados nesse organismo, como proteínas e aminoácidos. Se este organismo modificado geneticamente for um alimento, seu consumo pode provocar alergias em parcelas significativas da população, por causa dessas novas substâncias. Por exemplo, no Instituto de Nutrição de York, Inglaterra, em 1999, uma pesquisa constatou o aumento de 50% na alergia a produtos à base de soja, afirmando que o resultado poderia ser atribuído ao consumo de soja geneticamente modificada. Outra preocupação é que se o gene de uma espécie que provoca alergia em algumas pessoas for usado para criar um produto transgênico, esse novo produto também pode causar alergias, porque há uma transferência das características daquela espécie. Foi o que aconteceu nos Estados Unidos: reações em pessoas alérgicas impediram a comercialização de uma soja que possuía gene de castanha-do-pará (que é um famoso alergênico).

2. Aumento de resistência aos antibióticos:
Para se certificar de que a modificação genética "deu certo", os cientistas inserem genes (chamados marcadores) de bactérias resistentes a antibióticos. Isso pode provocar o aumento da resistência a antibióticos nos seres humanos que ingerem esses alimentos. Em outras palavras, pode reduzir ou anular a eficácia dos remédios à base de antibióticos, o que é uma séria ameaça à saúde pública.

3. Aumento das substâncias tóxicas:
Existem plantas e micróbios que possuem substâncias tóxicas para se defender de seus inimigos naturais, os insetos, por exemplo. Na maioria das vezes, não fazem mal ao ser humano. No entanto, se o gene de uma dessas plantas ou de um desses micróbios for inserido em um alimento, é possível que o nível dessas toxinas aumente muito, causando mal às pessoas, aos insetos benéficos e aos outros animais. Isso já foi constatado com o milho transgênico Bt, que pode matar lagartas de uma espécie de borboleta, a borboleta monarca, que é um agente polinizador. Sequer a toxicidade das substâncias inseridas intencionalmente nas plantas foi avaliada adequadamente. Estas substâncias estão entrando nos alimentos com muito menos avaliação de segurança que qualquer aditivo, corante, pesticida ou medicamento.

4. Maior quantidade de resíduos de agrotóxicos:
Com a inserção de genes de resistência a agrotóxicos em certos produtos transgênicos, as pragas e as ervas-daninhas poderão desenvolver a mesma resistência, tornando-se "super-pragas" e "super-ervas". Por exemplo, a soja Roundup Ready tem como característica resistir à aplicação do herbicida Roundup (glifosato). Consequentemente, haverá necessidade de aplicação de maiores quantidades de veneno nas plantações, o que representa maior quantidade de resíduos tóxicos nos alimentos que nós consumimos. No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou em 2004 o aumento em cinquenta vezes do limite de glifosato permitido em alimentos a base de soja. Os prejuízos para o meio ambiente também serão graves: maior poluição dos rios e solos e desequilíbrios incalculáveis nos ecossistemas.

RISCOS PARA O MEIO AMBIENTE
Os perigos que os transgênicos podem oferecer ao meio ambiente são muitos. A inserção de genes de resistência a agrotóxicos em certos produtos transgênicos faz com que as pragas e as ervas-daninhas (inimigos naturais) desenvolvam a mesma resistência, tornando-se "super-pragas" e "super-ervas". Por exemplo, a soja Roundup Ready tem como característica resistir à aplicação do herbicida Roundup (glifosato). Isso vai exigir a aplicação de maiores quantidades de veneno nas plantações, com maior poluição dos rios e solos. Haverá ainda desequilíbrios nos ecossistemas a partir da maior resistência desenvolvida, ao longo dos anos, pelas pragas e ervas-daninhas.
Para o Brasil, detentor de uma biodiversidade ímpar, os prejuízos decorrentes da poluição genética e da perda de biodiversidade são outros graves problemas relacionados aos transgênicos.

Ao estudar e analisar sobre vários relatos a tecnologia aplicada nos transgênicos não traz benefícios apenas para produtores e grandes empresas agrícolas, ela é o futuro da produção e distribuição de alimentos no mundo. É verdade que ainda não se tem certeza sobre os problemas causados por esses alimentos. Há muitas especulações sobre o assunto, a mídia tem criado muitos debates sobre os transgênicos. Poderemos nos posicionar contra ou a favor, somente, quando a ciência nos mostrar dados concretos e para que isso ocorra é preciso que se continue fazendo pesquisas na área. Existem várias consequências, sendo que uma delas é que muitos produtos vendidos em supermercados não tem rótulos, o que faz com que mais produtos sejam vendidos sem nem mesmo consumidores terem consequência do que estão ingerindo. Enfim em muitos casos os alimentos transgênicos podem ser mais prejudiciais à saúde do que benéficos.
JUSTIFICATIVA 
Tem–se observado, com frequência, o descuido e desperdício com relação ao uso de água, no ambiente
escolar. Dessa forma, suscitou-se a idéia da realização de atividades pedagógicas que possam
mobilizar e envolver os estudantes e funcionários, na perspectiva de corrigir os referidos hábitos.

INTRODUÇÃO
Convivendo com os alunos percebemos que há uma urgência quanto a realização de trabalhos
educacionais voltados para a preservação do meio ambiente, pois muitos deles ainda não praticam
coleta seletiva do lixo doméstico, e não têm a conscientização foi constatado que há necessidade
de se preservar o meio ambiente. O projeto é útil no sentido de esclarecer ao aluno e familiares
sobre os benefícios da reciclagem. Nosso principal objetivo é contribuir para a transformação do
educando, tornando-o consciente e comprometido com o bem estar de todos. Para que isso aconteça
faz-se necessário que a escola trabalhe interdisciplinarmente com formação de valores e atitudes.

OBJETIVOS ESPECIFICOS
Sensibilizar, previamente, a clientela escolar, acerca do projeto a ser vivenciado;
Realizar leitura de textos que tratem da importância da preservação da água;
Promover discussões com os alunos sobre o tema em estudo;
Executar ações que possam evitar o desperdício da água, no ambiente escolar;
Dimensionar a quantidade de água desperdiçada em situações de gotejamento;
Produzir textos tabelas, gráficos, cartazes e panfletos sobre a importância da água para a vida no planeta.

ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
O tema possibilita a interdisciplinaridade com as disciplinas de:
• Português – Leitura de diversos gêneros textuais (notícias, artigos, poemas);
• Ciências – Elaboração de um questionário e vídeos sobre doenças causadas pelo lixo;
• Geografia – Passeio ecológico, observando a realidade ambiental.

Documentário (“Estemira” uma mulher que vivia no lixão);
• Artes – Confeccionar um mural ecológico – oficinas do lixo ao luxo;
Matemática- Gráficos sobre o desperdício no nosso país. Gráficos sobre o tempo que a natureza
leva para (absorver os detritos);
• Inglês – Pesquisa sobre a reciclagem em outros países.

AÇÕES

Selecionar materiais didáticos que serão utilizados;
Registrar através de fotografia ou filmagem o problema detectado;
Realizar debates para reflexão do problema detectado;
Socializar os registros feitos no ambiente escolar.

AVALIAÇÃO

Será feita através da realização e análise adequada das atividades propostas, bem como
dos sinais de mudança, em relação aos hábitos anteriores, além de exposição dos trabalhos
realizados durante a vivência do projeto e apresentações culturais.