O jovem, a internet, a escola e o trabalho.

Em atividades desenvolvidas com os alunos; através de entrevistas, questionários e roda de conversa; concluímos que a comunicação através da internet ocorre de maneira mais tranquila, deixando-os mais a vontade para expressar seus pensamentos e sentimentos, entretanto também é utilizada de forma negativa, inventando mentiras e o bullying.
Estes estudantes acreditam que a conversa online ou seja pela internet,  possui o mesmo valor que a comunicação por telefone ou pessoalmente, contudo as informações apresentam menos credibilidade, devendo ser questionadas, analisadas e avaliadas antes de serem consideradas como verdadeiras.
Ao discutirmos as questões de consciência de direitos e deveres dos trabalhadores no Brasil e especificamente deles no mercado de trabalho, percebemos que  90% dos jovens envolvidos acreditam ter consciência de seus direito e deveres diante do governo e da sociedade, principalmente em relação a grande quantidade e valores pagos através de impostos e a ausência de contrapartida, ou seja, um governo que oferece a população segurança, saúde e educação de má qualidade, eles consideram tais taxas de impostos abusivas e se sentem explorados. Vale lembrar que o termo “conscientização” esteve fora do cenário sociopolítico da América latina nas décadas de 1960 e 1970. Contudo, é possível recorrer-se às ideias de Paulo Freire, um dos autores brasileiros que aprofundou as discussões sobre conscientização, para explicar este termo. Freire (1979, citado por FREITAS, 2001, p. 151) argumenta que “ a tomada de consciência não é ainda a conscientização, porque esta consiste no desenvolvimento crítico da tomada de consciência”. Ela pressupõe uma postura ativa das pessoas como sujeitos históricos nos fenômenos do (re)fazer o mundo a partir da sua própria realidade, que elas conhecem e com a qual se comprometem. Freitas, a partir das ideias transmitidas por Paulo Freire, concebe conscientização como “ um processo em que o ser humano reconstrói, na dimensão individual e em função da diversidade de suas interações sociais, a criticidade do conhecimento sócio-culturalmente construído, transformando-o e transformando-se na  medida em que age, reflete e conhece, faz-se necessário que se configurem condições sociais que favoreçam o desenvolvimento desse processo (FREITAS, 2001, p. 157).
Os alunos envolvidos neste trabalho são do ensino médio do Colégio Estadual Avelino Antônio Vieira no Paraná, relatam o descontentamento com o atual ensino médio, afirmando apresentar professores desmotivados e despreocupados com os discentes, um ensino precário e atrasado em relação a outros países e alunos desinteressados em sala de aula. Eles colocam também a necessidade de um ambiente adequado para a aprendizagem ocorrer, salas bem arejadas, iluminadas, com redução do número de alunos por turma e o silêncio durante as explicações. Questionam e afirmam há necessidade de  regras e penalidades para um melhor ambiente de ensino aprendizagem, declaram que na maior parte do tempo em sala de aula os professores  apresentam muita dificuldade para conseguir a atenção e silêncio dos alunos, existindo muitas conversas paralelas abordando assuntos diferentes ao tema da aula. Alguns deles colocaram como urgente a retomada de penalidades aos alunos que atrapalham as aulas, comprometendo assim a aprendizagem dos demais.