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Na maioria das vezes o jovem é visto como um problema, mas nós educadores temos uma tarefa muito importante, desenvolver um trabalho de formação humana que contemple a totalidade dos nossos jovens estudantes, como docentes temos que ter em mente: se queremos compreendê-los é necessário conhecê-los – suas experiências, saberes, identidades culturais e desejos; estes aspectos são condições básicas para o relacionamento e o diálogo.
É preciso cuidar para não transformar a juventude em idade problemática, confundindo-a com os problemas que possam lhe afligir, tornando-os um problema para a sociedade.
Temos que compreender a juventude como uma construção histórica, ela é, ao mesmo tempo uma condição social e um tipo de representação. Há um caráter universal dado pelas transformações do individuo numa determinada faixa etária.
Os professores devem perceber como os jovens estudantes constroem seu próprio modo de ser, suas experiências, necessidades e expectativas. Os jovens sujeitos do Ensino Médio nos trazem cotidianamente desafios para o aprimoramento de nosso oficio de educar, revelam sinais de identidades que remetem ao sensível, corpóreo, expressividade cultural, estética e às sociabilidades que se originam no exterior da instituição escolar e invadem os territórios da escola, então cabe a nós educadores refletir, analisar e saber lidar com as diferentes manifestações e culturas dos jovens.
Em relações as redes sociais, a juventude está imersa à ela e é um ícone nesse processo, há uma certa preocupação porque os jovens leem e escrevem errado em decorrência a forma de se comunicar na internet, possuem maior familiaridade com as tecnologias do que seus professores. Nós como mediadores importantes nesse processo, temos que nos preparar para compreender e participar da produção dessas novas arenas educacionais, tecnologias de informação e comunicação.
Para o jovem a elaboração de um projeto de vida é fruto de um processo de aprendizagem e o maior desafio é aprender escolher. Temos que estimular os jovens, projetar e acreditar nos seus sonhos e desejos e contribuir para que desenvolvam capacidades de realizá-los.
Uma questão fundamental para a juventude é que a escola e o trabalho são realidades combinadas e cotidianas, para alguns o trabalho se dá por meio de estágios e cursos de formação, para outros é a única alternativa – fonte de sobrevivência e geração de rendas, porém consideramos o trabalho como fundante da vida humana.
Outra dimensão fundamental é que não existe processo educativo sem sujeitos concretos, sem práticas, experiências, valores e saberes, então a tarefa da escola é , construir vínculo entre identidade juvenil e experiência de ser aluno, fazer sentido em suas vidas e contribuir para compreensão da realidade, já que na relação entre professor e aluno está o coração da docência .
Fonte:
BRASIL, Ministério Da Educação. Secretaria da Educação Básica. Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Setor da Educação da UFPR - Caderno II. Curitiba, 2013