O ESTUDO DA QUÍMICA NO COTIDIANO : As dificuldades para os alunos no ensino de Química.

COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA- FÊNIX - PARANÁ
O ESTUDO DA QUÍMICA NO COTIDIANO :
As dificuldades para os alunos no ensino de Química.
Professores
Celia de Fatima Santiago Correia
Eliane Candido
Francyani Rudek
Larissa Michelly Santos de Oliveira
Leila Damasceno
Maria José Graciete
Marisa Amaral Algayer Calixto
Marisa Ferreira Martins
Priscila Scolari
Raimunda Amorim dos Santos
Regina Hubner Molina Serrano
Sonia Maria Santiago Andrade
Vilma Andrade Rodrigues

Tutora : Cristina Caetano da Silva

Fênix-Paraná
2015

 

 

RESUMO
A atual pesquisa tem como objetivo mostrar as dificuldades dos alunos em aprender Química, este assunto vêm sendo um dos temas que mais tem sido estudado na contemporaneidade, principalmente pela insatisfação dos professores em não se sentirem compreendidos pelos alunos. É um estudo bastante abrangente e de muitas opiniões e controvérsias. Observou-se que a dificuldade dos alunos no aprendizado de Química deve-se a aspectos de desinteresse, muitas vezes de desmotivação por parte de alguns professores e também realidades sociais juntamente com uma defasagem de conteúdos básicos. Melhorar o ensino de Química significa elevar o rendimento escolar dos alunos, devolvendo o lado interpessoal entre eles frente ao êxito e qualificação escolar. Muitas são as vezes que ouvimos os alunos questionarem porque estudar química? O que fica gravado em nossas mentes é que a química faz parte no nosso cotidiano e sem ela não teria condições de vida na terra, pois em todo o planeta a química é essencial. A pesquisa realizada com os alunos do ensino médio do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola, localizado na cidade de Fênix, Paraná, verificou que os alunos não gostam da disciplina, pois, não a compreendem, são utilizados poucos materiais que podem enriquecer as aulas como o laboratório de química para serem ministradas aulas práticas, pois o aluno precisa sentir que a teoria tem tudo a ver com a prática. Devemos mudar os nossos conceitos e quebrar paradigmas para que o nosso aluno possa ser um cidadão esclarecido e principalmente, uma pessoa que defenda a nossa escola pelas nossas práticas educacionais.
Palavras-chave: alunos, escola, praticas educacionais, Química, rendimento escolar.

 

 

INTRODUÇÃO:
A química contribui para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, ao mesmo tempo em que pode produzir muitos efeitos negativos, decorrendo do uso indevido de suas aplicações. O futuro da humanidade depende de como será utilizado o conhecimento químico. SILVA (2009). No cotidiano nos deparamos com situações em que a química está envolvida, e com base nesta constatação que devemos pensar “porque os alunos tem tanta dificuldade em aprender algo que está inserida em suas vidas”.
De acordo com BRASIL (1997) à muito tempo que a escola como um todo tem buscado respostas para o problema da dificuldade de aprendizagem dos alunos no ensino de química , seja a partir da elaboração de métodos e teorias práticas pedagógicas e psicológicas, as quais parecem ter semelhantes objetivos: formar e capacitar o aluno para alcançar um nível intelectual, mas também, sócio cultural mais qualificado. Apesar disto é possível acompanhar diariamente no desenvolvimento sócio educacional dos jovens um certo descaso de alguns deles quanto a formação e assimilação do conhecimento e alfabetismo intelectual, científico e mais de uma atitude humana e pró-social frente ao êxito acadêmico.
Segundo LINDEMANN, (2010) a observação do cotidiano escolar de alunos de ensino médio da educação do campo permite constatar que os mesmos apresentam inúmeras dificuldades no aprendizado da Química, além da pouca afinidade pela disciplina em questão. O ato de ensinar é de imensa responsabilidade. Por isso, o professor quer falhar o menos possível. Muitas variáveis intervêm no sucesso do curso ministrado; conhecê-las ajuda a obter melhores resultados. Dentro deste contexto CANTO, (1993) nos relata que ensinar Ciências (no caso Química) não é simplesmente derramar conhecimentos sobre os alunos e esperar que eles, num passe de mágica, passem a dominar a matéria. Ao dizer isso. Não queremos desmerecer a atividade docente. Ao contrário: cabe ao professor dirigir a aprendizagem e é em grande parte por causa dele que os alunos passam a conhecer ou continuam a ignorar Química. Dentro do exposto, fica sempre a indagação do professor de química, como melhorar a metodologia aplicada ao ensino da química? Como podemos chamar a atenção para o aprendizado da química do cotidiano?
O tema sobre a dificuldade dos alunos em aprender Química tem sido especulado na esfera da educação em todo o mundo, ao enfatizar esse construto, os quais vem sido reconhecido no Brasil nos mais variados instrumentos e teorias, buscando solucionar esse problema. Atualmente o tema educação tem merecido destaque, haja vista o seu insistente aparecimento na mídia, bem como, as diversas discussões que têm gerado incômodos no que diz respeito ao problema do fracasso escolar, relações interpessoais e condutas escolares socialmente indesejáveis. (NIQUINI, 1999).Dentro deste contexto o atual tema foi escolhido devido a real preocupação com relação ao ensino de química na construção da cidadania, com as dificuldades de metodologias adequadas e que muitas vezes não atendem as exigências dos parâmetros curriculares nacionais. Muitas vezes em regiões carentes de profissionais tem que apelar em contratar professores que não são formados em Química para suprir nas necessidades da escola, a maioria destes profissionais enfrentam dificuldades por não ter uma formação na área, não estão preparados para ministrar aulas de química (MARQUES, 1992).  Além disso, os professores enfrentam dificuldades como faltam de laboratório para prática de aulas experimentais, salas de aula superlotadas e falta de interesse por parte do aluno. O ensino de química requer dos professores de química uma constante busca por novos modelos, que possam conduzir o estudante a refletir, a se inteirar, aprimorar e valorizar o ensino de química como suporte para que o conhecimento científico seja assimilado de forma significativa contribuindo para sua formação enquanto cidadão (SILVA ET AL, 2009).
Praticamos química o tempo todo em nossas atividades diárias, ou seja, o ato de cozinhar, lavar roupas, tomar remédio, adubar o gramado, pintar a casa ou acender um palito de fósforo, por exemplo, estão diretamente relacionados com esta ciência. Dentro da concepção de CANTO, (1993) em todas estas atividades substâncias interagem e mudanças químicas ocorrem. No nosso corpo quando respiramos, caminhamos e os alimentos sofrem digestão, reações químicas ocorrem constantemente. Os problemas ambientais que vivenciamos e lidamos hoje em dia, como a disposição de efluentes líquidos domésticos e industriais, a chuva ácida o efeito estufa, dentre tantos outros mais. O universo pode parecer estranho quando não o compreendemos.
OBJETIVOS:
Compreender a importância da formação do aluno quanto à aprendizagem da química no seu cotidiano. Investigar a utilização da química dentro de nossas cozinhas; Comparar os lixos que são jogados e as várias reações químicas que ocorrem; Analisar a química na vida cotidiana dos alunos; Elaborar e realizar entrevistas com pessoas (moradores) relacionadas às noções da química no cotidiano.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A realização da atual pesquisa tem importante relevância porque o estudo da química deve-se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar, compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de vida, como por exemplo, o impacto ambiental provocado pelos dejetos industriais e domésticos que poluem o ar, a água e o solo. Cabe assinalar que o entendimento das razões e objetivos que justificam e motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando-se as aulas baseadas na simples memorização de nomes e fórmulas, tornando-as vinculadas aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia do alunado. Para Piaget ( 1977), o conhecimento “realiza-se através de construções contínuas e renovadas a partir da interação com o real”, não ocorrendo através de mera cópia da realidade, e sim pela assimilação e acomodação a estruturas anteriores que, por sua vez, criam condições para o desenvolvimento das estruturas seguintes. Se, a partir de Piaget, entendermos o real como sendo o universo de objetos - o mundo - com o qual o aluno lida no dia-a-dia perceberemos a importância do cotidiano na formação destas etapas de construção do conhecimento. Nesta perspectiva, é interagindo com o mundo cotidiano que os alunos desenvolvem seus primeiros conhecimentos químicos.
Experimentos tradicionais distante do mundo real que são aplicados atualmente nas disciplinas de química Analítica podem não despertar na sua totalidade no aluno de química, conhecimentos vivenciados no dia-a-dia. (CANTO, 1993). Visando motivar ainda mais o aluno a participar  ativamente da assimilação do conhecimento de química trabalhado no dia-a-dia e pensando na melhoria da qualidade do ensino de química, propomos a implementação de experimentos alternativos relacionados ao nosso cotidiano, de forma a fortalecer o programa da disciplina de Química.
Com base nos resultados alcançados, o presente trabalho poderá contribuir para a melhoria da qualidade das aulas de química, uma vez que diz respeito à compreensão dos conhecimentos de química analítica vivenciada no cotidiano, proporcionando de forma valiosa à ampliação, motivação e aprendizado do aluno.

O PAPEL DO PROFESSOR

Ao refletir a respeito do ensino de química no ensino médio algumas questões são postas em evidências, por que a importância do ensino da química, com conceitos científicos escolares com os alunos? Quais os conteúdos são importantes para serem selecionados em nossos planos de ação? Como ensinar tais conteúdos? Como avaliar o processo de ensino aprendizagem dos conteúdos científicos escolares?
Muitas vezes pensamos que bons professores já nascem prontos, mas sabemos que isto não é a nossa realidade, para ser um bom professor não basta somente  vocação, mas sim disposição e esteja preparado para exercer o seu papel com responsabilidade e competência.
As pesquisas apontadas no histórico nos levam a refletir sobre a importância do ensino de química na atualidade. Para tanto, faz-se necessário refletir a respeito do contexto sociocultural atual. Desta forma, a sociedade, suas formas de expressão, crenças, valores, expectativas e culturas apresentam-se como fatores importantes no contexto em que se insere o ensino da química. Vários autores defendem que, na atualidade, a cultura científica se apresenta como um dos alicerces do conhecimento humano e sua apropriação, importante ferramenta para a transformação do mundo contemporâneo (MOURA e VALE, 2006).
A tarefa do professor deve centrar-se em ensinar o aluno a estabelecer a relação consciente com o conhecimento científico. Segundo Saviani passa-se do censo comum à consciência filosófica e cabe ao professor a partir da prática social, buscando alternar qualitativamente a prática de seus alunos, para que possam ser agentes de transformação social.
A mediação do professor ao fazer uso de conceitos já organizados pelos alunos, provenientes da cultura primeira, pode reverter o papel dos mesmos. Ao valorizar tais conceitos e superá-los por meio da mediação didática, os mesmos passam de obstáculos à aprendizagem a meios para a aprendizagem. Nesse sentido, “ a cultura primeira e o conhecimento sistematizado convivem e se  alimentam mutuamente, tanto nos indivíduos como na organização social contemporânea, ocupando papéis diferenciados”. (DELIZOICOV, et al, 2007, p.135).
De acordo com BELTRAN et al (1991) o significado de massa por exemplo, assume um novo papel ao estabelecer na mente do aluno que existe uma grande diferença entre  “pesar” 3 quilos e “medir” 3 quilogramas. O aluno no seu cotidiano, irá pedir ao açougueiro pesar 3 quilos de carne. Ao entender o conceito de massa, poderia pedir ao açougueiro para medir 3 quilogramas de carne. O “novo” conceito de massa, agora, diferencia-se. Não se admite mais que peso (força) e massa (quantidade de matéria) sejam termos que indicam a mesma “coisa”. Mas o aluno consegue distinguir os dois termos porque isto faz parte de seu cotidiano.
Segundo os autores MOURA E VALLE (2006), se pretendemos combater a visão de que o objetivo de se ensinar química é a formação de futuros cientistas ou de mão de obra técnica para fins utilitaristas, devemos ofertar aos estudantes um ensino como instrumento transformador do mundo e como uma das formas mais sofisticadas do pensamento humano. O ensino de química, nessa perspectiva, deve promover o entendimento aos estudantes a respeito dos principais fenômenos naturais; a respeito de como tais fenômenos se relacionam com a sociedade; de como a química produz os modelos de explicação desses fenômenos e, de como a sociedade reage e muda comportamento na presença de tais explicações.
É de fundamental importância ao professor de química, geralmente sem formação específica na área, à reflexão sobre o objeto de estudo e ensino dessa disciplina. Na escola, o trabalho pedagógico de seleção de conteúdos científicos escolares, o planejamento das aulas, a organização do trabalho docente, a escolha dos instrumentos e critérios de avaliação. MIRANDA (2007).
Nesse sentido, é necessário ter clareza de que a natureza e o mundo do aluno são dimensões históricas e, como tais, sujeitas a mudanças que incluem os avanços da tecnologia e suas relações com a química. Porém, ao assumir a meta de proporcionar a democratização do conhecimento científico e tecnológico, deve-se reforçar que o trabalho docente precisa seguir na direção da apropriação crítica, por parte dos estudantes, “ de modo que efetivamente se incorpore no universo das representações sociais e se constitua como cultura” ( DELIZOICOV, et al, 2007).
De acordo com MIRANDA (2007) muitas vezes o fracasso da educação na escola pública está no sistema, pois, os professores que exercem 40 horas tem que suprir todas estas horas e assim acabam pegando aula fora da sua formação acadêmica, deixando a desejar quanto ao ensino da química. Alguns professores que são formados em matemática, por exemplo, tem que pegar aulas de química para completar o seu padrão, assim o ensino fica deficitário. Outra questão relevante é o ensino arcaico de professores que estão se aposentando e não querem mudar o seu estilo de dar aulas, isto é, não torna as aulas mais atrativas para que o seu aluno tenha mais interesse.
Aos professores que são responsáveis e que desejam que o seu educando saia do ensino médio sabendo química cabe proporcionar aos alunos condições para que eles possam compreender a química como construção humana, entendendo o seu desenvolvimento por acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas. Sendo assim deve desenvolver a percepção de que a química participa do desenvolvimento científico e tecnológico, e principalmente levar o seu educando a ter um pensamento crítico e um conhecimento voltado para uma sociedade muito melhor do que a temos nos dias atuais COSTA, ( 2007).
O ALUNO COMO SUJEITO DA APRENDIZAGEM

O aluno é o sujeito da aprendizagem e, desde os primeiros anos de desenvolvimento, convive diariamente em um ambiente rodeado de fenômenos mediados não somente pelas suas denominações, como frio, calor, poluição, animal, vegetal, água, etc, más também por explicações do grupo social ao qual pertencem, seja a família, a escola, a mídia, entre outros. Segundo GASPAR (2005), “a pesquisa atual em ensino de química mostra que os obstáculos à aprendizagem de conceitos científicos escolares não residem apenas na falta de estruturas lógicas mentais”. Tais obstáculos podem ser originados no fato dos estudantes já possuir conhecimentos prévios a respeito de ensino.
Na maioria das escolas tem-se dado maior ênfase à transmissão de conteúdos e a memorização de fatos, símbolos, nomes, fórmulas deixando de lado a construção de conhecimento científico dos alunos e a desvinculação entre o conhecimento químico e o cotidiano. Essa prática tem influenciado negativamente na aprendizagem dos alunos, uma vez que não conseguem perceber a relação entre aquilo que estuda na sala de aula, a natureza e a sua própria vida (MIRANDA; COSTA, 2007).
De acordo com os autores MOURA E VALLE (2006) em muitas escolas o mais importante é o cumprimento de todo conteúdo, não se importando com a compreensão dos mesmos. E por isso o professor é obrigado a correr com a matéria para dar conta da mesma, com esta correria toda tendo em vista que hoje além das dificuldades apresentadas pelos alunos em aprender química, muitos não sabem o motivo pelo qual estão estudando química, nem sempre esse conhecimento é transmitido de maneira que o aluno possa intender a sua real importância para o nosso  mundo.
O autor MIRANDA (2007) reafirma a importância de se considerar o que o estudante já conhece, algo anterior ao conteúdo a ser ensinado. Assim, um aluno pode duvidar ou ficar curioso a respeito de como os pássaros, pousados nos fios de alta tensão ( fios elétricos) não morrem eletrocutados ou se machucam, ou como um navio enorme de metal flutua na água, quando o seu entendimento é de que uma simples pedra afunda.
DELIZOICOV et al (2007) defendem que o aprendizado em química é afetado por um conhecimento externo a seu ensino. Tal conhecimento é tratado pelos autores como cultura primeira, que se relaciona com os conhecimentos prévios oriundos de situações que não se enquadram na organização da escola, mas estão presentes em relações sociais externas a ela; artefatos e fenômenos presenciados, meios de comunicação social, produções culturais.

OS MOTIVOS DAS DIFICULDADES DOS ALUNOS

A grande maioria dos alunos acha que a disciplina de química é de difícil compreensão, pois não conseguem ter um aprendizado em toda a sua totalidade, muitas vezes culpam o professor pelo modo arcaico de dar aula, os professores culpam os alunos pelo fato de não e ter interesse pelas aulas, não sabemos de quem é a culpa mas o atual trabalho de pesquisa bibliográfica tenta descobrir qual é a real dificuldade dos alunos e o aprendizado de química.
De acordo com DAMÁSIO et al (2005), uma parcela considerável das dificuldades em ensino de química consiste no seu caráter experimental : as escolas não tomam as aulas experimentais como método de valorização e estímulo ao aprendizado. Em tal trabalho a autora observou que a inserção de práticas alternativas com materiais de baixo custo promove o interesse e gerou estímulos positivos em turmas de estudantes do ensino médio. Assim também as afirmações de FRANCISCO (2005), o autor relata que dentre os diversos fatores, aos quais podem ser atribuído um desenvolvimento abaixo do esperado, o principal é o modo como o ensino de química tem sido conduzido; frequentemente com apenas a apresentação de leis e fórmulas, distanciando-se do ambiente vivido e compartilhado pelos alunos.
METODOLOGIA
Dentro de todo o exposto a  pesquisa será realizada no Colégio Santo Inácio de Loyola - Ensino Fundamental, Médio e Normal , do município de Fênix ao qual fica localizado no Estado do Paraná.  A pesquisa será direcionada aos estudantes de química do ensino médio do período da  noite. Para a realização da investigação, 38 alunos irão compor a pesquisa, sendo frequentadores de três turmas do ensino Médio (1°ano, 2°ano e 3°ano).
As informações serão colhidas através de um questionário, contendo 07 questões sobre o tema abordado A importância do Ensino da Química no Cotidiano na educação do campo para os alunos e quais são as suas dificuldades no ensino de química, onde o mesmo será aplicado após avaliação de aprendizagem sobre Química.
Inicialmente será trabalhado com os alunos os principais aspectos relevantes existentes no questionário, principalmente o tópico que se refere à importância do ensino da Química no cotidiano e suas dificuldades na aprendizagem de química.
Em BRASIL (1997) verificamos que a aprendizagem da Química passa necessariamente pela utilização de fórmulas, equações, símbolos, enfim, de uma série de representações que muitas vezes pode parecer muito difícil de ser absorvida. Por isso, desde o início do curso, o professor precisa tentar desmistificar as fórmulas e equações. Isso pode ser feito de várias maneiras. A Química é uma ciência experimental; fica por isso muito difícil aprendê-lasem a realização de atividades práticas (laboratório). Essas atividades podem incluir demonstrações feitas pelo professor, experimentos paraconfirmação de informações já dadas, experimentos cuja inter-pretação leve à elaboração de conceitos entre outros. Em primeiro lugar, não se deve incentivar a memorização dos símbolos dos elementos, das fórmulas e dos nomes das substâncias. Em segundo lugar, desde o começo do estudo dos símbolos e das fórmulas químicas, deve-se mostrar seu significado tanto do ponto de vista do que é observável, isto é, do que é experimental, do que é constatado diretamente, quanto do ponto de vista do não observável, isto é, do que é teórico, do que é modelo MAGALHÃES et al (2005).
O que o professor deseja ensinar? Segundo GASPAR (2005) é conveniente listar aquilo que é mais significativo na Química, ou seja, é preciso escolher as informações que tenham maior relevância dentro dessa ciência. O aluno não pode, por exemplo, desconhecer a diferença entre substância e mistura. O conteúdo de Química, como o de qualquer outra ciência, é praticamente inesgotável. Portanto cabe ao professor fazer a escolha do que trabalhar com os alunos do ensino médio.       O programa deve ser amplo; afinal de contas quanto mais se ensina da matéria, melhor. Porém, a extensão não pode prejudicar a clareza dos conceitos, nem confundir as suas conexões. Não se quer dos alunos que eles apenas decorem definições, propriedades e métodos de preparação. Somente reter essas informações na memória nada significa em termos de conhecer Química. BRASIL (1997) afirma que é preciso trabalhar os conteúdos de maneira a incorporá-los definitivamente ao conhecimento do aluno. A extensão do programa de Química é uma outra preocupação. Não adianta elaborar um curso de grande extensão, mas incompreensível para os alunos e que os leve apenas a decorar definições, leis, teorias entre outras. O excesso de informações freqüentemente diminui a profundidade do entendimento. Além disso, o aluno que sabe os conceitos básicos é capaz de progredir com facilidade no resto da matéria não adianta complicar tudo. O aprendizado fica mais fácil e mais veloz quando há uma compreensão de como são organizados os conhecimentos de Química. Atitude mais sensata, parece-nos, é dar a chave de como o conhecimento químico se constrói; compreendido isto, estará aberta a via para o verdadeiro entendimento do que é a Ciência chamada Química e fazer com que nosso aluno possa ver isto como algo natural e que faz parte de sua vida rotineira, assim fica mais fácil para o seu aprendizado.
CONCLUSÃO
Após a aplicação das questões propostas aos alunos do período noturno do ensino médio, visualizou-se que os mesmos necessitam que os conteúdos da disciplina deve ser dinâmico e inovador, ligando a teoria com a prática, com isto pode-se ligar os conteúdos as práticas do cotidiano vividas pelas suas famílias. Portanto é essencial para que ensino e aprendizagem realmente aconteçam com efetividade necessitamos de muita compreensão, e que nosso aluno traz de conhecimento seja levado a sério, para uma aprendizagem com qualidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DAMÁSIO, S. B.; ALVES, A. P. C & MESQUITA, M. G. B. F.  Extrato de jabuticaba e sua química : uma metodologia de ensino , XIX Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química, Ouro Preto, 2005.

DELIZOICOV, D; ANGOTTI, J. A; PERNAMBUCO, M.M.  Ensino de química : fundamento e métodos. São Paulo, Cortez, 2007. p. 28.

DOMÍNGUEZ, F. S., Metodologia e Prática de Ensino de Química, Editora Guanabara Koogan S.A. São Paulo, 1994.
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GASPAR, A. A construção do ensino da química. São Paulo. Ática, 2005.

LINDEMANN, Renata Hernandez.  Ensino de química em escolas do campo com proposta agro ecológica [tese] : contribuições do referencial freireano de educação / Renata Hernandez Lindemann; orientador, Carlos Alberto Marques.
-Florianópolis, SC, 2010.

MAGALHÃES, F. P. R.; JUNIOR, M. R.; FIRMINO, V. S.; NASCIMENTO, E. M. O. Desmistificando a Química no cotidiano escolar. 6º SIMPEQUI – Simpósio Brasileiro de Educação Química – Julho de 2008 – Ceará.

MARQUES, M. O. A Formação do Profissional da Educação; Editora Unijuí, Rio de Janeiro, 1992.

MIRANDA, D. G. P; COSTA, N. S. professor de Química: Formação, competências/ habilidades e posturas. 2007.
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NIQUINI, D. P.  O Grupo Cooperativo. Uma Metodologia de Ensino. Ensinar e Aprender Juntos. Brasília: Universa, 1999.
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PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: imitação, jogo e sonho, imitação e representação.LTC, Rio de Janeiro, 1990
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