O DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR NA ÁREA DA MATEMÁTICA: O PROTAGONISMO DO JOVEM DO ENSINO MÉDIO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
PACTO NACIONAL PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO
COLÉGIO VITAL VRASIL – MARINGÁ - PARANÁ
CADERNO V- MATEMÁTICA

 

O DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR NA ÁREA DA MATEMÁTICA: O PROTAGONISMO DO JOVEM DO ENSINO MÉDIO

 

CURSISTAS:

ALEXANDRA ANDRADE OLIVEIRA
ANA LUCIA SCAPIN
IDA SIRLEI MENEGALI ABONIZIO
LUCIANE APARECIDA LOPES JUSTINI
LUIZ CARLOS SALES DE ARAUJO
MARIA DE FATIMA PEREIRA
NEUSA JUNKO IZAKI
SANDRA CANALI
SANDRA LUCIA PRUDENCIO SANTANA
SANDRA REGINA FRANCHI RUBIM

ORIENTADORA DE ESTUDOS:
SELMA MARIA SABAINI

 

MARINGÁ
NOVEMBRO/2015
1 INTRODUÇÃO
Partindo do princípio de que a educação é um processo de emancipação do ser humano, a elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP), a organização da Proposta Política Curricular (PPC), o planeamento do Plano de Trabalho Docente (PTD, entre outros, devem ser estabelecidos com a participação dos principais interessados, ou seja, todos os membros da comunidade escolar, pois todos estão em busca de um objetivo comum: formar cidadãos preparados para o futuro, sendo protagonistas desse processo histórico e de formação.          
Entendemos que pela educação se faz possível a permanência na memória de um povo todos os saberes até então acumulados, para que as próximas gerações, com base em tais conhecimentos, possam produzir outros. Assim sendo, de acordo com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (DCNEM), a escolha metodológica e temática representa a possibilidade de orientar trabalhos com a realidade presente, relacionando-a e comparando-a com momentos significativos do passado. Didaticamente, as relações e as comparações entre o presente e o passado permitem uma compreensão da realidade em uma dimensão histórica que transcende as explicações sustentadas no passado ou só no presente imediato.
Nesse momento histórico de abertura do protagonismo tanto de professores quanto de alunos, acreditamos que o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio (PNFEM) pode suscitar debates sobre a garantia e universalidade de direitos para refletir a questão da distância entre o discurso sobre a educação com um bem público, portanto, um direito para a população adolescente-jovem.
O PNFEM faz parte de um conjunto de ações para superar os problemas do Ensino Médio Brasileiro. As estratégias para o enfrentamento do problema vislumbram Cursos de Formação Continuada, em consonância com o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (Decreto nº 6.094, de 24 de abril de 2007); O Plano Nacional de Educação - PNE - (Projeto de Lei nº 8.035, de 2010) e as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (Resolução CNE/CEB nº 2, de 30 de janeiro de 2012). O PNFEM se caracteriza por uma ação dialogada entre o Ministério da Educação (MEC) com as Secretarias. Desse modo, percebemos uma vontade para um estudo dialogado entre as estâncias federal, estadual e municipal, chegando, assim, até ao ensino Básico e o Ensino Superior.
Durante esses dois anos analisamos as propostas curriculares do Ensino Médio que contemplam uma formação humana integral, tendo o adolescente e o jovem como sujeitos e protagonistas de sua história. O curso PNFEM tem como linha mestra a temática Sujeitos do Ensino Médio e a Formação Humana Integral, considerando as quatro dimensões presentes nas DCNEM: trabalho, Cultura, Ciência e Tecnologia.
Nesse sentido, pretendemos nesse texto, apresentar uma proposta de trabalho interdisciplinar na área da Matemática. Primeiramente, abordaremos sobre a relevância do protagonismo do jovem do Ensino Médio na apropriação e na construção do conhecimento. Na sequência apresentaremos alguns princípios do pensamento matemático, fundamentados nos estatutos epistemológicos da área da Matemática. Na última seção mostraremos uma proposta de sequência pedagógica que privilegie o diálogo entre os diferentes saberes, privilegiando o ensino da área de Matemática, abrindo possibilidades para a formação integral do estudante.

2. FUNDAMENTOS DO PENSAMENTO MATEMÁTICO E SUA RELAÇÃO COM O ENSINO E A APRENDIZAGEM
O Caderno V de Matemática, da Etapa II do PNFEM, inserido na unidade I, Contextualização e Contribuições da Área da Matemática, propõe aos professores das diferentes áreas, na atividade Reflexão e Ação, relacionar os distintos pensamentos matemáticos, desenvolvidos em seus componentes curriculares.
A proposição inicial se direciona em evidenciar qual o papel que a matemática escolar pode desempenhar na Formação Humana Integral dos Estudantes do Ensino Médio. Conforme o estudo realizado ao longo desse curso, entendemos que a matemática propicia o desenvolvimento de quatro estilos específicos de pensamento matemático: indutivo, lógico-dedutivo, geométrico-espacial e não-determinístico. Esses pensamentos matemáticos estão presentes no desenvolvimento dos outros componentes curriculares, das diferentes áreas do conhecimento escolar. Desse modo, o grupo de professores relacionará alguns componentes curriculares e o possível pensamento matemático desenvolvido na atividade escolhida.
O curso PNFEM possibilitou momentos de estudos onde foram abordadas proposições para o enfrentamento dos problemas que atingem o Ensino Médio. Na tentativa de superação dos problemas retomou-se os documentos norteadores das práticas pedagógicas desenvolvidas no Ensino Médio. As DCENEM/2012 se institui como o documento de referência, o qual norteia nossas reflexões, juntamente com as propostas presentes nos cadernos do PNFEM. Segundo esse documento,

[...] precisamos dar especial atenção às práticas pedagógicas instituídas e encontrar soluções que tentem alcançar o que o texto das Diretrizes propõe em relação às áreas de conhecimento: o¨ currículo deve contemplar as quatro áreas do conhecimento, com tratamento metodológico que evidencie a contextualização e a interdisciplinaridade ou outras formas de interação e articulação entre diferentes campos de saberes específicos (BRASIL, 2012, art.8.º, §1.º).

Mediante esse excerto podemos questionar: Como devem então ser organizadas as práticas na docência? Como nos organizar para nos aproximar do que propõem as DCNEM? Esse documento, nesse sentido, propõe que:

[...] a organização por áreas de conhecimento não dilui nem exclui componentes curriculares com especificidades e saberes próprios construídos e sistematizados, mas implica no fortalecimento das relações entre eles e sua contextualização para a apreensão e intervenção na realidade, requerendo planejamento e execução conjugados e cooperativos dos seus professores (BRASIL, 2012, art. 8.º, § 2.º).

Apreendemos, portanto, que um trabalho que dialogue com as distintas áreas de saberes, respeitando suas especificidades e fronteira, podem enriquecer o trabalho pedagógico, permitindo uma efetivação do processo de ensino e aprendizagem com qualidade e seriedade.
Sabe-se que os diferentes componentes curriculares têm suas especificidades e suas fronteiras bem definidas, bem como suas tradições e procedimentos instituídos, fundamentadas em seus estatutos epistemológicos. Nesses termos, faz-se necessário entendermos os princípios norteadores do saber matemático. Conforme prescreve o texto apresentado no Caderno de Matemática,
 
[...] o fazer matemático mobiliza quatro diferentes tipos de raciocínios ou intuições:  o pensamento indutivo (ou  raciocínios plausíveis, presentes no ato de criação matemática, na formulação intuitiva de novas conjecturas a serem validadas posteriormente); o raciocínio lógico-dedutivo (próprio da ÁLGEBRA e Geometria, por exemplo, de tudo que diz respeito a provas de propriedade em todos os campos da Matemática); a visão geométrico-espacial (necessária para o aprendizado significativo da geometria e de suas  aplicações) e o pensamento não-determinístico (característico da estatística e da probabilidade, campos que estudam eventos que envolvem aleatoriedade) (BRASIL, 2014, p. 9-10).

Observamos, assim, que pelo pensamento indutivo podemos conceber atividades que possibilitam aos estudantes construir determinadas hipóteses. Para o raciocínio lógico-dedutivo, faz-se necessário observar a utilização de determinadas regras, que podem ser simplesmente tomadas como verdadeiras ou provadas anteriormente e, a partir dessas regras, construir novas. No caso da visão geométrico-espacial, as estruturas que permitem o uso de tal pensamento advêm da interação com os objetos e com os movimentos no espaço físico. Podemos caracterizá-lo a partir da construção de representações mentais que possibilitam, por exemplo, reconhecer características de figuras geométricas, como um cubo, um triangulo, bem como interpretar relações entre objetos no espaço e estimar áreas e volumes sem medição direta. O desenvolvimento divisão geométrico-espacial, em muitas situações, pode propiciar raciocínios indutivos e vice-versa. O pensamento não-determinístico nos permite adentrarmos nas esferas da incerteza e da variabilidade. São inúmeras as situações nas quais interagimos fazendo uso desse raciocínio, como por exemplo, entender as condições que influenciam os movimentos migratórios, o racismo ou fenômenos naturais como a probabilidade de chuva ou de tempestade, entre outros.
Os autores que idealizaram o documento pontuam de que há um predomínio, nem sempre desejável, do pensamento lógico-dedutivo nas atividades propostas em Matemática. Também indicam que os pensamentos matemáticos estão presentes nas atividades desenvolvidas pelas outras áreas do conhecimento escolar.
O estudo do Caderno de Matemática permitiu aos docentes das outras áreas reflexões importante acerca das práticas pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. Pudemos perceber o quanto estes tipos de pensamentos da matemática estão fortemente relacionados com suas metodologias e seus componentes curriculares.

É importante proporcionar experiências escolares que promovam o desenvolvimento desses quatro tipos de raciocínio ou intuições, fazendo escolhas mais adequadas às necessidades de compreensão e usos dos conhecimentos matemáticos em contextos enriquecedores. Para tanto, torna-se fundamental um equilíbrio no uso das ferramentas que a Matemática oferece, no sentido de construir experiências que promovam o desenvolvimento dos diferentes, todavia articulados, modos de raciocinar da Matemática, possibilitando aos estudantes mobilizá-los em todas as áreas de conhecimento (BRASIL, 2014, p. 11-12).

O equilíbrio em relação aos diversos tipos de pensamentos matemáticos acontece quando o docente, a escola constrói e adota coletivamente um Projeto Político Pedagógico, com concepções pedagógicas claras e objetivas, onde se apresenta quais são suas opções teóricas metodológicas.
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná (DCEs), Documento Orientador do Currículo assumido pela Rede Estadual de Educação do Estado do Paraná, seguindo fundamentos de pedagogias progressistas, sinalizam para práticas pedagógicas que promovam aprendizagens significativas. Por conseguinte, se entende o porquê que decorar não se apresenta como sinônimo de raciocinar e que a simples prescrição de regras, sem prévia discussão e validação pelos estudantes, não contribui para a formação integral desejada. Também se faz possível, segundo a pedagogia histórico-crítica, desenvolver práticas que promovam maior equilíbrio em relação aos diversos estilos de pensamento. Uma didática desenvolvida nesta concepção teórica auxilia também na elaboração de planejamentos individuais e coletivos.

3. O JOVEM COMO PROTAGONISTA DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO: FORMAÇÃO INTEGRAL COMO CONDIÇÃO PARA A HUMANIZAÇÃO
Vivemos um momento da sociedade capitalista em que o processo de globalização acelerou as transformações sociais resultantes, principalmente, dos avanços científicos e tecnológicos de diversos setores. A globalização, a terceira revolução industrial, a multipolaridade econômica, a tendência neoliberal, a produção flexível, a sociedade do conhecimento e exclusão social, a supressão dos limites, a terceirização são algumas manifestações que ouvimos e vemos diariamente
Essas rápidas mudanças nos revelam os desafios que a escola e os professores, como formadores e cidadãos, devem enfrentar para responder pedagogicamente às delineações dos novos tempos.
Averiguamos, que com o surgimento da globalização, com a concretização do capitalismo, as tecnologias, as redes de informação e o saber se concentram nas mãos de poucos, gerando indivíduos que se encontram à margem da sociedade, que não participam da produção dos elementos da cultura do seu meio social. Nesse contexto, verifica-se que muitos educandos se encontram limitados por uma realidade econômica que os alijam dos plenos direitos à cidadania.
Todo o ser humano, no entanto, contribui para a formação de uma concepção de mundo predominante. Esse propósito dependerá das forças sociais que se confrontam e que defendem seus interesses. Como afirma Deitos (2010, p. 213):

A expansão e a universalização do processo educacional é constituinte como componente da política social que é resolvida no processo contraditório da repartição da riqueza socialmente produzida numa sociedade de classes e como resultado do embate pela disputa da riqueza nela produzida, a educação, e particularmente a implementação da política educacional, imbricada como parte desse processo, recebe o tratamento na dimensão das forças sociais em jogo. 

Acreditamos, nesse sentido, que o binômio razão e conhecimento podem viabilizar condições para o entendimento do mundo. Por meio do conhecimento, o homem toma consciência do papel que deve desempenhar na sociedade, contribuindo, por sua vez, seja para a transformação dessa sociedade seja para a sua preservação e desenvolvimento humano. Dessa forma, entendemos que os educadores precisam compreender a categoria trabalho como princípio educativo, que permite a formação humana.
Diante disso, Rubim (2010) aponta que a apropriação do saber é a condição para a humanização. Ressaltamos que, quanto maior for o acesso do homem ao mundo da cultura – arte, filosofia e ciência – tanto mais humano ele se fará, ou seja, o homem necessita ter contato com as diferentes expressões humanas, de ordem material ou intelectual, para desenvolver e aprimorar sua humanidade. Torna-se premente, buscarmos uma formação humanizadora. Para a autora a incumbência das políticas educacionais seria assegurar o direito à educação de qualidade, ao conhecimento historicamente acumulado. O Estado deveria viabilizar o projeto social de formação/qualificação, sob a concepção da educação como o um bem público. 
Nesse contexto, o papel do professor comprometido com a transformação dessa sociedade cada vez mais desigual se faz fundamental, como mediador no processo de transmissão e assimilação do saber aos alunos. Se essa formação integrar conhecimento geral e profissional poderá munir os alunos com conhecimentos que os oportunize um melhor entendimento de sua realidade social e econômica, percebendo inclusive as contradições presentes na sociedade capitalista.
A educação, que prepara o homem para viver coletivamente, necessita ser condizente com os anseios da sociedade, todavia, lembra, Rubim (2010), a responsabilidade com a formação humana se institui como um imperativo. As instituições educacionais, professores e todos aqueles que de uma forma ou outra se envolvem no processo de ensino devem se comprometer com um método educacional que oportuniza o desenvolvimento do conhecimento no indivíduo, para que esse consolide sua autonomia intelectual. Esse reconhecimento dos educadores como agentes transformadores inseridos no processo, pode ser o primeiro passo para a efetivação de mudanças significativas na educação, seja na básica, na profissionalizante ou na superior.  
Compactuamos com Arroyo (1992), nesses termos, ao afirmar que o processo educativo não pode vir desvinculado da cultura, do trabalho, das identidades, dos tempos e espaços de socialização. Vai nesse sentido, o entendimento de que buscamos bases materiais e intelectuais, a fim de compreendermos melhor a formação humana, a construção e apreensão do conhecimento, valores, cultura. Só assim, teremos compreensão dos encontros entre existência e consciência; trabalho e cultura; vivência e saber. Esse entendimento macro nos dará condições de renovar, pensar, romper paradigmas, ratificar nossa práxis pedagógica para além da escola.
Todos os debates apresentados neste curso de formação continuada contribuem de forma significativa para todos os profissionais da educação, de todas as áreas/ disciplinas, pois nos instiga a rever a prática subsidiados por teorias críticas que nos levam a adotar posicionamentos mais concretos acerca de nosso fazer pedagógico.
Partindo da ideia de linguagem como prática social, faz necessário rever o fazer pedagógico e as visões que orientam as nossas ações como professores. A educação como prática humanizadora nos conduzem a pensar que atuar no campo educacional é uma responsabilidade social e ética, que se orienta para o desenvolvimento humano, pois os estudantes são sujeitos que se encontram inseridos em contextos socioculturais e educacionais específicos, com necessidades e vivências particulares. Por isso, é importante que nos perguntemos qual o papel dos conhecimentos selecionados na vida dos alunos e em que medida esses saberes e essas maneiras de conduzi-los estão expandindo suas visões e experiências de vida, bem como fortalecendo a criticidade e o potencial de agência humano.
Não há como desvincular o fazer pedagógico, ou político, do momento histórico que o permeia, sentencia Freire (1996). É preciso que o profissional da educação reflita sobre o funcionamento dos mecanismos políticos de construção do currículo e do seu papel diante desse processo. O funcionamento dessas políticas em muito interfere nas visões ou representações que apresentamos diante do que seja linguagem, arte ou prática esportiva. Assim integramos ou fragmentamos os elementos que compreendem a oralidade, a escrita, o som, a imagem e os movimentos corporais como forma de expressão de sentidos. À título de exemplo podemos destacar que não basta trazer o hip hop para sala de aula, ou a capoeira, sem estudar essas manifestações desde sua gênese até a contemporaneidade.
Nesse sentido, entendemos que o currículo implicar que observemos o lugar, espaço, território onde iremos problematizar, quais conhecimentos, identidades e experiências estão sendo silenciadas em favor de outros e porque isso acontece da forma que acontece.
Esse entendimento nos leva à várias inquietações: A todo momento surgem novos propostas de estudos, porque? Estamos silenciando algo e divulgando outros? Quem são os interessados neste momento?
Todas as teorias e práticas devem ser objeto de estudos e reflexões, porque carregam valores, veiculam ideologias e estabelecem formas de legitimação de controle.
Na perspectiva pós-crítica, a autonomia é vista com potencial humano de agência e encontra-se articulada ao uso crítico do conhecimento e das linguagens, sugerindo a reconfiguração de práticas e o questionamento das bases sobre as quais o funcionamento social está pensado. Em todo o momento de nossa prática, nos deparamos com o questionamento: Por que fazemos como fazemos?
  O fazer pedagógico é uma prática social, compreende responsabilidade social e ética. Para tanto, temos que buscar um entendimento de mundo, da realidade na qual estamos inseridos, o sujeito social e o conhecimento. Nosso papel ativo como pessoas e profissionais que fazem políticas diariamente. Não há como desvincular o fazer pedagógico, ou político, do momento histórico que o permeia. É uma atividade prática de humanização de pessoas. Essa prática se faz complexa e política; não há resposta ou soluções universais. Destacamos, que o currículo se institui como um lugar, espaço, um território de luta ou de silenciamento. Essa duplicidade de função vai depender de nossas concepções filosóficas e de nossos posicionamentos. Queremos trabalhar em prol da manutenção do status quo ou queremos mudanças, transformações?
No sentido de atuarmos como propulsores de transformações, considerando a educação como ato político, ressaltamos a relevância do protagonismo do jovem tanto na apropriação quanto na construção dos saberes. Desse modo, um trabalho pedagógico que privilegie um fazer colaborativo entre os diferentes componentes curriculares Biologia, Física e Química, organizados na área Ciências da Natureza, podem ser em muito contribuir para a efetivação de uma aprendizagem nas esferas da cognição, da afetividade e da ética. Eis o nosso desafio.

4. OS SUJEITOS ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO E OS DIREITOS À APRENDIZAGEM E O DESENVOLVIMENTO HUMANO NA ÁREA DE MATEMÁTICA
Enfatizar a interdisciplinaridade e a integração na área da Matemática com outros saberes e outros componentes curriculares, podem contribuir para a formação integral do aluno do Ensino Médio. Essa estratégia, porém, pressupõe o despojamento das heranças e tradições de um ensino linear, fragmentado e isolado, muitas vezes até dos componentes curriculares das áreas afins.
Propor, assim, um projeto pedagógico no Ensino Médio brasileiro envolve desafios e comprometimentos. Entendemos que o domínio de uma determinada disciplina requer um conhecimento de seus conceitos básicos, de suas categorias de observação de pesquisa. Isso implica, primeiramente, uma formação eficiente do profissional de educação, para poder levar seus alunos à aprenderem conteúdos com a possibilidade de buscarem links, conexão com as demais disciplinas. Enfatizamos, porém, que nossa perspectiva de interdisciplinaridade não significa trabalhar em uma formatação de projeto, de seguir apenas um eixo temático, muitas vezes, forçando uma conexão dos conteúdos nas distintas áreas de saberes. Nosso olhar e nossas ações pedagógicas se pautam no entendimento de que o patrimônio cultural da humanidade se tocam, se interagem, se interligam, se integram, sem, porém, se unificarem.
Salientamos que as práticas de linguagem abrem condições propícias para esse diálogo entre as diferentes especialidades da Matemática com outras áreas do conhecimento. Eis um cenário desafiador para buscarmos a apropriação do legado das Humanidades por meio da construção de uma integração entre seus componentes curriculares.
Nesse sentido, destacamos a relevância desse curso PACTO, como uma formação continuada, para o aprimoramento da prática pedagógica, bem como uma oportunidade de analisarmos questões pertinentes para o fortalecimento do Ensino Médio. Nesses termos, apresentaremos uma proposta de sequência pedagógica sob o viés da interdisciplinaridade, perpassando e dialogando com as diferentes áreas dos saberes.
Observamos que a escola e a comunidade exercem papel fundamental na contribuição para a conservação e preservação do meio ambiente. Para isso, foi pensado o uso de múltiplas ações que visam melhorar a qualidade de vida dentro e fora da escola, orientando alunos, pais, funcionários e comunidade a fazer uso dos 3 erres (reduzir, reaproveitar e reciclar). Assim, no decorrer dessa proposta pedagógica, espera-se modificar de forma significativa o modo de pensar e as posturas individuais e nos hábitos pessoais que refletem as propriedades de valor de um indivíduo, bem como entender que o tratamento com a consideração para com o ambiente requer ênfase nos valores ambientais, familiares e coletivos para a construção de um mundo melhor. Com a implementação dessa sequência pedagógica, em uma escola de Ensino Médio, objetivamos a redução, a reutilização e reciclagem do lixo escolar, em um contexto de desenvolvimento sustentável.
Para James (1997) e Lima (1995), a forma como nos relacionamos com o meio ambiente à nossa volta está diretamente ligada à qualidade de vida que nós temos e o que vamos deixar para as próximas gerações. Dessa forma, é função da Escola usar intensamente o tema meio ambiente de forma transversal por meio de ações reflexivas, práticas ou teóricas, para que o aluno possa aprender a amar e respeitar tudo que está a sua volta, incorporando dessa maneira a responsabilidade e respeito para com a natureza.
A Sequência Pedagógica, Os 3 erres (reduzir, reaproveitar e reciclar) em ação, em sua metodologia tem a preocupação de contemplar questões relacionadas ao lixo produzido na escola e no bairro em que o aluno vive, de forma que possa participar e estabelecer relações, interagir, transformar, reelaborar e agir em seu meio e em outras realidades. Para isto será utilizado a metodologia interdisciplinar com o fim de atingir os objetivos propostos.
Nosso objetivo geral visa promover a mudança comportamental dos alunos com a formação de novos hábitos relacionados à utilização responsável dos recursos naturais e o descarte correto dos resíduos sólidos, assim como passar agir como cidadãos conscientes para cobrar políticas públicas dos gestores a respeito deste tema.
Para o alcance desse fim, elegemos alguns objetivos específicos como estratégias de ações. Temos assim, a intenção de: promover educação ambiental no ambiente escolar, de forma a auxiliar na formação de indivíduos multiplicadores para a comunidade; despertar a consciência crítica sobre as graves questões ambientais que envolvem o lixo produzido na escola e no bairro; construir uma visão sistêmica sobre o problema do lixo desde sua produção, passando pela coleta e alcançando seu destino; desenvolver uma visão local dos problemas ambientais relacionados à falta de reciclagem do lixo; sensibilizar e conscientizar os alunos os quanto à importância da implantação dos 3Rs para a conservação e preservação do meio ambiente em que vivem; incentivar e promover o trabalho coletivo e a cooperação entre os alunos e os professores, entre a escola e a comunidade, para transformação humana e social, alcançando a preservação e a recuperação do ecossistema.    
Desse modo, direcionamos para um trabalho que possibilite a construção da consciência ecológica para este mundo diferente e transformador, fazendo análises importantes na prática relativa ao meio ambiente escolar e da comunidade. Para tanto, buscou-se desenhar um caminho que ofereça possibilidades para que todos os participantes possam observar e analisar fatos e situações de todos os tipos de lixo do ponto de vista da degradação ambiental. Pretendemos, então, reconhecer as necessidades e oportunidades de atuar de modo propositivo para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida.
Serão promovidas palestras para toda a comunidade escolar com o objetivo de abordar a relação do lixo com a qualidade de vida, a importância desta temática como atividade interdisciplinar, e levantamento de propostas. Após o levantamento de ações a serem aplicadas durante todo o ano letivo para a comunidade escolar, durante uma unidade, a temática será desenvolvida paralelamente, de modo interdisciplinar com os estudantes. Também lançaremos mão do facebook para divulgar e disseminar frases de conscientização sobre o tema. Organizaremos, também, júri simulado; confecção de roupas com material reciclável; desfile; compostagem; cartas para as autoridades locais solicitando maiores investimentos e atenção para a coleta seletiva do lixo; feiras de troca de objetos (Recicloteca). Será proposto aos alunos tarefas de catação na escola, nas ruas e na comunidade, visando recolher lixo eletrônico, óleo usado, vidros e latinhas de refrigerante e cerveja para a serem coletados por instituições responsáveis com a reciclagem. E, ainda, podemos reciclar todo material descartado que se transforma em lixo, o qual será coletado para ser recuperado como matéria prima, retornando ao ciclo.
Para o êxito dessa proposta de trabalho, torna-se indispensável uma postura de grupo, de coletividade. Desse modo, a participação de todos os professores, diretores e servidores responsáveis por setores da escola para divulgação e solicitação de participação da proposta faz-se fundamental.
Com o objetivo de interagir com outra disciplina serão propostos em cada uma delas algumas atividades. Buscamos apoio em teóricos da área, nos Parâmetros Curriculares Nacionais: Meio Ambiente e Saúde (BRASIL, 2001) e no documento Formação de professores do Ensino Médio, Etapa II - Caderno V: Matemática (BRASIL, 2014). A área da Matemática ficará responsável pelo tema Quantificação dos resíduos. Durante o período de dez dias os resíduos serão acondicionados separadamente em sacos plásticos, nas seguintes categorias: lixo de banheiro, orgânico, lixo do pátio e salas de aula e seco (papel, plástico, vidro e metal). Durante este período os resíduos são pesados, diariamente, em um local apropriado (pátio da escola). A partir dos dados obtidos, será trabalhado em sala o cálculo da porcentagem e expõe o resultado em diferentes tipos de gráficos, e discute-se como minimizar.
A Língua Portuguesa ficará com o tema Descrição de resíduos. Após a conclusão dos dados em Matemática, os estudantes serão orientados a construção será feito um relatório no formato de textos científicos. Haverá leitura e debate do relatório que abordem o conteúdo e incentivem a raciocínio de como pode ser diminuído, do que é considerado desnecessário, do ato de adquirir e decorrência e destinação dos resíduos final. A Língua Inglesa, elaborará o abstract do relatório extraído das aulas da Língua portuguesa. Também confeccionarão faixas com identificação em inglês, contendo os diferentes resíduos a serem armazenados nas lixeiras.
A Arte, com o tema Caracterização, destinação do descarte e designação dos resíduos, após exibição do filme Tá Limpo, analisarão e confeccionarão, com reaproveitamento de materiais, os bonecos para o teatro de fantoches. Serão construídas lixeiras personalizadas, com identificação bilíngue, a partir aproveitamento de materiais.
Na área da Sociologia, sob o tema Consumismo - o ter prevalecendo sobre o ser, debaterão sobre o respeito da mudança de valores e atitudes, discutir cidadania e busca de melhora de vida. Esse grupo será responsável também pela construção de um texto que será utilizado no teatro de fantoches, com a apresentação da temática a toda comunidade escolar.
Com o tema Adequação dos resíduos, no campo da Biologia, os estudantes usarão seus celulares e farão fotografias nos diferentes ambientes, que mostrem formas correta e incorreta de acondicionar os resíduos. A partir das pesquisas de como acondicionar resíduos e de doenças advindas do lixo, farão exposição fotográfica para conscientização da comunidade.
A Química, com o tema Descarte e destinação dos resíduos, refletirá sobre os impactos ao meio ambiente, resultante do descarte indevido de matérias como pilha, plástico e o chorume. Os alunos serão mobilizados para uma visita ao aterro sanitário e nascente de rios.
Nos saberes da História, sob a perspectiva do tema Recicladores e coleta seletiva, refletirão sobre os aspectos sociais sobrevindo dos resíduos sólidos. A partir da exibição do filme A ilha das flores, e da leitura do poema Os catadores de lixo, de Manoel Bandeira, analisarão os aspectos sociais envolvidos, entre eles: o papel dos catadores, o valor da coleta seletiva, os impactos sociais da atividade e a marginalização social dos indivíduos envolvidos no processo.
A Geografia, por meio da temática O lixo no planeta terra, pesquisarão, em diferentes meios de comunicação, a ligação do cidadão com os resíduos sólidos e englobamento no cotidiano mundial. Aqui teremos a organização de exposições de materiais através de murais.
Durante a organização e a materialização dessa sequência didática, buscaremos parcerias. Primeiramente, julgamos ser relevante a realização do trabalho em conjunto com Associações comerciais da região, comerciantes e Associação de Pais e Mestres e Funcionários (APMF), os quais poderão colaborar com doação de recursos financeiros para confeccionar camisetas para sociabilizar frases de conscientização. Entraremos em contato com Cooperativa de reciclagem, para efetuar a coleta de lixo eletrônico, vidros e óleo usados deixados na escola como ponto de coleta. Solicitaremos à Secretaria do Meio Ambiente de Maringá, a ministração de palestras na escola para trazer esclarecimento sobre como anda a gestão do lixo na cidade de Maringá. Viabilizaremos, juntamente com a Organização não governamental AIESEC, da UEM, a presença de intercambistas da Colômbia e do Equador, para ajudar na conscientização dos alunos com palestras sobre as Oito Metas do milênio, com foco na sustentabilidade e na importância de Reduzir, Reutilizar e Reciclar, para, dessa forma, ajudar na preservação dos recursos naturais de nosso Planeta.
Os instrumentos de monitoramento e avaliação dos resultados obtidos ocorrerão em todas as fases, desde seu início, com os contatos e sensibilização dos parceiros, até a execução propriamente dita, que ocorrerá no interior da Unidade Escolar. Esperamos que essa estratégia de sustentabilidade se estenda, postumamente, a outros locais de nossa comunidade, principalmente, no ambiente familiar dos alunos e funcionários da Escola. Todos se responsabilizando por atitudes tanto individuais quanto coletivas.
Na fase de implantação será verificada a aceitação da proposta pelo público-alvo. Quanto às demais metas, serão observadas de forma contínua e após a execução, verificando-se, assim, o cumprimento dos objetivos propostos. Os alunos serão observados durante todas as etapas do trabalho, por meio de observação do interesse, participação, realização das atividades, orais, escritas e práticas. Os conteúdos explorados também serão analisados pelos trabalhos e provas aplicadas em sala de aula durante todo o trimestre. Como instrumentos de avaliação serão utilizados formulários e relatórios, bem como a escolha, premiação e divulgação dos melhores trabalhos através da rádio da escola.
Entendemos que não é possível solucionar as questões dos resíduos sólidos, sendo visto isoladamente. Deve-se analisar a situação como um todo, o trabalho, as dimensões afetivas, sociais e culturais. A matemática articula-se especialmente com as quatro dimensões integradoras, mas, também com as demais áreas de conhecimento. Nesse sentido, identificamos o trabalho como uma ação transformadora consciente do ser humano e a cultura conjunto dos resultados dessa ação sobre o mundo e, associamos a concepção de ciência e tecnologia a busca da compreensão e da transformação dos fenômenos naturais e sociais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A descrição desse trabalho interdisciplinar traz informações no qual podemos identificar conhecimentos das diferentes áreas de conhecimento, em especial, o da Matemática. Sendo assim, nos faz refletir sobre a interdisciplinaridade, a integração das áreas de conhecimento com o universo no qual estamos inseridos.
Observamos a necessidade de trabalhar a nossa potencialidade e capacidade de criatividade, para que possamos criar mecanismos e estratégias para inovarmos nossa prática pedagógica, de modo a interagirmos com outras áreas de conhecimento, tornando o ensino mais significativo e concreto. Mesmo com a Matemática e as demais áreas do conhecimento articulados, por via das dimensões do trabalho, cultura, ciência e tecnologia e, considerando apenas alguns conteúdos de matemática, certamente omitimos possibilidades importantes ou interessantes de integração com as demais áreas e com a própria Matemática. 
Nesse contexto, percebemos que muitos conhecimentos matemáticos são úteis em várias situações do cotidiano, além das possibilidades de articulações com outros saberes. Isso possibilita focar particularmente as potencialidades da Matemática em contribuir com o estabelecimento e a execução de atividades integradoras, as quais precisam relacionar essencialmente com as dimensões do trabalho, cultura, ciência e tecnologia, de modo a possibilitar um trabalho de caráter integrador, buscando o desenvolvimento humano e a formação integral.
Definir, assim, critérios para a modificação de determinadas rotinas no trabalho semanalmente que permitam novos planejamentos integrados como proposta na reflexão, exige definir   uma organização curricular, rever os documentos norteadores da prática pedagógica - PPP, PPC e PTD -, organização de tempo e do espaço escolar e estabelecer um diálogo constante entre os professores das diversas disciplinas do Ensino Médio. Essa trajetória permite possibilidades no sentido de garantir a concretização de um trabalho pedagógico que contemplem, nessa perspectiva de integração curricular,  uma aprendizagem significativa e a promoção de atitudes que se materializam na formação humana integral,  gerando nos estudantes  uma postura mais crítica e um agir consciente diante da sua realidade.

REFERÊNCIAS
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BANDEIRA, Manoel. Os catadores de lixo. Disponível em: < https://literaturaemcontagotas.wordpress.com/2008/11/25/o-bicho-de-manue... >. Acesso em: 18 fev. 2015.

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