Irã condena jovens a 91 chicotadas e 6 meses de prisão por vídeo de Happy

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um grupo de jovens está sendo julgado no Irã por dançar a música "Happy" do cantor Pharrell Williams. Os jovens além de 91 chicotadas, terão de cumprir 6 meses de prisão o que os levou a protestarem, perguntando se 'ser feliz no Irã é um crime'.

No vídeo, os jovens fizeram a sua versão da música Happy e não estão fazendo uso do véu e sim de trajes não comuns em seu país, além de aparecerem dancando com homens, que é considerado uma violação de comportamento. 

No vídeo, disponível no you tube em https://www.youtube.com/watch?v=4-w688we7DM os jovens cantam alegremente a canção em ruas de Teerã o que os levou a serem acusados de forma arbitrária de estar ofendendo a castidade do povo, pois consideraram as cenas "obscenas" e "vulgares". 

"Um tribunal iraniano condenou os seis jovens que gravaram um vídeo dançando ao ritmo de "Happy'" música de Pharrell Williams, a penas de prisão e chicotadas, segundo informou nesta quinta-feira (18) a Campanha Internacional de Direitos Humanos no Irã, uma ONG com sede nos Estados Unidos.

O site da ONG assegura que os jovens foram julgados esta semana acusados de "participar da produção de um vídeo vulgar" e "manter relações ilícitas" entre eles, e condenados pela corte a seis meses de prisão e 91 chicotadas cada um, exceto uma das participantes, Reyhaneh Taravati, que teria sido condenada a um ano de prisão.

O grupo foi detido no último mês de maio depois que o vídeo, considerado provocador segundo os padrões morais da República Islâmica, se espalhou pela internet.

Nele, os seis aparecem cantando alegremente a popular canção do cantor americano em terraços e ruas de Teerã e no interior de uma casa.

As meninas não usam o lenço com o qual obrigatoriamente todas as mulheres devem cobrir seu cabelo nem a capa sobre a roupa para ocultar suas formas e tapar suas nádegas, coxas e pernas.

Além disso, dançavam com os homens, uma violação do mais estrito código de comportamento islâmico que as autoridades iranianas tentam fazer respeitar no país, sobretudo na esfera pública.

Um dia após a detenção foram postos em liberdade pagando uma fiança, à espera de julgamento. Na ocasião, a polícia confiscou seus telefones celulares, computadores e outros artigos pessoais.

Além disso, dois dos jovens compareceram na rede de televisão estatal "IRIB" para mostrar seu arrependimento por ter participado da gravação e assegurar que tinham sido enganados.

No programa também apareceu o chefe da polícia iraniana, Hoseyn Sayedinia, que advertiu aos que pretendam fazer vídeos similares que "serão identificados e se atuará contra eles".

 

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