HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ETAPA 1 CADERNO 1

COLÉGIO ESTADUAL PARIGOT DE SOUZA
MUNICÍPIO: INÁCIO MARTINS-PARANA
PACTO PELO FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL
REFLEXÃO E AÇÃO: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL E
Etapa 1-Temática 1 
PROFESSORA TUTORA: Maria Luiza Martins de Castro
PROFESSORA CURSISTA: Joanita Aparecida dos Santos.

Para entendermos a situação atual do ensino médio precisamos analisar a educação no decorrer da história. Entender como se formou a base que da sustentação aos dias atuais. A sua origem, as politicas educacionais, os desafios, o direito a escola pública de qualidade. No Brasil a educação voltada para o ensino médio vem apresentando falhas ao longo dos tempos de ambos os lados. De um lado a falta de um programa em longo prazo no decorrer da história voltada para atender  população, do outro lado está à falta de interesse e expectativas dos jovens em procurar conhecimento para o progresso pessoal, social e profissional. Esses dois desafios precisa de tempo para ser superado não se pode pensar em educação com programa em curto prazo. A educação ao longo dos tempos tem avançados em passos lentos comprometendo o atendimento as classes menos favorecidas. 

A educação do Império aos dias atuais tem enfrentados os desafios de atrair os jovens que estão fora desse contexto. No Brasil Imperial havia a preocupação com o ensino médio, mas não havia estrutura para ampliar o ensino médio para atender a população em geral, apenas uma pequena parcela teve acesso a essa modalidade de ensino. No inicio do Brasil República o ensino médio continuou tendo como referencia o Colégio Pedro II criado na Monarquia. O ensino médio continuou ser oferecido de forma restrita a uma pequena parcela da população, apesar da intenção do estado oferecer ensino médio gratuito e de qualidade a população em geral, na pratica isso não aconteceu totalmente. O estado não desempenhou o seu papel de financiador da educação deixando espaço para a iniciativa privado que passou a atuar neste campo do ensino secundário visando mais o lucro financeiro do que a qualidade do ensino.
Em 1834 com o ato adicional a educação começa a se organizar deixando a educação secundaria e superior sobre a reponsabilidade da união e o ensino primário sobre a responsabilidade dos estados. A educação continuou a ser seletiva dividindo-se em educação para as classes populares e educação para a classe mais privilegiada, modificando o exame da saída do ensino médio passando a ser o exame para ingressar num curso superior chamado hoje de vestibular. Essa visão de educação permaneceu até o estado Novo onde aconteceu a reforma educacional com Francisco Campos, que propunha um ensino médio onde o sujeito tivesse uma formação capaz de exercer qualquer atividade e de interagir com o mundo nos mais variado seguimentos, um sujeito preparado para tomar decisões e ajudar no desenvolvimento da sociedade, contemplando o ensino profissionalizante com o intuito de preparar mão de obra para o trabalho na indústria, comercio e para atuar no magistério primário, formação para ingresso nos cursos de Medicinas, Direitos, Engenharia, Ciências e Letras. Estabelecendo diretrizes que orientaram os caminhos que a educação deve seguir. Já na gestão de Gustavo Capanema estabelece o exame no final de cada ciclo com o objetivo de manter a qualidade da educação oferecendo a opção do aluno ir para a universidade ou para o curso técnico profissionalizante, se destacando novamente o ensino privado e mantendo o ensino secundário como um curso paralelo. Com o fim da era Vargas o ensino continuou praticamente o mesmo sem grandes avanços. Com a industrialização do país e geração de emprego na indústria houve a expansão significativa do ensino secundário. Com a ditadura militar o ensino passou a ser mais orientado através de currículo voltado para a profissionalização do sujeito. Mesmo com a aprovação do Plano Nacional da Educação destinado 12% dos impostos da união para a educação o ensino médio continuou a ser excludentes não atingindo a maioria dos jovens. Com a redemocratização do país aos dias atuais a reformulação da educação pensou na formação do jovem do ensino médio como ser capaz de transformação, com uma visão cultura, social e profissional, cidadão consciente da situação do mundo em que vive preparado para enfrentar os desafios. Na situação atual estão sendo criadas condições para que a maioria dos jovens possa ingressar no ensino médio e ter uma formação de qualidade, também se investe em curso profissionalizante para formação de mão de obras para enfrentar desafios novamente aparece o setor privado como salvador da Educação.
Entretanto entendemos que o ensino ao longo da história enfrenta os desafios da qualidade e da inclusão de todos os jovens. Fazem-se reformas, Plano Nacional da Educação, Diretrizes, temos avanços, mas falta muito para atingir o que queremos. A união volta-se para a inciativa privada para ofertar cursos técnicos e para  universidades particulares patrocinadas pela união com o dinheiro publico, isso demostra que a falta de estrutura do período colonial permanece aos dias atuais para atender a demanda de uma educação pública gratuita e de qualidade e que ofereça expectavas de um futuro melhor para os jovens.
Referência
Brasil. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa I - caderno I : ensino médio e formação humana integral / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores : Carmen Sylvia Vidigal Moraes... et al.]. – Curitiba : UFPR/Setor de Educação, 2013.