Gestão democrática

Gestão Democrática 

Texto produzido coletivamente por:

Adriano Moreira Trindade, Eliete Cristina de Souza Bottini Carmo, Elisabete Padilha de Andrade, Elisangela de Andrade Antonio, Leda Maria de Souza Vanhoni, Lúcia de Fatima garcia Costa, luis H. da Graça Nogueira, Marieli Mendes de Oliveira, Patrícia de Cassia Manassés, Leo WillianA. Debner, Amanda Gabrieli do P. Silva

Gestão Democrática é o processo político no qual as pessoas que atuam na/sobre a escola identificam problemas, discutem, deliberam e planejam, encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola na busca da solução daqueles problemas.
Esse processo, sustentado no diálogo, na alteridade e no reconhecimento às especificidades técnicas das diversas funções presentes na escola, tem como base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito às normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola.
Após a leitura e discussões realizadas entre os professores do pacto percebemos que ainda temos uma longa caminhada para que se efetive a gestão democrática em nossas escolas. É um processo que exige um comprometimento da grande maioria e uma aprendizagem constante dos envolvidos.
Analisando a realidade das escolas podemos concluir que há pouco ou nenhum envolvimento dos pais nas tomadas de decisões. Poucos pais compreendem o papel de APMF e do Conselho Escolar na vida escolar de seus filhos e muitos não querem se envolver, considerando que este é um papel exclusivo da direção da escola. A escola também não possibilita momentos onde se possa discutir abertamente a situação de tomadas de decisões, e acaba excluindo os pais gerando um ciclo de exclusões onde pais não consideram importante sua participação e a escola por sua vez não estabelece um vínculo de comprometimento e envolvimento com os pais. A escola ainda é vista pelos pais como um ambiente pouco acolhedor e a escola por sua vez considera a participação dos pais um entrave para as tomadas de decisões.
Mas este sentimento de exclusão não é exclusividade dos pais, muitos profissionais que atuam nas escolas não conseguem estabelecer vínculo com o ambiente onde trabalham, por  estar pouco tempo na escola, por passar poucas horas na escola e até mesmo por não querer participar destes momentos . Para que possamos quebrar este ciclo de exclusão precisamos criar um ambiente acolhedor, dialético, envolvente e participativo. Revitalizar a APMF, convocando para assembleias, discussões e debates de ações, junto a APMF efetivar a participação do Grêmio Estudantil, criando momentos de atuação dos alunos, colocar a Equipe Multidisciplinar a frente de ações voltadas ao Direito Humano, participar do Conselho Escolar e das deliberações realizadas por ele. Estas e outras ações já estão contempladas em muitos PPPs, porém poucas escolas desenvolvem uma Gestão pautada no direito democrático e constitucional. Cabe a nós, cobrar da direção e da mantenedora uma Gestão democrática mais efetiva em nossas escolas, para que juntos transformemos a escola em um espaço democrático, onde o conhecimento seja o alicerce do projeto educacional desenvolvido e assim assegurar que nossas crianças possam se desenvolver integralmente e possam participar e transformar a sociedade em que vivem.