ETAPA 2 - CADERNO 5 - MATEMÁTICA

COLÉGIO ESTADUAL SÃO PEDRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

SÃO PEDRO DO IGUAÇU - PR

ORIENTADORA DE ESTUDOS: VALDENICE MIRANDA SALVADOR MALVESTIO

CURSISTAS: 

Ademar Tomcix

Ana Lucia Beckenkamp

Alana Keila Cardoso
Danaê Jacqueline de Aguiar Camilotti
Elisandra Luzia Kolling
Karina Bethania Stefanello
Keiti Lopes Maestre
Lauremi Martins dos Santos Wentz
Marcia Coppini Baierle
Márcia Sanae Kajiyama Dias Guimarães
Rosane Jankowski
Solange de Sá

MATEMÁTICA

Qual o papel que a Matemática escolar pode desempenhar na formação humana e integral dos estudantes do Ensino Médio?

O jovem ingressa no ensino médio portando experiências, desejos e saberes, construídos a partir das suas relações sociais, da sua realidade, com diversidades, características, desejos, objetivos e afinidades, o que exige que seja percebido como sujeito com valores, comportamento, visões de mundo, interesses e necessidades singulares.
Em particular, a Matemática propicia o desenvolvimento de quatro tipos específicos de pensamento: indutivo, lógico-dedutivo, geométrico espacial e não-determinístico. Muitos de seus conhecimentos são úteis em várias situações do dia-a-dia, além de serem inúmeras as articulações possíveis com as outras áreas de conhecimento ou componentes curriculares, inerentes a situações problemas em diversos âmbitos.
A Matemática é produto da cultura humana e faz parte do nosso cotidiano. Por isso, deve ser trabalhada de forma a ser aprendida por todos. É uma ciência exata, cuja produção envolve o pensar crítico e criativo. Ela atualmente está presente em todas as áreas do conhecimento, participa de forma significativa para o desenvolvimento de novas teorias, resolvendo diversas situações. Em disciplinas na área de Matemática, ao invés de atuar como um transmissor de regras e modelos do fazer simplesmente, o professor deve tentar ser um organizador de aprendizagens, um consultor que oferece as informações e um estimulador.
A juventude busca aprender conhecimentos próximos à própria realidade, por isso muitos jovens procuram a escola para que possam ser instruídos para o trabalho e enxergam isso como possibilidade de interação ou pertencimento ao grupo, por isso a escola precisa ser repensada, reinventada, capaz de formar cidadãos críticos, prontos para fazer as intervenções sociais, políticas e culturais que são exigidas pela sociedade, problematizando e intervindo, questionando sobre a sua realidade e sobre os modos de reprodução. Diante disso, precisa-se priorizar os conhecimentos que despertem o senso crítico e que instiguem os jovens a terem seus objetivos perseguidos e alcançados. Uma formação matemática integral pressupõe que os saberes dos jovens sejam valorizados nas suas formas de representação e expressão, confrontando o conhecimento das suas vivências com o conhecimento científico, e utilizando a iniciação à pesquisa, tecnologias, mídia e comunicação. Uma valorização que estabeleça um diálogo entre os saberes que possui e as práticas educativas, sendo necessário que o professor apresente conhecimentos matemáticos que sejam relacionados com as diferentes práticas ou disciplinas, de forma interdisciplinar, aliadas às práticas tecnológicas do aluno e que estão tão presentes na realidade.
          Considerando as dimensões do trabalho, ciência e tecnologia, a Matemática se articula com essas dimensões a partir do momento que consegue estabelecer relações entre a história da matemática e o eixo integrador, da história da matemática com a leitura e a problematização, e que se evidencia a partir da observação da evolução da história da Matemática, sendo relacionada com os conceitos de trabalho, cultura, ciência e tecnologia.
Esses conceitos são apresentados pelas DCNEMs e entende-se o trabalho como uma ação transformadora consciente realizada pelo homem. A cultura caracteriza-se pelo conjunto dos resultados dessas ações sobre a realidade, enquanto a ciência e a tecnologia correspondem ao conhecimento sistematizado e legitimado socialmente ao longo da história. Nesse sentido, a Matemática possui um papel fundamental no processo de transformação da realidade humana, pois muitos dos problemas são resolvidos a partir da observação, interpretação, levantamento de hipóteses e aplicação de procedimentos fundamentados nos pensamentos e conceitos matemáticos. Muitos, inclusive, apresentam-se como resultado de um processo na busca da compreensão e transformação dos fenômenos naturais e sociais.
          O currículo e a construção do PPP devem ser pensados de forma coletiva e articulada, considerando as características pessoais, sociais e culturais onde a escola está inserida. Os conteúdos matemáticos, apesar de estanques precisam, na prática, estar articulados com as demais disciplinas.