Entendendo a Conta de Energia Elétrica através do conhecimento da Matemática

INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO "DR.CAETANO MUNHOZ DA ROCHA"
RUA JOÃO EUGÊNIO, nº894, Bairro Costeira, Paranaguá - Paraná
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio – 2015

Orientadora: Professora Andréia Maria Digiovanni Frumento
Professores:
Célia Regina Andrioli Silva Barbosa
ClauryPatricio Cabral dos Santos
Eroni de Jesus Avila
Glauce Verônica Cabral dos Santos
Julio Cesar Amorim de Moura
Patricia Renata Lopes
Rosemary Liberatto

ETAPA II CADERNO V - MATEMÁTICA
REFLEXÃO E AÇÃO 2
Entendendo a conta de Energia Elétrica através do conhecimento da Matemática

A população em geral não tem consciência sobre a produção e o consumo da energia, tendo um gasto demasiado, sem se preocupar com a origem dos recursos renováveis e não-renováveis, para tanto se faz necessário um conhecimento da conta de energia que recebemos em nossas residências e que registra dados importantes, tais como a bandeira tarifária, variações de KWH de acordo com os períodos do ano, entre outras.
A eletricidade é a principal fonte de luz, calor e força nos tempos modernos. Utilizada desde atividades mais simples a complexas que seriam impossíveis se não houvesse energia.
Com o objetivo de aplicar o conhecimento adquirido através desse estudo foi elaborado uma problematização inicial que será analisada e discutida com o intuito também de disseminar informações relevantes a todos.
Através do componente curricular “funções”, e com base no demonstrativo da conta de Energia Elétrica, os alunos constroem a lei da função que calcula o consumo dia/mês, utilizando inicialmente ao pensamento indutivo e lógico dedutivo, o que faz com que o aluno perceba que esse conteúdo tem uma relação direta com o seu cotidiano, tornando-se assim significativo ou seu aprendizado, da mesma forma propomos que seja realizado um quadro Estatístico através da coleta de dados referente as contas de energia elétricas do ano anterior e faça um paralelo com as contas do ano atual, utilizando-se assim o pensamento não determinístico, e procurando fazer comparações com as próprias contas e também com seus colegas que possuem o mesmo numero de pessoas em suas residências.
Também através do uso da matemática financeira, com o pensamento indutivo,faz-se uma análise dos aumentos das  contas de energia elétrica, comparando-as  aos aumentos de salários nos últimos doze meses, em seguida constroem-se gráficos que poderão representar de forma clara o estudo realizado, utilizando-se do pensamento geométrico.
Com base na apresentação desses gráficos é possível relacionar com os aumentos que tivemos no decorrer do ano referente ao salário de cada família, e aumento do gás de cozinha, observando assim que a conta de energia elétrica foi a que teve um aumento mais substancioso, o que reduziu assim o poder de aquisição das famílias, fazendo ai, um gancho interdisciplinar com a sociologia, filosofia e consequentemente com códigos de linguagem, na produção de textos questionando esses temas levantados.
Quando conseguirmos ancorar a prática educativa nos objetivos maiores da educação, que são essencialmente responder aos anseios do indivíduo e prepará-lo para a vida em sociedade, isto é, para a cidadania, teremos vencido um grande   desafio que  é,  combinar o individual e o social. Não priorizar um sobre o outro, mas tratá-los como dois aspectos do comportamento humano, não excludentes, mas mutuamente essenciais.
Desta forma estaremos construindo uma sociedade onde se perceba que o ensino da matemática não é necessário apenas para preparar para o vestibular, e/ou para aqueles que irão seguir uma carreira na área da engenharia ou das ciências exatas, mas sim tornar significativo esse conhecimento a todos os cidadãos que precisam dele para o seu cotidiano, independente da atividade que exercem.
Ao mesmo tempo em que vamos observar a  construção de conhecimento que  poderá acontecer se o professor apresentar intencionalidade conceitual e pedagógica no uso dessas metodologias, o que aumenta as chances de os estudantes desenvolverem a capacidade de argumentação crítica e tomada de decisões, por meio do estabelecimento de relações entre os aspectos do pensamento matemático e a realidade vivenciada.

Referências Bibliográficas

DANTE, L.R., Matemática: contexto e aplicações, São Paulo: Ática. 2010.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra. Coleção Saberes. 1996.
RIBEIRO, J. Matemática: ciência, linguagem e tecnologia, ensino médio/Jackson Ribeiro. – São Paulo: Scipione, 2010.