DESAFIOS E.M. ETAPA 1 CAD 1 REFLEXÃO E AÇÃO

O Ensino Médio atual deveria ter como base a meritocracia, porque os jovens brasileiros terão dificuldades para se desenvolverem enquanto cidadãos politizados, e, consequentemente, encontrarão difícil acesso a um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, como também nos exames nacionais, nos vestibulares para adentrar na universidade, e demais concursos públicos, que visam formação a partir de um ensino médio completo, por exemplo. 

Porque da forma que está apresentado, com a gama de inserções pedagógicas, tendências ou para quê e como administrar um E.M. de qualidade, o quadro da educação está confuso e espraiado demais. Deve-se pautar a educação brasileira a partir de uma matriz nacional apolítica e exclusivamente científica, visando um projeto de nação.

Outro problema detectado é em relação à participação do aluno no processo de aprendizado. Faz-se necessário a participação da família e da comunidade dentro da escola, para que haja um debate democrático, chamando para a participação organizações de fórum estudantil, como Grêmio, UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), APMF, entre outras, para fiscalização e reivindicações para uma educação de qualidade a cada dia.

Sobre “inclusão” e “direitos humanos”, temas muito atuais com os quais os docentes se deparam nas escolas, poderiam existir grupos de debates de “conscientização” dentro das instituições escolares, para ampliar as discussões de temas que geram polêmica, que hoje já deveriam estar superados devido à clareza das leis, mas que ainda encontram barreiras entre alunos e professores, como questões de gênero, raça e costumes.

E mais, devido à globalização e a exigência de um conhecimento universal, para melhor compreensão do mundo no qual o sujeito está inserido, qualquer leitura de jornal, revista, artigo, até uma simples charge, ou assistir a um filme, se o sujeito não tiver bases filosóficas, sociológicas e históricas, prevalecerá o desconhecimento, alienação, a perda do lúdico, e o distanciamento do sujeito de assuntos políticos, filosóficos e sociológicos presentes no seu cotidiano, tolhendo-lhe a imaginação e sua construção como sujeito histórico, um esclarecimento necessário para revertermos a nossa situação de país subdesenvolvido.

Assim, além de pensarmos o E.M. em termos pedagógicos, se faz necessário o aumento da carga horária das disciplinas de humanas, nos levando a outros debates, como E.M. Inovador e o de Tempo Integral. / L.R.

Luiz Fabiano Alves Rosa / Professor / Colégio Moyses Lupion / Antonina - PR