A Declaração dos Sentimentos, ou os Homens Que Amavam as Mulheres

Por: manu.scrita 

Públicado em: conTRAmare

 

“Me uno a qualquer um para fazer o bem e a ninguém para fazer o mal.”

Frederick Douglass (1818-1895), abolicionista, sufragista, autor e um dos 32 homens signatários da “Declaração dos Sentimentos”, 1848, na Primeira Convenção pelos Direitos da Mulher.

Em 1912, a Liga Nacional Masculina pelo Sufrágio das Mulheres tinha 20,000 membros. Foi o resultado de mais de 50 anos de campanhas pelo sufrágio das mulheres e direitos iguais. 1848 marcou o inicio do movimento, quando na primeira convenção pelos Direitos da Mulher em Seneca Falls, Nova Iorque, 100 pessoas, 32 das quais eram homens, assinaram a “Declaração dos Sentimentos”. Alguns desses pioneiros do sufrágio para as mulheres eram abolicionistas, uma aliança que começara a se formar ainda no século 18 quando as mulheres que pediam seus direitos, eram também abertamente abolicionistas.

A “Declaração dos Sentimentos” foi uma carta de amor a todas as mulheres e um reconhecimento do tratamento inferior que elas receberam ao longo da história:

“A história do homem é uma história de usurpação e danos repetidos cometidos contra a mulher pelo homem, com o objetivo direto de estabelecer a tirania absoluta sobre ela.”

Chamavam-lhe a “história do homem” porque era assim mesmo. Uma história de tirania sobre as mulheres que no século 19 começou a ser desconstruída também pelos homens. Um caso simples de auto reflexão que ainda hoje faz falta em muitos homens.