COLEGIO ESTADUAL NEREU PERONDI-EFM AMPÉRE/NRE FRANCISCO BELTRÃO-PR PACTO PELO ENSINO MÉDIO - WIKI FINAL

WIKI – AVALIAÇÕES EXTERNAS CADERNO VI
Analisar as finalidades da avaliação escolar é uma tarefa que hoje se impõe aos profissionais da educação, até mesmo porque as escolas têm sido cada vez mais chamadas a interagir com diferentes focos da avaliação. Incidem nas escolas e redes de ensino iniciativas de avaliação de desempenho dos alunos realizadas pelo Ministério da Educação (MEC), além daquelas elaboradas por estados e municípios, denominadas avaliações em larga escala ou avaliações externas.
As resistências a estas iniciativas ou a desconsideração de seus resultados, expressas nos anos iniciais de sua implantação, vêm gradualmente sendo substituídas pela busca de interpretação e uso de seus resultados, seja pelos que atuam em órgãos centrais, bem como seja pelos profissionais que atuam na escola.
A criação pelo Ministério da Educação do Indicador de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que leva em conta resultados da Prova Brasil, além de dados do Censo Escolar, relativos à aprovação, e a definição de metas a serem alcançadas pelas redes públicas de ensino e escolas até 2021 são iniciativas que  estão mobilizando redes de ensino e escolas a buscarem compreender e valer-se  dos resultados das avaliações de sistema no planejamento do trabalho.
As avaliações em larga escala, com provas padronizadas, trazem informações que usualmente possibilitam a comparabilidade de desempenho dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática, tendo como referência padrões gerais  estabelecidos, trazendo subsídios para o planejamento. No entanto, não dão conta da amplitude e complexidade do trabalho escolar.
Ao tempo em que sejam consideradas as contribuições que podem trazer as avaliações de sistemas para a formulação de políticas educacionais e para o planejamento do trabalho escolar, devem também ser considerados seus limites.
Um deles, que se quer ressaltar, é que estas avaliações restringem-se aos resultados de desempenho dos alunos, em geral, em provas de português e matemática, não contemplando nem todas as áreas de conhecimento que são tratadas na escola, nem as diversas dimensões em que se trabalha com o aluno no âmbito  da escola, especialmente no nível de atitudes.
Outro aspecto a ponderar é o fato de que, usualmente, não se incorpora, na análise dos resultados, um exame dos fatores associados, ou seja, os níveis de proficiência dos alunos, obtidos por meio das provas, não são interpretados à luz das características e condições da rede de ensino, da escola e de seus alunos. São iniciativas que estão mobilizando redes de ensino e escolas a buscarem compreender e valer-se dos resultados das avaliações de sistema no planejamento do trabalho.
Pode - se mencionar, o que se buscou destacar é que, dependendo do modo como forem divulgados e explorados os resultados das avaliações em larga escala, corre-se o risco de se intensificar desigualdades educacionais, com impactos na segmentação de professores e escolas.
Daí deve-se atentar para não utilizar os resultados com fins classificatórios. Não se pode restringir a concepção de qualidade do ensino aos resultados  dessas avaliações, correndo-se o risco de não se diferenciar as noções de medida e  avaliação, além de fragilizar a perspectiva de uma avaliação formativa.