Ciências Humanas no Ensino Médio - Etapa II

Colégio Estadual Professor Loureiro Fernandes - Curitiba
Formadora Regional: Professora Cileni  V. dos Santos
Orientadora de estudo: Professora Luci M. V. Prata
Professores cursistas: Daniel da S. Faria, Dilma Yamauti, Denise F. da Fonseca, Irene C. Romano, Irene de J. A. Malheiros, Jean C. Sauer, Josmar de J. Batista, Juslaine L. M. de Dellegrave, Lisiane V. Zaraski, Luciacyr L. A. e Silva, Marcia Grein.

Os estudos e os debates do caderno 2 deixam claro a necessidade de se elaborar metodologias que valorizem de forma adequada o cotidiano do aluno, no qual se engloba o mundo social e cultural com o mundo das vivências e aprendizagens escolares. A interdisciplinaridade busca entender e explicar à luz das diversas ciências o fenômeno estudado. Nele está presente o conceito de “encargo da compreensão”, ou seja, o compromisso do entendimento.

Ao propor uma atividade interdisciplinar com algumas turmas do Ensino Médio - mapa conceitual sobre alimentação - percebemos a integração dos conhecimentos científicos dos diferentes componentes curriculares. Estes se interrelacionaram de uma forma surpreendente abordando aspectos que não poderíamos inicialmente prever e que por conta da interdisciplinaridade superaram as expectativas de realização. Dessa forma os conteúdos se diversificaram e mostraram caminhos para uma aprendizagem prazerosa, significativa e contextualizada, integrando diversas disciplinas.

Um ponto que foi discutido no caderno II foi a possibilidade e a coragem de repensarmos as disciplinas. Nesse exercício de alcançar nova práticas pedagógicas, foi desenvolvido um novo foco para a experimentação na disciplina de química, que geralmente serve para que se prove algo já estudado na teoria, mas neste caso, os alunos foram orientados a investigar e propor fatores que afetariam as reações químicas. Os alunos foram divididos em equipes e cada uma formulava hipóteses com base no seu conhecimento sobre reações e então foram instigados a elaborar uma prática que comprovasse sua hipótese, pois não havia nenhum roteiro de procedimento, mas apenas orientação sobre a reação que iriam estudar. Os resultados foram muito interessantes. Primeiro porque as os alunos mostraram-se muito mais interessados na atividade. As equipes também encontraram diferentes caminhos para comprovar sua hipótese e realizaram observações diferentes, de forma que o próprio professor surpreendeu-se com os caminhos propostos. Para a última aula, os alunos por iniciativa própria levaram livros que os auxiliasse em suas conclusões. Claro que o tempo para realizar essa atividade foi bem maior que em uma experimentação já descrita e apresentada pronta para os alunos, no entanto, mostrou-se infinitamente enriquecedora.

A partir da análise dos livros didáticos foi possível perceber que no século XX, os livros didáticos se apresentavam apenas a transmissão dos conteúdos seguindo o modelo tradicional da educação, visando uma educação apenas informativa e não formativa.

No século XXI, com o alavancar do estudo das metodologias de ensino, e a preocupação de formar um aluno consciente da sua importância na transformação da sociedade, muito se tem falado no recurso da contextualização como instrumento facilitador no processo de ensino e aprendizagem.