caderno 4 linguagens orientadora Simone M. Rizental alunos: Sandra Giamatti, Sabrina Malaquias e Rosiane Martin

Este espaço destina-se ao registro das atividades propostas nos quadros “Reflexão e ação” dos Cadernos do MEC. Esta atividade é obrigatória e será utilizada como instrumento para acompanhamento dos trabalhos do processo formativo. O Orientador de Estudos utilizará esse recurso para acompanhar/avaliar os trabalhos desenvolvidos.

 

 

 

 

REFLEXÃO E AÇÃO: CADERNO 4 – LINGUAGENS (atividade da página 14)

 

 

 

Os conhecimentos da área de Linguagens e as relações com a Pedagogia Histórico crítico 

 

            De acordo com o caderno 4, são os conhecimentos sobre linguagens que, ao serem mobilizados na atividade educativa, podem favorecer o alcance de direitos de aprendizagem e desenvolvimento no Ensino Médio. E faz a seguinte exposição desses conhecimentos:

 

            1) O conhecimento sobre a organização e o uso crítico das diferentes linguagens. Diz respeito às diversas possibilidades de uso das linguagens em práticas sociais, que quando chegam ao estudante de forma significativa, possibilitam uma ampliação de saberes relativos à produção de identidades, das relações sociais e da própria realidade.

 

            2) O conhecimento sobre a cultura patrimonializada local, nacional e internacional. Compreende o acesso à cultura patrimonializada pelo viés da reflexão crítica sobre o próprio processo de patrimonialização, sempre envolto em ideologias, interesses e jogos de poder, compreendendo desse modo também o acesso aos bens culturais que não foram institucionalizados. Se por um lado têm-se patrimônios como as cidades históricas, a literatura, as artes plásticas, há também todo um conjunto de expressões do bairro e da própria escola que são bens culturais importantes para o posicionamento daqueles sujeitos na estrutura social. Muitas vezes, a comunidade perde em organização social e bem-estar por não conhecer e lutar pela valorização de um patrimônio seu.

 

            3) O conhecimento sobre a diversidade das linguagens. Está relacionado à valorização e/ou desvalorização de grupos à medida que compreende a construção das identidades socioculturais, e a consequente inserção em práticas políticas, éticas e estéticas. Os estudantes podem se beneficiar do compartilhamento e da reflexão sobre o outro e o que o constitui. O conhecimento sobre a diversidade se legitima pela vivência da diferença, não cabendo aí a imposição de algumas codificações culturais como melhores que outras.

 

            4) O conhecimento sobre a naturalização/desnaturalização das linguagens nas práticas sociais. Compreende o reconhecimento de que as manifestações de linguagem se estabilizam através de um processo histórico e social que envolve relações de poder e hegemonia. Muitas das representações que tratamos como naturais e imutáveis, podem manter relações de colonização, de desigualdade de gêneros, de preconceitos étnico-raciais. Quando os estudantes se percebem como produto e produtores de linguagens, podem desenvolver-se uma dimensão crítica sobre a linguagem que, desnaturalizada, favorece a participação e a mudança social.

 

            5) O conhecimento sobre autoria e posicionamento na realização da própria prática. Trata-se de um conhecimento sobre as possibilidades e limites da própria ação que se forma pela experiência da participação política e do protagonismo. Consiste, além disso, em uma ampliação das referências através das quais os estudantes estabelecem critérios que permitem avaliar a sua própria conduta, e entender e caracterizar a conduta dos outros.

 

            6) O conhecimento sobre o mundo globalizado, transcultural e digital e as práticas de linguagem. Compreende as práticas e problemas sociais resultantes dos ajustes e desajustes nos planos macroeconômicos, tecnológicos, de comunicação e transporte que impactam as formas de ser e agir no mundo contemporâneo. Assim, esse conhecimento diz respeito à prática social transversal e globalizadora decorrente do rompimento das fronteiras espaço-temporais que põem em cena as mestiçagens linguísticas, culturais, étnicas, sociais etc. características desse início de século.

 

            O acesso a saberes sobre o mundo digital é fundamental aos estudantes do Ensino Médio, pois:

 

1) as práticas digitais, direta ou indiretamente, impactam o seu dia-a-dia,

 

2) certamente já lhe despertam o interesse, o que favorece o ensino significativo,

 

e 3) delas podem melhor se apropriar técnica e criticamente para sua participação social e profissional.

 

            Nesta unidade discutimos a formação da área de Linguagens, o conceito de linguagem e apresentamos os conhecimentos da área. Agora vamos refletir um pouco sobre esses temas através da discussão do vídeo Teatro de sombras, Grupo Atraction:

 

1. Assistir ao vídeo, procurando observar e anotar:

 

a) Quais são as relações entre linguagem e construção da realidade;

 

b) Como as práticas de linguagem estão atreladas aos contextos sociais e históricos;

 

c) Como os conhecimentos de linguagem listados acimas aparecem no vídeo.

 

2. Produzir um texto relacionando as questões discutidas com a prática pedagógica do CEEP, destacando os limites e as possibilidades da integração das disciplinas que tem a linguagem como fio condutor, e de que forma as demais disciplinas contribuem (ou não) com essa prática, pensando que nossa linha educacional é a Pedagogia Histórico-crítica. Histórico: Porque nesta perspectiva a educação também interfere sobre a sociedade, podendo contribuir para a sua transformação.

 

No Ceep - Pedro Boaretto Neto é  realizado o PT D integrador, isto é, no começo de cada semestre todos os professores dos cursos técnicos se reúnem para discussão e reflexão com o objetivo de integrar os conteúdos, possibilitando que o processo de ensino aprendizagem se torne significativo para o aluno.

 

As maiores limitações são  quantidades de horas aula e tempo para planejamento.

 

As disciplinas que tem a linguagem com o fio condutor contribuem diretamente nas disciplinas de áreas das exatas e da natureza, nas questões de leitura e interpretação, apesar de que todas as áreas devem ser responsáveis pelo processo de letramento.