Avaliação Educacional - Caderno VI

Colégio Estadual Hélio Antonio de Souza

Alir José Minuzzo
Andreia Oliveira Zulin
Dinacir Salata Viero
Janete dos Santos Pereira
Maria Leonilda Cuja
Marlene de Almeida
Michell Berlim
Rosimeri Santos Baumel
Themis Bannach de Azevedo

Maiores desafios no campo da avaliação educacional
- planejar a avaliação de acordo com os pressupostos das DCEs, considerando as especificidades da comunidade escolar,
- conscientização e comprometimento dos educandos em relação a sua própria avaliação – que os mesmos não criem um padrão “de ganhar nota” e sim o crescimento intelectual e pessoal,
- que os educandos aprendam que a avaliação se dá em certo  momento levando-se em consideração vários fatores: social, cultural, político e pedagógico.
Concepção e trajetória
- avaliação é concebida para se verificar o grau de aprendizagem de cada um dos educandos dentro do grupo
- a avaliação passou a considerar o perfil do aluno
Tendo como ponto de partida a proposta pedagógica da escola, a avaliação institucional ocorre com a avaliação dos PTDs. Estes quando analisados pela equipe pedagógica, bimestralmente, podem ser reorganizados pelos professores em um momento específico, chamado de replanejamento.
Os resultados das avaliações externas são mostrados ao colegiado para apreciação. 
A maioria dos professores prepara material que contenha questões de exames anteriores, para que os educandos se familiarizem com os modelos de enunciados destas avaliações, bem como o preenchimento de  folha de respostas.
O ENEM faz parte da conversa entre os alunos: antes, por motivo de expectativa em relação ao conteúdo que possa ser exigido. Depois, alguns por frustação do desempenho alcançado, e outros pelo número satisfatório de acertos.
Os planos de ensino cotemplam as matrizes de referência do ENEM, uma vez que os docentes estão mais bem preparados, pois buscam cada vez inteirar-se das referidas matrizes.

O maior desafio é dissociar a avaliação do ato de uma atribuição de nota e dar a ela um sentido norteador do processo Ensino/aprendizagem. A forma de avaliação com atribuição de notas através de provas só avalia a capacidade do aluno de responder às perguntas naquele momento e não o conhecimento adquirido por ele.
Outro desafio tem sido atingir a qualidade no processo avaliativo, uma vez que a avaliação não envolve somente o conteúdo trabalhado em sala de aula. O aluno traz para a escola uma história de vida, um contexto social, que envolvem condições de vida, questões econômicas, culturais e sociais da família, o entorno da escola, violência, renda...
Porém, o que fazemos geralmente é uma avaliação padronizada, como se todos os estudantes vivessem a mesma história de vida, como se fossem alunos padrões. E não são. Esse fator permite o fracasso do processo avaliativo. O que acabamos fazendo é um processo de medição numérica, com o fim de uma nota, para aprovação ou reprovação e basta.
Trabalhamos a informação, porém o conhecimento está ficando comprometido.
A complexidade do processo avaliativo é grande por envolver fatores diversos e pontos de vista diversos. Existe uma qualidade do ponto de vista do estudante, do professor, do meio acadêmico, do mercado de trabalho, da expectativa familiar, da expectativa da sociedade etc.
O sucesso avaliativo é tão subjetivo que pode estar relacionado com o sucesso individual, de mercado, de lucro e de competitividade...
A avaliação é uma prática social carregada de valores, extremamente complexa, tanto epistemológica, técnica, ética bem como politicamente.

Em nossa trajetória, já nos utilizamos do processo avaliativo apenas como um meio de atribuir uma nota com o fim de  aprovar ou reprovar. Hoje  utilizamos o processo como um instrumento que norteia o processo Ensino/Aprendizagem. Reavaliar os PTDs, realimentá-lo, mudar métodos, estratégias e preocupar-nos com o conhecimento e não com o conteúdo.
“A avaliação da aprendizagem deve assumir caráter educativo, viabilizando especialmente ao estudante a condição de analisar seu percurso e ao professor e à escola identificar dificuldades e potencialidades individuais e coletivas”.