Diante das discussões realizadas sobre a Revista Boa Forma e a produção da nossa Revista Saúde, escolhemos como tema central a busca pelo corpo perfeito e todas as situações que essa incessante procura pode gerar, seus efeitos negativos e positivos.
Interessante observar que a imensa maioria dos alunos, acredita que o corpo “perfeito”, é um corpo saudável. Sob esse viés, procuramos desmistificar alguns “mitos” e analisar os fatores que envolvem essa ditadura estética da magreza, como um fenômeno social dentro da cultura do culto ao corpo, e que vem se propagando como um dos principais elementos da sociedade de consumo.
É fato que, junto às promessas de belas “curvas” está o lucro da indústria de beleza, que movimenta bilhões ao ano. Essas indústrias que podem começar com as de cosméticos e perfumaria, incluem também cremes, regimes, produtos light, diets, lipoaspirações, academias de ginástica entre outros tantos meios que podem ser utilizados a “qualquer custo” para chegar ao corpo almejado. Infelizmente, é uma indústria pesada que investe maciçamente na sensação que o sujeito (“cliente”) tem, de poder saciar ou eliminar o mal estar que ele sente quando não está adequado aos padrões sociais tão veiculados e imensamente almejados.
Nesse sentido, procurou-se desmistificar a ideologia de que todo corpo “sarado” seria saudável, ao mesmo tempo em que buscou-se entender o porquê de tamanhas mudanças nesse perfil social, visto que como afirma Nunes (2014), “o corpo da mulher durante o período colonial era tido como dentro dos padrões de beleza ao apresentar um aspecto saudável, simbolizado pela aparência rechonchuda, ou seja, quanto mais gorda a mulher fosse, mais bonita ela era considerada”.
Além de investigar na História e Filosofia respostas a essas mudanças, procurou-se analisar e também desconstruir os padrões sociais veiculados nas diversas regiões do Brasil e do Mundo e ao mesmo tempo em que compreendeu-se as divergências desses padrões por essas diferentes regiões, se aprofundando na Geografia dos países em desenvolvimento e as diferenças quando comparadas aos países desenvolvidos, assim como as influências do poder econômico, aspectos culturais e ideológicos em relação a essa busca pelo corpo “perfeito”, analisando também a capacidade de persuasão da linguagem da mídia, seja ela televisiva, via internet, rádio ou difundida pelos diversos meios de comunicação na propagação dessa busca pelo corpo “perfeito”.
Ao mesmo tempo, também procurou-se desmistificar e explicar as diferenças individuais e biológicas de cada pessoa. Por meio da Arte e Português foi possível visualizar essas diferenças, as quais puderam ser vislumbradas com trabalhos, produção de textos e oratórias, as quais também puderam enfatizar os riscos e possíveis benefícios que envolvem esse desejo, conteúdo esse, que pode ser fundamentado na medida em que analisou-se por meio da química, os compostos utilizados que são vendidos como propagandas milagrosas, sejam como simples cosméticos ou mesmo pelo uso indiscriminado de anabolizantes e outras substâncias que prometem acelerar esse processo, em que os maiores beneficiados são as milhares de indústrias que faturam bilhões ao ano.
É importante também enfatizar sobre os possíveis números que envolvem esse montante e como ele influencia diretamente na economia, sem esquecer que a Matemática também foi fundamental para aprender tanto a calcular, assim como entender e valorizar o Índice de Massa corporal, o qual pode ser muito mais importante que chegar a um corpo escultural a qualquer custo. Nesse diálogo constante com a Química, Matemática e Educação Física para desmontar toda essa ideologia que foi amplamente massificada e divulgada de maneira vulgarizada e banalizada, sem qualquer conhecimento científico. Também foram analisadas as doenças e consequências que toda essa ditadura da magreza pode causar por meio da Biologia e que não existe nada que supere uma vida saudável que tenha como base alimentação equilibrada e exercício físico regular.
REFERÊNCIAS
. NUNES, Amanda Acesso em 08/09/2015. Postado em 13/03/2014 em: http://blogueirasfeministas.com/2014/03/a-ditadura-do-corpo-ideal-e-o-pr...
http://www.mundodadanca.art.br/2010/11/linguagem-da-danca.html
http://www.efdeportes.com/efd135/danca-escolar-no-processo-ensino-aprend...
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/629_639.pdf
http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf3/tcc_aimportancia.pdf
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pacto_nacional_em/...
http://mdemulher.abril.com.br/boa-forma
