Quando a avó é quase mãe

Foi só os amigos de Lohanna perceberem que mais nova mamãe da escola estava no pátio para logo se acercarem dela, dobebê e da jovem avó, que acompanhava as meninas.

A pequena Luna de vez em quando abria os olhinhos e contemplava aqueles rostos sorrindo para ela. Lohanna Vacariuc, de 17 anos,  é estudante do Ensino Médio do Colégio Estadual Manoel de Abreu, em Niterói. No momento ela não está freqüentando as aulas, mas tentar atualizar a matéria e fazer trabalhos em casa.

A mãe de Lohanna, Lélia Vacariuc, de 41 anos, que era administradora de uma clínica, pediu demissão do emprego para ajudar a filha a cuidar da neta.

 “A chegada dela [do bebê] foi uma surpresa. Mas desde o primeiro momento eu falei que assumiria isso tudo, mas que ela cumpriria o papel dela como mãe. Sendo que a responsável sou eu”, diz a avó de Luna.

 A avó conta que o pai de Lohanna ficou decepcionado, mas hoje, aceita. “Na base da conversa foi inevitável ele não aceitar, ele não tinha como modificar isso. Teve que haver essa adaptação, pelo bem da Lohanna e depois do bebê”.

A estudante comenta que os avós são muito presentes. “É uma coisa nova, tanto pra mim, quanto para a minha família. Mas está sendo uma experiência muito boa. Eu não pretendia ser mãe nesse momento, mas estou amando. Minha filha é a melhor coisa que já aconteceu”, comemora Lohanna.

A jovem acredita que a chamada gravidez “indesejada” não acontece por falta de informação.

“Esse negocio de falar sobre sexo, as pessoas não cansam de abordar essas questões. Na realidade a gente já sabe como se prevenir, as noticias estão aí. Só engravida mesmo quem dá bobeira. É um momento em que você não pensa e traz conseqüências, bem pior que a gravidez, pode-se pegar uma doença ou algo assim”, conclui Lohanna.

 

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