Namorar ou estudar? Eis a questão

ler-e-estudar-com-a-pessoa-amada-pode-render-mais.jpgEncontrar um equilíbrio é fundamental para não prejudicar as notas e nem a vida social

A rotina de alguém que está no ensino médio e, portanto, já de olho no vestibular não é fácil. Além de um turbilhão de coisas acontecendo é bastante comum que a pessoa nem se dê conta do quanto sua vida se transforma nesse período. Na maioria dos casos são tantos os exercícios, provas, simulados e conteúdos para estudar que fica fácil perder a noção do tempo e debruçar nos livros vira um ato praticamente automático e involuntário. Consequentemente, muitos acabam se esquecendo de alguns compromissos da vida pessoal.

Como segunda opção sempre fica aquele cineminha com o namorado ou namorada no fim de semana. O fato é que se isso ocorre uma vez, certamente a pessoa amada entende. Mas se essas ausências se tornam constantes, os desentendimentos aumentam. Já por outro lado tem gente que deixa de cumprir as obrigações com os estudos para ter aquele tempinho a mais (que, diga-se de passagem, nunca é demais) com a pessoa e aos poucos vai deixando de lado as obrigações com a escola. Na maioria das vezes a consequência é a queda do rendimento escolar, notas baixas, menores chances de passar no vestibular e, claro, uma bela bronca dos pais. Em meio a tudo isso surge a pergunta: será que é possível conciliar o namoro e os estudos?

Para a psicóloga Joselita Alcântara é possível sim desempenhar o papel de bom aluno e de namorado, basta aliar um ao outro. "Os casais podem passar a estudar juntos, trocar conhecimentos e se ajudarem. Assim é possível passar um tempinho a mais com o amado ou amada e estudar ao mesmo tempo", afirma a especialista, lembrando que é preciso ter disciplina também para não confundir tudo.

Outra alternativa que os professores sempre apresentam é elaborar um cronograma de estudos deixando tempo reservado, sobretudo nos finais de semana, para encontrar o (a) namorado (a). Parece exagero, mas não é! Assim a pessoa relaxa por alguns momentos, e ao mesmo tempo, consegue se lembrar que há vida além dos livros.

Mas caso nenhuma das opções dê certo e pintar aquele medo de não dar conta das duas coisas, abrir o jogo é a melhor opção. Para quem já está numa fase séria do namoro, o parceiro já está a par da situação. Mas para um início é fundamental mostrar as dificuldades que existem. "Isso não significa questionar a importância da pessoa que está ao seu lado e muito menos a comparar com a meta de ingressar na faculdade. São duas coisas importantes", explica a psicóloga. O ideal nesses casos é conversar para resolver a situação, encontrar junto com o parceiro um caminho melhor a seguir.

E para compensar a ausência diária no relacionamento, o estudante pode recorrer ao telefone, ao e-mail ou às demonstrações criativas de carinho como bilhetinhos, flores e tudo o que a imaginação permitir. Isso faz com que a pessoa se mostre presente e com que a pessoa amada se sinta importante. Mas para aqueles que não namoram e preferem focar nos estudos, tudo bem, é uma questão de escolha. O que a pessoa não pode é se sentir culpada por não gostar de ninguém e, muito menos, se sentir obrigada a isso.

Fonte: Gazeta