Brincadeira ajuda aluno a entender e a gostar de aprender matemática

joice.jpgApaixonada por matemática, a professora Jóice Boff dos Santos, de Três Cachoeiras, no litoral norte do Rio Grande do Sul, não consegue aceitar que os alunos tenham dificuldade de entender e gostar da matéria. Para atrair o interesse dos alunos, ela criou o blog Aprenda Matemática.

“Se eles gostarem da matemática, vão aprender e se interessar, buscando sempre mais”, diz a professora, que dá aulas a 86 alunos do sexto e do sétimo anos (quinta e sexta séries) da Escola Maria Angelina Maggi, da rede estadual. Professora concursada, com licenciatura plena em matemática e física, Jóice conta que teve a idéia do blog ao concluir o curso de introdução à educação digital, promovido pela Secretaria de Educação a Distância (Seed) do Ministério da Educação.

Os alunos participam do blog em aulas no laboratório de informática, tanto para jogar — sempre jogos ligados ao conteúdo trabalhado — quanto para desenvolver atividades determinadas pela professora ou fazer pesquisas sobre o conteúdo a ser estudado. “Estou pensando em criar outro blog para a turma postar os trabalhos”, diz Jóice.

Ela explica que procura simplificar as aulas ao deduzir as fórmulas, explicar onde o conteúdo será usado, fazer a ligação com a realidade e trabalhar de forma prática, com jogos e material concreto. Além disso, utiliza material didático, como DVD e projetor multimídia, entre outros. “Estou sempre buscando, pesquisando e trocando material com os colegas para que a aula se torne mais produtiva e agradável.”

Descontração — Em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, a professora Gisele dos Santos Miranda acredita que a criança tem, com a brincadeira, a oportunidade de construir o conhecimento de forma descontraída. Graduada em pedagogia, séries iniciais, com pós-graduação em gestão escolar e alfabetização, ela dá aulas no segundo ano do Colégio Salesiano e em classe de alfabetização na rede de educação do município.

“Sempre procuro trabalhar com jogos e brincadeiras, em grupos. Os alunos que no início apresentavam dificuldades conseguem, aos poucos, desenvolver as atividades com mais autonomia”, afirma. Gisele salienta que tem a preocupação de planejar a dinâmica das aulas, com momentos de leitura, jogos e trabalhos em grupo e individuais. “A intervenção do professor é muito importante no desenvolvimento da atividade. Assim, consigo perceber com mais clareza o que o aluno ainda não conseguiu compreender e tenho a oportunidade de fazer a mediação individualizada.”

Quando a proposta é trabalhar em grupo, ela reúne duplas ou equipes por níveis próximos, de forma a facilitar a colaboração entre os alunos. “A interação é uma excelente ferramenta”, afirma. Gisele também usa a internet nas aulas: “Há ótimos sites, com jogos matemáticos que colaboram para o aprofundamento dos conteúdos.”